Na quinta-feira, 11, um foguete da SpaceX da linha Falcon 9 apresentou falhas graves e explodiu em pleno voo. O incidente, que não ocorria desde 2016, foi confirmado por Elon Musk, dono da empresa espacial, nas redes sociais.
O foguete não tripulado foi lançado a partir da base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. A princípio, o veículo desempenhou bem, sem maiores dificuldades. Tudo corria conforme o planejado quando, durante a primeira queima do segundo estágio, gelo começou a se acumular em volta do motor do foguete. Segundo a SpaceX, houve um vazamento de oxigênio líquido no componente.
A empresa diz ainda que o motor apresentou uma anomalia e não foi capaz de realizar com sucesso a sua queima, o que impediu a nave de chegar a altura desejada. O veículo transportava 20 satélites da rede Starlink, serviço de internet da empresa, que foram colocados em órbita abaixo do desejável pela companhia. De acordo com Musk, o ponto em que o foguete estava poderia ser baixo demais para que a órbita fosse elevada e retomada corretamente.
Até o momento da publicação, a empresa conseguiu fazer contato com cinco dos satélites, cuja órbita tentava fazer subir por meio de propulsores de íons. Segundo o bilionário, o esforço “provavelmente não funcionará, mas vale a pena”. Segundo a SpaceX, seus engenheiros tentaram enviar novos comandos de queima para o motor, mas não houve resultado.
Assim, a companhia informa que os satélites, que atingiram uma altura de 135 km, cairão na Terra por conta da gravidade, em um processo que levará à destruição dos equipamentos. “Eles não representam um perigo a outros satélites em órbita ou à segurança pública”, diz a publicação.
Ainda de acordo com Musk, houve uma desmontagem rápida e não programada do motor do segundo estágio. A falha fez com que a FAA, Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos, suspendesse todos os lançamentos futuros do Falcon 9 até o final das investigações.
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Trata-se da primeira falha de um foguete Falcon 9 desde setembro de 2016, ocasião em que ocorreu uma explosão na plataforma em meio a um teste antes do voo. O incidente acabou por destruir o foguete e um satélite de comunicações que seria colocado em órbita. Em voo, a última falha foi no ano de 2015, quando o estágio superior do foguete se desfez em meio ao lançamento da nave Dragon.
Como resultado do incidente, espera-se a desaceleração dos voos do Falcon 9, que, até agora, vinham ocorrendo em ritmo acelerado. De acordo com o New York Times, havia expectativas de mais de 140 lançamentos neste ano. Em 2023, foram 91.
Já o Falcon 9 mantém retrospecto positivo, com mais de 350 voos realizados com sucesso.