‘WhatsApp não é recomendado para o home office’, diz especialista


Aplicativo quebra barreira entre vida profissional e pessoal, além de dificultar gestão de informações

Por Giovanna Wolf
Atualização:
Amelia Caetano, especialista em trabalho remoto, diz que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente Foto: Arquivo pessoal

O WhatsApp sempre foi um canal para falar com amigos e família. Porém, com a pandemia e o trabalho remoto, mensagens corporativas passaram a disputar atenção no app. Para Amelia Caetano, consultora especializada em home office do Instituto Trabalho Portátil, entretanto, a plataforma de mensagens não é a melhor opção para a comunicação no home office

“No WhatsApp, é difícil fazer gestão do conhecimento, as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser plataforma de uso pessoal, o que faz com que os dois universos acabem se misturando”, disse ao Estadão. A consultora afirma que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente. A seguir, os principais trechos da entrevista.

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O WhatsApp é recomendado para o home office?

Não. Como muitas empresas não tinham políticas de trabalho remoto antes da pandemia, várias delas tiveram que, da noite para o dia, entrar no mundo virtual durante a pandemia. O problema é que elas ainda carregam a mentalidade do mundo físico, o que resultou em algumas improvisações. As companhias acabaram por usar aquilo que tinham disponível e o que era de fácil acesso para os funcionários. Dentro disso, o WhatsApp passou a ser umas das principais ferramentas de comunicação. Mas, com isso, as empresas estão perdendo em gestão. 

Por que exatamente o WhatsApp não é eficiente?

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Diferentemente de plataformas voltadas para o mundo corporativo, como o Slack, no WhatsApp é difícil fazer uma gestão do conhecimento, e as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser uma plataforma de uso pessoal. A pandemia tirou a barreira física que existia, entre a sua casa e o trabalho. Ficou tudo no mesmo ambiente. Usar o WhatsApp como ferramenta de trabalho dificulta ainda mais a virada dessa chave. Plataformas que são essencialmente corporativas podem dar a tranquilidade mental para o profissional poder separar os dois universos e descansar. Muitas pessoas dizem que é só não olhar a mensagem do chefe fora do horário de trabalho, mas isso é muito difícil quando você está sempre acessando o celular. 

E o áudio no WhatsApp, especificamente? Qual a sua opinião sobre ele?

O áudio é menos eficiente ainda que a mensagem escrita. Ao passar o áudio, você pode acreditar que está sendo mais ágil, mas, ao escrever, elaboramos melhor o pensamento. Além disso, o conteúdo de áudio é mais difícil de ser resgatado no histórico da plataforma, já que não entra no mecanismo de busca. Não é verdade que uma mensagem verbal é mais clara. Do ponto de vista profissional, o áudio não é indicado.

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Enviar áudios no home office pode atrapalhar a produtividade?

Na mensagem escrita, você consegue ver se a mensagem é urgente, e assim pode se organizar para responder. No caso do áudio, você se sente obrigado a parar para ouvir, porque não consegue ter ideia sobre o tema. Às vezes, as pessoas escutam para saber o tema, descobrem que a mensagem pode esperar. Mais tarde voltam na conversa, escutam o áudio novamente para lembrar do que se trata e aí sim respondem. Esses processos atrapalham a produtividade. 

Como as pessoas estão distantes, o áudio não poderia ajudá-las a se sentirem mais próximas durante o trabalho?

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Grande parte das comunicações no trabalho já eram realizadas por e-mail ou chat antes da pandemia. Uma alternativa para esse contato mais humano, por exemplo, seria fazer reuniões usando câmera, para que as pessoas se olhem.

Amelia Caetano, especialista em trabalho remoto, diz que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente Foto: Arquivo pessoal

O WhatsApp sempre foi um canal para falar com amigos e família. Porém, com a pandemia e o trabalho remoto, mensagens corporativas passaram a disputar atenção no app. Para Amelia Caetano, consultora especializada em home office do Instituto Trabalho Portátil, entretanto, a plataforma de mensagens não é a melhor opção para a comunicação no home office

“No WhatsApp, é difícil fazer gestão do conhecimento, as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser plataforma de uso pessoal, o que faz com que os dois universos acabem se misturando”, disse ao Estadão. A consultora afirma que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O WhatsApp é recomendado para o home office?

Não. Como muitas empresas não tinham políticas de trabalho remoto antes da pandemia, várias delas tiveram que, da noite para o dia, entrar no mundo virtual durante a pandemia. O problema é que elas ainda carregam a mentalidade do mundo físico, o que resultou em algumas improvisações. As companhias acabaram por usar aquilo que tinham disponível e o que era de fácil acesso para os funcionários. Dentro disso, o WhatsApp passou a ser umas das principais ferramentas de comunicação. Mas, com isso, as empresas estão perdendo em gestão. 

Por que exatamente o WhatsApp não é eficiente?

Diferentemente de plataformas voltadas para o mundo corporativo, como o Slack, no WhatsApp é difícil fazer uma gestão do conhecimento, e as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser uma plataforma de uso pessoal. A pandemia tirou a barreira física que existia, entre a sua casa e o trabalho. Ficou tudo no mesmo ambiente. Usar o WhatsApp como ferramenta de trabalho dificulta ainda mais a virada dessa chave. Plataformas que são essencialmente corporativas podem dar a tranquilidade mental para o profissional poder separar os dois universos e descansar. Muitas pessoas dizem que é só não olhar a mensagem do chefe fora do horário de trabalho, mas isso é muito difícil quando você está sempre acessando o celular. 

E o áudio no WhatsApp, especificamente? Qual a sua opinião sobre ele?

O áudio é menos eficiente ainda que a mensagem escrita. Ao passar o áudio, você pode acreditar que está sendo mais ágil, mas, ao escrever, elaboramos melhor o pensamento. Além disso, o conteúdo de áudio é mais difícil de ser resgatado no histórico da plataforma, já que não entra no mecanismo de busca. Não é verdade que uma mensagem verbal é mais clara. Do ponto de vista profissional, o áudio não é indicado.

Enviar áudios no home office pode atrapalhar a produtividade?

Na mensagem escrita, você consegue ver se a mensagem é urgente, e assim pode se organizar para responder. No caso do áudio, você se sente obrigado a parar para ouvir, porque não consegue ter ideia sobre o tema. Às vezes, as pessoas escutam para saber o tema, descobrem que a mensagem pode esperar. Mais tarde voltam na conversa, escutam o áudio novamente para lembrar do que se trata e aí sim respondem. Esses processos atrapalham a produtividade. 

Como as pessoas estão distantes, o áudio não poderia ajudá-las a se sentirem mais próximas durante o trabalho?

Grande parte das comunicações no trabalho já eram realizadas por e-mail ou chat antes da pandemia. Uma alternativa para esse contato mais humano, por exemplo, seria fazer reuniões usando câmera, para que as pessoas se olhem.

Amelia Caetano, especialista em trabalho remoto, diz que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente Foto: Arquivo pessoal

O WhatsApp sempre foi um canal para falar com amigos e família. Porém, com a pandemia e o trabalho remoto, mensagens corporativas passaram a disputar atenção no app. Para Amelia Caetano, consultora especializada em home office do Instituto Trabalho Portátil, entretanto, a plataforma de mensagens não é a melhor opção para a comunicação no home office

“No WhatsApp, é difícil fazer gestão do conhecimento, as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser plataforma de uso pessoal, o que faz com que os dois universos acabem se misturando”, disse ao Estadão. A consultora afirma que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O WhatsApp é recomendado para o home office?

Não. Como muitas empresas não tinham políticas de trabalho remoto antes da pandemia, várias delas tiveram que, da noite para o dia, entrar no mundo virtual durante a pandemia. O problema é que elas ainda carregam a mentalidade do mundo físico, o que resultou em algumas improvisações. As companhias acabaram por usar aquilo que tinham disponível e o que era de fácil acesso para os funcionários. Dentro disso, o WhatsApp passou a ser umas das principais ferramentas de comunicação. Mas, com isso, as empresas estão perdendo em gestão. 

Por que exatamente o WhatsApp não é eficiente?

Diferentemente de plataformas voltadas para o mundo corporativo, como o Slack, no WhatsApp é difícil fazer uma gestão do conhecimento, e as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser uma plataforma de uso pessoal. A pandemia tirou a barreira física que existia, entre a sua casa e o trabalho. Ficou tudo no mesmo ambiente. Usar o WhatsApp como ferramenta de trabalho dificulta ainda mais a virada dessa chave. Plataformas que são essencialmente corporativas podem dar a tranquilidade mental para o profissional poder separar os dois universos e descansar. Muitas pessoas dizem que é só não olhar a mensagem do chefe fora do horário de trabalho, mas isso é muito difícil quando você está sempre acessando o celular. 

E o áudio no WhatsApp, especificamente? Qual a sua opinião sobre ele?

O áudio é menos eficiente ainda que a mensagem escrita. Ao passar o áudio, você pode acreditar que está sendo mais ágil, mas, ao escrever, elaboramos melhor o pensamento. Além disso, o conteúdo de áudio é mais difícil de ser resgatado no histórico da plataforma, já que não entra no mecanismo de busca. Não é verdade que uma mensagem verbal é mais clara. Do ponto de vista profissional, o áudio não é indicado.

Enviar áudios no home office pode atrapalhar a produtividade?

Na mensagem escrita, você consegue ver se a mensagem é urgente, e assim pode se organizar para responder. No caso do áudio, você se sente obrigado a parar para ouvir, porque não consegue ter ideia sobre o tema. Às vezes, as pessoas escutam para saber o tema, descobrem que a mensagem pode esperar. Mais tarde voltam na conversa, escutam o áudio novamente para lembrar do que se trata e aí sim respondem. Esses processos atrapalham a produtividade. 

Como as pessoas estão distantes, o áudio não poderia ajudá-las a se sentirem mais próximas durante o trabalho?

Grande parte das comunicações no trabalho já eram realizadas por e-mail ou chat antes da pandemia. Uma alternativa para esse contato mais humano, por exemplo, seria fazer reuniões usando câmera, para que as pessoas se olhem.

Amelia Caetano, especialista em trabalho remoto, diz que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente Foto: Arquivo pessoal

O WhatsApp sempre foi um canal para falar com amigos e família. Porém, com a pandemia e o trabalho remoto, mensagens corporativas passaram a disputar atenção no app. Para Amelia Caetano, consultora especializada em home office do Instituto Trabalho Portátil, entretanto, a plataforma de mensagens não é a melhor opção para a comunicação no home office

“No WhatsApp, é difícil fazer gestão do conhecimento, as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser plataforma de uso pessoal, o que faz com que os dois universos acabem se misturando”, disse ao Estadão. A consultora afirma que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O WhatsApp é recomendado para o home office?

Não. Como muitas empresas não tinham políticas de trabalho remoto antes da pandemia, várias delas tiveram que, da noite para o dia, entrar no mundo virtual durante a pandemia. O problema é que elas ainda carregam a mentalidade do mundo físico, o que resultou em algumas improvisações. As companhias acabaram por usar aquilo que tinham disponível e o que era de fácil acesso para os funcionários. Dentro disso, o WhatsApp passou a ser umas das principais ferramentas de comunicação. Mas, com isso, as empresas estão perdendo em gestão. 

Por que exatamente o WhatsApp não é eficiente?

Diferentemente de plataformas voltadas para o mundo corporativo, como o Slack, no WhatsApp é difícil fazer uma gestão do conhecimento, e as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser uma plataforma de uso pessoal. A pandemia tirou a barreira física que existia, entre a sua casa e o trabalho. Ficou tudo no mesmo ambiente. Usar o WhatsApp como ferramenta de trabalho dificulta ainda mais a virada dessa chave. Plataformas que são essencialmente corporativas podem dar a tranquilidade mental para o profissional poder separar os dois universos e descansar. Muitas pessoas dizem que é só não olhar a mensagem do chefe fora do horário de trabalho, mas isso é muito difícil quando você está sempre acessando o celular. 

E o áudio no WhatsApp, especificamente? Qual a sua opinião sobre ele?

O áudio é menos eficiente ainda que a mensagem escrita. Ao passar o áudio, você pode acreditar que está sendo mais ágil, mas, ao escrever, elaboramos melhor o pensamento. Além disso, o conteúdo de áudio é mais difícil de ser resgatado no histórico da plataforma, já que não entra no mecanismo de busca. Não é verdade que uma mensagem verbal é mais clara. Do ponto de vista profissional, o áudio não é indicado.

Enviar áudios no home office pode atrapalhar a produtividade?

Na mensagem escrita, você consegue ver se a mensagem é urgente, e assim pode se organizar para responder. No caso do áudio, você se sente obrigado a parar para ouvir, porque não consegue ter ideia sobre o tema. Às vezes, as pessoas escutam para saber o tema, descobrem que a mensagem pode esperar. Mais tarde voltam na conversa, escutam o áudio novamente para lembrar do que se trata e aí sim respondem. Esses processos atrapalham a produtividade. 

Como as pessoas estão distantes, o áudio não poderia ajudá-las a se sentirem mais próximas durante o trabalho?

Grande parte das comunicações no trabalho já eram realizadas por e-mail ou chat antes da pandemia. Uma alternativa para esse contato mais humano, por exemplo, seria fazer reuniões usando câmera, para que as pessoas se olhem.

Amelia Caetano, especialista em trabalho remoto, diz que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente Foto: Arquivo pessoal

O WhatsApp sempre foi um canal para falar com amigos e família. Porém, com a pandemia e o trabalho remoto, mensagens corporativas passaram a disputar atenção no app. Para Amelia Caetano, consultora especializada em home office do Instituto Trabalho Portátil, entretanto, a plataforma de mensagens não é a melhor opção para a comunicação no home office

“No WhatsApp, é difícil fazer gestão do conhecimento, as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser plataforma de uso pessoal, o que faz com que os dois universos acabem se misturando”, disse ao Estadão. A consultora afirma que entre mensagem escrita e áudio, a segunda opção é menos eficiente. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O WhatsApp é recomendado para o home office?

Não. Como muitas empresas não tinham políticas de trabalho remoto antes da pandemia, várias delas tiveram que, da noite para o dia, entrar no mundo virtual durante a pandemia. O problema é que elas ainda carregam a mentalidade do mundo físico, o que resultou em algumas improvisações. As companhias acabaram por usar aquilo que tinham disponível e o que era de fácil acesso para os funcionários. Dentro disso, o WhatsApp passou a ser umas das principais ferramentas de comunicação. Mas, com isso, as empresas estão perdendo em gestão. 

Por que exatamente o WhatsApp não é eficiente?

Diferentemente de plataformas voltadas para o mundo corporativo, como o Slack, no WhatsApp é difícil fazer uma gestão do conhecimento, e as informações acabam se perdendo. Além disso, há o fato de o WhatsApp ser uma plataforma de uso pessoal. A pandemia tirou a barreira física que existia, entre a sua casa e o trabalho. Ficou tudo no mesmo ambiente. Usar o WhatsApp como ferramenta de trabalho dificulta ainda mais a virada dessa chave. Plataformas que são essencialmente corporativas podem dar a tranquilidade mental para o profissional poder separar os dois universos e descansar. Muitas pessoas dizem que é só não olhar a mensagem do chefe fora do horário de trabalho, mas isso é muito difícil quando você está sempre acessando o celular. 

E o áudio no WhatsApp, especificamente? Qual a sua opinião sobre ele?

O áudio é menos eficiente ainda que a mensagem escrita. Ao passar o áudio, você pode acreditar que está sendo mais ágil, mas, ao escrever, elaboramos melhor o pensamento. Além disso, o conteúdo de áudio é mais difícil de ser resgatado no histórico da plataforma, já que não entra no mecanismo de busca. Não é verdade que uma mensagem verbal é mais clara. Do ponto de vista profissional, o áudio não é indicado.

Enviar áudios no home office pode atrapalhar a produtividade?

Na mensagem escrita, você consegue ver se a mensagem é urgente, e assim pode se organizar para responder. No caso do áudio, você se sente obrigado a parar para ouvir, porque não consegue ter ideia sobre o tema. Às vezes, as pessoas escutam para saber o tema, descobrem que a mensagem pode esperar. Mais tarde voltam na conversa, escutam o áudio novamente para lembrar do que se trata e aí sim respondem. Esses processos atrapalham a produtividade. 

Como as pessoas estão distantes, o áudio não poderia ajudá-las a se sentirem mais próximas durante o trabalho?

Grande parte das comunicações no trabalho já eram realizadas por e-mail ou chat antes da pandemia. Uma alternativa para esse contato mais humano, por exemplo, seria fazer reuniões usando câmera, para que as pessoas se olhem.

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