Celular blindado: veja como aumentar a proteção do seu smartphone contra roubos


Série de dicas podem deixar seu aparelhos e os seus bens digitais mais seguros

Por Guilherme Guerra
Atualização:

Roubos de celulares tornaram-se uma grande dor de cabeça para os cidadãos. Isso porque, hoje em dia, os prejuízos vão muito além da perda do aparelho, cujo valor é alto. Na verdade, ter o smartphone perdido pode significar sequestro de contas na internet e até invasão de contas bancárias. Em 2024, a cidade de São Paulo já registrou mais de 42 mil furtos e roubos de celulares.

No entanto, é possível reforçar a segurança dos aparelhos, tanto em celulares Android ou no iPhone. Tanto o Google quanto a Apple têm lançado recursos com esse intuito, cientes das queixas de consumidores por todo o mundo. No final de 2023, o governo federal lançou o aplicativo Celular Seguro, onde o cidadão pode avisar bancos e operadoras sobre o crime e tomar providências rapidamente.

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Para o usuário, também é recomendável criar mecanismos mais seguros de recuperação de conta, bem como estabelecer limites geográficos e de horário para transferências bancárias (cada instituição financeira possui uma política própria de segurança).

Algumas dicas “antigas” ainda valem, é claro. Use senhas novas e complexas para cada conta em redes sociais,

Abaixo, veja dicas para proteger seus celulares e contas na internet.

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Baixe o app Celular Seguro

O Celular Seguro é um aplicativo lançado pelo governo federal em dezembro de 2023. O intuito é criar uma central para que o cidadão possa, de uma só vez, comunicar operadoras telefônicas e instituições financeiras que o aparelho móvel foi roubado ou furtado. Após receberem a notificação, essas empresas desativam a linha telefônica e proíbem transações suspeitas no dispositivo cadastrado.

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É preciso baixar o aplicativo, entrar com os dados da plataforma federal GOV.BR e cadastrar dispositivos, linhas telefônicas e contatos de confiança (como um parente ou amigo).

Se ocorrer o crime, o cidadão deve prestar a queixa exclusivamente pelo aplicativo. Por isso, a recomendação é ter o app Celular Seguro instalado em outro dispositivo (como um tablet ou celular antigo ou de uma pessoa de confiança) ou acessar a versão web.

Para baixar o app Celular Seguro (disponível em celulares Android e iPhone), clique aqui. A versão para computadores pode ser acessada neste link.

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Furtos e roubos de celulares trazem prejuízos que vão além do aparelho, com invasão a contas bancárias e sequestro de contas digitais Foto: Marcos Müller/Estadão

Anote o IMEI

O IMEI (sigla em inglês para International Mobile Equipment Identity, ou Identidade Internacional de Equipamentos Móveis) é como se fosse o CPF de cada celular: é um conjunto de 16 números únicos para cada aparelho no mundo.

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Com o número IMEI, é possível desativar remotamente a linha telefônica do dispositivo, além de ser obrigatório declará-lo no boletim de ocorrência (B.O.). E é por esse número que a polícia pode devolver o aparelho ao dono, caso seja recuperado.

Por isso, a dica aqui é anotar o IMEI e deixá-lo em um lugar seguro em casa antes de ir para a rua. Esse conjunto de 16 números vai ser muito útil caso algo aconteça. Se você não sabe qual é o seu IMEI, é possível encontrá-lo de algumas maneiras:

  • No telefone, disque o comando *#06# no telefone;
  • No Android, vá em “Configurações”, clique em “Sobre o telefone” e procure o código do IMEI;
  • No iOS, vá até o app Ajustes, clique em “Geral” e, depois, em “Sobre”. Lá, vai estar a linha com o IMEI do aparelho;
  • É possível encontrar o IMEI na caixa em que foi vendido o celular, geralmente na parte traseira da embalagem;
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Ative as biometrias do aparelho

Esta dica é obrigatória: ative todas as formas de biometria do seu celular. Isso inclui leitores de digitais e de rosto.

Essa funcionalidade cria mais camadas de segurança no aparelho e é uma forma de garantir que você é você. A biometria não pode ser violada por terceiros, ao contrário das senhas alfanuméricas.

Além disso, ative recursos de biometria em aplicativos bancários, de mensagens e de e-mail. Isso vai adicionar uma camada extra, caso o celular seja roubado.

Não anote senhas

Sempre bom lembrar: Não deixe senhas anotadas em aplicativos dos seus aparelhos. Guarde-as em aplicativos próprios para isso e

Ou seja, nada de deixar senhas em bloco de notas. Ou nada de enviar para amigos em mensagens no WhatsApp. Os bandidos procuram por esse tipo de informação assim que pegam o celular, procurando brechas na segurança da vítima.

Use senhas complexas para contas digitais na internet Foto: Marcos Müller/Estadão

Não repita senhas

Não use a mesma senha para diferentes contas na internet. Ou seja, sua senha para acessar o Facebook não pode ser a mesma do Google ou da Apple. E a senha numérica para desbloquear o celular não pode ser a mesma sequência para entrar no aplicativo do seu banco.

Aqui, a dica é simples: crie diferentes códigos para cada uma das suas contas na internet. Você pode experimentar variações de uma mesma sequência – mas o ideal, mesmo, é ter uma senha diferente para cada login.

Crie senhas alfanuméricas para redes sociais

Em redes sociais e e-mail, abandone senhas fáceis (como aniversários ou “123456″). Em vez disso, adote senhas alfanuméricas longas e complexas.

Uma dica é substituir números por letras em palavras que tenham algum significado para você. Por exemplo: C4CH0RR0&G4T0_.

A melhor dica, porém, é adotar senhas impossíveis de memorizar, inclusive por você.

Aplicativos geradores de senha realizam essa tarefa, como o 1Password (que exige assinatura) e Last Password (gratuito). Eles funcionam como um cofre digital, no qual o usuário coloca todos seus logins e senhas complexas, criadas automaticamente por eles. Para abrir o cofre, apenas uma senha a ser memorizada (ou biometria) é necessária

Também é possível utilizar geradores de senhas nativos, como o do Android (Gerenciador de Senhas) e o do iPhone (Senhas, no app Ajustes).

Tentativas de golpes passam por engenharia social, que usa técnicas de contato para enganar o usuário Foto: Marcos Müller/Estadão

Senha no chip SIM

É possível inserir senha no chip (cartão SIM) da operadora. Com isso, toda vez que o celular for desligado ou quando for retirado o cartão do aparelho, vai ser exigido um código para ativar o sinal de telefonia.

Em caso de roubo, a senha adicional impede que ladrões insiram o cartão em outro aparelho e tenham acesso ao seu número, pelo qual podem tentar recuperar senhas. Isso pode ajudar a evitar golpes, como usarem seu número para se passar por você.

Para ativar a funcionalidade, consulte o site da sua operadora ou vá até uma loja física.

Importante: não perca a senha (anote num papel e deixe-o em casa, se preciso). Do contrário, você não vai ter acesso ao seu próprio aparelho quando ele for desligado por falta de bateria, por exemplo.

Adote a autenticação em dois fatores (2FA)

A autenticação em dois fatores (2FA, na sigla em inglês) consiste em inserir uma etapa adicional ao tentar entrar em uma conta digital, seja rede social, seja bancária. Geralmente, é um código enviado por e-mail ou SMS, mas pode ser um token, uma ligação e até uma chave física inserida por USB.

Esse recurso tornou-se obrigatório para muitas redes sociais (como Facebook e Instagram), mas é possível ativá-lo em outras contas, como Uber e iFood.

Dê preferência para autenticações por e-mail, e não por SMS (que depende de ter o número de telefone ativado, o que pode ser um problema em caso de extravio do aparelho).

Uma variação da 2FA é a senha de uso único, que é em um código adicional gerado a cada meio minuto por um aplicativo próprio. O Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, 1Password e LastPass são capazes de fornecer esse passe, que expira a cada 30 segundos.

Usuários devem reforçar segurança de aparelhos, baixando apps próprios e criando senhas complexas Foto: Marcos Müller/Estadão

Crie um contato de confiança

Considere incluir um contato de confiança em sua família iCloud (exclusiva para dispositivos da Apple). A funcionalidade permite que parentes e amigos possam apagar o dispositivo à distância rapidamente em caso de roubo, bem como ver a localização do aparelho. Esse pode ser um atalho em caso de roubos, poupando tempo.

O Android, do Google, não tem esse recurso.

Ative o recurso antirroubo do iPhone

Recentemente, com a alta de furtos e roubos de iPhone nos EUA e Brasil, a Apple lançou um recurso dedicado a prevenir mudanças no sistema do aparelho, caso este caia nas mãos erradas.

A funcionalidade lançada pela Apple é exclusiva aos smartphones compatíveis com o iOS 17.3 (o que inclui o iPhone XR até os modelos do iPhone 15). Ao ativá-lo, o iPhone impede alterações consideradas críticas para a segurança do aparelho, exigindo autenticação biométrica, e não mais a alfanumérica. Veja aqui como ativar.

Até o momento, o Google não desenvolveu algo semelhante para o Android.

Faça backup

Não se esqueça de realizar o backup de todas as suas informações armazenadas no aparelho. Tanto o Android quanto o iOS cumprem essa tarefa pela nuvem, sem necessidade de outro dispositivo.

Além disso, se possível, ative a função para ser realizada todos os dias, automaticamente, quando o dispositivo estiver carregando e conectado a uma rede Wi-Fi.

O backup vai permitir que suas informações sejam recuperadas facilmente em outro dispositivo, poupando tempo e dor de cabeça com novas configurações caso o aparelho anterior seja roubado.

Reduza limites de transferências

Uma possibilidade de redução de danos é diminuir limites de transferências, saques e pagamentos em suas contas bancárias instaladas nos aplicativos. Em caso de extravio do aparelho e invasão de contas, grandes valores não vão ser movimentados.

Geralmente, as próprias instituições financeiras permitem que essas alterações sejam realizadas rapidamente por aplicativo, exigindo senhas e biometria ao confirmar a operação. Consulte o seu banco.

Dispositivo velho em casa

Se puder, deixe um dispositivo em casa (como um tablet ou celular velho) para ser o aparelho por onde você acessa instituições financeiras cujas transações têm maior valor e são menos usuais no dia a dia, por exemplo. Ainda, é recomendável não deixar que informações desse aparelho sejam compartilhadas na nuvem, como blocos de notas.

Desconfie sempre

Não clique em links duvidosos enviados por e-mail ou WhatsApp. Eles podem levar a sites de criminosos, que extraem suas informações com páginas clonadas.

Tampouco compartilhe informações pessoais, mesmo que o pedido parta de um contato conhecido – esses podem ser casos de “phishing”, quando o criminoso tenta extrair informações de você com golpes de engenharia social.

A dica é simples: desconfie sempre. Se possível, tente verificar a procedência de algo antes de realizar uma transferência suspeita.

Recursos que vêm aí nos próximos meses

Nos próximos meses, recursos de segurança devem ser lançados como atualização de sistemas nos celulares.

O Android, do Google, vai inaugurar um “modo ladrão” nos próximos meses. Nele, se a inteligência artificial (IA) do celular identificar uma mudança de movimento abrupta no aparelho seguida de um padrão de velocidade, o dispositivo terá a tela bloqueada, exigindo senha para entrar. Isso deve ser útil em furtos e assaltos praticados pelo grupo “gangue da bike”, que passam de bicicleta e roubam o celular de indivíduos na calçada.

Para o iPhone, a Apple vai lançar um novo aplicativo: o Senhas. A ideia é facilitar o gerenciamento de códigos do celular, similar ao que já fazem outros apps do mercado, como o 1Password. Novidade deve ser lançada no iOS 18, disponível a partir de setembro em celulares aptos.

Roubos de celulares tornaram-se uma grande dor de cabeça para os cidadãos. Isso porque, hoje em dia, os prejuízos vão muito além da perda do aparelho, cujo valor é alto. Na verdade, ter o smartphone perdido pode significar sequestro de contas na internet e até invasão de contas bancárias. Em 2024, a cidade de São Paulo já registrou mais de 42 mil furtos e roubos de celulares.

No entanto, é possível reforçar a segurança dos aparelhos, tanto em celulares Android ou no iPhone. Tanto o Google quanto a Apple têm lançado recursos com esse intuito, cientes das queixas de consumidores por todo o mundo. No final de 2023, o governo federal lançou o aplicativo Celular Seguro, onde o cidadão pode avisar bancos e operadoras sobre o crime e tomar providências rapidamente.

Para o usuário, também é recomendável criar mecanismos mais seguros de recuperação de conta, bem como estabelecer limites geográficos e de horário para transferências bancárias (cada instituição financeira possui uma política própria de segurança).

Algumas dicas “antigas” ainda valem, é claro. Use senhas novas e complexas para cada conta em redes sociais,

Abaixo, veja dicas para proteger seus celulares e contas na internet.

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Baixe o app Celular Seguro

O Celular Seguro é um aplicativo lançado pelo governo federal em dezembro de 2023. O intuito é criar uma central para que o cidadão possa, de uma só vez, comunicar operadoras telefônicas e instituições financeiras que o aparelho móvel foi roubado ou furtado. Após receberem a notificação, essas empresas desativam a linha telefônica e proíbem transações suspeitas no dispositivo cadastrado.

É preciso baixar o aplicativo, entrar com os dados da plataforma federal GOV.BR e cadastrar dispositivos, linhas telefônicas e contatos de confiança (como um parente ou amigo).

Se ocorrer o crime, o cidadão deve prestar a queixa exclusivamente pelo aplicativo. Por isso, a recomendação é ter o app Celular Seguro instalado em outro dispositivo (como um tablet ou celular antigo ou de uma pessoa de confiança) ou acessar a versão web.

Para baixar o app Celular Seguro (disponível em celulares Android e iPhone), clique aqui. A versão para computadores pode ser acessada neste link.

Furtos e roubos de celulares trazem prejuízos que vão além do aparelho, com invasão a contas bancárias e sequestro de contas digitais Foto: Marcos Müller/Estadão

Anote o IMEI

O IMEI (sigla em inglês para International Mobile Equipment Identity, ou Identidade Internacional de Equipamentos Móveis) é como se fosse o CPF de cada celular: é um conjunto de 16 números únicos para cada aparelho no mundo.

Com o número IMEI, é possível desativar remotamente a linha telefônica do dispositivo, além de ser obrigatório declará-lo no boletim de ocorrência (B.O.). E é por esse número que a polícia pode devolver o aparelho ao dono, caso seja recuperado.

Por isso, a dica aqui é anotar o IMEI e deixá-lo em um lugar seguro em casa antes de ir para a rua. Esse conjunto de 16 números vai ser muito útil caso algo aconteça. Se você não sabe qual é o seu IMEI, é possível encontrá-lo de algumas maneiras:

  • No telefone, disque o comando *#06# no telefone;
  • No Android, vá em “Configurações”, clique em “Sobre o telefone” e procure o código do IMEI;
  • No iOS, vá até o app Ajustes, clique em “Geral” e, depois, em “Sobre”. Lá, vai estar a linha com o IMEI do aparelho;
  • É possível encontrar o IMEI na caixa em que foi vendido o celular, geralmente na parte traseira da embalagem;

Ative as biometrias do aparelho

Esta dica é obrigatória: ative todas as formas de biometria do seu celular. Isso inclui leitores de digitais e de rosto.

Essa funcionalidade cria mais camadas de segurança no aparelho e é uma forma de garantir que você é você. A biometria não pode ser violada por terceiros, ao contrário das senhas alfanuméricas.

Além disso, ative recursos de biometria em aplicativos bancários, de mensagens e de e-mail. Isso vai adicionar uma camada extra, caso o celular seja roubado.

Não anote senhas

Sempre bom lembrar: Não deixe senhas anotadas em aplicativos dos seus aparelhos. Guarde-as em aplicativos próprios para isso e

Ou seja, nada de deixar senhas em bloco de notas. Ou nada de enviar para amigos em mensagens no WhatsApp. Os bandidos procuram por esse tipo de informação assim que pegam o celular, procurando brechas na segurança da vítima.

Use senhas complexas para contas digitais na internet Foto: Marcos Müller/Estadão

Não repita senhas

Não use a mesma senha para diferentes contas na internet. Ou seja, sua senha para acessar o Facebook não pode ser a mesma do Google ou da Apple. E a senha numérica para desbloquear o celular não pode ser a mesma sequência para entrar no aplicativo do seu banco.

Aqui, a dica é simples: crie diferentes códigos para cada uma das suas contas na internet. Você pode experimentar variações de uma mesma sequência – mas o ideal, mesmo, é ter uma senha diferente para cada login.

Crie senhas alfanuméricas para redes sociais

Em redes sociais e e-mail, abandone senhas fáceis (como aniversários ou “123456″). Em vez disso, adote senhas alfanuméricas longas e complexas.

Uma dica é substituir números por letras em palavras que tenham algum significado para você. Por exemplo: C4CH0RR0&G4T0_.

A melhor dica, porém, é adotar senhas impossíveis de memorizar, inclusive por você.

Aplicativos geradores de senha realizam essa tarefa, como o 1Password (que exige assinatura) e Last Password (gratuito). Eles funcionam como um cofre digital, no qual o usuário coloca todos seus logins e senhas complexas, criadas automaticamente por eles. Para abrir o cofre, apenas uma senha a ser memorizada (ou biometria) é necessária

Também é possível utilizar geradores de senhas nativos, como o do Android (Gerenciador de Senhas) e o do iPhone (Senhas, no app Ajustes).

Tentativas de golpes passam por engenharia social, que usa técnicas de contato para enganar o usuário Foto: Marcos Müller/Estadão

Senha no chip SIM

É possível inserir senha no chip (cartão SIM) da operadora. Com isso, toda vez que o celular for desligado ou quando for retirado o cartão do aparelho, vai ser exigido um código para ativar o sinal de telefonia.

Em caso de roubo, a senha adicional impede que ladrões insiram o cartão em outro aparelho e tenham acesso ao seu número, pelo qual podem tentar recuperar senhas. Isso pode ajudar a evitar golpes, como usarem seu número para se passar por você.

Para ativar a funcionalidade, consulte o site da sua operadora ou vá até uma loja física.

Importante: não perca a senha (anote num papel e deixe-o em casa, se preciso). Do contrário, você não vai ter acesso ao seu próprio aparelho quando ele for desligado por falta de bateria, por exemplo.

Adote a autenticação em dois fatores (2FA)

A autenticação em dois fatores (2FA, na sigla em inglês) consiste em inserir uma etapa adicional ao tentar entrar em uma conta digital, seja rede social, seja bancária. Geralmente, é um código enviado por e-mail ou SMS, mas pode ser um token, uma ligação e até uma chave física inserida por USB.

Esse recurso tornou-se obrigatório para muitas redes sociais (como Facebook e Instagram), mas é possível ativá-lo em outras contas, como Uber e iFood.

Dê preferência para autenticações por e-mail, e não por SMS (que depende de ter o número de telefone ativado, o que pode ser um problema em caso de extravio do aparelho).

Uma variação da 2FA é a senha de uso único, que é em um código adicional gerado a cada meio minuto por um aplicativo próprio. O Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, 1Password e LastPass são capazes de fornecer esse passe, que expira a cada 30 segundos.

Usuários devem reforçar segurança de aparelhos, baixando apps próprios e criando senhas complexas Foto: Marcos Müller/Estadão

Crie um contato de confiança

Considere incluir um contato de confiança em sua família iCloud (exclusiva para dispositivos da Apple). A funcionalidade permite que parentes e amigos possam apagar o dispositivo à distância rapidamente em caso de roubo, bem como ver a localização do aparelho. Esse pode ser um atalho em caso de roubos, poupando tempo.

O Android, do Google, não tem esse recurso.

Ative o recurso antirroubo do iPhone

Recentemente, com a alta de furtos e roubos de iPhone nos EUA e Brasil, a Apple lançou um recurso dedicado a prevenir mudanças no sistema do aparelho, caso este caia nas mãos erradas.

A funcionalidade lançada pela Apple é exclusiva aos smartphones compatíveis com o iOS 17.3 (o que inclui o iPhone XR até os modelos do iPhone 15). Ao ativá-lo, o iPhone impede alterações consideradas críticas para a segurança do aparelho, exigindo autenticação biométrica, e não mais a alfanumérica. Veja aqui como ativar.

Até o momento, o Google não desenvolveu algo semelhante para o Android.

Faça backup

Não se esqueça de realizar o backup de todas as suas informações armazenadas no aparelho. Tanto o Android quanto o iOS cumprem essa tarefa pela nuvem, sem necessidade de outro dispositivo.

Além disso, se possível, ative a função para ser realizada todos os dias, automaticamente, quando o dispositivo estiver carregando e conectado a uma rede Wi-Fi.

O backup vai permitir que suas informações sejam recuperadas facilmente em outro dispositivo, poupando tempo e dor de cabeça com novas configurações caso o aparelho anterior seja roubado.

Reduza limites de transferências

Uma possibilidade de redução de danos é diminuir limites de transferências, saques e pagamentos em suas contas bancárias instaladas nos aplicativos. Em caso de extravio do aparelho e invasão de contas, grandes valores não vão ser movimentados.

Geralmente, as próprias instituições financeiras permitem que essas alterações sejam realizadas rapidamente por aplicativo, exigindo senhas e biometria ao confirmar a operação. Consulte o seu banco.

Dispositivo velho em casa

Se puder, deixe um dispositivo em casa (como um tablet ou celular velho) para ser o aparelho por onde você acessa instituições financeiras cujas transações têm maior valor e são menos usuais no dia a dia, por exemplo. Ainda, é recomendável não deixar que informações desse aparelho sejam compartilhadas na nuvem, como blocos de notas.

Desconfie sempre

Não clique em links duvidosos enviados por e-mail ou WhatsApp. Eles podem levar a sites de criminosos, que extraem suas informações com páginas clonadas.

Tampouco compartilhe informações pessoais, mesmo que o pedido parta de um contato conhecido – esses podem ser casos de “phishing”, quando o criminoso tenta extrair informações de você com golpes de engenharia social.

A dica é simples: desconfie sempre. Se possível, tente verificar a procedência de algo antes de realizar uma transferência suspeita.

Recursos que vêm aí nos próximos meses

Nos próximos meses, recursos de segurança devem ser lançados como atualização de sistemas nos celulares.

O Android, do Google, vai inaugurar um “modo ladrão” nos próximos meses. Nele, se a inteligência artificial (IA) do celular identificar uma mudança de movimento abrupta no aparelho seguida de um padrão de velocidade, o dispositivo terá a tela bloqueada, exigindo senha para entrar. Isso deve ser útil em furtos e assaltos praticados pelo grupo “gangue da bike”, que passam de bicicleta e roubam o celular de indivíduos na calçada.

Para o iPhone, a Apple vai lançar um novo aplicativo: o Senhas. A ideia é facilitar o gerenciamento de códigos do celular, similar ao que já fazem outros apps do mercado, como o 1Password. Novidade deve ser lançada no iOS 18, disponível a partir de setembro em celulares aptos.

Roubos de celulares tornaram-se uma grande dor de cabeça para os cidadãos. Isso porque, hoje em dia, os prejuízos vão muito além da perda do aparelho, cujo valor é alto. Na verdade, ter o smartphone perdido pode significar sequestro de contas na internet e até invasão de contas bancárias. Em 2024, a cidade de São Paulo já registrou mais de 42 mil furtos e roubos de celulares.

No entanto, é possível reforçar a segurança dos aparelhos, tanto em celulares Android ou no iPhone. Tanto o Google quanto a Apple têm lançado recursos com esse intuito, cientes das queixas de consumidores por todo o mundo. No final de 2023, o governo federal lançou o aplicativo Celular Seguro, onde o cidadão pode avisar bancos e operadoras sobre o crime e tomar providências rapidamente.

Para o usuário, também é recomendável criar mecanismos mais seguros de recuperação de conta, bem como estabelecer limites geográficos e de horário para transferências bancárias (cada instituição financeira possui uma política própria de segurança).

Algumas dicas “antigas” ainda valem, é claro. Use senhas novas e complexas para cada conta em redes sociais,

Abaixo, veja dicas para proteger seus celulares e contas na internet.

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Baixe o app Celular Seguro

O Celular Seguro é um aplicativo lançado pelo governo federal em dezembro de 2023. O intuito é criar uma central para que o cidadão possa, de uma só vez, comunicar operadoras telefônicas e instituições financeiras que o aparelho móvel foi roubado ou furtado. Após receberem a notificação, essas empresas desativam a linha telefônica e proíbem transações suspeitas no dispositivo cadastrado.

É preciso baixar o aplicativo, entrar com os dados da plataforma federal GOV.BR e cadastrar dispositivos, linhas telefônicas e contatos de confiança (como um parente ou amigo).

Se ocorrer o crime, o cidadão deve prestar a queixa exclusivamente pelo aplicativo. Por isso, a recomendação é ter o app Celular Seguro instalado em outro dispositivo (como um tablet ou celular antigo ou de uma pessoa de confiança) ou acessar a versão web.

Para baixar o app Celular Seguro (disponível em celulares Android e iPhone), clique aqui. A versão para computadores pode ser acessada neste link.

Furtos e roubos de celulares trazem prejuízos que vão além do aparelho, com invasão a contas bancárias e sequestro de contas digitais Foto: Marcos Müller/Estadão

Anote o IMEI

O IMEI (sigla em inglês para International Mobile Equipment Identity, ou Identidade Internacional de Equipamentos Móveis) é como se fosse o CPF de cada celular: é um conjunto de 16 números únicos para cada aparelho no mundo.

Com o número IMEI, é possível desativar remotamente a linha telefônica do dispositivo, além de ser obrigatório declará-lo no boletim de ocorrência (B.O.). E é por esse número que a polícia pode devolver o aparelho ao dono, caso seja recuperado.

Por isso, a dica aqui é anotar o IMEI e deixá-lo em um lugar seguro em casa antes de ir para a rua. Esse conjunto de 16 números vai ser muito útil caso algo aconteça. Se você não sabe qual é o seu IMEI, é possível encontrá-lo de algumas maneiras:

  • No telefone, disque o comando *#06# no telefone;
  • No Android, vá em “Configurações”, clique em “Sobre o telefone” e procure o código do IMEI;
  • No iOS, vá até o app Ajustes, clique em “Geral” e, depois, em “Sobre”. Lá, vai estar a linha com o IMEI do aparelho;
  • É possível encontrar o IMEI na caixa em que foi vendido o celular, geralmente na parte traseira da embalagem;

Ative as biometrias do aparelho

Esta dica é obrigatória: ative todas as formas de biometria do seu celular. Isso inclui leitores de digitais e de rosto.

Essa funcionalidade cria mais camadas de segurança no aparelho e é uma forma de garantir que você é você. A biometria não pode ser violada por terceiros, ao contrário das senhas alfanuméricas.

Além disso, ative recursos de biometria em aplicativos bancários, de mensagens e de e-mail. Isso vai adicionar uma camada extra, caso o celular seja roubado.

Não anote senhas

Sempre bom lembrar: Não deixe senhas anotadas em aplicativos dos seus aparelhos. Guarde-as em aplicativos próprios para isso e

Ou seja, nada de deixar senhas em bloco de notas. Ou nada de enviar para amigos em mensagens no WhatsApp. Os bandidos procuram por esse tipo de informação assim que pegam o celular, procurando brechas na segurança da vítima.

Use senhas complexas para contas digitais na internet Foto: Marcos Müller/Estadão

Não repita senhas

Não use a mesma senha para diferentes contas na internet. Ou seja, sua senha para acessar o Facebook não pode ser a mesma do Google ou da Apple. E a senha numérica para desbloquear o celular não pode ser a mesma sequência para entrar no aplicativo do seu banco.

Aqui, a dica é simples: crie diferentes códigos para cada uma das suas contas na internet. Você pode experimentar variações de uma mesma sequência – mas o ideal, mesmo, é ter uma senha diferente para cada login.

Crie senhas alfanuméricas para redes sociais

Em redes sociais e e-mail, abandone senhas fáceis (como aniversários ou “123456″). Em vez disso, adote senhas alfanuméricas longas e complexas.

Uma dica é substituir números por letras em palavras que tenham algum significado para você. Por exemplo: C4CH0RR0&G4T0_.

A melhor dica, porém, é adotar senhas impossíveis de memorizar, inclusive por você.

Aplicativos geradores de senha realizam essa tarefa, como o 1Password (que exige assinatura) e Last Password (gratuito). Eles funcionam como um cofre digital, no qual o usuário coloca todos seus logins e senhas complexas, criadas automaticamente por eles. Para abrir o cofre, apenas uma senha a ser memorizada (ou biometria) é necessária

Também é possível utilizar geradores de senhas nativos, como o do Android (Gerenciador de Senhas) e o do iPhone (Senhas, no app Ajustes).

Tentativas de golpes passam por engenharia social, que usa técnicas de contato para enganar o usuário Foto: Marcos Müller/Estadão

Senha no chip SIM

É possível inserir senha no chip (cartão SIM) da operadora. Com isso, toda vez que o celular for desligado ou quando for retirado o cartão do aparelho, vai ser exigido um código para ativar o sinal de telefonia.

Em caso de roubo, a senha adicional impede que ladrões insiram o cartão em outro aparelho e tenham acesso ao seu número, pelo qual podem tentar recuperar senhas. Isso pode ajudar a evitar golpes, como usarem seu número para se passar por você.

Para ativar a funcionalidade, consulte o site da sua operadora ou vá até uma loja física.

Importante: não perca a senha (anote num papel e deixe-o em casa, se preciso). Do contrário, você não vai ter acesso ao seu próprio aparelho quando ele for desligado por falta de bateria, por exemplo.

Adote a autenticação em dois fatores (2FA)

A autenticação em dois fatores (2FA, na sigla em inglês) consiste em inserir uma etapa adicional ao tentar entrar em uma conta digital, seja rede social, seja bancária. Geralmente, é um código enviado por e-mail ou SMS, mas pode ser um token, uma ligação e até uma chave física inserida por USB.

Esse recurso tornou-se obrigatório para muitas redes sociais (como Facebook e Instagram), mas é possível ativá-lo em outras contas, como Uber e iFood.

Dê preferência para autenticações por e-mail, e não por SMS (que depende de ter o número de telefone ativado, o que pode ser um problema em caso de extravio do aparelho).

Uma variação da 2FA é a senha de uso único, que é em um código adicional gerado a cada meio minuto por um aplicativo próprio. O Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, 1Password e LastPass são capazes de fornecer esse passe, que expira a cada 30 segundos.

Usuários devem reforçar segurança de aparelhos, baixando apps próprios e criando senhas complexas Foto: Marcos Müller/Estadão

Crie um contato de confiança

Considere incluir um contato de confiança em sua família iCloud (exclusiva para dispositivos da Apple). A funcionalidade permite que parentes e amigos possam apagar o dispositivo à distância rapidamente em caso de roubo, bem como ver a localização do aparelho. Esse pode ser um atalho em caso de roubos, poupando tempo.

O Android, do Google, não tem esse recurso.

Ative o recurso antirroubo do iPhone

Recentemente, com a alta de furtos e roubos de iPhone nos EUA e Brasil, a Apple lançou um recurso dedicado a prevenir mudanças no sistema do aparelho, caso este caia nas mãos erradas.

A funcionalidade lançada pela Apple é exclusiva aos smartphones compatíveis com o iOS 17.3 (o que inclui o iPhone XR até os modelos do iPhone 15). Ao ativá-lo, o iPhone impede alterações consideradas críticas para a segurança do aparelho, exigindo autenticação biométrica, e não mais a alfanumérica. Veja aqui como ativar.

Até o momento, o Google não desenvolveu algo semelhante para o Android.

Faça backup

Não se esqueça de realizar o backup de todas as suas informações armazenadas no aparelho. Tanto o Android quanto o iOS cumprem essa tarefa pela nuvem, sem necessidade de outro dispositivo.

Além disso, se possível, ative a função para ser realizada todos os dias, automaticamente, quando o dispositivo estiver carregando e conectado a uma rede Wi-Fi.

O backup vai permitir que suas informações sejam recuperadas facilmente em outro dispositivo, poupando tempo e dor de cabeça com novas configurações caso o aparelho anterior seja roubado.

Reduza limites de transferências

Uma possibilidade de redução de danos é diminuir limites de transferências, saques e pagamentos em suas contas bancárias instaladas nos aplicativos. Em caso de extravio do aparelho e invasão de contas, grandes valores não vão ser movimentados.

Geralmente, as próprias instituições financeiras permitem que essas alterações sejam realizadas rapidamente por aplicativo, exigindo senhas e biometria ao confirmar a operação. Consulte o seu banco.

Dispositivo velho em casa

Se puder, deixe um dispositivo em casa (como um tablet ou celular velho) para ser o aparelho por onde você acessa instituições financeiras cujas transações têm maior valor e são menos usuais no dia a dia, por exemplo. Ainda, é recomendável não deixar que informações desse aparelho sejam compartilhadas na nuvem, como blocos de notas.

Desconfie sempre

Não clique em links duvidosos enviados por e-mail ou WhatsApp. Eles podem levar a sites de criminosos, que extraem suas informações com páginas clonadas.

Tampouco compartilhe informações pessoais, mesmo que o pedido parta de um contato conhecido – esses podem ser casos de “phishing”, quando o criminoso tenta extrair informações de você com golpes de engenharia social.

A dica é simples: desconfie sempre. Se possível, tente verificar a procedência de algo antes de realizar uma transferência suspeita.

Recursos que vêm aí nos próximos meses

Nos próximos meses, recursos de segurança devem ser lançados como atualização de sistemas nos celulares.

O Android, do Google, vai inaugurar um “modo ladrão” nos próximos meses. Nele, se a inteligência artificial (IA) do celular identificar uma mudança de movimento abrupta no aparelho seguida de um padrão de velocidade, o dispositivo terá a tela bloqueada, exigindo senha para entrar. Isso deve ser útil em furtos e assaltos praticados pelo grupo “gangue da bike”, que passam de bicicleta e roubam o celular de indivíduos na calçada.

Para o iPhone, a Apple vai lançar um novo aplicativo: o Senhas. A ideia é facilitar o gerenciamento de códigos do celular, similar ao que já fazem outros apps do mercado, como o 1Password. Novidade deve ser lançada no iOS 18, disponível a partir de setembro em celulares aptos.

Roubos de celulares tornaram-se uma grande dor de cabeça para os cidadãos. Isso porque, hoje em dia, os prejuízos vão muito além da perda do aparelho, cujo valor é alto. Na verdade, ter o smartphone perdido pode significar sequestro de contas na internet e até invasão de contas bancárias. Em 2024, a cidade de São Paulo já registrou mais de 42 mil furtos e roubos de celulares.

No entanto, é possível reforçar a segurança dos aparelhos, tanto em celulares Android ou no iPhone. Tanto o Google quanto a Apple têm lançado recursos com esse intuito, cientes das queixas de consumidores por todo o mundo. No final de 2023, o governo federal lançou o aplicativo Celular Seguro, onde o cidadão pode avisar bancos e operadoras sobre o crime e tomar providências rapidamente.

Para o usuário, também é recomendável criar mecanismos mais seguros de recuperação de conta, bem como estabelecer limites geográficos e de horário para transferências bancárias (cada instituição financeira possui uma política própria de segurança).

Algumas dicas “antigas” ainda valem, é claro. Use senhas novas e complexas para cada conta em redes sociais,

Abaixo, veja dicas para proteger seus celulares e contas na internet.

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Baixe o app Celular Seguro

O Celular Seguro é um aplicativo lançado pelo governo federal em dezembro de 2023. O intuito é criar uma central para que o cidadão possa, de uma só vez, comunicar operadoras telefônicas e instituições financeiras que o aparelho móvel foi roubado ou furtado. Após receberem a notificação, essas empresas desativam a linha telefônica e proíbem transações suspeitas no dispositivo cadastrado.

É preciso baixar o aplicativo, entrar com os dados da plataforma federal GOV.BR e cadastrar dispositivos, linhas telefônicas e contatos de confiança (como um parente ou amigo).

Se ocorrer o crime, o cidadão deve prestar a queixa exclusivamente pelo aplicativo. Por isso, a recomendação é ter o app Celular Seguro instalado em outro dispositivo (como um tablet ou celular antigo ou de uma pessoa de confiança) ou acessar a versão web.

Para baixar o app Celular Seguro (disponível em celulares Android e iPhone), clique aqui. A versão para computadores pode ser acessada neste link.

Furtos e roubos de celulares trazem prejuízos que vão além do aparelho, com invasão a contas bancárias e sequestro de contas digitais Foto: Marcos Müller/Estadão

Anote o IMEI

O IMEI (sigla em inglês para International Mobile Equipment Identity, ou Identidade Internacional de Equipamentos Móveis) é como se fosse o CPF de cada celular: é um conjunto de 16 números únicos para cada aparelho no mundo.

Com o número IMEI, é possível desativar remotamente a linha telefônica do dispositivo, além de ser obrigatório declará-lo no boletim de ocorrência (B.O.). E é por esse número que a polícia pode devolver o aparelho ao dono, caso seja recuperado.

Por isso, a dica aqui é anotar o IMEI e deixá-lo em um lugar seguro em casa antes de ir para a rua. Esse conjunto de 16 números vai ser muito útil caso algo aconteça. Se você não sabe qual é o seu IMEI, é possível encontrá-lo de algumas maneiras:

  • No telefone, disque o comando *#06# no telefone;
  • No Android, vá em “Configurações”, clique em “Sobre o telefone” e procure o código do IMEI;
  • No iOS, vá até o app Ajustes, clique em “Geral” e, depois, em “Sobre”. Lá, vai estar a linha com o IMEI do aparelho;
  • É possível encontrar o IMEI na caixa em que foi vendido o celular, geralmente na parte traseira da embalagem;

Ative as biometrias do aparelho

Esta dica é obrigatória: ative todas as formas de biometria do seu celular. Isso inclui leitores de digitais e de rosto.

Essa funcionalidade cria mais camadas de segurança no aparelho e é uma forma de garantir que você é você. A biometria não pode ser violada por terceiros, ao contrário das senhas alfanuméricas.

Além disso, ative recursos de biometria em aplicativos bancários, de mensagens e de e-mail. Isso vai adicionar uma camada extra, caso o celular seja roubado.

Não anote senhas

Sempre bom lembrar: Não deixe senhas anotadas em aplicativos dos seus aparelhos. Guarde-as em aplicativos próprios para isso e

Ou seja, nada de deixar senhas em bloco de notas. Ou nada de enviar para amigos em mensagens no WhatsApp. Os bandidos procuram por esse tipo de informação assim que pegam o celular, procurando brechas na segurança da vítima.

Use senhas complexas para contas digitais na internet Foto: Marcos Müller/Estadão

Não repita senhas

Não use a mesma senha para diferentes contas na internet. Ou seja, sua senha para acessar o Facebook não pode ser a mesma do Google ou da Apple. E a senha numérica para desbloquear o celular não pode ser a mesma sequência para entrar no aplicativo do seu banco.

Aqui, a dica é simples: crie diferentes códigos para cada uma das suas contas na internet. Você pode experimentar variações de uma mesma sequência – mas o ideal, mesmo, é ter uma senha diferente para cada login.

Crie senhas alfanuméricas para redes sociais

Em redes sociais e e-mail, abandone senhas fáceis (como aniversários ou “123456″). Em vez disso, adote senhas alfanuméricas longas e complexas.

Uma dica é substituir números por letras em palavras que tenham algum significado para você. Por exemplo: C4CH0RR0&G4T0_.

A melhor dica, porém, é adotar senhas impossíveis de memorizar, inclusive por você.

Aplicativos geradores de senha realizam essa tarefa, como o 1Password (que exige assinatura) e Last Password (gratuito). Eles funcionam como um cofre digital, no qual o usuário coloca todos seus logins e senhas complexas, criadas automaticamente por eles. Para abrir o cofre, apenas uma senha a ser memorizada (ou biometria) é necessária

Também é possível utilizar geradores de senhas nativos, como o do Android (Gerenciador de Senhas) e o do iPhone (Senhas, no app Ajustes).

Tentativas de golpes passam por engenharia social, que usa técnicas de contato para enganar o usuário Foto: Marcos Müller/Estadão

Senha no chip SIM

É possível inserir senha no chip (cartão SIM) da operadora. Com isso, toda vez que o celular for desligado ou quando for retirado o cartão do aparelho, vai ser exigido um código para ativar o sinal de telefonia.

Em caso de roubo, a senha adicional impede que ladrões insiram o cartão em outro aparelho e tenham acesso ao seu número, pelo qual podem tentar recuperar senhas. Isso pode ajudar a evitar golpes, como usarem seu número para se passar por você.

Para ativar a funcionalidade, consulte o site da sua operadora ou vá até uma loja física.

Importante: não perca a senha (anote num papel e deixe-o em casa, se preciso). Do contrário, você não vai ter acesso ao seu próprio aparelho quando ele for desligado por falta de bateria, por exemplo.

Adote a autenticação em dois fatores (2FA)

A autenticação em dois fatores (2FA, na sigla em inglês) consiste em inserir uma etapa adicional ao tentar entrar em uma conta digital, seja rede social, seja bancária. Geralmente, é um código enviado por e-mail ou SMS, mas pode ser um token, uma ligação e até uma chave física inserida por USB.

Esse recurso tornou-se obrigatório para muitas redes sociais (como Facebook e Instagram), mas é possível ativá-lo em outras contas, como Uber e iFood.

Dê preferência para autenticações por e-mail, e não por SMS (que depende de ter o número de telefone ativado, o que pode ser um problema em caso de extravio do aparelho).

Uma variação da 2FA é a senha de uso único, que é em um código adicional gerado a cada meio minuto por um aplicativo próprio. O Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, 1Password e LastPass são capazes de fornecer esse passe, que expira a cada 30 segundos.

Usuários devem reforçar segurança de aparelhos, baixando apps próprios e criando senhas complexas Foto: Marcos Müller/Estadão

Crie um contato de confiança

Considere incluir um contato de confiança em sua família iCloud (exclusiva para dispositivos da Apple). A funcionalidade permite que parentes e amigos possam apagar o dispositivo à distância rapidamente em caso de roubo, bem como ver a localização do aparelho. Esse pode ser um atalho em caso de roubos, poupando tempo.

O Android, do Google, não tem esse recurso.

Ative o recurso antirroubo do iPhone

Recentemente, com a alta de furtos e roubos de iPhone nos EUA e Brasil, a Apple lançou um recurso dedicado a prevenir mudanças no sistema do aparelho, caso este caia nas mãos erradas.

A funcionalidade lançada pela Apple é exclusiva aos smartphones compatíveis com o iOS 17.3 (o que inclui o iPhone XR até os modelos do iPhone 15). Ao ativá-lo, o iPhone impede alterações consideradas críticas para a segurança do aparelho, exigindo autenticação biométrica, e não mais a alfanumérica. Veja aqui como ativar.

Até o momento, o Google não desenvolveu algo semelhante para o Android.

Faça backup

Não se esqueça de realizar o backup de todas as suas informações armazenadas no aparelho. Tanto o Android quanto o iOS cumprem essa tarefa pela nuvem, sem necessidade de outro dispositivo.

Além disso, se possível, ative a função para ser realizada todos os dias, automaticamente, quando o dispositivo estiver carregando e conectado a uma rede Wi-Fi.

O backup vai permitir que suas informações sejam recuperadas facilmente em outro dispositivo, poupando tempo e dor de cabeça com novas configurações caso o aparelho anterior seja roubado.

Reduza limites de transferências

Uma possibilidade de redução de danos é diminuir limites de transferências, saques e pagamentos em suas contas bancárias instaladas nos aplicativos. Em caso de extravio do aparelho e invasão de contas, grandes valores não vão ser movimentados.

Geralmente, as próprias instituições financeiras permitem que essas alterações sejam realizadas rapidamente por aplicativo, exigindo senhas e biometria ao confirmar a operação. Consulte o seu banco.

Dispositivo velho em casa

Se puder, deixe um dispositivo em casa (como um tablet ou celular velho) para ser o aparelho por onde você acessa instituições financeiras cujas transações têm maior valor e são menos usuais no dia a dia, por exemplo. Ainda, é recomendável não deixar que informações desse aparelho sejam compartilhadas na nuvem, como blocos de notas.

Desconfie sempre

Não clique em links duvidosos enviados por e-mail ou WhatsApp. Eles podem levar a sites de criminosos, que extraem suas informações com páginas clonadas.

Tampouco compartilhe informações pessoais, mesmo que o pedido parta de um contato conhecido – esses podem ser casos de “phishing”, quando o criminoso tenta extrair informações de você com golpes de engenharia social.

A dica é simples: desconfie sempre. Se possível, tente verificar a procedência de algo antes de realizar uma transferência suspeita.

Recursos que vêm aí nos próximos meses

Nos próximos meses, recursos de segurança devem ser lançados como atualização de sistemas nos celulares.

O Android, do Google, vai inaugurar um “modo ladrão” nos próximos meses. Nele, se a inteligência artificial (IA) do celular identificar uma mudança de movimento abrupta no aparelho seguida de um padrão de velocidade, o dispositivo terá a tela bloqueada, exigindo senha para entrar. Isso deve ser útil em furtos e assaltos praticados pelo grupo “gangue da bike”, que passam de bicicleta e roubam o celular de indivíduos na calçada.

Para o iPhone, a Apple vai lançar um novo aplicativo: o Senhas. A ideia é facilitar o gerenciamento de códigos do celular, similar ao que já fazem outros apps do mercado, como o 1Password. Novidade deve ser lançada no iOS 18, disponível a partir de setembro em celulares aptos.

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