Claude: Anthropic lança chatbot no Brasil para competir com OpenAI e Google; conheça


Empresa desembarca no Brasil como modelo de IA “amigável” e com planos pagos e gratuitos

Por Bruna Arimathea
Atualização:

Um novo robô de inteligência artificial (IA) está chegando ao Brasil para desafiar plataformas como o ChatGPT, da OpenAI, e Gemini, do Google. O Claude, chatbot de IA da Anthropic, agora fala português e pode ser acessado pelos usuários do País a partir desta quinta-feira, 1°., pelo site da empresa.

O Claude, lançado pela primeira vez em março de 2023, é um chatbot semelhante aos rivais, onde usuários podem fazer perguntas, pedir ideias, dar comandos ou simplesmente começar uma conversa. O diferencial, de acordo com Mike Krieger, brasileiro que atua como diretor de produtos da Anthropic, é que o Claude é um pouco mais “amigável” dentro do que uma interação humano-máquina pode oferecer.

“Um dos aspectos que eu acho que nos diferencia é esse tom, essa humanidade que o Claude traz para cada conversa. Ele até, às vezes, ele te dá umas palavras de encorajamento no final da conversa”, afirmou o executivo, que é co-criador do Instagram, em entrevista ao Estadão.

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Claude, chatbot da Anthropic, chega ao Brasil Foto: Anthropic/Estadão

Para conversar com o chatbot é preciso acessar a plataforma pelo claude.ia. Na tela, uma caixa de pesquisa aparece para que o usuário digite um comando. Atualmente, o Claude trabalha com texto e imagens, embora consiga apenas interpretar fotos e não gerá-las. Segundo a empresa, uma ferramenta de áudio deve chegar em breve ao robô.

Também é possível acessar o Claude pelo navegador ou pelo aplicativo, disponível para iOS, da Apple, e Android, do Google. A disponibilidade do app para celulares Android, inclusive, foi um dos motivos pelos quais a Anthropic decidiu atrasar o lançamento do chatbot por aqui: segundo Krieger, não fazia sentido trazer a ferramenta caso um app compatível com Android não estivesse disponível no País - em locais onde o Claude já opera, o app para Android foi lançado há três semanas.

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“Sei dos meus dias do Instagram que o Android, principalmente no Brasil, tem uma penetração enorme. Isso é bem importante mesmo, a gente lançar algo que vai ser bem brasileiro e não só focado no mercado de iPhone”, aponta Krieger.

Outra condição para trazer o chatbot para o Brasil foi a infraestrutura. Como um modelo de linguagem neural, que usa essencialmente uma grande quantidade para ser treinado, o Claude requer uma capacidade computacional que, de acordo com a Anthropic, só foi possível garantir recentemente no Brasil.

Krieger garante que o Claude vai falar o português brasileiro e está pronto para entender como nós nos expressamos - que pode ser bem diferente da maneira como o português de Portugal é falado. “Por ser bem mais popular, obviamente, no mundo, (o Claude) acaba recebendo respostas mais brasileiras. Esse acaba sendo o português que domina, em termos do treinamento”.

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Mike Krieger foi um dos fundadores do Instagram, em 2010, e trabalhou na empresa até 2018 antes de se juntar à Anthropic Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para Anderson Soares, coordenador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG), a entrada da Anthropic no Brasil é vista com bons olhos e pode pressionar o modelo de negócio de outras empresas por aqui.

“A entrada da empresa aqui no Brasil é um sinal muito positivo de que somos um mercado relevante para tecnologias. Nós somos um País muito grande, com muito potencial de mercado e que têm um fenômeno de transformação digital que são os aplicativos de mensagem”, explica o coordenador. “A Anthropic tem um papel bastante interessante, que vai na linha de obter resultados muito competitivos a um custo menor”.

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Ex-OpenAI

Fundada em 2021, a Anthropic foi idealizada pelos irmãos Dario Amodei e Daniela Amodei, ex-funcionários da OpenAI, que deixaram a OpenAI por discordarem dos rumos da companhia - Dario era chefe de pesquisa da OpenAI.

Considerada a principal rival da proprietária do ChatGPT nos EUA, a empresa tem investimento de gigantes como Amazon, que completou um investimento de US$ 4 bilhões neste ano, e Google, que comprou 10% da empresa, em uma transação que chegou a US$ 300 milhões.

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Apenas no ano passado, com os investimentos do Google e rodadas de captação no mercado, a Anthropic levantou pouco mais de US$ 7 bilhões. A empresa é, hoje, avaliada em cerca de US$ 18 bilhões.

“A entrada dessas empresas impulsionam muito o ecossistema empreendedor para que se possam construir novas soluções a partir desses motores de LLMs. A gente já tem algumas empresas bem estabelecidas, até mesmo de startups nacionais, e (a chegada do Claude) cria todo um ecossistema para que outras empresas também consigam fazer soluções a partir do que eles colocam à disposição”, afirma Soares, da UFG.

O primeiro chatbot da empresa, chamado Claude 1, foi lançado em março do ano passado, em uma tentativa de colocar um produto da empresa no páreo contra gigantes da tecnologia. Desde então, o robô tem entrado em diversos países como uma alternativa ao ChatGPT e ao Gemini. A versão atual gratuita - que chega ao Brasil - é o Claude Sonnet 3, mas usuários assinantes poderão ter acesso a uma versão mais potente, chamada Sonnet 3.5, mais rápida e eficiente que o modelo anterior.

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Segundo a empresa, o motivo é claro: a Anthropic acredita que a sua diferença no mercado está no que chama de “inteligência artificial constitucional”. Ao Estadão, Krieger contou que a técnica é uma espécie de cartilha para o funcionamento da IA, que permite treinar o modelo com “valores” definidos por uma “constituição”. Esses princípios guiam como o chatbot vai responder a perguntas dos usuários. Caso a IA considere algo ofensivo, ela pode se recusar ou se esquivar da pergunta.

“A gente escreveu primeiro a constituição de como a gente quer que o Cloud seja no mundo e depois a gente usou isso como parte do treinamento dele. Isso faz com que os usuários achem que ele tem uma personalidade distinta, até por ter o nome de uma pessoa”, explica Krieger.

Co-criador do Instagram, Krieger ainda compara o trabalho entre a IA e o que fazia há alguns anos, na rede social de fotos. O executivo deixou a empresa em 2018 para buscar novos negócios e achou na IA uma forma de recomeçar no meio de tecnologia.

“No Instagram, como rede social, é como se você estivesse começando um país e você espera que as pessoas venham morar no seu país, e ele se expandindo. É uma coisa super orgânica. Em contraste, (no trabalho com IA) de certa forma, você não sabe como as pessoas vão usar o seu API. A interação, principalmente, entre o humano e o IA, que é mais difícil na rede social, às vezes dá certo, às vezes cria problemas. É um desafio diferente”, afirma.

O modelo que chega ao Brasil, o Sonnet 3, tem uma janela de contexto de 200 mil tokens - cerca de 500 páginas de documentos -, superior ao modelo mais recente do ChatGPT, o GPT-4o, que tem uma janela de 180 mil. O Google, por sua vez, traz uma janela de contexto que pode chegar a 1 milhão de tokens em algumas versões. A Anthropic também afirma que o Claude tem informações atualizadas até meados de 2024.

Com uma versão gratuita, o Claude deixa as melhores opções de modelos de IA para as versões pagas que oferecem acesso antecipado a novos recursos e a todos modelos do Claude, incluindo a versão mais potente da IA, além de uma versão de uso em conjunto. As assinaturas variam de R$ 110 a R$ 165 nesses casos.

Um novo robô de inteligência artificial (IA) está chegando ao Brasil para desafiar plataformas como o ChatGPT, da OpenAI, e Gemini, do Google. O Claude, chatbot de IA da Anthropic, agora fala português e pode ser acessado pelos usuários do País a partir desta quinta-feira, 1°., pelo site da empresa.

O Claude, lançado pela primeira vez em março de 2023, é um chatbot semelhante aos rivais, onde usuários podem fazer perguntas, pedir ideias, dar comandos ou simplesmente começar uma conversa. O diferencial, de acordo com Mike Krieger, brasileiro que atua como diretor de produtos da Anthropic, é que o Claude é um pouco mais “amigável” dentro do que uma interação humano-máquina pode oferecer.

“Um dos aspectos que eu acho que nos diferencia é esse tom, essa humanidade que o Claude traz para cada conversa. Ele até, às vezes, ele te dá umas palavras de encorajamento no final da conversa”, afirmou o executivo, que é co-criador do Instagram, em entrevista ao Estadão.

Claude, chatbot da Anthropic, chega ao Brasil Foto: Anthropic/Estadão

Para conversar com o chatbot é preciso acessar a plataforma pelo claude.ia. Na tela, uma caixa de pesquisa aparece para que o usuário digite um comando. Atualmente, o Claude trabalha com texto e imagens, embora consiga apenas interpretar fotos e não gerá-las. Segundo a empresa, uma ferramenta de áudio deve chegar em breve ao robô.

Também é possível acessar o Claude pelo navegador ou pelo aplicativo, disponível para iOS, da Apple, e Android, do Google. A disponibilidade do app para celulares Android, inclusive, foi um dos motivos pelos quais a Anthropic decidiu atrasar o lançamento do chatbot por aqui: segundo Krieger, não fazia sentido trazer a ferramenta caso um app compatível com Android não estivesse disponível no País - em locais onde o Claude já opera, o app para Android foi lançado há três semanas.

“Sei dos meus dias do Instagram que o Android, principalmente no Brasil, tem uma penetração enorme. Isso é bem importante mesmo, a gente lançar algo que vai ser bem brasileiro e não só focado no mercado de iPhone”, aponta Krieger.

Outra condição para trazer o chatbot para o Brasil foi a infraestrutura. Como um modelo de linguagem neural, que usa essencialmente uma grande quantidade para ser treinado, o Claude requer uma capacidade computacional que, de acordo com a Anthropic, só foi possível garantir recentemente no Brasil.

Krieger garante que o Claude vai falar o português brasileiro e está pronto para entender como nós nos expressamos - que pode ser bem diferente da maneira como o português de Portugal é falado. “Por ser bem mais popular, obviamente, no mundo, (o Claude) acaba recebendo respostas mais brasileiras. Esse acaba sendo o português que domina, em termos do treinamento”.

Mike Krieger foi um dos fundadores do Instagram, em 2010, e trabalhou na empresa até 2018 antes de se juntar à Anthropic Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para Anderson Soares, coordenador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG), a entrada da Anthropic no Brasil é vista com bons olhos e pode pressionar o modelo de negócio de outras empresas por aqui.

“A entrada da empresa aqui no Brasil é um sinal muito positivo de que somos um mercado relevante para tecnologias. Nós somos um País muito grande, com muito potencial de mercado e que têm um fenômeno de transformação digital que são os aplicativos de mensagem”, explica o coordenador. “A Anthropic tem um papel bastante interessante, que vai na linha de obter resultados muito competitivos a um custo menor”.

Ex-OpenAI

Fundada em 2021, a Anthropic foi idealizada pelos irmãos Dario Amodei e Daniela Amodei, ex-funcionários da OpenAI, que deixaram a OpenAI por discordarem dos rumos da companhia - Dario era chefe de pesquisa da OpenAI.

Considerada a principal rival da proprietária do ChatGPT nos EUA, a empresa tem investimento de gigantes como Amazon, que completou um investimento de US$ 4 bilhões neste ano, e Google, que comprou 10% da empresa, em uma transação que chegou a US$ 300 milhões.

Apenas no ano passado, com os investimentos do Google e rodadas de captação no mercado, a Anthropic levantou pouco mais de US$ 7 bilhões. A empresa é, hoje, avaliada em cerca de US$ 18 bilhões.

“A entrada dessas empresas impulsionam muito o ecossistema empreendedor para que se possam construir novas soluções a partir desses motores de LLMs. A gente já tem algumas empresas bem estabelecidas, até mesmo de startups nacionais, e (a chegada do Claude) cria todo um ecossistema para que outras empresas também consigam fazer soluções a partir do que eles colocam à disposição”, afirma Soares, da UFG.

O primeiro chatbot da empresa, chamado Claude 1, foi lançado em março do ano passado, em uma tentativa de colocar um produto da empresa no páreo contra gigantes da tecnologia. Desde então, o robô tem entrado em diversos países como uma alternativa ao ChatGPT e ao Gemini. A versão atual gratuita - que chega ao Brasil - é o Claude Sonnet 3, mas usuários assinantes poderão ter acesso a uma versão mais potente, chamada Sonnet 3.5, mais rápida e eficiente que o modelo anterior.

Segundo a empresa, o motivo é claro: a Anthropic acredita que a sua diferença no mercado está no que chama de “inteligência artificial constitucional”. Ao Estadão, Krieger contou que a técnica é uma espécie de cartilha para o funcionamento da IA, que permite treinar o modelo com “valores” definidos por uma “constituição”. Esses princípios guiam como o chatbot vai responder a perguntas dos usuários. Caso a IA considere algo ofensivo, ela pode se recusar ou se esquivar da pergunta.

“A gente escreveu primeiro a constituição de como a gente quer que o Cloud seja no mundo e depois a gente usou isso como parte do treinamento dele. Isso faz com que os usuários achem que ele tem uma personalidade distinta, até por ter o nome de uma pessoa”, explica Krieger.

Co-criador do Instagram, Krieger ainda compara o trabalho entre a IA e o que fazia há alguns anos, na rede social de fotos. O executivo deixou a empresa em 2018 para buscar novos negócios e achou na IA uma forma de recomeçar no meio de tecnologia.

“No Instagram, como rede social, é como se você estivesse começando um país e você espera que as pessoas venham morar no seu país, e ele se expandindo. É uma coisa super orgânica. Em contraste, (no trabalho com IA) de certa forma, você não sabe como as pessoas vão usar o seu API. A interação, principalmente, entre o humano e o IA, que é mais difícil na rede social, às vezes dá certo, às vezes cria problemas. É um desafio diferente”, afirma.

O modelo que chega ao Brasil, o Sonnet 3, tem uma janela de contexto de 200 mil tokens - cerca de 500 páginas de documentos -, superior ao modelo mais recente do ChatGPT, o GPT-4o, que tem uma janela de 180 mil. O Google, por sua vez, traz uma janela de contexto que pode chegar a 1 milhão de tokens em algumas versões. A Anthropic também afirma que o Claude tem informações atualizadas até meados de 2024.

Com uma versão gratuita, o Claude deixa as melhores opções de modelos de IA para as versões pagas que oferecem acesso antecipado a novos recursos e a todos modelos do Claude, incluindo a versão mais potente da IA, além de uma versão de uso em conjunto. As assinaturas variam de R$ 110 a R$ 165 nesses casos.

Um novo robô de inteligência artificial (IA) está chegando ao Brasil para desafiar plataformas como o ChatGPT, da OpenAI, e Gemini, do Google. O Claude, chatbot de IA da Anthropic, agora fala português e pode ser acessado pelos usuários do País a partir desta quinta-feira, 1°., pelo site da empresa.

O Claude, lançado pela primeira vez em março de 2023, é um chatbot semelhante aos rivais, onde usuários podem fazer perguntas, pedir ideias, dar comandos ou simplesmente começar uma conversa. O diferencial, de acordo com Mike Krieger, brasileiro que atua como diretor de produtos da Anthropic, é que o Claude é um pouco mais “amigável” dentro do que uma interação humano-máquina pode oferecer.

“Um dos aspectos que eu acho que nos diferencia é esse tom, essa humanidade que o Claude traz para cada conversa. Ele até, às vezes, ele te dá umas palavras de encorajamento no final da conversa”, afirmou o executivo, que é co-criador do Instagram, em entrevista ao Estadão.

Claude, chatbot da Anthropic, chega ao Brasil Foto: Anthropic/Estadão

Para conversar com o chatbot é preciso acessar a plataforma pelo claude.ia. Na tela, uma caixa de pesquisa aparece para que o usuário digite um comando. Atualmente, o Claude trabalha com texto e imagens, embora consiga apenas interpretar fotos e não gerá-las. Segundo a empresa, uma ferramenta de áudio deve chegar em breve ao robô.

Também é possível acessar o Claude pelo navegador ou pelo aplicativo, disponível para iOS, da Apple, e Android, do Google. A disponibilidade do app para celulares Android, inclusive, foi um dos motivos pelos quais a Anthropic decidiu atrasar o lançamento do chatbot por aqui: segundo Krieger, não fazia sentido trazer a ferramenta caso um app compatível com Android não estivesse disponível no País - em locais onde o Claude já opera, o app para Android foi lançado há três semanas.

“Sei dos meus dias do Instagram que o Android, principalmente no Brasil, tem uma penetração enorme. Isso é bem importante mesmo, a gente lançar algo que vai ser bem brasileiro e não só focado no mercado de iPhone”, aponta Krieger.

Outra condição para trazer o chatbot para o Brasil foi a infraestrutura. Como um modelo de linguagem neural, que usa essencialmente uma grande quantidade para ser treinado, o Claude requer uma capacidade computacional que, de acordo com a Anthropic, só foi possível garantir recentemente no Brasil.

Krieger garante que o Claude vai falar o português brasileiro e está pronto para entender como nós nos expressamos - que pode ser bem diferente da maneira como o português de Portugal é falado. “Por ser bem mais popular, obviamente, no mundo, (o Claude) acaba recebendo respostas mais brasileiras. Esse acaba sendo o português que domina, em termos do treinamento”.

Mike Krieger foi um dos fundadores do Instagram, em 2010, e trabalhou na empresa até 2018 antes de se juntar à Anthropic Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para Anderson Soares, coordenador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG), a entrada da Anthropic no Brasil é vista com bons olhos e pode pressionar o modelo de negócio de outras empresas por aqui.

“A entrada da empresa aqui no Brasil é um sinal muito positivo de que somos um mercado relevante para tecnologias. Nós somos um País muito grande, com muito potencial de mercado e que têm um fenômeno de transformação digital que são os aplicativos de mensagem”, explica o coordenador. “A Anthropic tem um papel bastante interessante, que vai na linha de obter resultados muito competitivos a um custo menor”.

Ex-OpenAI

Fundada em 2021, a Anthropic foi idealizada pelos irmãos Dario Amodei e Daniela Amodei, ex-funcionários da OpenAI, que deixaram a OpenAI por discordarem dos rumos da companhia - Dario era chefe de pesquisa da OpenAI.

Considerada a principal rival da proprietária do ChatGPT nos EUA, a empresa tem investimento de gigantes como Amazon, que completou um investimento de US$ 4 bilhões neste ano, e Google, que comprou 10% da empresa, em uma transação que chegou a US$ 300 milhões.

Apenas no ano passado, com os investimentos do Google e rodadas de captação no mercado, a Anthropic levantou pouco mais de US$ 7 bilhões. A empresa é, hoje, avaliada em cerca de US$ 18 bilhões.

“A entrada dessas empresas impulsionam muito o ecossistema empreendedor para que se possam construir novas soluções a partir desses motores de LLMs. A gente já tem algumas empresas bem estabelecidas, até mesmo de startups nacionais, e (a chegada do Claude) cria todo um ecossistema para que outras empresas também consigam fazer soluções a partir do que eles colocam à disposição”, afirma Soares, da UFG.

O primeiro chatbot da empresa, chamado Claude 1, foi lançado em março do ano passado, em uma tentativa de colocar um produto da empresa no páreo contra gigantes da tecnologia. Desde então, o robô tem entrado em diversos países como uma alternativa ao ChatGPT e ao Gemini. A versão atual gratuita - que chega ao Brasil - é o Claude Sonnet 3, mas usuários assinantes poderão ter acesso a uma versão mais potente, chamada Sonnet 3.5, mais rápida e eficiente que o modelo anterior.

Segundo a empresa, o motivo é claro: a Anthropic acredita que a sua diferença no mercado está no que chama de “inteligência artificial constitucional”. Ao Estadão, Krieger contou que a técnica é uma espécie de cartilha para o funcionamento da IA, que permite treinar o modelo com “valores” definidos por uma “constituição”. Esses princípios guiam como o chatbot vai responder a perguntas dos usuários. Caso a IA considere algo ofensivo, ela pode se recusar ou se esquivar da pergunta.

“A gente escreveu primeiro a constituição de como a gente quer que o Cloud seja no mundo e depois a gente usou isso como parte do treinamento dele. Isso faz com que os usuários achem que ele tem uma personalidade distinta, até por ter o nome de uma pessoa”, explica Krieger.

Co-criador do Instagram, Krieger ainda compara o trabalho entre a IA e o que fazia há alguns anos, na rede social de fotos. O executivo deixou a empresa em 2018 para buscar novos negócios e achou na IA uma forma de recomeçar no meio de tecnologia.

“No Instagram, como rede social, é como se você estivesse começando um país e você espera que as pessoas venham morar no seu país, e ele se expandindo. É uma coisa super orgânica. Em contraste, (no trabalho com IA) de certa forma, você não sabe como as pessoas vão usar o seu API. A interação, principalmente, entre o humano e o IA, que é mais difícil na rede social, às vezes dá certo, às vezes cria problemas. É um desafio diferente”, afirma.

O modelo que chega ao Brasil, o Sonnet 3, tem uma janela de contexto de 200 mil tokens - cerca de 500 páginas de documentos -, superior ao modelo mais recente do ChatGPT, o GPT-4o, que tem uma janela de 180 mil. O Google, por sua vez, traz uma janela de contexto que pode chegar a 1 milhão de tokens em algumas versões. A Anthropic também afirma que o Claude tem informações atualizadas até meados de 2024.

Com uma versão gratuita, o Claude deixa as melhores opções de modelos de IA para as versões pagas que oferecem acesso antecipado a novos recursos e a todos modelos do Claude, incluindo a versão mais potente da IA, além de uma versão de uso em conjunto. As assinaturas variam de R$ 110 a R$ 165 nesses casos.

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