Vazamento de e-mails e senhas pode ser 10 vezes maior do que o revelado


Especialista em segurança disse que hacker tentou vender por US$ 45 pacote com 1 TB de dados

Por Mariana Lima e Bruno Romani
Print feito por Brian Krebs com as supostas noas pastas com e-mails e senhas Foto: Brian Krebs

Revelado nesta semana, o vazamento que expôs mais de 772 milhões de endereços de e-mails e de 21 milhões de senhas pode ser maior do que o imaginado. Ontem, o pesquisador de segurança da informação Brian Krebs disse, em sua conta no Twitter, que encontrou um novo pacote de credenciais digitais, que completaria o primeiro arquivo e seria pelo menos dez vezes maior. Segundo ele, ainda não é possível identificar quem são as vítimas afetadas pelo pacote. 

Sem revelar a identidade do infrator, Krebs disse que esteve em contato com o hacker que supostamente expôs e vendeu os dados na internet. O suposto criminoso oferecia, por meio do aplicativo de mensagem instantânea Telegram, a venda de um pacote com 1 terabyte de tamanho, repleto de informações pessoais de usuários – equivalente a mais de 100 filmes, de duas horas, em alta definição. O primeiro arquivo, descoberto pelo pesquisador Troy Hunt, tinha 87 gigabytes (um terabyte, por sua vez, é formado por 1024 gigabytes). 

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No Twitter, Krebs publicou ainda uma imagem que supostamente comprovava a existência do novo pacote, vendido por meros US$ 45 pelo hacker. Além da Collection #1, revelada anteriormente, a pasta incluía outras quatro coleções, além de apanhados esparsos de dados. Krebs disse ainda, no Twitter, que o hacker tentou lhe vender outro pacote de senhas e endereços de e-mail, com tamanho de quatro terabytes. 

O especialista ainda reforçou a teoria, formulada nesta semana por Hunt, de que os dados pertencentes aos pacotes fazem parte de informações já vazadas anteriormente na internet. Outro indício que se soma a essa conjectura é o fato de que a Hold Security, empresa especializada em cibersegurança, diz já ter encontrado 99% dos dados da Collection #1 em pacotes menores espalhados pela rede. Ao que se sabe, os arquivos coletados e expostos na primeira coleção foram coletados de 2 mil bancos de dados, coletados nos últimos dois ou três anos. 

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Para Roberto Rebouças, diretor-executivo da empresa de cibersegurança Kaspersky no Brasil, o caso não é um vazamento comum e deverá ter novos desdobramentos nos próximos dias. “É uma grande coleção de dados sendo vendidos na internet”, disse. “Acredito que haverá uma quantidade ainda maior de dados expostos neste mesmo caso.” 

Na visão do executivo, ataques e vazamentos como esses serão cada vez mais comuns – parte do problema se dá, segundo ele, porque há pouca proteção em bancos de dados captados por corporações. “As informações vazadas não foram dadas pelos usuários em um cadastro na internet, mas coletadas por meio de um arquivo infectado ou uma pessoa infiltrada dentro da companhia”, diz Rebouças. “No mercado atual, todas as empresas serão invadidas pelo menos uma vez na vida. Infelizmente, agora é regra.”

Print feito por Brian Krebs com as supostas noas pastas com e-mails e senhas Foto: Brian Krebs

Revelado nesta semana, o vazamento que expôs mais de 772 milhões de endereços de e-mails e de 21 milhões de senhas pode ser maior do que o imaginado. Ontem, o pesquisador de segurança da informação Brian Krebs disse, em sua conta no Twitter, que encontrou um novo pacote de credenciais digitais, que completaria o primeiro arquivo e seria pelo menos dez vezes maior. Segundo ele, ainda não é possível identificar quem são as vítimas afetadas pelo pacote. 

Sem revelar a identidade do infrator, Krebs disse que esteve em contato com o hacker que supostamente expôs e vendeu os dados na internet. O suposto criminoso oferecia, por meio do aplicativo de mensagem instantânea Telegram, a venda de um pacote com 1 terabyte de tamanho, repleto de informações pessoais de usuários – equivalente a mais de 100 filmes, de duas horas, em alta definição. O primeiro arquivo, descoberto pelo pesquisador Troy Hunt, tinha 87 gigabytes (um terabyte, por sua vez, é formado por 1024 gigabytes). 

No Twitter, Krebs publicou ainda uma imagem que supostamente comprovava a existência do novo pacote, vendido por meros US$ 45 pelo hacker. Além da Collection #1, revelada anteriormente, a pasta incluía outras quatro coleções, além de apanhados esparsos de dados. Krebs disse ainda, no Twitter, que o hacker tentou lhe vender outro pacote de senhas e endereços de e-mail, com tamanho de quatro terabytes. 

O especialista ainda reforçou a teoria, formulada nesta semana por Hunt, de que os dados pertencentes aos pacotes fazem parte de informações já vazadas anteriormente na internet. Outro indício que se soma a essa conjectura é o fato de que a Hold Security, empresa especializada em cibersegurança, diz já ter encontrado 99% dos dados da Collection #1 em pacotes menores espalhados pela rede. Ao que se sabe, os arquivos coletados e expostos na primeira coleção foram coletados de 2 mil bancos de dados, coletados nos últimos dois ou três anos. 

Para Roberto Rebouças, diretor-executivo da empresa de cibersegurança Kaspersky no Brasil, o caso não é um vazamento comum e deverá ter novos desdobramentos nos próximos dias. “É uma grande coleção de dados sendo vendidos na internet”, disse. “Acredito que haverá uma quantidade ainda maior de dados expostos neste mesmo caso.” 

Na visão do executivo, ataques e vazamentos como esses serão cada vez mais comuns – parte do problema se dá, segundo ele, porque há pouca proteção em bancos de dados captados por corporações. “As informações vazadas não foram dadas pelos usuários em um cadastro na internet, mas coletadas por meio de um arquivo infectado ou uma pessoa infiltrada dentro da companhia”, diz Rebouças. “No mercado atual, todas as empresas serão invadidas pelo menos uma vez na vida. Infelizmente, agora é regra.”

Print feito por Brian Krebs com as supostas noas pastas com e-mails e senhas Foto: Brian Krebs

Revelado nesta semana, o vazamento que expôs mais de 772 milhões de endereços de e-mails e de 21 milhões de senhas pode ser maior do que o imaginado. Ontem, o pesquisador de segurança da informação Brian Krebs disse, em sua conta no Twitter, que encontrou um novo pacote de credenciais digitais, que completaria o primeiro arquivo e seria pelo menos dez vezes maior. Segundo ele, ainda não é possível identificar quem são as vítimas afetadas pelo pacote. 

Sem revelar a identidade do infrator, Krebs disse que esteve em contato com o hacker que supostamente expôs e vendeu os dados na internet. O suposto criminoso oferecia, por meio do aplicativo de mensagem instantânea Telegram, a venda de um pacote com 1 terabyte de tamanho, repleto de informações pessoais de usuários – equivalente a mais de 100 filmes, de duas horas, em alta definição. O primeiro arquivo, descoberto pelo pesquisador Troy Hunt, tinha 87 gigabytes (um terabyte, por sua vez, é formado por 1024 gigabytes). 

No Twitter, Krebs publicou ainda uma imagem que supostamente comprovava a existência do novo pacote, vendido por meros US$ 45 pelo hacker. Além da Collection #1, revelada anteriormente, a pasta incluía outras quatro coleções, além de apanhados esparsos de dados. Krebs disse ainda, no Twitter, que o hacker tentou lhe vender outro pacote de senhas e endereços de e-mail, com tamanho de quatro terabytes. 

O especialista ainda reforçou a teoria, formulada nesta semana por Hunt, de que os dados pertencentes aos pacotes fazem parte de informações já vazadas anteriormente na internet. Outro indício que se soma a essa conjectura é o fato de que a Hold Security, empresa especializada em cibersegurança, diz já ter encontrado 99% dos dados da Collection #1 em pacotes menores espalhados pela rede. Ao que se sabe, os arquivos coletados e expostos na primeira coleção foram coletados de 2 mil bancos de dados, coletados nos últimos dois ou três anos. 

Para Roberto Rebouças, diretor-executivo da empresa de cibersegurança Kaspersky no Brasil, o caso não é um vazamento comum e deverá ter novos desdobramentos nos próximos dias. “É uma grande coleção de dados sendo vendidos na internet”, disse. “Acredito que haverá uma quantidade ainda maior de dados expostos neste mesmo caso.” 

Na visão do executivo, ataques e vazamentos como esses serão cada vez mais comuns – parte do problema se dá, segundo ele, porque há pouca proteção em bancos de dados captados por corporações. “As informações vazadas não foram dadas pelos usuários em um cadastro na internet, mas coletadas por meio de um arquivo infectado ou uma pessoa infiltrada dentro da companhia”, diz Rebouças. “No mercado atual, todas as empresas serão invadidas pelo menos uma vez na vida. Infelizmente, agora é regra.”

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