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Opinião|É preciso estarmos atentos ao futuro em que notícias são geradas por IA; leia análise


O mais novo lançamento na área é o NewsGPT

Por Demi Getschko

Um sistema automatizado de publicação de notícias apareceu neste início de ano. Identifica-se como “NewsGPT – a verdade não-humana” e dispõe-se a fornecer-nos informações recentes de todo o mundo. A apresentação do noticiário está a cargo de dois simpáticos avatares: o de uma moça, autodenominada Futura-4, e o de um rapaz, o Axioma-6.

Não há reparos quanto à qualidade das vozes sintetizadas que fazem o anúncio das notícias: tanto no timbre, quanto na clareza de emissão e pronúncia - e até com laivos de sintética ênfase - o resultado é do melhor que se esperaria. A leitura automática de texto hoje está próxima da perfeição, e não poucos preferem “ouvir” os artigos e até os livros de interesse, enquanto podem manter outra atividade em paralelo. Se isso prejudicaria ou não uma intelecção mais aprofundada, escapa da competência de avaliação por um não-especialista.

IA vai ter impacto no mundo do jornalismo  Foto: Markus Schreiber / AP
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Quanto ao lema mercadológico do produto, pessoalmente, eu preferiria receber uma carga de “verdades humanas”, mesmo que colecionadas automaticamente, mas sabe-se lá por que ínvios caminhos da propaganda preferiu-se o chamariz “a verdade não-humana”. O fato é que se trata de uma busca automatizada de notícias que, alegadamente, passariam antes por uma verificação de solidez e pertinência, e de uma editoração não-humana que escolherá a forma e o conjunto a serem propagados.

Nesta fase inicial, o resultado é oferecido apenas em inglês, e ainda não se deu uma eventual personalização do que cada usuário receberá, a partir de algum nebuloso algoritmo de escolha da informação. Mas esta já é mais uma “caixa de pandora” sendo aberta, especificamente na área de jornalismo. A Reuters acaba de divulgar um alentado estudo sobre temas de tecnologia e predições para 2024, que pinta um quadro pouco otimista para a imprensa tradicional, mesmo num ano marcado por eleições em diversos lugares, o que usualmente enseja maior busca por informação. E, com a “verdade não-humana”, pode haver impactos importantes em posições de trabalho na área. Quanto a essa preocupação, um comentário irônico visto na internet alerta: “não se preocupe tanto em garantir seu emprego: a IA ameça mais o emprego de seu chefe que o seu”.

GPT é o acrônimo de Transformador Generativo Pré-treinado, a tecnologia que tem surpreendido com geração muito boa de texto e um diálogo que até parece consciente. Seu filho mais recente é esse noticiário, com todas as vantages e riscos que a abordagem pode representar. Provocativamente noto que as consoantes “GPT” são as mesmas de Gepeto, o bom velhinho que fabricava marionetes de madeira.

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Como recordamos da infância, uma das obras de Gepeto, Pinóquio, de alguma forma mágica criou vida… E, para o desespero de seu “pai”, não só Pinóquio se mostrou pouco comportado, como enveredou por contar mentiras, que faziam seu nariz crescer… Talvez seja o caso de acompanharmos o tamanho do “nariz” do GPTnews, a ver se o “filho” do GPT dará indícios de seguir o destino de Pinóquio, o “filho” de Gepeto.

Um sistema automatizado de publicação de notícias apareceu neste início de ano. Identifica-se como “NewsGPT – a verdade não-humana” e dispõe-se a fornecer-nos informações recentes de todo o mundo. A apresentação do noticiário está a cargo de dois simpáticos avatares: o de uma moça, autodenominada Futura-4, e o de um rapaz, o Axioma-6.

Não há reparos quanto à qualidade das vozes sintetizadas que fazem o anúncio das notícias: tanto no timbre, quanto na clareza de emissão e pronúncia - e até com laivos de sintética ênfase - o resultado é do melhor que se esperaria. A leitura automática de texto hoje está próxima da perfeição, e não poucos preferem “ouvir” os artigos e até os livros de interesse, enquanto podem manter outra atividade em paralelo. Se isso prejudicaria ou não uma intelecção mais aprofundada, escapa da competência de avaliação por um não-especialista.

IA vai ter impacto no mundo do jornalismo  Foto: Markus Schreiber / AP

Quanto ao lema mercadológico do produto, pessoalmente, eu preferiria receber uma carga de “verdades humanas”, mesmo que colecionadas automaticamente, mas sabe-se lá por que ínvios caminhos da propaganda preferiu-se o chamariz “a verdade não-humana”. O fato é que se trata de uma busca automatizada de notícias que, alegadamente, passariam antes por uma verificação de solidez e pertinência, e de uma editoração não-humana que escolherá a forma e o conjunto a serem propagados.

Nesta fase inicial, o resultado é oferecido apenas em inglês, e ainda não se deu uma eventual personalização do que cada usuário receberá, a partir de algum nebuloso algoritmo de escolha da informação. Mas esta já é mais uma “caixa de pandora” sendo aberta, especificamente na área de jornalismo. A Reuters acaba de divulgar um alentado estudo sobre temas de tecnologia e predições para 2024, que pinta um quadro pouco otimista para a imprensa tradicional, mesmo num ano marcado por eleições em diversos lugares, o que usualmente enseja maior busca por informação. E, com a “verdade não-humana”, pode haver impactos importantes em posições de trabalho na área. Quanto a essa preocupação, um comentário irônico visto na internet alerta: “não se preocupe tanto em garantir seu emprego: a IA ameça mais o emprego de seu chefe que o seu”.

GPT é o acrônimo de Transformador Generativo Pré-treinado, a tecnologia que tem surpreendido com geração muito boa de texto e um diálogo que até parece consciente. Seu filho mais recente é esse noticiário, com todas as vantages e riscos que a abordagem pode representar. Provocativamente noto que as consoantes “GPT” são as mesmas de Gepeto, o bom velhinho que fabricava marionetes de madeira.

Como recordamos da infância, uma das obras de Gepeto, Pinóquio, de alguma forma mágica criou vida… E, para o desespero de seu “pai”, não só Pinóquio se mostrou pouco comportado, como enveredou por contar mentiras, que faziam seu nariz crescer… Talvez seja o caso de acompanharmos o tamanho do “nariz” do GPTnews, a ver se o “filho” do GPT dará indícios de seguir o destino de Pinóquio, o “filho” de Gepeto.

Um sistema automatizado de publicação de notícias apareceu neste início de ano. Identifica-se como “NewsGPT – a verdade não-humana” e dispõe-se a fornecer-nos informações recentes de todo o mundo. A apresentação do noticiário está a cargo de dois simpáticos avatares: o de uma moça, autodenominada Futura-4, e o de um rapaz, o Axioma-6.

Não há reparos quanto à qualidade das vozes sintetizadas que fazem o anúncio das notícias: tanto no timbre, quanto na clareza de emissão e pronúncia - e até com laivos de sintética ênfase - o resultado é do melhor que se esperaria. A leitura automática de texto hoje está próxima da perfeição, e não poucos preferem “ouvir” os artigos e até os livros de interesse, enquanto podem manter outra atividade em paralelo. Se isso prejudicaria ou não uma intelecção mais aprofundada, escapa da competência de avaliação por um não-especialista.

IA vai ter impacto no mundo do jornalismo  Foto: Markus Schreiber / AP

Quanto ao lema mercadológico do produto, pessoalmente, eu preferiria receber uma carga de “verdades humanas”, mesmo que colecionadas automaticamente, mas sabe-se lá por que ínvios caminhos da propaganda preferiu-se o chamariz “a verdade não-humana”. O fato é que se trata de uma busca automatizada de notícias que, alegadamente, passariam antes por uma verificação de solidez e pertinência, e de uma editoração não-humana que escolherá a forma e o conjunto a serem propagados.

Nesta fase inicial, o resultado é oferecido apenas em inglês, e ainda não se deu uma eventual personalização do que cada usuário receberá, a partir de algum nebuloso algoritmo de escolha da informação. Mas esta já é mais uma “caixa de pandora” sendo aberta, especificamente na área de jornalismo. A Reuters acaba de divulgar um alentado estudo sobre temas de tecnologia e predições para 2024, que pinta um quadro pouco otimista para a imprensa tradicional, mesmo num ano marcado por eleições em diversos lugares, o que usualmente enseja maior busca por informação. E, com a “verdade não-humana”, pode haver impactos importantes em posições de trabalho na área. Quanto a essa preocupação, um comentário irônico visto na internet alerta: “não se preocupe tanto em garantir seu emprego: a IA ameça mais o emprego de seu chefe que o seu”.

GPT é o acrônimo de Transformador Generativo Pré-treinado, a tecnologia que tem surpreendido com geração muito boa de texto e um diálogo que até parece consciente. Seu filho mais recente é esse noticiário, com todas as vantages e riscos que a abordagem pode representar. Provocativamente noto que as consoantes “GPT” são as mesmas de Gepeto, o bom velhinho que fabricava marionetes de madeira.

Como recordamos da infância, uma das obras de Gepeto, Pinóquio, de alguma forma mágica criou vida… E, para o desespero de seu “pai”, não só Pinóquio se mostrou pouco comportado, como enveredou por contar mentiras, que faziam seu nariz crescer… Talvez seja o caso de acompanharmos o tamanho do “nariz” do GPTnews, a ver se o “filho” do GPT dará indícios de seguir o destino de Pinóquio, o “filho” de Gepeto.

Um sistema automatizado de publicação de notícias apareceu neste início de ano. Identifica-se como “NewsGPT – a verdade não-humana” e dispõe-se a fornecer-nos informações recentes de todo o mundo. A apresentação do noticiário está a cargo de dois simpáticos avatares: o de uma moça, autodenominada Futura-4, e o de um rapaz, o Axioma-6.

Não há reparos quanto à qualidade das vozes sintetizadas que fazem o anúncio das notícias: tanto no timbre, quanto na clareza de emissão e pronúncia - e até com laivos de sintética ênfase - o resultado é do melhor que se esperaria. A leitura automática de texto hoje está próxima da perfeição, e não poucos preferem “ouvir” os artigos e até os livros de interesse, enquanto podem manter outra atividade em paralelo. Se isso prejudicaria ou não uma intelecção mais aprofundada, escapa da competência de avaliação por um não-especialista.

IA vai ter impacto no mundo do jornalismo  Foto: Markus Schreiber / AP

Quanto ao lema mercadológico do produto, pessoalmente, eu preferiria receber uma carga de “verdades humanas”, mesmo que colecionadas automaticamente, mas sabe-se lá por que ínvios caminhos da propaganda preferiu-se o chamariz “a verdade não-humana”. O fato é que se trata de uma busca automatizada de notícias que, alegadamente, passariam antes por uma verificação de solidez e pertinência, e de uma editoração não-humana que escolherá a forma e o conjunto a serem propagados.

Nesta fase inicial, o resultado é oferecido apenas em inglês, e ainda não se deu uma eventual personalização do que cada usuário receberá, a partir de algum nebuloso algoritmo de escolha da informação. Mas esta já é mais uma “caixa de pandora” sendo aberta, especificamente na área de jornalismo. A Reuters acaba de divulgar um alentado estudo sobre temas de tecnologia e predições para 2024, que pinta um quadro pouco otimista para a imprensa tradicional, mesmo num ano marcado por eleições em diversos lugares, o que usualmente enseja maior busca por informação. E, com a “verdade não-humana”, pode haver impactos importantes em posições de trabalho na área. Quanto a essa preocupação, um comentário irônico visto na internet alerta: “não se preocupe tanto em garantir seu emprego: a IA ameça mais o emprego de seu chefe que o seu”.

GPT é o acrônimo de Transformador Generativo Pré-treinado, a tecnologia que tem surpreendido com geração muito boa de texto e um diálogo que até parece consciente. Seu filho mais recente é esse noticiário, com todas as vantages e riscos que a abordagem pode representar. Provocativamente noto que as consoantes “GPT” são as mesmas de Gepeto, o bom velhinho que fabricava marionetes de madeira.

Como recordamos da infância, uma das obras de Gepeto, Pinóquio, de alguma forma mágica criou vida… E, para o desespero de seu “pai”, não só Pinóquio se mostrou pouco comportado, como enveredou por contar mentiras, que faziam seu nariz crescer… Talvez seja o caso de acompanharmos o tamanho do “nariz” do GPTnews, a ver se o “filho” do GPT dará indícios de seguir o destino de Pinóquio, o “filho” de Gepeto.

Opinião por Demi Getschko

É engenheiro eletricista

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