Por dentro da rede

Opinião|Internet e dispositivos de armazenamento não garantem a segurança de dados digitais


Antigamente, materiais de qualidade garantiam a perpetuação de documentos; hoje, dispositivos correm o risco de perder as formas de acesso

Por Demi Getschko
Atualização:

Praticamente todo conhecimento humano hoje tem alguma cópia digital na Internet. A informação está disponível a todos que têm acesso à rede, em escala nunca imaginada. Certamente as consequências disso ainda precisam ser avaliadas — sendo boas ou ruins —, mas isso em nada diminui o imenso valor que essa disponibilidade e acessibilidade traz a todos nós.

No início da popularização da rede, houve um movimento de se depositarem as informações conhecidas na Internet, seja de forma estruturada – lembro do entusiasmo que tivemos, lá por volta de 1995, com a notícia de que a biblioteca do Vaticano estaria disponível na rede – seja pelo aporte das incontáveis iniciativas individuais, especialmente após o surgimento da web.

A preocupação em preservar o que se estava criando tem um marco em 2002, com a popularização de ferramentas como Wayback Machine, que visavam à manutenção de um arquivo histórico dos sites encontrados. Há uma palestra que Vint Cerf deu em 2005, no Egito, onde faz um paralelo entre a importância que a biblioteca de Alexandria representou para a cultura mundial e como essa função estava migrando para a forma digital. Um dos alertas que Vint sempre faz é que o meio digital necessita de dispositivos e recursos que, se não preservados, podem tornar o conteúdo digital muito difícil de ser preservado.

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Certamente quem gravou seus dados importantes em disquete magnético sabe dos riscos de danos no equipamento e da perda de formas de acesso e leitura. Em comparação, os velhos manuscritos em pergaminho duram milhares de anos graças à qualidade do material e, por usarem linguagem que se consegue decodificar, seu conteúdo permanece. Com certeza daqui a mil anos, pergaminhos antigos, se bem conservados, continuarão sendo legíveis. Quanto aos nossos arquivos pessoais digitais, há dúvidas importantes.

A lembrança da biblioteca de Alexandria e de sua última destruição, lá pelo ano de 650, traz ao debate outro ponto bastante atual: deve-se preservar toda a informação que há num dado momento, ou se deve proceder à “destruição” do que julguemos “nocivo”? Em uma nota a um discurso sobre ciência e artes, Rousseau cita: “dizem que o Califa Omar, quando perguntado sobre o que fazer com a biblioteca da Alexandria, teria respondido: ‘se os livros contidos na biblioteca contêm temas opostos ao Corão, eles são ruins e devem ser queimados. Se esses livros contêm apenas doutrinas alinhadas ao Corão, são supérfluos e devem ser queimados do mesmo jeito’”. Não repitamos com a internet o que ocorreu com os documentos da biblioteca de Alexandria.

Praticamente todo conhecimento humano hoje tem alguma cópia digital na Internet. A informação está disponível a todos que têm acesso à rede, em escala nunca imaginada. Certamente as consequências disso ainda precisam ser avaliadas — sendo boas ou ruins —, mas isso em nada diminui o imenso valor que essa disponibilidade e acessibilidade traz a todos nós.

No início da popularização da rede, houve um movimento de se depositarem as informações conhecidas na Internet, seja de forma estruturada – lembro do entusiasmo que tivemos, lá por volta de 1995, com a notícia de que a biblioteca do Vaticano estaria disponível na rede – seja pelo aporte das incontáveis iniciativas individuais, especialmente após o surgimento da web.

A preocupação em preservar o que se estava criando tem um marco em 2002, com a popularização de ferramentas como Wayback Machine, que visavam à manutenção de um arquivo histórico dos sites encontrados. Há uma palestra que Vint Cerf deu em 2005, no Egito, onde faz um paralelo entre a importância que a biblioteca de Alexandria representou para a cultura mundial e como essa função estava migrando para a forma digital. Um dos alertas que Vint sempre faz é que o meio digital necessita de dispositivos e recursos que, se não preservados, podem tornar o conteúdo digital muito difícil de ser preservado.

Certamente quem gravou seus dados importantes em disquete magnético sabe dos riscos de danos no equipamento e da perda de formas de acesso e leitura. Em comparação, os velhos manuscritos em pergaminho duram milhares de anos graças à qualidade do material e, por usarem linguagem que se consegue decodificar, seu conteúdo permanece. Com certeza daqui a mil anos, pergaminhos antigos, se bem conservados, continuarão sendo legíveis. Quanto aos nossos arquivos pessoais digitais, há dúvidas importantes.

A lembrança da biblioteca de Alexandria e de sua última destruição, lá pelo ano de 650, traz ao debate outro ponto bastante atual: deve-se preservar toda a informação que há num dado momento, ou se deve proceder à “destruição” do que julguemos “nocivo”? Em uma nota a um discurso sobre ciência e artes, Rousseau cita: “dizem que o Califa Omar, quando perguntado sobre o que fazer com a biblioteca da Alexandria, teria respondido: ‘se os livros contidos na biblioteca contêm temas opostos ao Corão, eles são ruins e devem ser queimados. Se esses livros contêm apenas doutrinas alinhadas ao Corão, são supérfluos e devem ser queimados do mesmo jeito’”. Não repitamos com a internet o que ocorreu com os documentos da biblioteca de Alexandria.

Praticamente todo conhecimento humano hoje tem alguma cópia digital na Internet. A informação está disponível a todos que têm acesso à rede, em escala nunca imaginada. Certamente as consequências disso ainda precisam ser avaliadas — sendo boas ou ruins —, mas isso em nada diminui o imenso valor que essa disponibilidade e acessibilidade traz a todos nós.

No início da popularização da rede, houve um movimento de se depositarem as informações conhecidas na Internet, seja de forma estruturada – lembro do entusiasmo que tivemos, lá por volta de 1995, com a notícia de que a biblioteca do Vaticano estaria disponível na rede – seja pelo aporte das incontáveis iniciativas individuais, especialmente após o surgimento da web.

A preocupação em preservar o que se estava criando tem um marco em 2002, com a popularização de ferramentas como Wayback Machine, que visavam à manutenção de um arquivo histórico dos sites encontrados. Há uma palestra que Vint Cerf deu em 2005, no Egito, onde faz um paralelo entre a importância que a biblioteca de Alexandria representou para a cultura mundial e como essa função estava migrando para a forma digital. Um dos alertas que Vint sempre faz é que o meio digital necessita de dispositivos e recursos que, se não preservados, podem tornar o conteúdo digital muito difícil de ser preservado.

Certamente quem gravou seus dados importantes em disquete magnético sabe dos riscos de danos no equipamento e da perda de formas de acesso e leitura. Em comparação, os velhos manuscritos em pergaminho duram milhares de anos graças à qualidade do material e, por usarem linguagem que se consegue decodificar, seu conteúdo permanece. Com certeza daqui a mil anos, pergaminhos antigos, se bem conservados, continuarão sendo legíveis. Quanto aos nossos arquivos pessoais digitais, há dúvidas importantes.

A lembrança da biblioteca de Alexandria e de sua última destruição, lá pelo ano de 650, traz ao debate outro ponto bastante atual: deve-se preservar toda a informação que há num dado momento, ou se deve proceder à “destruição” do que julguemos “nocivo”? Em uma nota a um discurso sobre ciência e artes, Rousseau cita: “dizem que o Califa Omar, quando perguntado sobre o que fazer com a biblioteca da Alexandria, teria respondido: ‘se os livros contidos na biblioteca contêm temas opostos ao Corão, eles são ruins e devem ser queimados. Se esses livros contêm apenas doutrinas alinhadas ao Corão, são supérfluos e devem ser queimados do mesmo jeito’”. Não repitamos com a internet o que ocorreu com os documentos da biblioteca de Alexandria.

Praticamente todo conhecimento humano hoje tem alguma cópia digital na Internet. A informação está disponível a todos que têm acesso à rede, em escala nunca imaginada. Certamente as consequências disso ainda precisam ser avaliadas — sendo boas ou ruins —, mas isso em nada diminui o imenso valor que essa disponibilidade e acessibilidade traz a todos nós.

No início da popularização da rede, houve um movimento de se depositarem as informações conhecidas na Internet, seja de forma estruturada – lembro do entusiasmo que tivemos, lá por volta de 1995, com a notícia de que a biblioteca do Vaticano estaria disponível na rede – seja pelo aporte das incontáveis iniciativas individuais, especialmente após o surgimento da web.

A preocupação em preservar o que se estava criando tem um marco em 2002, com a popularização de ferramentas como Wayback Machine, que visavam à manutenção de um arquivo histórico dos sites encontrados. Há uma palestra que Vint Cerf deu em 2005, no Egito, onde faz um paralelo entre a importância que a biblioteca de Alexandria representou para a cultura mundial e como essa função estava migrando para a forma digital. Um dos alertas que Vint sempre faz é que o meio digital necessita de dispositivos e recursos que, se não preservados, podem tornar o conteúdo digital muito difícil de ser preservado.

Certamente quem gravou seus dados importantes em disquete magnético sabe dos riscos de danos no equipamento e da perda de formas de acesso e leitura. Em comparação, os velhos manuscritos em pergaminho duram milhares de anos graças à qualidade do material e, por usarem linguagem que se consegue decodificar, seu conteúdo permanece. Com certeza daqui a mil anos, pergaminhos antigos, se bem conservados, continuarão sendo legíveis. Quanto aos nossos arquivos pessoais digitais, há dúvidas importantes.

A lembrança da biblioteca de Alexandria e de sua última destruição, lá pelo ano de 650, traz ao debate outro ponto bastante atual: deve-se preservar toda a informação que há num dado momento, ou se deve proceder à “destruição” do que julguemos “nocivo”? Em uma nota a um discurso sobre ciência e artes, Rousseau cita: “dizem que o Califa Omar, quando perguntado sobre o que fazer com a biblioteca da Alexandria, teria respondido: ‘se os livros contidos na biblioteca contêm temas opostos ao Corão, eles são ruins e devem ser queimados. Se esses livros contêm apenas doutrinas alinhadas ao Corão, são supérfluos e devem ser queimados do mesmo jeito’”. Não repitamos com a internet o que ocorreu com os documentos da biblioteca de Alexandria.

Praticamente todo conhecimento humano hoje tem alguma cópia digital na Internet. A informação está disponível a todos que têm acesso à rede, em escala nunca imaginada. Certamente as consequências disso ainda precisam ser avaliadas — sendo boas ou ruins —, mas isso em nada diminui o imenso valor que essa disponibilidade e acessibilidade traz a todos nós.

No início da popularização da rede, houve um movimento de se depositarem as informações conhecidas na Internet, seja de forma estruturada – lembro do entusiasmo que tivemos, lá por volta de 1995, com a notícia de que a biblioteca do Vaticano estaria disponível na rede – seja pelo aporte das incontáveis iniciativas individuais, especialmente após o surgimento da web.

A preocupação em preservar o que se estava criando tem um marco em 2002, com a popularização de ferramentas como Wayback Machine, que visavam à manutenção de um arquivo histórico dos sites encontrados. Há uma palestra que Vint Cerf deu em 2005, no Egito, onde faz um paralelo entre a importância que a biblioteca de Alexandria representou para a cultura mundial e como essa função estava migrando para a forma digital. Um dos alertas que Vint sempre faz é que o meio digital necessita de dispositivos e recursos que, se não preservados, podem tornar o conteúdo digital muito difícil de ser preservado.

Certamente quem gravou seus dados importantes em disquete magnético sabe dos riscos de danos no equipamento e da perda de formas de acesso e leitura. Em comparação, os velhos manuscritos em pergaminho duram milhares de anos graças à qualidade do material e, por usarem linguagem que se consegue decodificar, seu conteúdo permanece. Com certeza daqui a mil anos, pergaminhos antigos, se bem conservados, continuarão sendo legíveis. Quanto aos nossos arquivos pessoais digitais, há dúvidas importantes.

A lembrança da biblioteca de Alexandria e de sua última destruição, lá pelo ano de 650, traz ao debate outro ponto bastante atual: deve-se preservar toda a informação que há num dado momento, ou se deve proceder à “destruição” do que julguemos “nocivo”? Em uma nota a um discurso sobre ciência e artes, Rousseau cita: “dizem que o Califa Omar, quando perguntado sobre o que fazer com a biblioteca da Alexandria, teria respondido: ‘se os livros contidos na biblioteca contêm temas opostos ao Corão, eles são ruins e devem ser queimados. Se esses livros contêm apenas doutrinas alinhadas ao Corão, são supérfluos e devem ser queimados do mesmo jeito’”. Não repitamos com a internet o que ocorreu com os documentos da biblioteca de Alexandria.

Opinião por Demi Getschko

É engenheiro eletricista

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