Morre o engenheiro que tornou possível fazer música com computadores


Dave Smith foi um dos responsáveis por desenvolver o padrão MIDI

Por Bruno Romani
Dave Smith, "pai do MIDI", morreu aos 72 anos Foto: Sequential/Divulgação

Morreu aos 72 anos Dave Smith, engenheiro eletrônico responsável por desenvolver o padrão MIDI (sigla para “interface digital de instrumento musical”) - o protocolo possibilita o uso de teclados com programas de computador, além de permitir a comunicação entre sintetizadores e teclados digitais. Sem o MIDI, parte da música pop produzida nas últimas décadas não seria possível.  

O anúncio foi postado no site da Sequential, empresa de sintetizadores fundada pelo californiano em 1974 - a causa da morte não foi revelada. Smith trabalhou no começou dos anos 1980 com Ikutaro Kakehashi, fundador da Roland, para desenvolver um padrão que permitisse sintetizadores de diferentes marcas "conversarem".

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Com o surgimento e o crescimento de teclados digitais no final dos anos 1970, era preciso organizar os protocolos de comunicação desses equipamentos. Antes do MIDI, por exemplo, cada sintetizador tinha um comando diferente para aumentar volume - ou seja, um teclado da Yamaha não seria capaz de alterar o volume a partir de um comando de um equipamento da Roland. Com isso, não era possível exportar dados entre marcas, o que limitava a atuação de produtores e músicos. Era necessário adotar um padrão. 

Posteriormente, o padrão foi adotado também por computadores, o que permitiu tocar e fazer música a partir de programas que emulam (ou inventam) instrumentos. Nos últimos 20 anos, o MIDI virou elemento fundamental para o barateamento da produção musical, abrindo as portas para produtores e músicos de estilos que vão do pop ao piseiro, passando por rap, música eletrônica e sons experimentais.

Os primeiros sintetizadores MIDI foram o Prophet-600, da Sequential e o JX3P, da Roland.  Em 1983, Smith e Kakehashi receberam um Grammy na catoeria "técnica" pela criação do protocolo. 

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Profeta

Prophet 5 foi o primeiro sintetizador com um microprocessador Foto: Sequential/Divulgação

Além do padrão MIDI, Smith lançou o Prophet 5, o primeiro sintetizador a ter um microprocessador, que permitia a programação de sons. O polissintetizador se tornou um dos mais conhecidos instrumentos da história, aparecendo em músicas de artistas como Michael Jackson, Phil Collins e Radiohead. 

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Em 1987, Smith vendeu a Sequential para a Yamaha e se tornou consultor, trabalhando para marcas como Korg e a própria Yamaha. Em 2002, ele criou uma nova empresa de sintetizadores, a Dave Smith Instruments - posteriomente, a empresa foi rebatizada de Sequential, após o nome ser retomado junto à Yamaha. 

Dave Smith, "pai do MIDI", morreu aos 72 anos Foto: Sequential/Divulgação

Morreu aos 72 anos Dave Smith, engenheiro eletrônico responsável por desenvolver o padrão MIDI (sigla para “interface digital de instrumento musical”) - o protocolo possibilita o uso de teclados com programas de computador, além de permitir a comunicação entre sintetizadores e teclados digitais. Sem o MIDI, parte da música pop produzida nas últimas décadas não seria possível.  

O anúncio foi postado no site da Sequential, empresa de sintetizadores fundada pelo californiano em 1974 - a causa da morte não foi revelada. Smith trabalhou no começou dos anos 1980 com Ikutaro Kakehashi, fundador da Roland, para desenvolver um padrão que permitisse sintetizadores de diferentes marcas "conversarem".

Com o surgimento e o crescimento de teclados digitais no final dos anos 1970, era preciso organizar os protocolos de comunicação desses equipamentos. Antes do MIDI, por exemplo, cada sintetizador tinha um comando diferente para aumentar volume - ou seja, um teclado da Yamaha não seria capaz de alterar o volume a partir de um comando de um equipamento da Roland. Com isso, não era possível exportar dados entre marcas, o que limitava a atuação de produtores e músicos. Era necessário adotar um padrão. 

Posteriormente, o padrão foi adotado também por computadores, o que permitiu tocar e fazer música a partir de programas que emulam (ou inventam) instrumentos. Nos últimos 20 anos, o MIDI virou elemento fundamental para o barateamento da produção musical, abrindo as portas para produtores e músicos de estilos que vão do pop ao piseiro, passando por rap, música eletrônica e sons experimentais.

Os primeiros sintetizadores MIDI foram o Prophet-600, da Sequential e o JX3P, da Roland.  Em 1983, Smith e Kakehashi receberam um Grammy na catoeria "técnica" pela criação do protocolo. 

Profeta

Prophet 5 foi o primeiro sintetizador com um microprocessador Foto: Sequential/Divulgação

Além do padrão MIDI, Smith lançou o Prophet 5, o primeiro sintetizador a ter um microprocessador, que permitia a programação de sons. O polissintetizador se tornou um dos mais conhecidos instrumentos da história, aparecendo em músicas de artistas como Michael Jackson, Phil Collins e Radiohead. 

Em 1987, Smith vendeu a Sequential para a Yamaha e se tornou consultor, trabalhando para marcas como Korg e a própria Yamaha. Em 2002, ele criou uma nova empresa de sintetizadores, a Dave Smith Instruments - posteriomente, a empresa foi rebatizada de Sequential, após o nome ser retomado junto à Yamaha. 

Dave Smith, "pai do MIDI", morreu aos 72 anos Foto: Sequential/Divulgação

Morreu aos 72 anos Dave Smith, engenheiro eletrônico responsável por desenvolver o padrão MIDI (sigla para “interface digital de instrumento musical”) - o protocolo possibilita o uso de teclados com programas de computador, além de permitir a comunicação entre sintetizadores e teclados digitais. Sem o MIDI, parte da música pop produzida nas últimas décadas não seria possível.  

O anúncio foi postado no site da Sequential, empresa de sintetizadores fundada pelo californiano em 1974 - a causa da morte não foi revelada. Smith trabalhou no começou dos anos 1980 com Ikutaro Kakehashi, fundador da Roland, para desenvolver um padrão que permitisse sintetizadores de diferentes marcas "conversarem".

Com o surgimento e o crescimento de teclados digitais no final dos anos 1970, era preciso organizar os protocolos de comunicação desses equipamentos. Antes do MIDI, por exemplo, cada sintetizador tinha um comando diferente para aumentar volume - ou seja, um teclado da Yamaha não seria capaz de alterar o volume a partir de um comando de um equipamento da Roland. Com isso, não era possível exportar dados entre marcas, o que limitava a atuação de produtores e músicos. Era necessário adotar um padrão. 

Posteriormente, o padrão foi adotado também por computadores, o que permitiu tocar e fazer música a partir de programas que emulam (ou inventam) instrumentos. Nos últimos 20 anos, o MIDI virou elemento fundamental para o barateamento da produção musical, abrindo as portas para produtores e músicos de estilos que vão do pop ao piseiro, passando por rap, música eletrônica e sons experimentais.

Os primeiros sintetizadores MIDI foram o Prophet-600, da Sequential e o JX3P, da Roland.  Em 1983, Smith e Kakehashi receberam um Grammy na catoeria "técnica" pela criação do protocolo. 

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Prophet 5 foi o primeiro sintetizador com um microprocessador Foto: Sequential/Divulgação

Além do padrão MIDI, Smith lançou o Prophet 5, o primeiro sintetizador a ter um microprocessador, que permitia a programação de sons. O polissintetizador se tornou um dos mais conhecidos instrumentos da história, aparecendo em músicas de artistas como Michael Jackson, Phil Collins e Radiohead. 

Em 1987, Smith vendeu a Sequential para a Yamaha e se tornou consultor, trabalhando para marcas como Korg e a própria Yamaha. Em 2002, ele criou uma nova empresa de sintetizadores, a Dave Smith Instruments - posteriomente, a empresa foi rebatizada de Sequential, após o nome ser retomado junto à Yamaha. 

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