Buscas do Google vão mudar ‘profundamente’ em 2025, afirma CEO da empresa


Diante da concorrência do ChatGPT e até do TikTok, Sundar Pichai sinalizou que a tradicional ferramenta precisa mudar

Por João Pedro Adania
Atualização:

Em 2025 será possível brigar, interromper e discutir com o Google. Embora ainda não confirmadas, essas funcionalidades trariam uma dose de frescor a companhia, que fundada em 1998, preocupa seu principal executivo. Sundar Pichai, CEO desde 2015, disse que o motor de busca “mudará profundamente” no próximo ano.

Essas mudanças envolvem a adoção de um código que permite o usuário ter discussões interativas com o buscador, algo semelhante ao que já acontece com outros chatbots - e com o próprio Gemini, do Google, de acordo com o site especializado 9to5Google.

“Eu acho que vocês vão se surpreender até mesmo no início de 2025 com o tipo de coisas novas que a busca pode fazer comparado ao que é hoje”, disse recentemente no DealBook Summit do New York Times. “Quando eu olho para o que está por vir, vejo que estamos nos estágios mais iniciais de uma mudança profunda”.

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Pichai falou sobre a necessidade de mudanças profundas no buscador do Google  Foto: Michael M. Santiago / Getty Images via AFP

O incomodo de Pichai tem nome: ChatGPT, o chatbot que ameaça a hegemonia de duas décadas do Google. Desde a entrada da OpenAI no mercado, a gigante começou uma série de ofensivas para frear seu avanço. A principal delas foi há um ano, no lançamento do Gemini, a inteligência artificial (IA) da empresa. O match entre um robô humanizado mais um buscador com todas as informações do mundo soava perfeito, mas não foi bem isso o que aconteceu.

Além da excelente adoção do público ao ChatGPT, o Google começou a enfrentar problemas com a justiça dos Estados Unidos (EUA). Um processo antitruste iniciado em 2020 recomendou a obrigatoriedade da gigante em compartilhar sua base de dados de busca e indexação com anunciantes e concorrentes, além de desvincular o Android, seu sistema operacional móvel, da infraestrutura de buscas.

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O Chrome também entrou na mira do governo, que tem a intenção de tornar browser uma entidade neutra – como uma organização acadêmica ou sem fins lucrativos – de modo a, sem interferências do Google, abrir espaço para alternativas de busca. Mas, uma proposta dos EUA é particularmente crítica à empresa de Pichai: a proibição de que o Google invista em tecnologias concorrentes, o que inclui IA, por dez anos.

Enquanto os advogados do Google trabalhavam, a OpenAI contribuiu para o inferno astral da concorrente e apresentou o SearchGPT, uma função que combina a linguagem natural do ChatGPT à capacidade de buscar e processar dados da web em tempo real.

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A nova plataforma já alimenta rumores de que inovações baseadas em IA vão redefinir como as pessoas interagem com buscas online. Motivos para isso não faltam: respostas interativas e personalizadas são capazes de atrair uma nova geração de usuários, além de que funcionários do Google acreditam que o SearchGPT tem potencial de ultrapassar os métodos tradicionais de busca.

A publicidade é outro impasse que envolve o Google, como mostrou o ‘Estadão’, ex-líderes do browser reconheceram que inovações como essas da OpenIA representam uma ameaça ao modelo de negócio baseado na publicidade, central para os lucros da empresa.

Além das buscas no ChatGPT, a companhia viu o surgimento de outros rivais especializados em buscas e IA, como a Perplexity AI, que teve destaque durante as eleições americanas. Outro concorrente incomum no horizonte da companhia é o TikTok, que caiu no gosto dos mais jovens por oferecer respostas mais precisas para problemas práticos. Isso tudo também ocorre em um cenário no qual a própria qualidade dos algoritmos de busca do Google estão em cheque.

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Crítica à Microsoft

Como se não bastasse, Pichai se viu em dois flancos quando o CEO da Microsoft, Satya Nadella, criticou o Google por não ter construído uma liderança no cenário da inteligência artificial. Por isso, no mesmo evento no qual anunciava “mudanças profundas” na gigante, o executivo usou os microfones para uma rara alfinetada.

“Eu adoraria fazer uma comparação lado a lado dos modelos da própria Microsoft e dos nossos modelos, em qualquer dia e hora”, disse Pichai. “Eles estão usando modelos de outra pessoa”, acrescentou quando fez referência ao uso da tecnologia da OpenAI pela Microsoft. “Eu só acho que há tanta inovação pela frente. Estamos comprometidos em estar no estado da arte neste campo, e eu acho que estamos”, completou.

Em 2025 será possível brigar, interromper e discutir com o Google. Embora ainda não confirmadas, essas funcionalidades trariam uma dose de frescor a companhia, que fundada em 1998, preocupa seu principal executivo. Sundar Pichai, CEO desde 2015, disse que o motor de busca “mudará profundamente” no próximo ano.

Essas mudanças envolvem a adoção de um código que permite o usuário ter discussões interativas com o buscador, algo semelhante ao que já acontece com outros chatbots - e com o próprio Gemini, do Google, de acordo com o site especializado 9to5Google.

“Eu acho que vocês vão se surpreender até mesmo no início de 2025 com o tipo de coisas novas que a busca pode fazer comparado ao que é hoje”, disse recentemente no DealBook Summit do New York Times. “Quando eu olho para o que está por vir, vejo que estamos nos estágios mais iniciais de uma mudança profunda”.

Pichai falou sobre a necessidade de mudanças profundas no buscador do Google  Foto: Michael M. Santiago / Getty Images via AFP

O incomodo de Pichai tem nome: ChatGPT, o chatbot que ameaça a hegemonia de duas décadas do Google. Desde a entrada da OpenAI no mercado, a gigante começou uma série de ofensivas para frear seu avanço. A principal delas foi há um ano, no lançamento do Gemini, a inteligência artificial (IA) da empresa. O match entre um robô humanizado mais um buscador com todas as informações do mundo soava perfeito, mas não foi bem isso o que aconteceu.

Além da excelente adoção do público ao ChatGPT, o Google começou a enfrentar problemas com a justiça dos Estados Unidos (EUA). Um processo antitruste iniciado em 2020 recomendou a obrigatoriedade da gigante em compartilhar sua base de dados de busca e indexação com anunciantes e concorrentes, além de desvincular o Android, seu sistema operacional móvel, da infraestrutura de buscas.

O Chrome também entrou na mira do governo, que tem a intenção de tornar browser uma entidade neutra – como uma organização acadêmica ou sem fins lucrativos – de modo a, sem interferências do Google, abrir espaço para alternativas de busca. Mas, uma proposta dos EUA é particularmente crítica à empresa de Pichai: a proibição de que o Google invista em tecnologias concorrentes, o que inclui IA, por dez anos.

Enquanto os advogados do Google trabalhavam, a OpenAI contribuiu para o inferno astral da concorrente e apresentou o SearchGPT, uma função que combina a linguagem natural do ChatGPT à capacidade de buscar e processar dados da web em tempo real.

A nova plataforma já alimenta rumores de que inovações baseadas em IA vão redefinir como as pessoas interagem com buscas online. Motivos para isso não faltam: respostas interativas e personalizadas são capazes de atrair uma nova geração de usuários, além de que funcionários do Google acreditam que o SearchGPT tem potencial de ultrapassar os métodos tradicionais de busca.

A publicidade é outro impasse que envolve o Google, como mostrou o ‘Estadão’, ex-líderes do browser reconheceram que inovações como essas da OpenIA representam uma ameaça ao modelo de negócio baseado na publicidade, central para os lucros da empresa.

Além das buscas no ChatGPT, a companhia viu o surgimento de outros rivais especializados em buscas e IA, como a Perplexity AI, que teve destaque durante as eleições americanas. Outro concorrente incomum no horizonte da companhia é o TikTok, que caiu no gosto dos mais jovens por oferecer respostas mais precisas para problemas práticos. Isso tudo também ocorre em um cenário no qual a própria qualidade dos algoritmos de busca do Google estão em cheque.

Crítica à Microsoft

Como se não bastasse, Pichai se viu em dois flancos quando o CEO da Microsoft, Satya Nadella, criticou o Google por não ter construído uma liderança no cenário da inteligência artificial. Por isso, no mesmo evento no qual anunciava “mudanças profundas” na gigante, o executivo usou os microfones para uma rara alfinetada.

“Eu adoraria fazer uma comparação lado a lado dos modelos da própria Microsoft e dos nossos modelos, em qualquer dia e hora”, disse Pichai. “Eles estão usando modelos de outra pessoa”, acrescentou quando fez referência ao uso da tecnologia da OpenAI pela Microsoft. “Eu só acho que há tanta inovação pela frente. Estamos comprometidos em estar no estado da arte neste campo, e eu acho que estamos”, completou.

Em 2025 será possível brigar, interromper e discutir com o Google. Embora ainda não confirmadas, essas funcionalidades trariam uma dose de frescor a companhia, que fundada em 1998, preocupa seu principal executivo. Sundar Pichai, CEO desde 2015, disse que o motor de busca “mudará profundamente” no próximo ano.

Essas mudanças envolvem a adoção de um código que permite o usuário ter discussões interativas com o buscador, algo semelhante ao que já acontece com outros chatbots - e com o próprio Gemini, do Google, de acordo com o site especializado 9to5Google.

“Eu acho que vocês vão se surpreender até mesmo no início de 2025 com o tipo de coisas novas que a busca pode fazer comparado ao que é hoje”, disse recentemente no DealBook Summit do New York Times. “Quando eu olho para o que está por vir, vejo que estamos nos estágios mais iniciais de uma mudança profunda”.

Pichai falou sobre a necessidade de mudanças profundas no buscador do Google  Foto: Michael M. Santiago / Getty Images via AFP

O incomodo de Pichai tem nome: ChatGPT, o chatbot que ameaça a hegemonia de duas décadas do Google. Desde a entrada da OpenAI no mercado, a gigante começou uma série de ofensivas para frear seu avanço. A principal delas foi há um ano, no lançamento do Gemini, a inteligência artificial (IA) da empresa. O match entre um robô humanizado mais um buscador com todas as informações do mundo soava perfeito, mas não foi bem isso o que aconteceu.

Além da excelente adoção do público ao ChatGPT, o Google começou a enfrentar problemas com a justiça dos Estados Unidos (EUA). Um processo antitruste iniciado em 2020 recomendou a obrigatoriedade da gigante em compartilhar sua base de dados de busca e indexação com anunciantes e concorrentes, além de desvincular o Android, seu sistema operacional móvel, da infraestrutura de buscas.

O Chrome também entrou na mira do governo, que tem a intenção de tornar browser uma entidade neutra – como uma organização acadêmica ou sem fins lucrativos – de modo a, sem interferências do Google, abrir espaço para alternativas de busca. Mas, uma proposta dos EUA é particularmente crítica à empresa de Pichai: a proibição de que o Google invista em tecnologias concorrentes, o que inclui IA, por dez anos.

Enquanto os advogados do Google trabalhavam, a OpenAI contribuiu para o inferno astral da concorrente e apresentou o SearchGPT, uma função que combina a linguagem natural do ChatGPT à capacidade de buscar e processar dados da web em tempo real.

A nova plataforma já alimenta rumores de que inovações baseadas em IA vão redefinir como as pessoas interagem com buscas online. Motivos para isso não faltam: respostas interativas e personalizadas são capazes de atrair uma nova geração de usuários, além de que funcionários do Google acreditam que o SearchGPT tem potencial de ultrapassar os métodos tradicionais de busca.

A publicidade é outro impasse que envolve o Google, como mostrou o ‘Estadão’, ex-líderes do browser reconheceram que inovações como essas da OpenIA representam uma ameaça ao modelo de negócio baseado na publicidade, central para os lucros da empresa.

Além das buscas no ChatGPT, a companhia viu o surgimento de outros rivais especializados em buscas e IA, como a Perplexity AI, que teve destaque durante as eleições americanas. Outro concorrente incomum no horizonte da companhia é o TikTok, que caiu no gosto dos mais jovens por oferecer respostas mais precisas para problemas práticos. Isso tudo também ocorre em um cenário no qual a própria qualidade dos algoritmos de busca do Google estão em cheque.

Crítica à Microsoft

Como se não bastasse, Pichai se viu em dois flancos quando o CEO da Microsoft, Satya Nadella, criticou o Google por não ter construído uma liderança no cenário da inteligência artificial. Por isso, no mesmo evento no qual anunciava “mudanças profundas” na gigante, o executivo usou os microfones para uma rara alfinetada.

“Eu adoraria fazer uma comparação lado a lado dos modelos da própria Microsoft e dos nossos modelos, em qualquer dia e hora”, disse Pichai. “Eles estão usando modelos de outra pessoa”, acrescentou quando fez referência ao uso da tecnologia da OpenAI pela Microsoft. “Eu só acho que há tanta inovação pela frente. Estamos comprometidos em estar no estado da arte neste campo, e eu acho que estamos”, completou.

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