Melinda French Gates pode deixar a fundação filantrópica que mantém com Bill Gates caso a relação profissional com o ex-marido não seja viável, afirmou a instituição nesta quarta-feira, 7. A Fundação Bill e Melinda Gates já teve a saída de Warren Buffett, bilionário que era parte do conselho administrativo da filantropia, deixando apenas o ex-casal no comando.
A Fundação divulgou que Bill e Melinda concordaram em trabalhar juntos após o divórcio, mas que, se em dois anos, a administração conjunta não funcionar, o empresário pode retirar a ex-esposa do conselho da instituição. O comunicado, divulgado pela Fundação, ainda afirmou que, nesse período, os dois diretores estão focados e comprometidos com o trabalho filantrópico e que destinaram uma nova doação de US$ 15 bilhões para ampliar o trabalho em todo o mundo.
“Estou profundamente orgulhosa de tudo o que a fundação e seus parceiros realizaram nas últimas duas décadas para nos aproximar de um mundo onde todos, em todos os lugares, têm a chance de viver uma vida saudável e produtiva”, disse Melinda. Acredito profundamente na missão da fundação e permaneço totalmente comprometida como co-presidente de seu trabalho.”
Caso deixe o cargo na Fundação, Gates ficaria responsável por destinar parte de "recursos pessoais" para garantir o trabalho de Melinda com a filantropia, mesmo sem ligação à instituição. O dinheiro não será retirado dos investimentos da Fundação.
Desde maio, quando Bill e Melinda anunciaram o divórcio, o futuro da Fundação tem sido questionado, do ponto de vista da manutenção e do trabalho de seus presidentes. A diretoria, formada apenas pelos Gates e por Buffett, sentiu o peso de dividir o conselho apenas entre o casal divorciado depois da saída do bilionário, o que fez o CEO Mark Suzman anunciar que estava pesquisando nomes para compor a liderança da instituição.
O principal discurso de Bill e Melinda na separação foi o comprometimento com a Fundação e a promessa de que a instituição não sofreria os impactos da decisão do casal.