Por dentro da rede

Opinião|Aprenda a escolher o melhor domínio e nome de usuário na internet


Já foi tópico quente na rede a discussão sobre a melhor forma de se manter uma identidade

Por Demi Getschko

Qual o melhor nome de domínio na internet para que José, de forma perene e segura, exponha suas ideias, arquive fotos e momentos importantes da vida, seja encontrável pelos seus amigos?

Já foi tópico quente na rede a discussão sobre a melhor forma de se manter uma identidade. E, claro, a primeira ideia era que “quanto mais curto o identificador, melhor!”. No caso, nosso José podia ter conseguido o jo.se, que existe e funciona normalmente. Ou o ze.ca, que também existe. Como ambos já foram delegados há tempos, resta buscar alternativas, mas antes seria útil pensar no que tornaria um nome melhor ou pior.

O primeiro ponto a considerar é a garantia de sua continuidade. Se José escolher ancorar sua identidade numa rede numa rede social de que participa, armazenando lá suas informações, formas de contato, atividades, discussões, é preciso lembrar que a perenidade dependerá da sobrevida da rede social em questão. Muitas delas sumiram ou trocaram de nome com o tempo, levando junto a forma de localização de seus moradores.

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Se José tivesse concentrado seus dados e forma de identificação em plataformas como o Orkut, o MySpace e outras, certamente teria que retomar o trabalho. Outro ponto (que ficou menos relevante com as ferramentas de busca e todos os recursos de associação de nomes) é o tamanho do nome. Aliás, uma das primeiras ferramentas de busca já ostentava um nome não muito curto: altavista.com.

Ao optar por um domínio nacional como .br, há oportunidade de selecionar uma extensão que reflita sua identidade Foto: Steve Marcus/Reuters

Por fim, há que examinar características do domínio sob o qual José criará sua identificação: como registar e manter o nome, de que conceito aquele domínio de topo goza na rede e, finalmente, decidir onde hospedará o conteúdo. Há semântica envolvida na escolha do sobrenome.

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Nos exemplos citados, o “se” do jo.se é Suécia, enquanto o “ca” de ze.ca é Canadá, ambos códigos de país. Na variedade de “domínios genéricos” há também um extenso leque de escolhas, começando pelos tradicionais .com, .net, .org. Quando ao custo, há registros gratuitos (como .tk, Tokelau) que buscam outros modelos de remuneração, e os com pagamento anual.

É importante evitar os que têm fama de hospedar atividades maliciosas – consultem-se listas com os domínios mais usados pelos mal-intencionados.

É bom também examinar se o domínio é aberto para registro por todos, ou se é restrito a registrantes de uma região. O .br, por exemplo, exige CPF ou CNPJ, o que garante que qualquer litígio será resolvível no país. Se optar pelo .br, José poderia escolher dentre as opções que existem, como josé.art.br, josé.eco.br, etc, a que lhe parecer mais adequada. E poderá usar o acento no nome, dado que no .br caracteres acentuados são possíveis também em nome de domínio.

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Nomes são importantes e perduram. Em “O Nome da Rosa”, Umberto Eco encerra com “stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus” – “da rosa original resta apenas o nome, nada mais”.

Qual o melhor nome de domínio na internet para que José, de forma perene e segura, exponha suas ideias, arquive fotos e momentos importantes da vida, seja encontrável pelos seus amigos?

Já foi tópico quente na rede a discussão sobre a melhor forma de se manter uma identidade. E, claro, a primeira ideia era que “quanto mais curto o identificador, melhor!”. No caso, nosso José podia ter conseguido o jo.se, que existe e funciona normalmente. Ou o ze.ca, que também existe. Como ambos já foram delegados há tempos, resta buscar alternativas, mas antes seria útil pensar no que tornaria um nome melhor ou pior.

O primeiro ponto a considerar é a garantia de sua continuidade. Se José escolher ancorar sua identidade numa rede numa rede social de que participa, armazenando lá suas informações, formas de contato, atividades, discussões, é preciso lembrar que a perenidade dependerá da sobrevida da rede social em questão. Muitas delas sumiram ou trocaram de nome com o tempo, levando junto a forma de localização de seus moradores.

Se José tivesse concentrado seus dados e forma de identificação em plataformas como o Orkut, o MySpace e outras, certamente teria que retomar o trabalho. Outro ponto (que ficou menos relevante com as ferramentas de busca e todos os recursos de associação de nomes) é o tamanho do nome. Aliás, uma das primeiras ferramentas de busca já ostentava um nome não muito curto: altavista.com.

Ao optar por um domínio nacional como .br, há oportunidade de selecionar uma extensão que reflita sua identidade Foto: Steve Marcus/Reuters

Por fim, há que examinar características do domínio sob o qual José criará sua identificação: como registar e manter o nome, de que conceito aquele domínio de topo goza na rede e, finalmente, decidir onde hospedará o conteúdo. Há semântica envolvida na escolha do sobrenome.

Nos exemplos citados, o “se” do jo.se é Suécia, enquanto o “ca” de ze.ca é Canadá, ambos códigos de país. Na variedade de “domínios genéricos” há também um extenso leque de escolhas, começando pelos tradicionais .com, .net, .org. Quando ao custo, há registros gratuitos (como .tk, Tokelau) que buscam outros modelos de remuneração, e os com pagamento anual.

É importante evitar os que têm fama de hospedar atividades maliciosas – consultem-se listas com os domínios mais usados pelos mal-intencionados.

É bom também examinar se o domínio é aberto para registro por todos, ou se é restrito a registrantes de uma região. O .br, por exemplo, exige CPF ou CNPJ, o que garante que qualquer litígio será resolvível no país. Se optar pelo .br, José poderia escolher dentre as opções que existem, como josé.art.br, josé.eco.br, etc, a que lhe parecer mais adequada. E poderá usar o acento no nome, dado que no .br caracteres acentuados são possíveis também em nome de domínio.

Nomes são importantes e perduram. Em “O Nome da Rosa”, Umberto Eco encerra com “stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus” – “da rosa original resta apenas o nome, nada mais”.

Qual o melhor nome de domínio na internet para que José, de forma perene e segura, exponha suas ideias, arquive fotos e momentos importantes da vida, seja encontrável pelos seus amigos?

Já foi tópico quente na rede a discussão sobre a melhor forma de se manter uma identidade. E, claro, a primeira ideia era que “quanto mais curto o identificador, melhor!”. No caso, nosso José podia ter conseguido o jo.se, que existe e funciona normalmente. Ou o ze.ca, que também existe. Como ambos já foram delegados há tempos, resta buscar alternativas, mas antes seria útil pensar no que tornaria um nome melhor ou pior.

O primeiro ponto a considerar é a garantia de sua continuidade. Se José escolher ancorar sua identidade numa rede numa rede social de que participa, armazenando lá suas informações, formas de contato, atividades, discussões, é preciso lembrar que a perenidade dependerá da sobrevida da rede social em questão. Muitas delas sumiram ou trocaram de nome com o tempo, levando junto a forma de localização de seus moradores.

Se José tivesse concentrado seus dados e forma de identificação em plataformas como o Orkut, o MySpace e outras, certamente teria que retomar o trabalho. Outro ponto (que ficou menos relevante com as ferramentas de busca e todos os recursos de associação de nomes) é o tamanho do nome. Aliás, uma das primeiras ferramentas de busca já ostentava um nome não muito curto: altavista.com.

Ao optar por um domínio nacional como .br, há oportunidade de selecionar uma extensão que reflita sua identidade Foto: Steve Marcus/Reuters

Por fim, há que examinar características do domínio sob o qual José criará sua identificação: como registar e manter o nome, de que conceito aquele domínio de topo goza na rede e, finalmente, decidir onde hospedará o conteúdo. Há semântica envolvida na escolha do sobrenome.

Nos exemplos citados, o “se” do jo.se é Suécia, enquanto o “ca” de ze.ca é Canadá, ambos códigos de país. Na variedade de “domínios genéricos” há também um extenso leque de escolhas, começando pelos tradicionais .com, .net, .org. Quando ao custo, há registros gratuitos (como .tk, Tokelau) que buscam outros modelos de remuneração, e os com pagamento anual.

É importante evitar os que têm fama de hospedar atividades maliciosas – consultem-se listas com os domínios mais usados pelos mal-intencionados.

É bom também examinar se o domínio é aberto para registro por todos, ou se é restrito a registrantes de uma região. O .br, por exemplo, exige CPF ou CNPJ, o que garante que qualquer litígio será resolvível no país. Se optar pelo .br, José poderia escolher dentre as opções que existem, como josé.art.br, josé.eco.br, etc, a que lhe parecer mais adequada. E poderá usar o acento no nome, dado que no .br caracteres acentuados são possíveis também em nome de domínio.

Nomes são importantes e perduram. Em “O Nome da Rosa”, Umberto Eco encerra com “stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus” – “da rosa original resta apenas o nome, nada mais”.

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Opinião por Demi Getschko

É engenheiro eletricista

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