Android: ‘Modo ladrão’ do Google foi acionado mais de 1 milhão de vezes em dispositivos no Brasil


Tecnologia que foi testada primeiramente no País teve resposta positiva entre os usuários

Por Guilherme Nannini
Atualização:

O Google iniciou em agosto deste ano um teste do “modo ladrão” em dispositivos Android no Brasil. A ferramenta, que teve a fase de experimentação encerrada em outubro, trava a tela do smartphone quando há uma mudança brusca de velocidade, algo que acontece em roubos como aqueles promovidos pela “gangue da bicicleta” em grandes centros urbanos do País.

Em entrevista ao Estadão, Bruno Diniz, engenheiro de software do Google e responsável pela implementação da ferramenta, destacou que o Brasil foi o primeiro país a receber o recurso, devido ao alto índice de roubo de celulares - segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o País registra 107 ocorrências do tipo por hora.

Iniciativa do Google quer dificultar acesso ao celular de usuários que tiveram seu dispositivo roubado Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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A preocupação quanto a esse problema se refletiu em números: desde agosto, mais de 1 milhão de dispositivos Android no Brasil já ativaram o recurso em seu smartphone. O número é revelador, pois o recurso não é habilitado por padrão - o usuário precisa ativar o recurso no telefone. “Muitos brasileiros passaram a usar o modo ladrão em seus dispositivos como medida preventiva. Foi um indicador muito positivo para a empresa de que a novidade está sendo bem aceita e deve se popularizar”. Vale destacar que a ativação do modo não configura o roubo do smartphone, apenas que o celular está com a medida ativa caso uma ação aconteça.

Como funciona?

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O sistema, compatível com dispositivos Android a partir da versão 10, é nomeado oficialmente de Theft Protection Lock e utiliza inteligência artificial (IA) para detectar possíveis roubos. A ferramenta analisa padrões de movimento e velocidade do aparelho para identificar ações bruscas, como um furto rápido, e bloquear automaticamente a tela, impedindo o acesso de terceiros.

Para identificar um possível roubo, a IA utiliza sensores de acelerômetro que medem a movimentação do aparelho. Caso o sistema detecte uma mudança abrupta e o dispositivo permaneça bloqueado por um tempo prolongado, ele classifica o evento como possível furto. Embora eficaz, a ferramenta está sujeita a falsos positivos, como desbloqueios acidentais logo após o bloqueio automático.

Desde o lançamento do beta, o Google afirma ter recebido um retorno positivo, apesar das limitações iniciais. Os dados exatos de como e quantas pessoas foram impactadas com o recurso não puderam ser revelados por questões de privacidade e segurança ao sistema, mas a empresa revelo que os feedbacks externos recebidos “animaram” a companhia.

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Big tech decidiu começar os testes no Brasil por conta do alto índice de roubos de celulares Foto: PixieMe /Adobe Stoc

Segundo Diniz, os testes no Brasil foram essenciais para a calibragem do sistema, que ainda está em desenvolvimento e deve continuar sendo aprimorado com o feedback dos usuários. “Esse período de beta permitiu ao Google não apenas ajustar os recursos contra falsos positivos, mas também aprender o comportamento de quem utiliza a plataforma”.

O engenheiro do Google disse que a funcionalidade não está atrelada diretamente ao Android, ou seja, as atualizações são realizadas por meio do Google Play Services, o que acelera a distribuição de melhorias para os dispositivos compatíveis. Ao longo do piloto, novas tecnologias já chegaram a ferramenta por meio do Play Services.

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Além do bloqueio automático

Recursos do Google não se limitam apenas ao "modo ladrão" Foto: Werther Santana/Estadão

O Google oferece ainda outros dois mecanismos de segurança: o Bloqueio Remoto e o Bloqueio de Dispositivo Offline. O primeiro permite que o usuário bloqueie o aparelho remotamente por meio de um site específico, apenas com o número de celular, sem necessidade de senha da conta Google. Diniz explica que uma das grandes dificuldades não só no Brasil, mas também no mundo, é a dificuldade em lembrar a conta do Android, e que, por isso, a adoção do número de telefone, torna tudo mais fácil para o usuário evitar o acesso a suas informações.

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Já o Bloqueio de Dispositivo Offline impede que a tela do dispositivo seja acessada se ele ficar sem conexão por um período de tempo, uma tática usada em roubos para evitar que o celular seja rastreado.

Além do Theft Protection Lock, o Google lançou outras ferramentas preventivas para tentar impedir roubos antes mesmo de eles ocorrerem. O sistema agora exige autenticação biométrica, senha ou PIN para desativar funções como o Encontre Meu Dispositivo e para realizar mudanças em configurações de segurança. Há também uma proteção contra a redefinição de fábrica, que impede que o dispositivo seja reiniciado sem as credenciais da conta Google, o que reduz seu valor de revenda e, consequentemente, seu atrativo para ladrões.

Esse esforço da empresa se alinha a outras iniciativas de segurança, como o Google Play Protect, que monitora e bloqueia a instalação de aplicativos suspeitos que possam facilitar golpes e fraudes, por exemplo. No Brasil, o Google também está implementando uma nova versão de proteção contra fraudes, que bloqueia aplicativos com permissões que são comumente usadas por golpistas, como o acesso a mensagens SMS e notificações.

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A expectativa do Google é de que a experiência brasileira, em que a criminalidade é elevada e o uso de dispositivos móveis é amplamente difundido, contribua para o desenvolvimento de soluções eficazes contra o roubo de celulares também em outros lugares do mundo. Os recursos de segurança devem ser lançados para outros países ao longo dos próximos meses.

O Google iniciou em agosto deste ano um teste do “modo ladrão” em dispositivos Android no Brasil. A ferramenta, que teve a fase de experimentação encerrada em outubro, trava a tela do smartphone quando há uma mudança brusca de velocidade, algo que acontece em roubos como aqueles promovidos pela “gangue da bicicleta” em grandes centros urbanos do País.

Em entrevista ao Estadão, Bruno Diniz, engenheiro de software do Google e responsável pela implementação da ferramenta, destacou que o Brasil foi o primeiro país a receber o recurso, devido ao alto índice de roubo de celulares - segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o País registra 107 ocorrências do tipo por hora.

Iniciativa do Google quer dificultar acesso ao celular de usuários que tiveram seu dispositivo roubado Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A preocupação quanto a esse problema se refletiu em números: desde agosto, mais de 1 milhão de dispositivos Android no Brasil já ativaram o recurso em seu smartphone. O número é revelador, pois o recurso não é habilitado por padrão - o usuário precisa ativar o recurso no telefone. “Muitos brasileiros passaram a usar o modo ladrão em seus dispositivos como medida preventiva. Foi um indicador muito positivo para a empresa de que a novidade está sendo bem aceita e deve se popularizar”. Vale destacar que a ativação do modo não configura o roubo do smartphone, apenas que o celular está com a medida ativa caso uma ação aconteça.

Como funciona?

O sistema, compatível com dispositivos Android a partir da versão 10, é nomeado oficialmente de Theft Protection Lock e utiliza inteligência artificial (IA) para detectar possíveis roubos. A ferramenta analisa padrões de movimento e velocidade do aparelho para identificar ações bruscas, como um furto rápido, e bloquear automaticamente a tela, impedindo o acesso de terceiros.

Para identificar um possível roubo, a IA utiliza sensores de acelerômetro que medem a movimentação do aparelho. Caso o sistema detecte uma mudança abrupta e o dispositivo permaneça bloqueado por um tempo prolongado, ele classifica o evento como possível furto. Embora eficaz, a ferramenta está sujeita a falsos positivos, como desbloqueios acidentais logo após o bloqueio automático.

Desde o lançamento do beta, o Google afirma ter recebido um retorno positivo, apesar das limitações iniciais. Os dados exatos de como e quantas pessoas foram impactadas com o recurso não puderam ser revelados por questões de privacidade e segurança ao sistema, mas a empresa revelo que os feedbacks externos recebidos “animaram” a companhia.

Big tech decidiu começar os testes no Brasil por conta do alto índice de roubos de celulares Foto: PixieMe /Adobe Stoc

Segundo Diniz, os testes no Brasil foram essenciais para a calibragem do sistema, que ainda está em desenvolvimento e deve continuar sendo aprimorado com o feedback dos usuários. “Esse período de beta permitiu ao Google não apenas ajustar os recursos contra falsos positivos, mas também aprender o comportamento de quem utiliza a plataforma”.

O engenheiro do Google disse que a funcionalidade não está atrelada diretamente ao Android, ou seja, as atualizações são realizadas por meio do Google Play Services, o que acelera a distribuição de melhorias para os dispositivos compatíveis. Ao longo do piloto, novas tecnologias já chegaram a ferramenta por meio do Play Services.

Além do bloqueio automático

Recursos do Google não se limitam apenas ao "modo ladrão" Foto: Werther Santana/Estadão

O Google oferece ainda outros dois mecanismos de segurança: o Bloqueio Remoto e o Bloqueio de Dispositivo Offline. O primeiro permite que o usuário bloqueie o aparelho remotamente por meio de um site específico, apenas com o número de celular, sem necessidade de senha da conta Google. Diniz explica que uma das grandes dificuldades não só no Brasil, mas também no mundo, é a dificuldade em lembrar a conta do Android, e que, por isso, a adoção do número de telefone, torna tudo mais fácil para o usuário evitar o acesso a suas informações.

Já o Bloqueio de Dispositivo Offline impede que a tela do dispositivo seja acessada se ele ficar sem conexão por um período de tempo, uma tática usada em roubos para evitar que o celular seja rastreado.

Além do Theft Protection Lock, o Google lançou outras ferramentas preventivas para tentar impedir roubos antes mesmo de eles ocorrerem. O sistema agora exige autenticação biométrica, senha ou PIN para desativar funções como o Encontre Meu Dispositivo e para realizar mudanças em configurações de segurança. Há também uma proteção contra a redefinição de fábrica, que impede que o dispositivo seja reiniciado sem as credenciais da conta Google, o que reduz seu valor de revenda e, consequentemente, seu atrativo para ladrões.

Esse esforço da empresa se alinha a outras iniciativas de segurança, como o Google Play Protect, que monitora e bloqueia a instalação de aplicativos suspeitos que possam facilitar golpes e fraudes, por exemplo. No Brasil, o Google também está implementando uma nova versão de proteção contra fraudes, que bloqueia aplicativos com permissões que são comumente usadas por golpistas, como o acesso a mensagens SMS e notificações.

A expectativa do Google é de que a experiência brasileira, em que a criminalidade é elevada e o uso de dispositivos móveis é amplamente difundido, contribua para o desenvolvimento de soluções eficazes contra o roubo de celulares também em outros lugares do mundo. Os recursos de segurança devem ser lançados para outros países ao longo dos próximos meses.

O Google iniciou em agosto deste ano um teste do “modo ladrão” em dispositivos Android no Brasil. A ferramenta, que teve a fase de experimentação encerrada em outubro, trava a tela do smartphone quando há uma mudança brusca de velocidade, algo que acontece em roubos como aqueles promovidos pela “gangue da bicicleta” em grandes centros urbanos do País.

Em entrevista ao Estadão, Bruno Diniz, engenheiro de software do Google e responsável pela implementação da ferramenta, destacou que o Brasil foi o primeiro país a receber o recurso, devido ao alto índice de roubo de celulares - segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o País registra 107 ocorrências do tipo por hora.

Iniciativa do Google quer dificultar acesso ao celular de usuários que tiveram seu dispositivo roubado Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A preocupação quanto a esse problema se refletiu em números: desde agosto, mais de 1 milhão de dispositivos Android no Brasil já ativaram o recurso em seu smartphone. O número é revelador, pois o recurso não é habilitado por padrão - o usuário precisa ativar o recurso no telefone. “Muitos brasileiros passaram a usar o modo ladrão em seus dispositivos como medida preventiva. Foi um indicador muito positivo para a empresa de que a novidade está sendo bem aceita e deve se popularizar”. Vale destacar que a ativação do modo não configura o roubo do smartphone, apenas que o celular está com a medida ativa caso uma ação aconteça.

Como funciona?

O sistema, compatível com dispositivos Android a partir da versão 10, é nomeado oficialmente de Theft Protection Lock e utiliza inteligência artificial (IA) para detectar possíveis roubos. A ferramenta analisa padrões de movimento e velocidade do aparelho para identificar ações bruscas, como um furto rápido, e bloquear automaticamente a tela, impedindo o acesso de terceiros.

Para identificar um possível roubo, a IA utiliza sensores de acelerômetro que medem a movimentação do aparelho. Caso o sistema detecte uma mudança abrupta e o dispositivo permaneça bloqueado por um tempo prolongado, ele classifica o evento como possível furto. Embora eficaz, a ferramenta está sujeita a falsos positivos, como desbloqueios acidentais logo após o bloqueio automático.

Desde o lançamento do beta, o Google afirma ter recebido um retorno positivo, apesar das limitações iniciais. Os dados exatos de como e quantas pessoas foram impactadas com o recurso não puderam ser revelados por questões de privacidade e segurança ao sistema, mas a empresa revelo que os feedbacks externos recebidos “animaram” a companhia.

Big tech decidiu começar os testes no Brasil por conta do alto índice de roubos de celulares Foto: PixieMe /Adobe Stoc

Segundo Diniz, os testes no Brasil foram essenciais para a calibragem do sistema, que ainda está em desenvolvimento e deve continuar sendo aprimorado com o feedback dos usuários. “Esse período de beta permitiu ao Google não apenas ajustar os recursos contra falsos positivos, mas também aprender o comportamento de quem utiliza a plataforma”.

O engenheiro do Google disse que a funcionalidade não está atrelada diretamente ao Android, ou seja, as atualizações são realizadas por meio do Google Play Services, o que acelera a distribuição de melhorias para os dispositivos compatíveis. Ao longo do piloto, novas tecnologias já chegaram a ferramenta por meio do Play Services.

Além do bloqueio automático

Recursos do Google não se limitam apenas ao "modo ladrão" Foto: Werther Santana/Estadão

O Google oferece ainda outros dois mecanismos de segurança: o Bloqueio Remoto e o Bloqueio de Dispositivo Offline. O primeiro permite que o usuário bloqueie o aparelho remotamente por meio de um site específico, apenas com o número de celular, sem necessidade de senha da conta Google. Diniz explica que uma das grandes dificuldades não só no Brasil, mas também no mundo, é a dificuldade em lembrar a conta do Android, e que, por isso, a adoção do número de telefone, torna tudo mais fácil para o usuário evitar o acesso a suas informações.

Já o Bloqueio de Dispositivo Offline impede que a tela do dispositivo seja acessada se ele ficar sem conexão por um período de tempo, uma tática usada em roubos para evitar que o celular seja rastreado.

Além do Theft Protection Lock, o Google lançou outras ferramentas preventivas para tentar impedir roubos antes mesmo de eles ocorrerem. O sistema agora exige autenticação biométrica, senha ou PIN para desativar funções como o Encontre Meu Dispositivo e para realizar mudanças em configurações de segurança. Há também uma proteção contra a redefinição de fábrica, que impede que o dispositivo seja reiniciado sem as credenciais da conta Google, o que reduz seu valor de revenda e, consequentemente, seu atrativo para ladrões.

Esse esforço da empresa se alinha a outras iniciativas de segurança, como o Google Play Protect, que monitora e bloqueia a instalação de aplicativos suspeitos que possam facilitar golpes e fraudes, por exemplo. No Brasil, o Google também está implementando uma nova versão de proteção contra fraudes, que bloqueia aplicativos com permissões que são comumente usadas por golpistas, como o acesso a mensagens SMS e notificações.

A expectativa do Google é de que a experiência brasileira, em que a criminalidade é elevada e o uso de dispositivos móveis é amplamente difundido, contribua para o desenvolvimento de soluções eficazes contra o roubo de celulares também em outros lugares do mundo. Os recursos de segurança devem ser lançados para outros países ao longo dos próximos meses.

O Google iniciou em agosto deste ano um teste do “modo ladrão” em dispositivos Android no Brasil. A ferramenta, que teve a fase de experimentação encerrada em outubro, trava a tela do smartphone quando há uma mudança brusca de velocidade, algo que acontece em roubos como aqueles promovidos pela “gangue da bicicleta” em grandes centros urbanos do País.

Em entrevista ao Estadão, Bruno Diniz, engenheiro de software do Google e responsável pela implementação da ferramenta, destacou que o Brasil foi o primeiro país a receber o recurso, devido ao alto índice de roubo de celulares - segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o País registra 107 ocorrências do tipo por hora.

Iniciativa do Google quer dificultar acesso ao celular de usuários que tiveram seu dispositivo roubado Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A preocupação quanto a esse problema se refletiu em números: desde agosto, mais de 1 milhão de dispositivos Android no Brasil já ativaram o recurso em seu smartphone. O número é revelador, pois o recurso não é habilitado por padrão - o usuário precisa ativar o recurso no telefone. “Muitos brasileiros passaram a usar o modo ladrão em seus dispositivos como medida preventiva. Foi um indicador muito positivo para a empresa de que a novidade está sendo bem aceita e deve se popularizar”. Vale destacar que a ativação do modo não configura o roubo do smartphone, apenas que o celular está com a medida ativa caso uma ação aconteça.

Como funciona?

O sistema, compatível com dispositivos Android a partir da versão 10, é nomeado oficialmente de Theft Protection Lock e utiliza inteligência artificial (IA) para detectar possíveis roubos. A ferramenta analisa padrões de movimento e velocidade do aparelho para identificar ações bruscas, como um furto rápido, e bloquear automaticamente a tela, impedindo o acesso de terceiros.

Para identificar um possível roubo, a IA utiliza sensores de acelerômetro que medem a movimentação do aparelho. Caso o sistema detecte uma mudança abrupta e o dispositivo permaneça bloqueado por um tempo prolongado, ele classifica o evento como possível furto. Embora eficaz, a ferramenta está sujeita a falsos positivos, como desbloqueios acidentais logo após o bloqueio automático.

Desde o lançamento do beta, o Google afirma ter recebido um retorno positivo, apesar das limitações iniciais. Os dados exatos de como e quantas pessoas foram impactadas com o recurso não puderam ser revelados por questões de privacidade e segurança ao sistema, mas a empresa revelo que os feedbacks externos recebidos “animaram” a companhia.

Big tech decidiu começar os testes no Brasil por conta do alto índice de roubos de celulares Foto: PixieMe /Adobe Stoc

Segundo Diniz, os testes no Brasil foram essenciais para a calibragem do sistema, que ainda está em desenvolvimento e deve continuar sendo aprimorado com o feedback dos usuários. “Esse período de beta permitiu ao Google não apenas ajustar os recursos contra falsos positivos, mas também aprender o comportamento de quem utiliza a plataforma”.

O engenheiro do Google disse que a funcionalidade não está atrelada diretamente ao Android, ou seja, as atualizações são realizadas por meio do Google Play Services, o que acelera a distribuição de melhorias para os dispositivos compatíveis. Ao longo do piloto, novas tecnologias já chegaram a ferramenta por meio do Play Services.

Além do bloqueio automático

Recursos do Google não se limitam apenas ao "modo ladrão" Foto: Werther Santana/Estadão

O Google oferece ainda outros dois mecanismos de segurança: o Bloqueio Remoto e o Bloqueio de Dispositivo Offline. O primeiro permite que o usuário bloqueie o aparelho remotamente por meio de um site específico, apenas com o número de celular, sem necessidade de senha da conta Google. Diniz explica que uma das grandes dificuldades não só no Brasil, mas também no mundo, é a dificuldade em lembrar a conta do Android, e que, por isso, a adoção do número de telefone, torna tudo mais fácil para o usuário evitar o acesso a suas informações.

Já o Bloqueio de Dispositivo Offline impede que a tela do dispositivo seja acessada se ele ficar sem conexão por um período de tempo, uma tática usada em roubos para evitar que o celular seja rastreado.

Além do Theft Protection Lock, o Google lançou outras ferramentas preventivas para tentar impedir roubos antes mesmo de eles ocorrerem. O sistema agora exige autenticação biométrica, senha ou PIN para desativar funções como o Encontre Meu Dispositivo e para realizar mudanças em configurações de segurança. Há também uma proteção contra a redefinição de fábrica, que impede que o dispositivo seja reiniciado sem as credenciais da conta Google, o que reduz seu valor de revenda e, consequentemente, seu atrativo para ladrões.

Esse esforço da empresa se alinha a outras iniciativas de segurança, como o Google Play Protect, que monitora e bloqueia a instalação de aplicativos suspeitos que possam facilitar golpes e fraudes, por exemplo. No Brasil, o Google também está implementando uma nova versão de proteção contra fraudes, que bloqueia aplicativos com permissões que são comumente usadas por golpistas, como o acesso a mensagens SMS e notificações.

A expectativa do Google é de que a experiência brasileira, em que a criminalidade é elevada e o uso de dispositivos móveis é amplamente difundido, contribua para o desenvolvimento de soluções eficazes contra o roubo de celulares também em outros lugares do mundo. Os recursos de segurança devem ser lançados para outros países ao longo dos próximos meses.

O Google iniciou em agosto deste ano um teste do “modo ladrão” em dispositivos Android no Brasil. A ferramenta, que teve a fase de experimentação encerrada em outubro, trava a tela do smartphone quando há uma mudança brusca de velocidade, algo que acontece em roubos como aqueles promovidos pela “gangue da bicicleta” em grandes centros urbanos do País.

Em entrevista ao Estadão, Bruno Diniz, engenheiro de software do Google e responsável pela implementação da ferramenta, destacou que o Brasil foi o primeiro país a receber o recurso, devido ao alto índice de roubo de celulares - segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o País registra 107 ocorrências do tipo por hora.

Iniciativa do Google quer dificultar acesso ao celular de usuários que tiveram seu dispositivo roubado Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A preocupação quanto a esse problema se refletiu em números: desde agosto, mais de 1 milhão de dispositivos Android no Brasil já ativaram o recurso em seu smartphone. O número é revelador, pois o recurso não é habilitado por padrão - o usuário precisa ativar o recurso no telefone. “Muitos brasileiros passaram a usar o modo ladrão em seus dispositivos como medida preventiva. Foi um indicador muito positivo para a empresa de que a novidade está sendo bem aceita e deve se popularizar”. Vale destacar que a ativação do modo não configura o roubo do smartphone, apenas que o celular está com a medida ativa caso uma ação aconteça.

Como funciona?

O sistema, compatível com dispositivos Android a partir da versão 10, é nomeado oficialmente de Theft Protection Lock e utiliza inteligência artificial (IA) para detectar possíveis roubos. A ferramenta analisa padrões de movimento e velocidade do aparelho para identificar ações bruscas, como um furto rápido, e bloquear automaticamente a tela, impedindo o acesso de terceiros.

Para identificar um possível roubo, a IA utiliza sensores de acelerômetro que medem a movimentação do aparelho. Caso o sistema detecte uma mudança abrupta e o dispositivo permaneça bloqueado por um tempo prolongado, ele classifica o evento como possível furto. Embora eficaz, a ferramenta está sujeita a falsos positivos, como desbloqueios acidentais logo após o bloqueio automático.

Desde o lançamento do beta, o Google afirma ter recebido um retorno positivo, apesar das limitações iniciais. Os dados exatos de como e quantas pessoas foram impactadas com o recurso não puderam ser revelados por questões de privacidade e segurança ao sistema, mas a empresa revelo que os feedbacks externos recebidos “animaram” a companhia.

Big tech decidiu começar os testes no Brasil por conta do alto índice de roubos de celulares Foto: PixieMe /Adobe Stoc

Segundo Diniz, os testes no Brasil foram essenciais para a calibragem do sistema, que ainda está em desenvolvimento e deve continuar sendo aprimorado com o feedback dos usuários. “Esse período de beta permitiu ao Google não apenas ajustar os recursos contra falsos positivos, mas também aprender o comportamento de quem utiliza a plataforma”.

O engenheiro do Google disse que a funcionalidade não está atrelada diretamente ao Android, ou seja, as atualizações são realizadas por meio do Google Play Services, o que acelera a distribuição de melhorias para os dispositivos compatíveis. Ao longo do piloto, novas tecnologias já chegaram a ferramenta por meio do Play Services.

Além do bloqueio automático

Recursos do Google não se limitam apenas ao "modo ladrão" Foto: Werther Santana/Estadão

O Google oferece ainda outros dois mecanismos de segurança: o Bloqueio Remoto e o Bloqueio de Dispositivo Offline. O primeiro permite que o usuário bloqueie o aparelho remotamente por meio de um site específico, apenas com o número de celular, sem necessidade de senha da conta Google. Diniz explica que uma das grandes dificuldades não só no Brasil, mas também no mundo, é a dificuldade em lembrar a conta do Android, e que, por isso, a adoção do número de telefone, torna tudo mais fácil para o usuário evitar o acesso a suas informações.

Já o Bloqueio de Dispositivo Offline impede que a tela do dispositivo seja acessada se ele ficar sem conexão por um período de tempo, uma tática usada em roubos para evitar que o celular seja rastreado.

Além do Theft Protection Lock, o Google lançou outras ferramentas preventivas para tentar impedir roubos antes mesmo de eles ocorrerem. O sistema agora exige autenticação biométrica, senha ou PIN para desativar funções como o Encontre Meu Dispositivo e para realizar mudanças em configurações de segurança. Há também uma proteção contra a redefinição de fábrica, que impede que o dispositivo seja reiniciado sem as credenciais da conta Google, o que reduz seu valor de revenda e, consequentemente, seu atrativo para ladrões.

Esse esforço da empresa se alinha a outras iniciativas de segurança, como o Google Play Protect, que monitora e bloqueia a instalação de aplicativos suspeitos que possam facilitar golpes e fraudes, por exemplo. No Brasil, o Google também está implementando uma nova versão de proteção contra fraudes, que bloqueia aplicativos com permissões que são comumente usadas por golpistas, como o acesso a mensagens SMS e notificações.

A expectativa do Google é de que a experiência brasileira, em que a criminalidade é elevada e o uso de dispositivos móveis é amplamente difundido, contribua para o desenvolvimento de soluções eficazes contra o roubo de celulares também em outros lugares do mundo. Os recursos de segurança devem ser lançados para outros países ao longo dos próximos meses.

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