Um em cada quatro brasileiros não tem acesso à internet, mostra pesquisa


Pesquisa revela que 133,8 milhões de cidadãos têm acesso à rede; 58% fazem isso exclusivamente pelo celular

Por Bruno Romani
58% dos brasileiros acessam a internet apenas pelo celular Foto: Gabriela Biló/Estadão

O acesso à internet no Brasil avança, mas revela diferenças sociais importantes. Divulgada nesta terça, 26, a mais recente versão do TIC Domicílios,estudo que mede os hábitos e comportamento de usuários da internet brasileira, mostrou avanço no acesso da população brasileira de quatro pontos percentuais em relação a 2018, chegando 74% (ou 133,8 milhões). Por outro lado, isso significa que ainda um em cada quatro brasileiros não acessa a rede mundial de computadores.

No perfil de acesso, as diferenças por região, gênero e raça são pequenas. Elas são acentuadas por classe social (95% na classe A, 93% na classe B, 78% na classe C e 57% nas classes D e E) e educação (97% entre os com ensino superior, 89% entre os com ensino médio, 60% entre os com ensino fundamental e 16% entre os com educação infantil e analfabetos).

continua após a publicidade

Realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), a pesquisa mostra ainda que 58% dos internautas brasileiros se conectam exclusivamente pelo telefone celular - em 2014, 80% dos usuários usavam computadores para se conectar, mas esse índice caiu para 42%. Mais gritante: 85% dos usuários das classes D e E se conectam exclusivamente pelo aparelho móvel.

A taxa de usuários que usam exclusivamente o celular é um indicativo importante, pois nem sempre os aparelhos permitem a realização de atividades mais sofisticadas. 

Apenas 33% dos internautas realizaram atividades de trabalho na internet e 40% estudou por conta própria pela internet. Quando o recorte é por classe, a diferença é gritante: 66% de membros da classe A realizaram atividades de trabalho pela internet, enquanto esse número cai para 18% nas classes D e E. O mesmo vale para estudos: 60% para a classe A e 27% para D e E. Enquanto isso, 92% dos internautas brasileiros enviou mensagens por aplicativos como o WhatsApp. 

continua após a publicidade

"Com o isolamento social, milhões de brasileiros passaram a depender ainda mais da internet para realizar atividades de trabalho remoto, ensino à distância e até mesmo para acessar o auxílio emergencial do governo. Mas a falta de acesso à internet e o uso exclusivamente por celular, especialmente nas classes DE, evidenciam as desigualdades digitais presentes no país", diz Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

58% dos brasileiros acessam a internet apenas pelo celular Foto: Gabriela Biló/Estadão

O acesso à internet no Brasil avança, mas revela diferenças sociais importantes. Divulgada nesta terça, 26, a mais recente versão do TIC Domicílios,estudo que mede os hábitos e comportamento de usuários da internet brasileira, mostrou avanço no acesso da população brasileira de quatro pontos percentuais em relação a 2018, chegando 74% (ou 133,8 milhões). Por outro lado, isso significa que ainda um em cada quatro brasileiros não acessa a rede mundial de computadores.

No perfil de acesso, as diferenças por região, gênero e raça são pequenas. Elas são acentuadas por classe social (95% na classe A, 93% na classe B, 78% na classe C e 57% nas classes D e E) e educação (97% entre os com ensino superior, 89% entre os com ensino médio, 60% entre os com ensino fundamental e 16% entre os com educação infantil e analfabetos).

Realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), a pesquisa mostra ainda que 58% dos internautas brasileiros se conectam exclusivamente pelo telefone celular - em 2014, 80% dos usuários usavam computadores para se conectar, mas esse índice caiu para 42%. Mais gritante: 85% dos usuários das classes D e E se conectam exclusivamente pelo aparelho móvel.

A taxa de usuários que usam exclusivamente o celular é um indicativo importante, pois nem sempre os aparelhos permitem a realização de atividades mais sofisticadas. 

Apenas 33% dos internautas realizaram atividades de trabalho na internet e 40% estudou por conta própria pela internet. Quando o recorte é por classe, a diferença é gritante: 66% de membros da classe A realizaram atividades de trabalho pela internet, enquanto esse número cai para 18% nas classes D e E. O mesmo vale para estudos: 60% para a classe A e 27% para D e E. Enquanto isso, 92% dos internautas brasileiros enviou mensagens por aplicativos como o WhatsApp. 

"Com o isolamento social, milhões de brasileiros passaram a depender ainda mais da internet para realizar atividades de trabalho remoto, ensino à distância e até mesmo para acessar o auxílio emergencial do governo. Mas a falta de acesso à internet e o uso exclusivamente por celular, especialmente nas classes DE, evidenciam as desigualdades digitais presentes no país", diz Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

58% dos brasileiros acessam a internet apenas pelo celular Foto: Gabriela Biló/Estadão

O acesso à internet no Brasil avança, mas revela diferenças sociais importantes. Divulgada nesta terça, 26, a mais recente versão do TIC Domicílios,estudo que mede os hábitos e comportamento de usuários da internet brasileira, mostrou avanço no acesso da população brasileira de quatro pontos percentuais em relação a 2018, chegando 74% (ou 133,8 milhões). Por outro lado, isso significa que ainda um em cada quatro brasileiros não acessa a rede mundial de computadores.

No perfil de acesso, as diferenças por região, gênero e raça são pequenas. Elas são acentuadas por classe social (95% na classe A, 93% na classe B, 78% na classe C e 57% nas classes D e E) e educação (97% entre os com ensino superior, 89% entre os com ensino médio, 60% entre os com ensino fundamental e 16% entre os com educação infantil e analfabetos).

Realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), a pesquisa mostra ainda que 58% dos internautas brasileiros se conectam exclusivamente pelo telefone celular - em 2014, 80% dos usuários usavam computadores para se conectar, mas esse índice caiu para 42%. Mais gritante: 85% dos usuários das classes D e E se conectam exclusivamente pelo aparelho móvel.

A taxa de usuários que usam exclusivamente o celular é um indicativo importante, pois nem sempre os aparelhos permitem a realização de atividades mais sofisticadas. 

Apenas 33% dos internautas realizaram atividades de trabalho na internet e 40% estudou por conta própria pela internet. Quando o recorte é por classe, a diferença é gritante: 66% de membros da classe A realizaram atividades de trabalho pela internet, enquanto esse número cai para 18% nas classes D e E. O mesmo vale para estudos: 60% para a classe A e 27% para D e E. Enquanto isso, 92% dos internautas brasileiros enviou mensagens por aplicativos como o WhatsApp. 

"Com o isolamento social, milhões de brasileiros passaram a depender ainda mais da internet para realizar atividades de trabalho remoto, ensino à distância e até mesmo para acessar o auxílio emergencial do governo. Mas a falta de acesso à internet e o uso exclusivamente por celular, especialmente nas classes DE, evidenciam as desigualdades digitais presentes no país", diz Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.