‘Comunidades’ do WhatsApp colocam em risco combate a desinformação, dizem especialistas


Criada com a intenção de facilitar a comunicação de grupos sobre o mesmo assunto, a ferramenta acende luz amarela para o disparo em massa de mensagens

Por Bruna Arimathea
Atualização:

O WhatsApp lançou no Brasil nesta quinta-feira, 26, a ferramenta Comunidades, que permite que usuários possam agregar grupos de mesmo tema sob uma mesma aba. Com quase um ano de atraso — a ferramenta foi disponibilizada globalmente em novembro do ano passado — o recurso gera preocupação em especialistas, principalmente pela capacidade de comunicação massiva com até 5 mil pessoas ao mesmo tempo.

Para Bruna Santos, integrante do coletivo Coalizão na Rede, a ferramenta é um passo atrás na atuação do app no Brasil, que implementou medidas de controle de compartilhamento após as eleições presidenciais de 2018.

“Apesar de importante ver que a empresa esperou o fim do processo eleitoral para implementar a funcionalidade, o timing é bastante infeliz porque desconsidera que plataformas como WhatsApp e Telegram seguem sendo instrumentos para disseminar conteúdos golpistas e antidemocráticos. É um passo atrás porque coloca basicamente nas mãos dos moderadores dessas comunidades a chance de transmissão de maneira muito rápida”, diz Bruna.

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Na ocasião do anúncio global, em abril de 2022, o WhatsApp afirmou que só disponibilizaria o recurso no País depois das eleições presidenciais do ano passado. A medida foi tomada pela empresa em meio a uma série de conversas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando outras empresas de tecnologia também estavam em contato com o órgão para discutir a viralização de conteúdos falsos.

Agora, o lançamento ocorre em um momento em que a Meta, holding do WhatsApp, Facebook e Instagram, classifica o Brasil como “um local temporário de alto risco”, denominação que coloca o País em alerta dentro da empresa. Dentro desse estágio, a plataforma pode retirar conteúdos que incitem a violência e, no caso de 8 de janeiro, que convoquem atos golpistas e antidemocráticos de forma mais ampla, segundo um comunicado emitido pela própria Meta.

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Porém, a companhia fundada por Mark Zuckerberg demorou para agir durante os dias que antecederam a invasão de Brasília — grupos bolsonaristas se articularam em mensageiros, como o WhatsApp e o Telegram. Em ambos, o Estadão teve acesso a mensagens que circulavam informando que uma série de “benefícios”, como transporte e alimentação, na capital seriam fornecidos gratuitamente para quem fizesse parte dos ataques.

Assim, o que preocupa agora é que a Meta possa estar aplicando diferentes regras para seus serviços — ou seja, que o conteúdo golpista que circula no Facebook seja tratado com mais velocidade que aquilo que está no WhatsApp.

“O WhatsApp e as outras plataformas (da Meta) podem ter regras diferentes, mas a companhia concluiu que o Brasil passa por um momento extraordinário que justifica restrições que não são feitas em geral. O WhatsApp não pode ignorar essa realidade”, explica Artur Pericles Monteiro, pesquisador no Yale Information Society Project.

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“Até 31 de janeiro, nós temos um ato oficial pelo qual o presidente da República e o Congresso reconhecem uma situação de ‘grave comprometimento da ordem pública’. Então, o que antes era risco potencial, agora é prejuízo realizado”, afirma Monteiro.

Depois da invasão de Brasília, mensagens com o mesmo teor golpista continuaram circulando pelas redes. De acordo com uma nota publicada pela Meta, medidas estavam sendo tomadas para retirar e bloquear os conteúdos — além de grupos, no caso do WhatsApp — que tivessem discurso de desinformação.

O WhatsApp e as outras plataformas (da Meta) podem ter regras diferentes, mas a companhia concluiu que o Brasil passa por um momento extraordinário que justifica restrições que não são feitas em geral. O WhatsApp não pode ignorar essa realidade”

Artur Pericles Monteiro, pesquisador no Yale Information Society Project

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Pressão

Para Francisco Brito Cruz, diretor executivo do InternetLab, a concorrência do WhatsApp com outros aplicativos que permitem uma comunicação mais numerosa, como Telegram e Discord, ajuda a entender a razão pela qual a empresa não adiou novamente o lançamento do Comunidades.

“Já estão disponíveis no Brasil apps que permitem alcance infinitamente maior pela sua arquitetura. Entre eles o Telegram, que tem penetração de quase 50% nos celulares. É necessário ter cautela, mas acho que é necessário ter em mente que os competidores do WhatsApp estão rodando no País normalmente com ferramentas muito mais poderosas”, explica Cruz.

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Ainda assim, a ferramenta levanta um debate sobre como será o seu uso no Brasil, uma vez que o app é o mensageiro mais popular por aqui. Na visão de Cruz, essa reação vai passar, também, pelo crivo do principal alvo do WhatsApp na história: os usuários.

“Obviamente, é papel da sociedade civil e também da academia acompanhar o uso da ferramenta para notar se ela será chave para novos atos golpistas e, assim, pensarmos em medidas de mitigação”, afirma Cruz.

Ferramenta

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As comunidades farão parte de uma nova aba no aplicativo — representada por um emoji de pessoas — e a ideia é que seja um agregador de grupos por assunto. Assim, cada comunidade vai poder contar com até 50 grupos diferentes ou um limite máximo de 5 mil pessoas. A empresa acredita que o recurso é uma forma de reunir espaços de serviços para seus usuários, como organizações de condomínios, escolas e ONGs, por exemplo.

Recurso 'Comunidades' deve chegar aos usuários gradativamente Foto: WhatsApp

Atualmente, cada grupo no WhatsApp comporta 256 pessoas — no resto do mundo, o WhatsApp dobrou a capacidade de cada grupo para 512 participantes. Para conteúdos enviados em grupos, a plataforma estipulou que cada mensagem pode ser repassada para apenas um outro grupo por vez. Para contatos individuais, esse limite de compartilhamento é de até três pessoas.

Para cada comunidade criada, há um grupo de avisos em que apenas os administradores podem publicar. Esse “quadro de avisos” fica visível para todas as pessoas que fazem parte da comunidade — ou seja, uma mensagem pode atingir até 5 mil pessoas. Cada grupo, porém, pode fazer parte de apenas uma comunidade.

O WhatsApp lançou no Brasil nesta quinta-feira, 26, a ferramenta Comunidades, que permite que usuários possam agregar grupos de mesmo tema sob uma mesma aba. Com quase um ano de atraso — a ferramenta foi disponibilizada globalmente em novembro do ano passado — o recurso gera preocupação em especialistas, principalmente pela capacidade de comunicação massiva com até 5 mil pessoas ao mesmo tempo.

Para Bruna Santos, integrante do coletivo Coalizão na Rede, a ferramenta é um passo atrás na atuação do app no Brasil, que implementou medidas de controle de compartilhamento após as eleições presidenciais de 2018.

“Apesar de importante ver que a empresa esperou o fim do processo eleitoral para implementar a funcionalidade, o timing é bastante infeliz porque desconsidera que plataformas como WhatsApp e Telegram seguem sendo instrumentos para disseminar conteúdos golpistas e antidemocráticos. É um passo atrás porque coloca basicamente nas mãos dos moderadores dessas comunidades a chance de transmissão de maneira muito rápida”, diz Bruna.

Na ocasião do anúncio global, em abril de 2022, o WhatsApp afirmou que só disponibilizaria o recurso no País depois das eleições presidenciais do ano passado. A medida foi tomada pela empresa em meio a uma série de conversas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando outras empresas de tecnologia também estavam em contato com o órgão para discutir a viralização de conteúdos falsos.

Agora, o lançamento ocorre em um momento em que a Meta, holding do WhatsApp, Facebook e Instagram, classifica o Brasil como “um local temporário de alto risco”, denominação que coloca o País em alerta dentro da empresa. Dentro desse estágio, a plataforma pode retirar conteúdos que incitem a violência e, no caso de 8 de janeiro, que convoquem atos golpistas e antidemocráticos de forma mais ampla, segundo um comunicado emitido pela própria Meta.

Porém, a companhia fundada por Mark Zuckerberg demorou para agir durante os dias que antecederam a invasão de Brasília — grupos bolsonaristas se articularam em mensageiros, como o WhatsApp e o Telegram. Em ambos, o Estadão teve acesso a mensagens que circulavam informando que uma série de “benefícios”, como transporte e alimentação, na capital seriam fornecidos gratuitamente para quem fizesse parte dos ataques.

Assim, o que preocupa agora é que a Meta possa estar aplicando diferentes regras para seus serviços — ou seja, que o conteúdo golpista que circula no Facebook seja tratado com mais velocidade que aquilo que está no WhatsApp.

“O WhatsApp e as outras plataformas (da Meta) podem ter regras diferentes, mas a companhia concluiu que o Brasil passa por um momento extraordinário que justifica restrições que não são feitas em geral. O WhatsApp não pode ignorar essa realidade”, explica Artur Pericles Monteiro, pesquisador no Yale Information Society Project.

“Até 31 de janeiro, nós temos um ato oficial pelo qual o presidente da República e o Congresso reconhecem uma situação de ‘grave comprometimento da ordem pública’. Então, o que antes era risco potencial, agora é prejuízo realizado”, afirma Monteiro.

Depois da invasão de Brasília, mensagens com o mesmo teor golpista continuaram circulando pelas redes. De acordo com uma nota publicada pela Meta, medidas estavam sendo tomadas para retirar e bloquear os conteúdos — além de grupos, no caso do WhatsApp — que tivessem discurso de desinformação.

O WhatsApp e as outras plataformas (da Meta) podem ter regras diferentes, mas a companhia concluiu que o Brasil passa por um momento extraordinário que justifica restrições que não são feitas em geral. O WhatsApp não pode ignorar essa realidade”

Artur Pericles Monteiro, pesquisador no Yale Information Society Project

Pressão

Para Francisco Brito Cruz, diretor executivo do InternetLab, a concorrência do WhatsApp com outros aplicativos que permitem uma comunicação mais numerosa, como Telegram e Discord, ajuda a entender a razão pela qual a empresa não adiou novamente o lançamento do Comunidades.

“Já estão disponíveis no Brasil apps que permitem alcance infinitamente maior pela sua arquitetura. Entre eles o Telegram, que tem penetração de quase 50% nos celulares. É necessário ter cautela, mas acho que é necessário ter em mente que os competidores do WhatsApp estão rodando no País normalmente com ferramentas muito mais poderosas”, explica Cruz.

Ainda assim, a ferramenta levanta um debate sobre como será o seu uso no Brasil, uma vez que o app é o mensageiro mais popular por aqui. Na visão de Cruz, essa reação vai passar, também, pelo crivo do principal alvo do WhatsApp na história: os usuários.

“Obviamente, é papel da sociedade civil e também da academia acompanhar o uso da ferramenta para notar se ela será chave para novos atos golpistas e, assim, pensarmos em medidas de mitigação”, afirma Cruz.

Ferramenta

As comunidades farão parte de uma nova aba no aplicativo — representada por um emoji de pessoas — e a ideia é que seja um agregador de grupos por assunto. Assim, cada comunidade vai poder contar com até 50 grupos diferentes ou um limite máximo de 5 mil pessoas. A empresa acredita que o recurso é uma forma de reunir espaços de serviços para seus usuários, como organizações de condomínios, escolas e ONGs, por exemplo.

Recurso 'Comunidades' deve chegar aos usuários gradativamente Foto: WhatsApp

Atualmente, cada grupo no WhatsApp comporta 256 pessoas — no resto do mundo, o WhatsApp dobrou a capacidade de cada grupo para 512 participantes. Para conteúdos enviados em grupos, a plataforma estipulou que cada mensagem pode ser repassada para apenas um outro grupo por vez. Para contatos individuais, esse limite de compartilhamento é de até três pessoas.

Para cada comunidade criada, há um grupo de avisos em que apenas os administradores podem publicar. Esse “quadro de avisos” fica visível para todas as pessoas que fazem parte da comunidade — ou seja, uma mensagem pode atingir até 5 mil pessoas. Cada grupo, porém, pode fazer parte de apenas uma comunidade.

O WhatsApp lançou no Brasil nesta quinta-feira, 26, a ferramenta Comunidades, que permite que usuários possam agregar grupos de mesmo tema sob uma mesma aba. Com quase um ano de atraso — a ferramenta foi disponibilizada globalmente em novembro do ano passado — o recurso gera preocupação em especialistas, principalmente pela capacidade de comunicação massiva com até 5 mil pessoas ao mesmo tempo.

Para Bruna Santos, integrante do coletivo Coalizão na Rede, a ferramenta é um passo atrás na atuação do app no Brasil, que implementou medidas de controle de compartilhamento após as eleições presidenciais de 2018.

“Apesar de importante ver que a empresa esperou o fim do processo eleitoral para implementar a funcionalidade, o timing é bastante infeliz porque desconsidera que plataformas como WhatsApp e Telegram seguem sendo instrumentos para disseminar conteúdos golpistas e antidemocráticos. É um passo atrás porque coloca basicamente nas mãos dos moderadores dessas comunidades a chance de transmissão de maneira muito rápida”, diz Bruna.

Na ocasião do anúncio global, em abril de 2022, o WhatsApp afirmou que só disponibilizaria o recurso no País depois das eleições presidenciais do ano passado. A medida foi tomada pela empresa em meio a uma série de conversas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando outras empresas de tecnologia também estavam em contato com o órgão para discutir a viralização de conteúdos falsos.

Agora, o lançamento ocorre em um momento em que a Meta, holding do WhatsApp, Facebook e Instagram, classifica o Brasil como “um local temporário de alto risco”, denominação que coloca o País em alerta dentro da empresa. Dentro desse estágio, a plataforma pode retirar conteúdos que incitem a violência e, no caso de 8 de janeiro, que convoquem atos golpistas e antidemocráticos de forma mais ampla, segundo um comunicado emitido pela própria Meta.

Porém, a companhia fundada por Mark Zuckerberg demorou para agir durante os dias que antecederam a invasão de Brasília — grupos bolsonaristas se articularam em mensageiros, como o WhatsApp e o Telegram. Em ambos, o Estadão teve acesso a mensagens que circulavam informando que uma série de “benefícios”, como transporte e alimentação, na capital seriam fornecidos gratuitamente para quem fizesse parte dos ataques.

Assim, o que preocupa agora é que a Meta possa estar aplicando diferentes regras para seus serviços — ou seja, que o conteúdo golpista que circula no Facebook seja tratado com mais velocidade que aquilo que está no WhatsApp.

“O WhatsApp e as outras plataformas (da Meta) podem ter regras diferentes, mas a companhia concluiu que o Brasil passa por um momento extraordinário que justifica restrições que não são feitas em geral. O WhatsApp não pode ignorar essa realidade”, explica Artur Pericles Monteiro, pesquisador no Yale Information Society Project.

“Até 31 de janeiro, nós temos um ato oficial pelo qual o presidente da República e o Congresso reconhecem uma situação de ‘grave comprometimento da ordem pública’. Então, o que antes era risco potencial, agora é prejuízo realizado”, afirma Monteiro.

Depois da invasão de Brasília, mensagens com o mesmo teor golpista continuaram circulando pelas redes. De acordo com uma nota publicada pela Meta, medidas estavam sendo tomadas para retirar e bloquear os conteúdos — além de grupos, no caso do WhatsApp — que tivessem discurso de desinformação.

O WhatsApp e as outras plataformas (da Meta) podem ter regras diferentes, mas a companhia concluiu que o Brasil passa por um momento extraordinário que justifica restrições que não são feitas em geral. O WhatsApp não pode ignorar essa realidade”

Artur Pericles Monteiro, pesquisador no Yale Information Society Project

Pressão

Para Francisco Brito Cruz, diretor executivo do InternetLab, a concorrência do WhatsApp com outros aplicativos que permitem uma comunicação mais numerosa, como Telegram e Discord, ajuda a entender a razão pela qual a empresa não adiou novamente o lançamento do Comunidades.

“Já estão disponíveis no Brasil apps que permitem alcance infinitamente maior pela sua arquitetura. Entre eles o Telegram, que tem penetração de quase 50% nos celulares. É necessário ter cautela, mas acho que é necessário ter em mente que os competidores do WhatsApp estão rodando no País normalmente com ferramentas muito mais poderosas”, explica Cruz.

Ainda assim, a ferramenta levanta um debate sobre como será o seu uso no Brasil, uma vez que o app é o mensageiro mais popular por aqui. Na visão de Cruz, essa reação vai passar, também, pelo crivo do principal alvo do WhatsApp na história: os usuários.

“Obviamente, é papel da sociedade civil e também da academia acompanhar o uso da ferramenta para notar se ela será chave para novos atos golpistas e, assim, pensarmos em medidas de mitigação”, afirma Cruz.

Ferramenta

As comunidades farão parte de uma nova aba no aplicativo — representada por um emoji de pessoas — e a ideia é que seja um agregador de grupos por assunto. Assim, cada comunidade vai poder contar com até 50 grupos diferentes ou um limite máximo de 5 mil pessoas. A empresa acredita que o recurso é uma forma de reunir espaços de serviços para seus usuários, como organizações de condomínios, escolas e ONGs, por exemplo.

Recurso 'Comunidades' deve chegar aos usuários gradativamente Foto: WhatsApp

Atualmente, cada grupo no WhatsApp comporta 256 pessoas — no resto do mundo, o WhatsApp dobrou a capacidade de cada grupo para 512 participantes. Para conteúdos enviados em grupos, a plataforma estipulou que cada mensagem pode ser repassada para apenas um outro grupo por vez. Para contatos individuais, esse limite de compartilhamento é de até três pessoas.

Para cada comunidade criada, há um grupo de avisos em que apenas os administradores podem publicar. Esse “quadro de avisos” fica visível para todas as pessoas que fazem parte da comunidade — ou seja, uma mensagem pode atingir até 5 mil pessoas. Cada grupo, porém, pode fazer parte de apenas uma comunidade.

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