É sempre um desafio falar sobre o festival South by Southwest, mais conhecido como SXSW. A edição 2017 do evento começou na última sexta-feira, 10, em Austin, no Estado norte-americano do Texas. Com sua programação gigantesca e variada – cobrindo temas que vão desde o futuro do mercado de drones a como educar os filhos em tempos digitais – não é tão simples identificar as principais tendências e o que de mais relevante está sendo compartilhado no encontro, que está em sua 31ª edição.
Uma maneira de colocar um pouco mais de luz no assunto é ouvir o que os organizadores dizem, o que acontece numa rápida apresentação logo na abertura do SXSW. Hugh Forrest, diretor de programação do evento, falou sobre as principais mudanças. O formato foi alterado em 2017 para promover mais integração, dando a oportunidade de todos os inscritos acompanharem qualquer palestra ou debate dentro dos três eventos que acontecem simultaneamente – cinema, música e interativo (tecnologia e marketing). A mensagem é clara: conectem-se e conheçam pessoas com experiências e interesses diferentes.
Em relação aos temas, realidade virtual, um dos destaques da edição anterior, continua sendo muito debatido mas num tom diferente. Agora, a questão é se a tecnologia é mais um modismo ou se veio para ficar. Outros dois assuntos vão ser muito falados nos próximos dias: inteligência artificial em suas mais variadas aplicações e o futuro do transporte, de carros autônomos aos drones. Além disso, as notícias falsas -- uma preocupação que não é nova, mas ganhou relevância ao longo do último ano -- também serão um dos destaques no SXSW.
Um assunto com pouco destaque na programação oficial é certamente o mais falado: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em 2016, Barack e Michelle Obama foram os principais palestrantes do evento e só e falava deles nas conversas. Esse ano Trump não participa, mas é o tema mais comentado, na maior parte das vezes em tom negativo. Nos próximos dias, o Estado acompanhar e compartilhar os principais destaques do festival. Acompanhe!
*É diretor de marketing do Estadão