É quase impossível passar um dia no trabalho atualmente sem ouvir sobre inteligência artificial (IA) - e provavelmente parte das coisas que você já faz são ancoradas ou tiveram alguma etapa feita com a tecnologia. Diante disso, um estudo da Universidade de Oxford, do Reino Unido, revelou que funcionários que têm habilidades para trabalhar com ferramentas de IA são mais valorizados no mercado e podem ter uma oferta de salário até 40% mais alta do que concorrentes que não estão familiarizados com a tecnologia.
A pesquisa, feita pelo Oxford Internet Institute e pelo Center for Social Data Science da Universidade Copenhagen, mostrou que a valorização se dá quando combinadas com outras aptidões que podem ser complementares à IA. Quanto mais integrada a habilidade em IA for com outras áreas, maior a chance de valorização dentro do mercado de trabalho.
Áreas de conhecimento como linguagem de programação e ciência de dados, por exemplo, que são amplamente usadas em IA, são duas das especialidades que se tornaram mais valiosas para as empresas ao longo dos últimos anos, à medida em que a demanda por conhecimento e por produtos em IA aumentou nas empresas em todo o mundo.
Entre os cinco campos mais valorizados estão aprendizado de máquina (40%), Tensor Flow (38%), Deep Learning (27%), processamento de linguagem natural (19%) e ciência de dados (17%). Na média, habilidades em IA podem aumentar o cheque de pagamento em 21%.
Outras habilidades citadas pelo estudo incluem desenvolvimento de algoritmos, ferramentas de visão computacional, robótica, automação, desenvolvimento de bots e computação em nuvem.
“Sabemos que nunca aplicamos habilidades isoladamente. Usando esses dados, vimos quais proficiências eram mais procuradas e quais conjuntos eram demandados em conjunto, o que nos permitiu atribuir às habilidades e às habilidades complementares um valor financeiro com base nas demandas do mercado de trabalho”, afirmou Fabian Stephany, pesquisador e um dos autores da pesquisa.
Leia também
O estudo analisou 962 habilidades e cerca de 25 mil trabalhadores utilizando um modelo de IA para estimar o valor de cada especialidade de acordo com o nível em que ela se complementava a outras tarefas.
“Nossas descobertas têm implicações profundas para indivíduos, empresas e formuladores de políticas. Ao reconhecer o valor da complementaridade, podemos orientar melhor os trabalhadores em suas jornadas individuais de requalificação em tempos de mudanças tecnológicas”, explicou Stephany.