Aos 20 anos, Alibaba resiste a 'sair de casa'


Conhecida no Brasil pelo site AliExpress, chinesa prefere expansão internacional discreta

Por Mariana Lima
Centro de Distribuição da AliExpress na Rússia, um dos poucos investimentos da Alibaba fora da China Foto: Andrey Rudakov/Bloomberg

Na ‘festinha’ de aniversário da chinesa Alibaba, poucos convidados são do ocidente. A dona da AliExpress chega aos 20 anos hoje empenhada em crescer no varejo do seu próprio país e de nações vizinhas. Fora desses mercados, os investimentos da gigante de tecnologia são mais pontuais e diversificados: bicicletas, inteligência artificial, carros elétricos e até produção de filmes.

Criada quase por acidente em 1999, a Alibaba conta com dezenas de empresas em seu portfólio. Boa parte dos esforços está concentrada em alimentar toda a cadeia do varejo chinês – de serviços de logística a gerenciamento de estoques. A Ant Financial, por exemplo, surgiu como uma forma de ajudar no funcionamento do sistema de pagamentos do país e hoje possui 1 bilhão de usuários ativos. Já o Taobao, site de vendas feitas exclusivamente para a China, já é o maior e-commerce do mundo.

continua após a publicidade

Hoje, a Alibaba tem valor de mercado estimado em US$ 476,5 bilhões. No ano passado, faturou US$ 30,8 bilhões com vendas em seus quatro sites (Tmall, Taobao, AliExpress e Alibaba.com) em apenas um dia, durante a comemoração do Dia do Solteiro no país – o valor corresponde às vendas de todo o e-commerce brasileiro em 2016 e 2017, segundo a ABCom (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). E a gigante ainda tem espaço para crescer, já que o varejo da China deve avançar 7,5% este ano, ante os 3,5% nos Estados Unidos, segundo a consultoria eMarketer.

A forte presença da Alibaba no mercado chinês torna a empresa comparável à americana Amazon, que deve fechar o ano com 47% das vendas de e-commerce dos EUA.

“A principal diferença entre as duas é que, ao contrário da Amazon, a Alibaba não quer destruir seus concorrentes”, diz Ricardo Pastore, coordenador do Laboratório de Varejo da ESPM. “A chinesa criou ferramentas para ajudar os varejistas”. A americana, ao contrário, chegou a entrar em guerra de preço com rivais menores para tirá-los do mercado. Já chinesa possui plataformas de marketplace como o Alibaba.com, além de ofertar suas ferramentas para as empresas do varejo.

continua após a publicidade

Conforto de casa. O bom desempenho do mercado local é um dos motivos que fazem a Alibaba querer ficar onde está. Heath Terry, líder da unidade de negócios para grupos de tecnologia, mídia e telecomunicações da Goldman Sachs, explica que, apesar do clima favorável à expansão internacional, a companhia não tem interesse em uma entrada agressiva no ocidente no curto prazo. “A Alibaba, que começou pelas principais cidades da China, agora está focada no mercado nacional, que ainda tem muitas oportunidades.” 

Em uma possível projeção internacional, a empresa enfrenta ainda pressão de outros países. Na visão de Pastore, a companhia desfruta de um potencial que assusta os governos ocidentais. “Se o Brasil não restringisse tanto a entrada de produtos chineses, a Alibaba já seria mais conhecida aqui. O medo de comprar um produto de baixa qualidade já é menor que o de perder o produto para a alfândega”. Segundo ele, a AliExpress, que não tem representação no País, já é um dos e-commerce mais visitados pelos brasileiros. 

continua após a publicidade

Oscar no bolso. Apesar de representarem uma fatia pequena frente o tamanho da Alibaba, as apostas da companhia no exterior são ousadas e servem de experimentação para a empresa. Na Índia e no sudeste asiático a chinesa aposta em soluções para empresas de mídia e de inteligência artificial.

O grupo tem a Ofo, startup de bicicletas dockless (sem a necessidade de uma estação fixa) avaliada em US$ 1 bilhão e que atua na Europa. Outra novidade é a Xiaopeng, montadora de carros elétricos apontada como uma das principais concorrentes da Tesla no mundo.

Nos EUA, a chinesa decidiu fazer uma entrada literalmente cinematográfica. A empresa tem participação em duas das produtoras responsáveis pelo Green Book, último vencedor do Oscar na categoria de melhor filme. A Alibaba também fez a distribuição do filme na China.

continua após a publicidade

Ricardo Geromel, diretor de negócios internacionais da Startse, diz que a Alibaba prevê um crescimento discreto, mas sustentável. “Jack Ma (fundador da Alibaba) sempre disse: ‘estou construindo uma empresa para viver três séculos’, e ele a está preparando para isso.”

Centro de Distribuição da AliExpress na Rússia, um dos poucos investimentos da Alibaba fora da China Foto: Andrey Rudakov/Bloomberg

Na ‘festinha’ de aniversário da chinesa Alibaba, poucos convidados são do ocidente. A dona da AliExpress chega aos 20 anos hoje empenhada em crescer no varejo do seu próprio país e de nações vizinhas. Fora desses mercados, os investimentos da gigante de tecnologia são mais pontuais e diversificados: bicicletas, inteligência artificial, carros elétricos e até produção de filmes.

Criada quase por acidente em 1999, a Alibaba conta com dezenas de empresas em seu portfólio. Boa parte dos esforços está concentrada em alimentar toda a cadeia do varejo chinês – de serviços de logística a gerenciamento de estoques. A Ant Financial, por exemplo, surgiu como uma forma de ajudar no funcionamento do sistema de pagamentos do país e hoje possui 1 bilhão de usuários ativos. Já o Taobao, site de vendas feitas exclusivamente para a China, já é o maior e-commerce do mundo.

Hoje, a Alibaba tem valor de mercado estimado em US$ 476,5 bilhões. No ano passado, faturou US$ 30,8 bilhões com vendas em seus quatro sites (Tmall, Taobao, AliExpress e Alibaba.com) em apenas um dia, durante a comemoração do Dia do Solteiro no país – o valor corresponde às vendas de todo o e-commerce brasileiro em 2016 e 2017, segundo a ABCom (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). E a gigante ainda tem espaço para crescer, já que o varejo da China deve avançar 7,5% este ano, ante os 3,5% nos Estados Unidos, segundo a consultoria eMarketer.

A forte presença da Alibaba no mercado chinês torna a empresa comparável à americana Amazon, que deve fechar o ano com 47% das vendas de e-commerce dos EUA.

“A principal diferença entre as duas é que, ao contrário da Amazon, a Alibaba não quer destruir seus concorrentes”, diz Ricardo Pastore, coordenador do Laboratório de Varejo da ESPM. “A chinesa criou ferramentas para ajudar os varejistas”. A americana, ao contrário, chegou a entrar em guerra de preço com rivais menores para tirá-los do mercado. Já chinesa possui plataformas de marketplace como o Alibaba.com, além de ofertar suas ferramentas para as empresas do varejo.

Conforto de casa. O bom desempenho do mercado local é um dos motivos que fazem a Alibaba querer ficar onde está. Heath Terry, líder da unidade de negócios para grupos de tecnologia, mídia e telecomunicações da Goldman Sachs, explica que, apesar do clima favorável à expansão internacional, a companhia não tem interesse em uma entrada agressiva no ocidente no curto prazo. “A Alibaba, que começou pelas principais cidades da China, agora está focada no mercado nacional, que ainda tem muitas oportunidades.” 

Em uma possível projeção internacional, a empresa enfrenta ainda pressão de outros países. Na visão de Pastore, a companhia desfruta de um potencial que assusta os governos ocidentais. “Se o Brasil não restringisse tanto a entrada de produtos chineses, a Alibaba já seria mais conhecida aqui. O medo de comprar um produto de baixa qualidade já é menor que o de perder o produto para a alfândega”. Segundo ele, a AliExpress, que não tem representação no País, já é um dos e-commerce mais visitados pelos brasileiros. 

Oscar no bolso. Apesar de representarem uma fatia pequena frente o tamanho da Alibaba, as apostas da companhia no exterior são ousadas e servem de experimentação para a empresa. Na Índia e no sudeste asiático a chinesa aposta em soluções para empresas de mídia e de inteligência artificial.

O grupo tem a Ofo, startup de bicicletas dockless (sem a necessidade de uma estação fixa) avaliada em US$ 1 bilhão e que atua na Europa. Outra novidade é a Xiaopeng, montadora de carros elétricos apontada como uma das principais concorrentes da Tesla no mundo.

Nos EUA, a chinesa decidiu fazer uma entrada literalmente cinematográfica. A empresa tem participação em duas das produtoras responsáveis pelo Green Book, último vencedor do Oscar na categoria de melhor filme. A Alibaba também fez a distribuição do filme na China.

Ricardo Geromel, diretor de negócios internacionais da Startse, diz que a Alibaba prevê um crescimento discreto, mas sustentável. “Jack Ma (fundador da Alibaba) sempre disse: ‘estou construindo uma empresa para viver três séculos’, e ele a está preparando para isso.”

Centro de Distribuição da AliExpress na Rússia, um dos poucos investimentos da Alibaba fora da China Foto: Andrey Rudakov/Bloomberg

Na ‘festinha’ de aniversário da chinesa Alibaba, poucos convidados são do ocidente. A dona da AliExpress chega aos 20 anos hoje empenhada em crescer no varejo do seu próprio país e de nações vizinhas. Fora desses mercados, os investimentos da gigante de tecnologia são mais pontuais e diversificados: bicicletas, inteligência artificial, carros elétricos e até produção de filmes.

Criada quase por acidente em 1999, a Alibaba conta com dezenas de empresas em seu portfólio. Boa parte dos esforços está concentrada em alimentar toda a cadeia do varejo chinês – de serviços de logística a gerenciamento de estoques. A Ant Financial, por exemplo, surgiu como uma forma de ajudar no funcionamento do sistema de pagamentos do país e hoje possui 1 bilhão de usuários ativos. Já o Taobao, site de vendas feitas exclusivamente para a China, já é o maior e-commerce do mundo.

Hoje, a Alibaba tem valor de mercado estimado em US$ 476,5 bilhões. No ano passado, faturou US$ 30,8 bilhões com vendas em seus quatro sites (Tmall, Taobao, AliExpress e Alibaba.com) em apenas um dia, durante a comemoração do Dia do Solteiro no país – o valor corresponde às vendas de todo o e-commerce brasileiro em 2016 e 2017, segundo a ABCom (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). E a gigante ainda tem espaço para crescer, já que o varejo da China deve avançar 7,5% este ano, ante os 3,5% nos Estados Unidos, segundo a consultoria eMarketer.

A forte presença da Alibaba no mercado chinês torna a empresa comparável à americana Amazon, que deve fechar o ano com 47% das vendas de e-commerce dos EUA.

“A principal diferença entre as duas é que, ao contrário da Amazon, a Alibaba não quer destruir seus concorrentes”, diz Ricardo Pastore, coordenador do Laboratório de Varejo da ESPM. “A chinesa criou ferramentas para ajudar os varejistas”. A americana, ao contrário, chegou a entrar em guerra de preço com rivais menores para tirá-los do mercado. Já chinesa possui plataformas de marketplace como o Alibaba.com, além de ofertar suas ferramentas para as empresas do varejo.

Conforto de casa. O bom desempenho do mercado local é um dos motivos que fazem a Alibaba querer ficar onde está. Heath Terry, líder da unidade de negócios para grupos de tecnologia, mídia e telecomunicações da Goldman Sachs, explica que, apesar do clima favorável à expansão internacional, a companhia não tem interesse em uma entrada agressiva no ocidente no curto prazo. “A Alibaba, que começou pelas principais cidades da China, agora está focada no mercado nacional, que ainda tem muitas oportunidades.” 

Em uma possível projeção internacional, a empresa enfrenta ainda pressão de outros países. Na visão de Pastore, a companhia desfruta de um potencial que assusta os governos ocidentais. “Se o Brasil não restringisse tanto a entrada de produtos chineses, a Alibaba já seria mais conhecida aqui. O medo de comprar um produto de baixa qualidade já é menor que o de perder o produto para a alfândega”. Segundo ele, a AliExpress, que não tem representação no País, já é um dos e-commerce mais visitados pelos brasileiros. 

Oscar no bolso. Apesar de representarem uma fatia pequena frente o tamanho da Alibaba, as apostas da companhia no exterior são ousadas e servem de experimentação para a empresa. Na Índia e no sudeste asiático a chinesa aposta em soluções para empresas de mídia e de inteligência artificial.

O grupo tem a Ofo, startup de bicicletas dockless (sem a necessidade de uma estação fixa) avaliada em US$ 1 bilhão e que atua na Europa. Outra novidade é a Xiaopeng, montadora de carros elétricos apontada como uma das principais concorrentes da Tesla no mundo.

Nos EUA, a chinesa decidiu fazer uma entrada literalmente cinematográfica. A empresa tem participação em duas das produtoras responsáveis pelo Green Book, último vencedor do Oscar na categoria de melhor filme. A Alibaba também fez a distribuição do filme na China.

Ricardo Geromel, diretor de negócios internacionais da Startse, diz que a Alibaba prevê um crescimento discreto, mas sustentável. “Jack Ma (fundador da Alibaba) sempre disse: ‘estou construindo uma empresa para viver três séculos’, e ele a está preparando para isso.”

Centro de Distribuição da AliExpress na Rússia, um dos poucos investimentos da Alibaba fora da China Foto: Andrey Rudakov/Bloomberg

Na ‘festinha’ de aniversário da chinesa Alibaba, poucos convidados são do ocidente. A dona da AliExpress chega aos 20 anos hoje empenhada em crescer no varejo do seu próprio país e de nações vizinhas. Fora desses mercados, os investimentos da gigante de tecnologia são mais pontuais e diversificados: bicicletas, inteligência artificial, carros elétricos e até produção de filmes.

Criada quase por acidente em 1999, a Alibaba conta com dezenas de empresas em seu portfólio. Boa parte dos esforços está concentrada em alimentar toda a cadeia do varejo chinês – de serviços de logística a gerenciamento de estoques. A Ant Financial, por exemplo, surgiu como uma forma de ajudar no funcionamento do sistema de pagamentos do país e hoje possui 1 bilhão de usuários ativos. Já o Taobao, site de vendas feitas exclusivamente para a China, já é o maior e-commerce do mundo.

Hoje, a Alibaba tem valor de mercado estimado em US$ 476,5 bilhões. No ano passado, faturou US$ 30,8 bilhões com vendas em seus quatro sites (Tmall, Taobao, AliExpress e Alibaba.com) em apenas um dia, durante a comemoração do Dia do Solteiro no país – o valor corresponde às vendas de todo o e-commerce brasileiro em 2016 e 2017, segundo a ABCom (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). E a gigante ainda tem espaço para crescer, já que o varejo da China deve avançar 7,5% este ano, ante os 3,5% nos Estados Unidos, segundo a consultoria eMarketer.

A forte presença da Alibaba no mercado chinês torna a empresa comparável à americana Amazon, que deve fechar o ano com 47% das vendas de e-commerce dos EUA.

“A principal diferença entre as duas é que, ao contrário da Amazon, a Alibaba não quer destruir seus concorrentes”, diz Ricardo Pastore, coordenador do Laboratório de Varejo da ESPM. “A chinesa criou ferramentas para ajudar os varejistas”. A americana, ao contrário, chegou a entrar em guerra de preço com rivais menores para tirá-los do mercado. Já chinesa possui plataformas de marketplace como o Alibaba.com, além de ofertar suas ferramentas para as empresas do varejo.

Conforto de casa. O bom desempenho do mercado local é um dos motivos que fazem a Alibaba querer ficar onde está. Heath Terry, líder da unidade de negócios para grupos de tecnologia, mídia e telecomunicações da Goldman Sachs, explica que, apesar do clima favorável à expansão internacional, a companhia não tem interesse em uma entrada agressiva no ocidente no curto prazo. “A Alibaba, que começou pelas principais cidades da China, agora está focada no mercado nacional, que ainda tem muitas oportunidades.” 

Em uma possível projeção internacional, a empresa enfrenta ainda pressão de outros países. Na visão de Pastore, a companhia desfruta de um potencial que assusta os governos ocidentais. “Se o Brasil não restringisse tanto a entrada de produtos chineses, a Alibaba já seria mais conhecida aqui. O medo de comprar um produto de baixa qualidade já é menor que o de perder o produto para a alfândega”. Segundo ele, a AliExpress, que não tem representação no País, já é um dos e-commerce mais visitados pelos brasileiros. 

Oscar no bolso. Apesar de representarem uma fatia pequena frente o tamanho da Alibaba, as apostas da companhia no exterior são ousadas e servem de experimentação para a empresa. Na Índia e no sudeste asiático a chinesa aposta em soluções para empresas de mídia e de inteligência artificial.

O grupo tem a Ofo, startup de bicicletas dockless (sem a necessidade de uma estação fixa) avaliada em US$ 1 bilhão e que atua na Europa. Outra novidade é a Xiaopeng, montadora de carros elétricos apontada como uma das principais concorrentes da Tesla no mundo.

Nos EUA, a chinesa decidiu fazer uma entrada literalmente cinematográfica. A empresa tem participação em duas das produtoras responsáveis pelo Green Book, último vencedor do Oscar na categoria de melhor filme. A Alibaba também fez a distribuição do filme na China.

Ricardo Geromel, diretor de negócios internacionais da Startse, diz que a Alibaba prevê um crescimento discreto, mas sustentável. “Jack Ma (fundador da Alibaba) sempre disse: ‘estou construindo uma empresa para viver três séculos’, e ele a está preparando para isso.”

Centro de Distribuição da AliExpress na Rússia, um dos poucos investimentos da Alibaba fora da China Foto: Andrey Rudakov/Bloomberg

Na ‘festinha’ de aniversário da chinesa Alibaba, poucos convidados são do ocidente. A dona da AliExpress chega aos 20 anos hoje empenhada em crescer no varejo do seu próprio país e de nações vizinhas. Fora desses mercados, os investimentos da gigante de tecnologia são mais pontuais e diversificados: bicicletas, inteligência artificial, carros elétricos e até produção de filmes.

Criada quase por acidente em 1999, a Alibaba conta com dezenas de empresas em seu portfólio. Boa parte dos esforços está concentrada em alimentar toda a cadeia do varejo chinês – de serviços de logística a gerenciamento de estoques. A Ant Financial, por exemplo, surgiu como uma forma de ajudar no funcionamento do sistema de pagamentos do país e hoje possui 1 bilhão de usuários ativos. Já o Taobao, site de vendas feitas exclusivamente para a China, já é o maior e-commerce do mundo.

Hoje, a Alibaba tem valor de mercado estimado em US$ 476,5 bilhões. No ano passado, faturou US$ 30,8 bilhões com vendas em seus quatro sites (Tmall, Taobao, AliExpress e Alibaba.com) em apenas um dia, durante a comemoração do Dia do Solteiro no país – o valor corresponde às vendas de todo o e-commerce brasileiro em 2016 e 2017, segundo a ABCom (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). E a gigante ainda tem espaço para crescer, já que o varejo da China deve avançar 7,5% este ano, ante os 3,5% nos Estados Unidos, segundo a consultoria eMarketer.

A forte presença da Alibaba no mercado chinês torna a empresa comparável à americana Amazon, que deve fechar o ano com 47% das vendas de e-commerce dos EUA.

“A principal diferença entre as duas é que, ao contrário da Amazon, a Alibaba não quer destruir seus concorrentes”, diz Ricardo Pastore, coordenador do Laboratório de Varejo da ESPM. “A chinesa criou ferramentas para ajudar os varejistas”. A americana, ao contrário, chegou a entrar em guerra de preço com rivais menores para tirá-los do mercado. Já chinesa possui plataformas de marketplace como o Alibaba.com, além de ofertar suas ferramentas para as empresas do varejo.

Conforto de casa. O bom desempenho do mercado local é um dos motivos que fazem a Alibaba querer ficar onde está. Heath Terry, líder da unidade de negócios para grupos de tecnologia, mídia e telecomunicações da Goldman Sachs, explica que, apesar do clima favorável à expansão internacional, a companhia não tem interesse em uma entrada agressiva no ocidente no curto prazo. “A Alibaba, que começou pelas principais cidades da China, agora está focada no mercado nacional, que ainda tem muitas oportunidades.” 

Em uma possível projeção internacional, a empresa enfrenta ainda pressão de outros países. Na visão de Pastore, a companhia desfruta de um potencial que assusta os governos ocidentais. “Se o Brasil não restringisse tanto a entrada de produtos chineses, a Alibaba já seria mais conhecida aqui. O medo de comprar um produto de baixa qualidade já é menor que o de perder o produto para a alfândega”. Segundo ele, a AliExpress, que não tem representação no País, já é um dos e-commerce mais visitados pelos brasileiros. 

Oscar no bolso. Apesar de representarem uma fatia pequena frente o tamanho da Alibaba, as apostas da companhia no exterior são ousadas e servem de experimentação para a empresa. Na Índia e no sudeste asiático a chinesa aposta em soluções para empresas de mídia e de inteligência artificial.

O grupo tem a Ofo, startup de bicicletas dockless (sem a necessidade de uma estação fixa) avaliada em US$ 1 bilhão e que atua na Europa. Outra novidade é a Xiaopeng, montadora de carros elétricos apontada como uma das principais concorrentes da Tesla no mundo.

Nos EUA, a chinesa decidiu fazer uma entrada literalmente cinematográfica. A empresa tem participação em duas das produtoras responsáveis pelo Green Book, último vencedor do Oscar na categoria de melhor filme. A Alibaba também fez a distribuição do filme na China.

Ricardo Geromel, diretor de negócios internacionais da Startse, diz que a Alibaba prevê um crescimento discreto, mas sustentável. “Jack Ma (fundador da Alibaba) sempre disse: ‘estou construindo uma empresa para viver três séculos’, e ele a está preparando para isso.”

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.