Programador do Jardim Ângela vira estrela de reality e quer mais negros na área de tecnologia


Gabriel Costa representa o Brasil em um reality show ‘tech’ da plataforma global da Amazon Prime Video

Por Italo Cosme

Para treinar os conhecimentos em computação, Gabriel Costa, 21 anos, decidiu se inscrever no hackathon de 2020 da IBM, uma competição de programação, da qual mais de 70 mil profissionais latino-americanos participaram. O desempenho do jovem, que cresceu no Jardim Ângela, na periferia de São Paulo, surpreendeu e ele ficou entre os 50 melhores. A história chamou atenção no exterior e agora ele representa o Brasil no reality show C0D3RS Championship, disponível no Amazon Prime Video.

Gabriel participou da competição da IBM com apenas 19 anos. Na disputa, ele utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA), cloud, internet das coisas (IoT) e kubernetes para solucionar desafios, que envolviam os setores bancário, de agricultura, educação e automotivo.

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Gabriel Costa: programador que faz parte de atração da Amazon Prime Video Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Entre oito soluções, Gabriel desenvolveu um modelo de reconhecimento visual que identifica insetos que atacam plantações agrícolas. Depois, elaborou algoritmos de IA para detectar categorias de carros da Fiat – o objetivo era recomendar os melhores modelos aos clientes.

“Eu não esperava figurar entre os primeiros. Toda semana saia o ranking dos 100 primeiros e eu sempre estava lá.” Ao fim da competição, ele ficou em 46.º lugar. Apesar de não ter alcançado o topo do ranking, Gabriel se sente feliz por ter chegado tão longe na competição da IBM, batizada de Maratona Behind the Code (Maratona atrás do código) e considerada uma das maiores competições de programação da América Latina.

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Mais profissionais negros na área

Hoje, o paulistano estuda ciência da computação na Universidade Federal do ABC e atua como desenvolvedor na On2, um negócio que desde 2019 ajuda empresas a desenvolver seus produtos usando tecnologias de ponta. O desejo de Gabriel é que o mercado ganhe mais programadores negros.

“O povo preto de periferia sabe construir soluções a partir do pouco que tem. Várias empresas já atuam nas comunidades para impulsionar a inovação e puxar pessoas negras. O mercado de tecnologia é majoritariamente branco e masculino. Um dos meus propósitos de vida é lutar para mudar isso”, reforça.

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O mercado de tecnologia é majoritariamente branco e masculino. Um dos meus propósitos de vida é lutar para mudar isso”

Gabriel Costa, programador

A primeira linguagem de programação com a qual ele teve contato foi o Python. A partir disso, lembra, atuou para tentar ajudar o bairro onde cresceu. Durante a pandemia da covid-19, desenvolveu um programa de análise sobre o impacto da crise sanitária na escolaridade dos jovens na periferia de São Paulo. Além de um projeto que reuniu o conteúdo informativo produzido na comunidade.

Gabriel confessa que, desde muito jovem, sempre teve em mente a necessidade de criar soluções para problemas cotidianos de onde vive. “Eu encontrei na tecnologia uma ferramenta para propor coisas novas. O meu primeiro contato com a programação na faculdade foi como um estalo.”

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Gabriel Costa quer mais oportunidades no setor para pessoas negras  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Frentes de trabalho

O programador lista ao menos três frentes necessárias para democratizar e incentivar a participação de pessoas negras e pobres na tecnologia. O jovem já desenvolveu projetos para incluir este grupo populacional. Para ele, o primeiro ponto é olhar para o ambiente domiciliar como fator decisivo. “Geralmente são casas pequenas, com muitas pessoas vivendo naquele espaço. Então, a maioria busca ONGs e escolas para estudar.”

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O segundo trata do acesso a equipamentos e internet – os valores ainda são altos para a realidade da população mais vulnerável. Um terceiro elemento que dificulta a entrada de mais melanina na tecnologia da informação é são as lacunas básicas de ensino. “As pessoas têm muita dificuldade com matemática básica. É histórico. Então, esses fatores precisam ser combatidos.”

Para isso, Gabriel sugere maior investimento e aproximação das empresas com as comunidades para incentivar e subsidiar a educação. “Eu ainda estou terminando o segundo ano da faculdade, mas espero em breve retornar aos meus projetos de educação na periferia para incentivar mais gente da minha quebrada a entrar na tecnologia”, promete.

Para treinar os conhecimentos em computação, Gabriel Costa, 21 anos, decidiu se inscrever no hackathon de 2020 da IBM, uma competição de programação, da qual mais de 70 mil profissionais latino-americanos participaram. O desempenho do jovem, que cresceu no Jardim Ângela, na periferia de São Paulo, surpreendeu e ele ficou entre os 50 melhores. A história chamou atenção no exterior e agora ele representa o Brasil no reality show C0D3RS Championship, disponível no Amazon Prime Video.

Gabriel participou da competição da IBM com apenas 19 anos. Na disputa, ele utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA), cloud, internet das coisas (IoT) e kubernetes para solucionar desafios, que envolviam os setores bancário, de agricultura, educação e automotivo.

Gabriel Costa: programador que faz parte de atração da Amazon Prime Video Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Entre oito soluções, Gabriel desenvolveu um modelo de reconhecimento visual que identifica insetos que atacam plantações agrícolas. Depois, elaborou algoritmos de IA para detectar categorias de carros da Fiat – o objetivo era recomendar os melhores modelos aos clientes.

“Eu não esperava figurar entre os primeiros. Toda semana saia o ranking dos 100 primeiros e eu sempre estava lá.” Ao fim da competição, ele ficou em 46.º lugar. Apesar de não ter alcançado o topo do ranking, Gabriel se sente feliz por ter chegado tão longe na competição da IBM, batizada de Maratona Behind the Code (Maratona atrás do código) e considerada uma das maiores competições de programação da América Latina.

Mais profissionais negros na área

Hoje, o paulistano estuda ciência da computação na Universidade Federal do ABC e atua como desenvolvedor na On2, um negócio que desde 2019 ajuda empresas a desenvolver seus produtos usando tecnologias de ponta. O desejo de Gabriel é que o mercado ganhe mais programadores negros.

“O povo preto de periferia sabe construir soluções a partir do pouco que tem. Várias empresas já atuam nas comunidades para impulsionar a inovação e puxar pessoas negras. O mercado de tecnologia é majoritariamente branco e masculino. Um dos meus propósitos de vida é lutar para mudar isso”, reforça.

O mercado de tecnologia é majoritariamente branco e masculino. Um dos meus propósitos de vida é lutar para mudar isso”

Gabriel Costa, programador

A primeira linguagem de programação com a qual ele teve contato foi o Python. A partir disso, lembra, atuou para tentar ajudar o bairro onde cresceu. Durante a pandemia da covid-19, desenvolveu um programa de análise sobre o impacto da crise sanitária na escolaridade dos jovens na periferia de São Paulo. Além de um projeto que reuniu o conteúdo informativo produzido na comunidade.

Gabriel confessa que, desde muito jovem, sempre teve em mente a necessidade de criar soluções para problemas cotidianos de onde vive. “Eu encontrei na tecnologia uma ferramenta para propor coisas novas. O meu primeiro contato com a programação na faculdade foi como um estalo.”

Gabriel Costa quer mais oportunidades no setor para pessoas negras  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Frentes de trabalho

O programador lista ao menos três frentes necessárias para democratizar e incentivar a participação de pessoas negras e pobres na tecnologia. O jovem já desenvolveu projetos para incluir este grupo populacional. Para ele, o primeiro ponto é olhar para o ambiente domiciliar como fator decisivo. “Geralmente são casas pequenas, com muitas pessoas vivendo naquele espaço. Então, a maioria busca ONGs e escolas para estudar.”

O segundo trata do acesso a equipamentos e internet – os valores ainda são altos para a realidade da população mais vulnerável. Um terceiro elemento que dificulta a entrada de mais melanina na tecnologia da informação é são as lacunas básicas de ensino. “As pessoas têm muita dificuldade com matemática básica. É histórico. Então, esses fatores precisam ser combatidos.”

Para isso, Gabriel sugere maior investimento e aproximação das empresas com as comunidades para incentivar e subsidiar a educação. “Eu ainda estou terminando o segundo ano da faculdade, mas espero em breve retornar aos meus projetos de educação na periferia para incentivar mais gente da minha quebrada a entrar na tecnologia”, promete.

Para treinar os conhecimentos em computação, Gabriel Costa, 21 anos, decidiu se inscrever no hackathon de 2020 da IBM, uma competição de programação, da qual mais de 70 mil profissionais latino-americanos participaram. O desempenho do jovem, que cresceu no Jardim Ângela, na periferia de São Paulo, surpreendeu e ele ficou entre os 50 melhores. A história chamou atenção no exterior e agora ele representa o Brasil no reality show C0D3RS Championship, disponível no Amazon Prime Video.

Gabriel participou da competição da IBM com apenas 19 anos. Na disputa, ele utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA), cloud, internet das coisas (IoT) e kubernetes para solucionar desafios, que envolviam os setores bancário, de agricultura, educação e automotivo.

Gabriel Costa: programador que faz parte de atração da Amazon Prime Video Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Entre oito soluções, Gabriel desenvolveu um modelo de reconhecimento visual que identifica insetos que atacam plantações agrícolas. Depois, elaborou algoritmos de IA para detectar categorias de carros da Fiat – o objetivo era recomendar os melhores modelos aos clientes.

“Eu não esperava figurar entre os primeiros. Toda semana saia o ranking dos 100 primeiros e eu sempre estava lá.” Ao fim da competição, ele ficou em 46.º lugar. Apesar de não ter alcançado o topo do ranking, Gabriel se sente feliz por ter chegado tão longe na competição da IBM, batizada de Maratona Behind the Code (Maratona atrás do código) e considerada uma das maiores competições de programação da América Latina.

Mais profissionais negros na área

Hoje, o paulistano estuda ciência da computação na Universidade Federal do ABC e atua como desenvolvedor na On2, um negócio que desde 2019 ajuda empresas a desenvolver seus produtos usando tecnologias de ponta. O desejo de Gabriel é que o mercado ganhe mais programadores negros.

“O povo preto de periferia sabe construir soluções a partir do pouco que tem. Várias empresas já atuam nas comunidades para impulsionar a inovação e puxar pessoas negras. O mercado de tecnologia é majoritariamente branco e masculino. Um dos meus propósitos de vida é lutar para mudar isso”, reforça.

O mercado de tecnologia é majoritariamente branco e masculino. Um dos meus propósitos de vida é lutar para mudar isso”

Gabriel Costa, programador

A primeira linguagem de programação com a qual ele teve contato foi o Python. A partir disso, lembra, atuou para tentar ajudar o bairro onde cresceu. Durante a pandemia da covid-19, desenvolveu um programa de análise sobre o impacto da crise sanitária na escolaridade dos jovens na periferia de São Paulo. Além de um projeto que reuniu o conteúdo informativo produzido na comunidade.

Gabriel confessa que, desde muito jovem, sempre teve em mente a necessidade de criar soluções para problemas cotidianos de onde vive. “Eu encontrei na tecnologia uma ferramenta para propor coisas novas. O meu primeiro contato com a programação na faculdade foi como um estalo.”

Gabriel Costa quer mais oportunidades no setor para pessoas negras  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Frentes de trabalho

O programador lista ao menos três frentes necessárias para democratizar e incentivar a participação de pessoas negras e pobres na tecnologia. O jovem já desenvolveu projetos para incluir este grupo populacional. Para ele, o primeiro ponto é olhar para o ambiente domiciliar como fator decisivo. “Geralmente são casas pequenas, com muitas pessoas vivendo naquele espaço. Então, a maioria busca ONGs e escolas para estudar.”

O segundo trata do acesso a equipamentos e internet – os valores ainda são altos para a realidade da população mais vulnerável. Um terceiro elemento que dificulta a entrada de mais melanina na tecnologia da informação é são as lacunas básicas de ensino. “As pessoas têm muita dificuldade com matemática básica. É histórico. Então, esses fatores precisam ser combatidos.”

Para isso, Gabriel sugere maior investimento e aproximação das empresas com as comunidades para incentivar e subsidiar a educação. “Eu ainda estou terminando o segundo ano da faculdade, mas espero em breve retornar aos meus projetos de educação na periferia para incentivar mais gente da minha quebrada a entrar na tecnologia”, promete.

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