Android 15: Sistema vai ter ‘modo ladrão’, inspirado em ação da ‘gangue da bicicleta’ do Brasil


IA vai travar tela do celular quando detectar mudança repentina de velocidade; veja novidades

Por Bruna Arimathea
Atualização:

MOUNTAIN VIEW (EUA) – O Android 15, nova geração do sistema operacional para smartphones do Google, vai receber um novo recurso de segurança inspirado nas “gangues da bicicleta” do Brasil, grupos de assaltantes que utilizam o meio de transporte para roubar celulares em grandes centros urbanos do País. A novidade faz parte de um pacotão de recursos do sistema turbinados por inteligência artificial (IA) que a companhia anunciou nesta terça-feira, 14.

O “modo ladrão” é chamado oficialmente de Theft Protection Lock, e funciona da seguinte forma: quando a IA do celular identifica uma mudança de movimento abrupta, seguida de um padrão de velocidade, a tela do dispositivo será bloqueada para acesso.

Apresentação de Android durante o Google I/O 2024 Foto: Google/Divulgação
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O recurso é altamente inspirado nos roubos que ficaram conhecidos como a “gangue da bicicleta” no Brasil - e foi daqui que a inspiração para o recurso tomou forma. No ano passado, Sameer Samat, diretor de produtos do Android, esteve no Brasil para conversar com a operação local da gigante e com autoridades locais. O objetivo era entender como esses roubos aconteciam, a frequência e o que poderia ser feito da parte de software para evitar que os dados sensíveis dos usuários caíssem nas mãos erradas.

“O Brasil foi muito influente para criarmos as ferramentas de detecção de roubo, por uma combinação de muitas das pessoas do nosso time estarem no Brasil. Ouvimos direto deles o que os usuários por lá estavam vivendo. Eu mesmo fui ao Brasil e conversei sobre isso com vários usuários e com o governo. As autoridades enfatizaram que esse é um tópico muito importante no País no momento e deveria ser observado, então estamos trabalhando em parcerias com eles”, afirmou Samat em uma conversa com com jornalistas de alguns veículos do mundo, incluindo o Estadão, durante o Google I/O, o mais importantes evento da companhia no ano.

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A partir das reuniões, o Google reuniu uma série de recursos de IA par entender o comportamento do celular nessas ocasiões. De acordo com Dave Burke, chefe de engenharia para o Android, a identificação é feita por um conjunto que inclui as atividades do acelerômetro no celular, sensores que detectam padrões de movimento e se o aparelho está com a tela bloqueada ou não na hora do roubo.

Outra ferramenta de segurança anunciada pela empresa foi uma configuração para esconder mensagens e notificações que tenham informações sensíveis ou códigos de senha. Com o recurso habilitado, as notificações ocultam automaticamente esse tipo de dado - a intenção é evitar que, caso o celular esteja clonado ou esteja espelhando suas atividades em outra tela, outras pessoas possam ter acesso e ver as informações. Esse tipo de mensagem é comum, por exemplo, em processo de autenticação em dois fatores e recuperação de senhas.

As novidades em segurança são parte do pacote de mudanças do Android 15, previsto para ser lançado no final deste ano, mas também devem chegar em aparelhos que possuam sistema operacional a partir do Android 10. A empresa ainda não confirmou qual a data para a atualização nesses aparelhos.

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IA em todo canto do Android

O Google I/O foi altamente focado em IA, o que acabou ofuscando os anúncios relacionados ao Android. Assim como o modo ladrão, as novidades do sistema orbitaram ferramentas de IA. A IA vai tornar os “celulares inteligentes verdadeiramente inteligentes”, afirmou Samat no palco do evento.

Nos celulares Pixel, marca própria do Google, a empresa está implementando o Gemini Nano. Trata-se de uma IA que pode ser processada localmente nos celulares, sem exigir acesso à internet. O recurso também reduz a latência nas respostas, pois não recorre à nuvem, como faz o ChatGPT, da rival OpenAI. Entre as tarefas possíveis, estão o resumo de documentos, respostas completas sugeridas no teclado e descrição de imagens.

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Descrição de imagens em celulares Android fica mais rápida e eficiente graças ao Gemini Nano, modelo de inteligência artificial construído no dispositivo, sem recorrer à nuvem para processar respostas  Foto: Google/Reprodução

Outra função apresentada pelo Gemini Nano é identificação de tentativas de golpe por ligações telefônicas. Em tempo real durante uma chamada, a IA é capaz de captar instruções duvidosas passadas do outro lado da linha e enviar um alerta ao usuário sobre a ação suspeita. A funcionalidade pode impedir que golpes que solicitam senhas de banco ou cartão sejam executados através do telefone.

Mais celulares Android devem receber o recurso “Circule para pesquisar”, anunciado em janeiro deste ano como recurso para smartphones da linha Galaxy S24, da Samsung. A funcionalidade permite que o usuário circule um conteúdo na tela do aparelho, que, por sua vez, consegue entender do que se trata e buscar mais informações sobre aquilo na internet.

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Para acessar a busca, basta segurar o botão de início ou na área inferior do display em qualquer tela. Por exemplo, pode ser útil para pesquisar um lugar desconhecido visto no Instagram ou para pesquisar o modelo de tênis da pessoa da sua frente na fila do caixa do supermercado. Ao pressionar a tela, a imagem congela e é possível circular ao redor do elemento que você deseja pesquisar.

A partir de então, uma busca no Google aparece na tela, com fotos, links e uma caixa de texto para personalizar a pesquisa. Conteúdos que não podem ser compartilhados, como mensagens de visualização única ou aplicativos de banco, não estão habilitados para a função.

*A repórter Bruna Arimathea viajou a convite do Google

MOUNTAIN VIEW (EUA) – O Android 15, nova geração do sistema operacional para smartphones do Google, vai receber um novo recurso de segurança inspirado nas “gangues da bicicleta” do Brasil, grupos de assaltantes que utilizam o meio de transporte para roubar celulares em grandes centros urbanos do País. A novidade faz parte de um pacotão de recursos do sistema turbinados por inteligência artificial (IA) que a companhia anunciou nesta terça-feira, 14.

O “modo ladrão” é chamado oficialmente de Theft Protection Lock, e funciona da seguinte forma: quando a IA do celular identifica uma mudança de movimento abrupta, seguida de um padrão de velocidade, a tela do dispositivo será bloqueada para acesso.

Apresentação de Android durante o Google I/O 2024 Foto: Google/Divulgação

O recurso é altamente inspirado nos roubos que ficaram conhecidos como a “gangue da bicicleta” no Brasil - e foi daqui que a inspiração para o recurso tomou forma. No ano passado, Sameer Samat, diretor de produtos do Android, esteve no Brasil para conversar com a operação local da gigante e com autoridades locais. O objetivo era entender como esses roubos aconteciam, a frequência e o que poderia ser feito da parte de software para evitar que os dados sensíveis dos usuários caíssem nas mãos erradas.

“O Brasil foi muito influente para criarmos as ferramentas de detecção de roubo, por uma combinação de muitas das pessoas do nosso time estarem no Brasil. Ouvimos direto deles o que os usuários por lá estavam vivendo. Eu mesmo fui ao Brasil e conversei sobre isso com vários usuários e com o governo. As autoridades enfatizaram que esse é um tópico muito importante no País no momento e deveria ser observado, então estamos trabalhando em parcerias com eles”, afirmou Samat em uma conversa com com jornalistas de alguns veículos do mundo, incluindo o Estadão, durante o Google I/O, o mais importantes evento da companhia no ano.

A partir das reuniões, o Google reuniu uma série de recursos de IA par entender o comportamento do celular nessas ocasiões. De acordo com Dave Burke, chefe de engenharia para o Android, a identificação é feita por um conjunto que inclui as atividades do acelerômetro no celular, sensores que detectam padrões de movimento e se o aparelho está com a tela bloqueada ou não na hora do roubo.

Outra ferramenta de segurança anunciada pela empresa foi uma configuração para esconder mensagens e notificações que tenham informações sensíveis ou códigos de senha. Com o recurso habilitado, as notificações ocultam automaticamente esse tipo de dado - a intenção é evitar que, caso o celular esteja clonado ou esteja espelhando suas atividades em outra tela, outras pessoas possam ter acesso e ver as informações. Esse tipo de mensagem é comum, por exemplo, em processo de autenticação em dois fatores e recuperação de senhas.

As novidades em segurança são parte do pacote de mudanças do Android 15, previsto para ser lançado no final deste ano, mas também devem chegar em aparelhos que possuam sistema operacional a partir do Android 10. A empresa ainda não confirmou qual a data para a atualização nesses aparelhos.

IA em todo canto do Android

O Google I/O foi altamente focado em IA, o que acabou ofuscando os anúncios relacionados ao Android. Assim como o modo ladrão, as novidades do sistema orbitaram ferramentas de IA. A IA vai tornar os “celulares inteligentes verdadeiramente inteligentes”, afirmou Samat no palco do evento.

Nos celulares Pixel, marca própria do Google, a empresa está implementando o Gemini Nano. Trata-se de uma IA que pode ser processada localmente nos celulares, sem exigir acesso à internet. O recurso também reduz a latência nas respostas, pois não recorre à nuvem, como faz o ChatGPT, da rival OpenAI. Entre as tarefas possíveis, estão o resumo de documentos, respostas completas sugeridas no teclado e descrição de imagens.

Descrição de imagens em celulares Android fica mais rápida e eficiente graças ao Gemini Nano, modelo de inteligência artificial construído no dispositivo, sem recorrer à nuvem para processar respostas  Foto: Google/Reprodução

Outra função apresentada pelo Gemini Nano é identificação de tentativas de golpe por ligações telefônicas. Em tempo real durante uma chamada, a IA é capaz de captar instruções duvidosas passadas do outro lado da linha e enviar um alerta ao usuário sobre a ação suspeita. A funcionalidade pode impedir que golpes que solicitam senhas de banco ou cartão sejam executados através do telefone.

Mais celulares Android devem receber o recurso “Circule para pesquisar”, anunciado em janeiro deste ano como recurso para smartphones da linha Galaxy S24, da Samsung. A funcionalidade permite que o usuário circule um conteúdo na tela do aparelho, que, por sua vez, consegue entender do que se trata e buscar mais informações sobre aquilo na internet.

Para acessar a busca, basta segurar o botão de início ou na área inferior do display em qualquer tela. Por exemplo, pode ser útil para pesquisar um lugar desconhecido visto no Instagram ou para pesquisar o modelo de tênis da pessoa da sua frente na fila do caixa do supermercado. Ao pressionar a tela, a imagem congela e é possível circular ao redor do elemento que você deseja pesquisar.

A partir de então, uma busca no Google aparece na tela, com fotos, links e uma caixa de texto para personalizar a pesquisa. Conteúdos que não podem ser compartilhados, como mensagens de visualização única ou aplicativos de banco, não estão habilitados para a função.

*A repórter Bruna Arimathea viajou a convite do Google

MOUNTAIN VIEW (EUA) – O Android 15, nova geração do sistema operacional para smartphones do Google, vai receber um novo recurso de segurança inspirado nas “gangues da bicicleta” do Brasil, grupos de assaltantes que utilizam o meio de transporte para roubar celulares em grandes centros urbanos do País. A novidade faz parte de um pacotão de recursos do sistema turbinados por inteligência artificial (IA) que a companhia anunciou nesta terça-feira, 14.

O “modo ladrão” é chamado oficialmente de Theft Protection Lock, e funciona da seguinte forma: quando a IA do celular identifica uma mudança de movimento abrupta, seguida de um padrão de velocidade, a tela do dispositivo será bloqueada para acesso.

Apresentação de Android durante o Google I/O 2024 Foto: Google/Divulgação

O recurso é altamente inspirado nos roubos que ficaram conhecidos como a “gangue da bicicleta” no Brasil - e foi daqui que a inspiração para o recurso tomou forma. No ano passado, Sameer Samat, diretor de produtos do Android, esteve no Brasil para conversar com a operação local da gigante e com autoridades locais. O objetivo era entender como esses roubos aconteciam, a frequência e o que poderia ser feito da parte de software para evitar que os dados sensíveis dos usuários caíssem nas mãos erradas.

“O Brasil foi muito influente para criarmos as ferramentas de detecção de roubo, por uma combinação de muitas das pessoas do nosso time estarem no Brasil. Ouvimos direto deles o que os usuários por lá estavam vivendo. Eu mesmo fui ao Brasil e conversei sobre isso com vários usuários e com o governo. As autoridades enfatizaram que esse é um tópico muito importante no País no momento e deveria ser observado, então estamos trabalhando em parcerias com eles”, afirmou Samat em uma conversa com com jornalistas de alguns veículos do mundo, incluindo o Estadão, durante o Google I/O, o mais importantes evento da companhia no ano.

A partir das reuniões, o Google reuniu uma série de recursos de IA par entender o comportamento do celular nessas ocasiões. De acordo com Dave Burke, chefe de engenharia para o Android, a identificação é feita por um conjunto que inclui as atividades do acelerômetro no celular, sensores que detectam padrões de movimento e se o aparelho está com a tela bloqueada ou não na hora do roubo.

Outra ferramenta de segurança anunciada pela empresa foi uma configuração para esconder mensagens e notificações que tenham informações sensíveis ou códigos de senha. Com o recurso habilitado, as notificações ocultam automaticamente esse tipo de dado - a intenção é evitar que, caso o celular esteja clonado ou esteja espelhando suas atividades em outra tela, outras pessoas possam ter acesso e ver as informações. Esse tipo de mensagem é comum, por exemplo, em processo de autenticação em dois fatores e recuperação de senhas.

As novidades em segurança são parte do pacote de mudanças do Android 15, previsto para ser lançado no final deste ano, mas também devem chegar em aparelhos que possuam sistema operacional a partir do Android 10. A empresa ainda não confirmou qual a data para a atualização nesses aparelhos.

IA em todo canto do Android

O Google I/O foi altamente focado em IA, o que acabou ofuscando os anúncios relacionados ao Android. Assim como o modo ladrão, as novidades do sistema orbitaram ferramentas de IA. A IA vai tornar os “celulares inteligentes verdadeiramente inteligentes”, afirmou Samat no palco do evento.

Nos celulares Pixel, marca própria do Google, a empresa está implementando o Gemini Nano. Trata-se de uma IA que pode ser processada localmente nos celulares, sem exigir acesso à internet. O recurso também reduz a latência nas respostas, pois não recorre à nuvem, como faz o ChatGPT, da rival OpenAI. Entre as tarefas possíveis, estão o resumo de documentos, respostas completas sugeridas no teclado e descrição de imagens.

Descrição de imagens em celulares Android fica mais rápida e eficiente graças ao Gemini Nano, modelo de inteligência artificial construído no dispositivo, sem recorrer à nuvem para processar respostas  Foto: Google/Reprodução

Outra função apresentada pelo Gemini Nano é identificação de tentativas de golpe por ligações telefônicas. Em tempo real durante uma chamada, a IA é capaz de captar instruções duvidosas passadas do outro lado da linha e enviar um alerta ao usuário sobre a ação suspeita. A funcionalidade pode impedir que golpes que solicitam senhas de banco ou cartão sejam executados através do telefone.

Mais celulares Android devem receber o recurso “Circule para pesquisar”, anunciado em janeiro deste ano como recurso para smartphones da linha Galaxy S24, da Samsung. A funcionalidade permite que o usuário circule um conteúdo na tela do aparelho, que, por sua vez, consegue entender do que se trata e buscar mais informações sobre aquilo na internet.

Para acessar a busca, basta segurar o botão de início ou na área inferior do display em qualquer tela. Por exemplo, pode ser útil para pesquisar um lugar desconhecido visto no Instagram ou para pesquisar o modelo de tênis da pessoa da sua frente na fila do caixa do supermercado. Ao pressionar a tela, a imagem congela e é possível circular ao redor do elemento que você deseja pesquisar.

A partir de então, uma busca no Google aparece na tela, com fotos, links e uma caixa de texto para personalizar a pesquisa. Conteúdos que não podem ser compartilhados, como mensagens de visualização única ou aplicativos de banco, não estão habilitados para a função.

*A repórter Bruna Arimathea viajou a convite do Google

MOUNTAIN VIEW (EUA) – O Android 15, nova geração do sistema operacional para smartphones do Google, vai receber um novo recurso de segurança inspirado nas “gangues da bicicleta” do Brasil, grupos de assaltantes que utilizam o meio de transporte para roubar celulares em grandes centros urbanos do País. A novidade faz parte de um pacotão de recursos do sistema turbinados por inteligência artificial (IA) que a companhia anunciou nesta terça-feira, 14.

O “modo ladrão” é chamado oficialmente de Theft Protection Lock, e funciona da seguinte forma: quando a IA do celular identifica uma mudança de movimento abrupta, seguida de um padrão de velocidade, a tela do dispositivo será bloqueada para acesso.

Apresentação de Android durante o Google I/O 2024 Foto: Google/Divulgação

O recurso é altamente inspirado nos roubos que ficaram conhecidos como a “gangue da bicicleta” no Brasil - e foi daqui que a inspiração para o recurso tomou forma. No ano passado, Sameer Samat, diretor de produtos do Android, esteve no Brasil para conversar com a operação local da gigante e com autoridades locais. O objetivo era entender como esses roubos aconteciam, a frequência e o que poderia ser feito da parte de software para evitar que os dados sensíveis dos usuários caíssem nas mãos erradas.

“O Brasil foi muito influente para criarmos as ferramentas de detecção de roubo, por uma combinação de muitas das pessoas do nosso time estarem no Brasil. Ouvimos direto deles o que os usuários por lá estavam vivendo. Eu mesmo fui ao Brasil e conversei sobre isso com vários usuários e com o governo. As autoridades enfatizaram que esse é um tópico muito importante no País no momento e deveria ser observado, então estamos trabalhando em parcerias com eles”, afirmou Samat em uma conversa com com jornalistas de alguns veículos do mundo, incluindo o Estadão, durante o Google I/O, o mais importantes evento da companhia no ano.

A partir das reuniões, o Google reuniu uma série de recursos de IA par entender o comportamento do celular nessas ocasiões. De acordo com Dave Burke, chefe de engenharia para o Android, a identificação é feita por um conjunto que inclui as atividades do acelerômetro no celular, sensores que detectam padrões de movimento e se o aparelho está com a tela bloqueada ou não na hora do roubo.

Outra ferramenta de segurança anunciada pela empresa foi uma configuração para esconder mensagens e notificações que tenham informações sensíveis ou códigos de senha. Com o recurso habilitado, as notificações ocultam automaticamente esse tipo de dado - a intenção é evitar que, caso o celular esteja clonado ou esteja espelhando suas atividades em outra tela, outras pessoas possam ter acesso e ver as informações. Esse tipo de mensagem é comum, por exemplo, em processo de autenticação em dois fatores e recuperação de senhas.

As novidades em segurança são parte do pacote de mudanças do Android 15, previsto para ser lançado no final deste ano, mas também devem chegar em aparelhos que possuam sistema operacional a partir do Android 10. A empresa ainda não confirmou qual a data para a atualização nesses aparelhos.

IA em todo canto do Android

O Google I/O foi altamente focado em IA, o que acabou ofuscando os anúncios relacionados ao Android. Assim como o modo ladrão, as novidades do sistema orbitaram ferramentas de IA. A IA vai tornar os “celulares inteligentes verdadeiramente inteligentes”, afirmou Samat no palco do evento.

Nos celulares Pixel, marca própria do Google, a empresa está implementando o Gemini Nano. Trata-se de uma IA que pode ser processada localmente nos celulares, sem exigir acesso à internet. O recurso também reduz a latência nas respostas, pois não recorre à nuvem, como faz o ChatGPT, da rival OpenAI. Entre as tarefas possíveis, estão o resumo de documentos, respostas completas sugeridas no teclado e descrição de imagens.

Descrição de imagens em celulares Android fica mais rápida e eficiente graças ao Gemini Nano, modelo de inteligência artificial construído no dispositivo, sem recorrer à nuvem para processar respostas  Foto: Google/Reprodução

Outra função apresentada pelo Gemini Nano é identificação de tentativas de golpe por ligações telefônicas. Em tempo real durante uma chamada, a IA é capaz de captar instruções duvidosas passadas do outro lado da linha e enviar um alerta ao usuário sobre a ação suspeita. A funcionalidade pode impedir que golpes que solicitam senhas de banco ou cartão sejam executados através do telefone.

Mais celulares Android devem receber o recurso “Circule para pesquisar”, anunciado em janeiro deste ano como recurso para smartphones da linha Galaxy S24, da Samsung. A funcionalidade permite que o usuário circule um conteúdo na tela do aparelho, que, por sua vez, consegue entender do que se trata e buscar mais informações sobre aquilo na internet.

Para acessar a busca, basta segurar o botão de início ou na área inferior do display em qualquer tela. Por exemplo, pode ser útil para pesquisar um lugar desconhecido visto no Instagram ou para pesquisar o modelo de tênis da pessoa da sua frente na fila do caixa do supermercado. Ao pressionar a tela, a imagem congela e é possível circular ao redor do elemento que você deseja pesquisar.

A partir de então, uma busca no Google aparece na tela, com fotos, links e uma caixa de texto para personalizar a pesquisa. Conteúdos que não podem ser compartilhados, como mensagens de visualização única ou aplicativos de banco, não estão habilitados para a função.

*A repórter Bruna Arimathea viajou a convite do Google

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