Conheça a Mistral AI, startup que levantou US$ 113,4 mi e quer lançar o ‘próximo ChatGPT’


Companhia só tem 4 semanas de operação e é especializada em inteligência artificial gerativa

Por Luísa Carvalho
Atualização:

Reforçando a onda da inteligência artificial (IA) gerativa (tecnologia parecida com a do ChatGPT), a startup francesa Mistral AI recebeu um aporte financeiro histórico. Com apenas quatro semanas de fundação, o empreendimento formado pelo trio Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix, com passagens por Google e Meta, levantou US$ 113,4 milhões em um aporte semente. Voltado para startups em estágio inicial, a rodada é a maior rodada do tipo já registrada na Europa.

A informação foi anunciada nesta terça-feira, 13, pelo cofundador e CEO Arthur Mensch em uma publicação no LinkedIn. “Anunciamos uma conquista importante para o projeto que temos elaborado para criar um novo player europeu com vocação global em inteligência artificial gerativa”, escreveu.

A Mistral AI planeja lançar em 2024 seu primeiro produto, um novo modelo amplo de linguagem parecido - mas não igual - ao sistema de IA que alimenta o ChatGPT. A empresa pretende bater de frente com a OpenAI, que tem investimentos da gigante Microsoft. Mensch define como principal desafio para o setor: “o de tornar a IA útil”.

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A captação de recursos foi liderada pela americana Lightspeed Venture Partners, fundo de capital de risco conhecido por investir em empresas em estágios iniciais e em estágio de crescimento. A startup, ainda com um site prematuro e atividades iniciadas há poucos dias, já está avaliada em US$ 260 milhões.

A lista de investidores contém nomes como o do ex-CEO do Google, Eric Schmidt, do bilionário das telecomunicações francês Xavier Niel e do franco-libanês Rodolphe Saade, que está à frente da líder em logística de transportes CMA CGM.

reference
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Currículos de peso

Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix são amigos de longa data. O trio, que tem por volta de trinta anos cada, se conheceu enquanto cursavam politécnica na Escola Normal Superior de Paris. Eles compartilham o traço comum de terem tido a oportunidade de desenvolver uma expertise técnica sólida nos maiores laboratórios de inteligência artificial do mundo.

Lample e Lacroix trabalharam e pesquisaram juntos durante um longo período no Laboratório de Pesquisa em IA do Facebook. Foram, respectivamente, seis e oito anos na empresa de Mark Zuckerberg. Por lá, a dupla liderou o desenvolvimento dos modelos de linguagem LLaMa, que gerou uma onda de entusiasmo em código aberto, no início deste ano.

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Já Mensch fez um trajeto parecido no Google. Ele trabalhou por três anos com pesquisas em desenvolvimento de IA na DeepMind. Durante esse período, participou ativamente nos projetos Retro, Flamingo e Chinchilla, em que adquiriu valiosa experiência em otimização de grandes modelos de linguagem. Os três saíram de seus antigos empregos entre junho e maio deste ano.

Antoine Moyroud, que conduziu o investimento junto a Lightspeed, descreveu os franceses como parte de “um grupo seleto em escala global” composto por uma nova geração que é capaz de combinar uma expertise técnica profunda com uma grande experiência operacional. “O calibre do talento presente na Mistral é algo que raramente vimos antes. Estamos empolgados para ver o que essa equipe alcançará”, escreveu, nesta terça, em sua coluna no site Medium.

A startup também foi congratulada pelo ministro francês Jean-Noel Barrot, à frente da pasta de Transformação Digital e Telecomunicações. “Bravo para a startup Mistral AI, que levantou 105 milhões de euros apenas um mês após sua criação: um recorde!”, escreveu no Twitter.

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O feito do trio é sem precedentes na França. Até então os maiores números no país eram da startup Hugging Face, uma das principais referências francesas, que, com financiamento dos Estados Unidos, levantou US$ 100 milhões no ano passado apenas numa terceira rodada de investimentos, segundo o jornal Le Figaro.

Ainda que Paris esteja consideravelmente atrás de locais como Nova York, Califórnia e Londres no posto de “pólo tecnológico”, a Mistral abre os olhos para o potencial da cidade.

Risco

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A decisão de financiar uma empresa jovem, sem nenhum cliente ou produto e ainda em contratação de funcionários (há vagas disponíveis para pesquisador, engenheiro de software e desenvolvedor de produto) pode parecer arriscada. O encerramento do motor de busca da Neeva, startup lançada com o intuito de desafiar o Google, tem feito soar o alarme para investidores.

Antoine Moyroud, entretanto, não parece temer. “Vale a pena arriscar”, afirmou em entrevista ao Financial Times reafirmando sua confiança no trio francês.

Reforçando a onda da inteligência artificial (IA) gerativa (tecnologia parecida com a do ChatGPT), a startup francesa Mistral AI recebeu um aporte financeiro histórico. Com apenas quatro semanas de fundação, o empreendimento formado pelo trio Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix, com passagens por Google e Meta, levantou US$ 113,4 milhões em um aporte semente. Voltado para startups em estágio inicial, a rodada é a maior rodada do tipo já registrada na Europa.

A informação foi anunciada nesta terça-feira, 13, pelo cofundador e CEO Arthur Mensch em uma publicação no LinkedIn. “Anunciamos uma conquista importante para o projeto que temos elaborado para criar um novo player europeu com vocação global em inteligência artificial gerativa”, escreveu.

A Mistral AI planeja lançar em 2024 seu primeiro produto, um novo modelo amplo de linguagem parecido - mas não igual - ao sistema de IA que alimenta o ChatGPT. A empresa pretende bater de frente com a OpenAI, que tem investimentos da gigante Microsoft. Mensch define como principal desafio para o setor: “o de tornar a IA útil”.

A captação de recursos foi liderada pela americana Lightspeed Venture Partners, fundo de capital de risco conhecido por investir em empresas em estágios iniciais e em estágio de crescimento. A startup, ainda com um site prematuro e atividades iniciadas há poucos dias, já está avaliada em US$ 260 milhões.

A lista de investidores contém nomes como o do ex-CEO do Google, Eric Schmidt, do bilionário das telecomunicações francês Xavier Niel e do franco-libanês Rodolphe Saade, que está à frente da líder em logística de transportes CMA CGM.

reference

Currículos de peso

Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix são amigos de longa data. O trio, que tem por volta de trinta anos cada, se conheceu enquanto cursavam politécnica na Escola Normal Superior de Paris. Eles compartilham o traço comum de terem tido a oportunidade de desenvolver uma expertise técnica sólida nos maiores laboratórios de inteligência artificial do mundo.

Lample e Lacroix trabalharam e pesquisaram juntos durante um longo período no Laboratório de Pesquisa em IA do Facebook. Foram, respectivamente, seis e oito anos na empresa de Mark Zuckerberg. Por lá, a dupla liderou o desenvolvimento dos modelos de linguagem LLaMa, que gerou uma onda de entusiasmo em código aberto, no início deste ano.

Já Mensch fez um trajeto parecido no Google. Ele trabalhou por três anos com pesquisas em desenvolvimento de IA na DeepMind. Durante esse período, participou ativamente nos projetos Retro, Flamingo e Chinchilla, em que adquiriu valiosa experiência em otimização de grandes modelos de linguagem. Os três saíram de seus antigos empregos entre junho e maio deste ano.

Antoine Moyroud, que conduziu o investimento junto a Lightspeed, descreveu os franceses como parte de “um grupo seleto em escala global” composto por uma nova geração que é capaz de combinar uma expertise técnica profunda com uma grande experiência operacional. “O calibre do talento presente na Mistral é algo que raramente vimos antes. Estamos empolgados para ver o que essa equipe alcançará”, escreveu, nesta terça, em sua coluna no site Medium.

A startup também foi congratulada pelo ministro francês Jean-Noel Barrot, à frente da pasta de Transformação Digital e Telecomunicações. “Bravo para a startup Mistral AI, que levantou 105 milhões de euros apenas um mês após sua criação: um recorde!”, escreveu no Twitter.

O feito do trio é sem precedentes na França. Até então os maiores números no país eram da startup Hugging Face, uma das principais referências francesas, que, com financiamento dos Estados Unidos, levantou US$ 100 milhões no ano passado apenas numa terceira rodada de investimentos, segundo o jornal Le Figaro.

Ainda que Paris esteja consideravelmente atrás de locais como Nova York, Califórnia e Londres no posto de “pólo tecnológico”, a Mistral abre os olhos para o potencial da cidade.

Risco

A decisão de financiar uma empresa jovem, sem nenhum cliente ou produto e ainda em contratação de funcionários (há vagas disponíveis para pesquisador, engenheiro de software e desenvolvedor de produto) pode parecer arriscada. O encerramento do motor de busca da Neeva, startup lançada com o intuito de desafiar o Google, tem feito soar o alarme para investidores.

Antoine Moyroud, entretanto, não parece temer. “Vale a pena arriscar”, afirmou em entrevista ao Financial Times reafirmando sua confiança no trio francês.

Reforçando a onda da inteligência artificial (IA) gerativa (tecnologia parecida com a do ChatGPT), a startup francesa Mistral AI recebeu um aporte financeiro histórico. Com apenas quatro semanas de fundação, o empreendimento formado pelo trio Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix, com passagens por Google e Meta, levantou US$ 113,4 milhões em um aporte semente. Voltado para startups em estágio inicial, a rodada é a maior rodada do tipo já registrada na Europa.

A informação foi anunciada nesta terça-feira, 13, pelo cofundador e CEO Arthur Mensch em uma publicação no LinkedIn. “Anunciamos uma conquista importante para o projeto que temos elaborado para criar um novo player europeu com vocação global em inteligência artificial gerativa”, escreveu.

A Mistral AI planeja lançar em 2024 seu primeiro produto, um novo modelo amplo de linguagem parecido - mas não igual - ao sistema de IA que alimenta o ChatGPT. A empresa pretende bater de frente com a OpenAI, que tem investimentos da gigante Microsoft. Mensch define como principal desafio para o setor: “o de tornar a IA útil”.

A captação de recursos foi liderada pela americana Lightspeed Venture Partners, fundo de capital de risco conhecido por investir em empresas em estágios iniciais e em estágio de crescimento. A startup, ainda com um site prematuro e atividades iniciadas há poucos dias, já está avaliada em US$ 260 milhões.

A lista de investidores contém nomes como o do ex-CEO do Google, Eric Schmidt, do bilionário das telecomunicações francês Xavier Niel e do franco-libanês Rodolphe Saade, que está à frente da líder em logística de transportes CMA CGM.

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Currículos de peso

Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix são amigos de longa data. O trio, que tem por volta de trinta anos cada, se conheceu enquanto cursavam politécnica na Escola Normal Superior de Paris. Eles compartilham o traço comum de terem tido a oportunidade de desenvolver uma expertise técnica sólida nos maiores laboratórios de inteligência artificial do mundo.

Lample e Lacroix trabalharam e pesquisaram juntos durante um longo período no Laboratório de Pesquisa em IA do Facebook. Foram, respectivamente, seis e oito anos na empresa de Mark Zuckerberg. Por lá, a dupla liderou o desenvolvimento dos modelos de linguagem LLaMa, que gerou uma onda de entusiasmo em código aberto, no início deste ano.

Já Mensch fez um trajeto parecido no Google. Ele trabalhou por três anos com pesquisas em desenvolvimento de IA na DeepMind. Durante esse período, participou ativamente nos projetos Retro, Flamingo e Chinchilla, em que adquiriu valiosa experiência em otimização de grandes modelos de linguagem. Os três saíram de seus antigos empregos entre junho e maio deste ano.

Antoine Moyroud, que conduziu o investimento junto a Lightspeed, descreveu os franceses como parte de “um grupo seleto em escala global” composto por uma nova geração que é capaz de combinar uma expertise técnica profunda com uma grande experiência operacional. “O calibre do talento presente na Mistral é algo que raramente vimos antes. Estamos empolgados para ver o que essa equipe alcançará”, escreveu, nesta terça, em sua coluna no site Medium.

A startup também foi congratulada pelo ministro francês Jean-Noel Barrot, à frente da pasta de Transformação Digital e Telecomunicações. “Bravo para a startup Mistral AI, que levantou 105 milhões de euros apenas um mês após sua criação: um recorde!”, escreveu no Twitter.

O feito do trio é sem precedentes na França. Até então os maiores números no país eram da startup Hugging Face, uma das principais referências francesas, que, com financiamento dos Estados Unidos, levantou US$ 100 milhões no ano passado apenas numa terceira rodada de investimentos, segundo o jornal Le Figaro.

Ainda que Paris esteja consideravelmente atrás de locais como Nova York, Califórnia e Londres no posto de “pólo tecnológico”, a Mistral abre os olhos para o potencial da cidade.

Risco

A decisão de financiar uma empresa jovem, sem nenhum cliente ou produto e ainda em contratação de funcionários (há vagas disponíveis para pesquisador, engenheiro de software e desenvolvedor de produto) pode parecer arriscada. O encerramento do motor de busca da Neeva, startup lançada com o intuito de desafiar o Google, tem feito soar o alarme para investidores.

Antoine Moyroud, entretanto, não parece temer. “Vale a pena arriscar”, afirmou em entrevista ao Financial Times reafirmando sua confiança no trio francês.

Reforçando a onda da inteligência artificial (IA) gerativa (tecnologia parecida com a do ChatGPT), a startup francesa Mistral AI recebeu um aporte financeiro histórico. Com apenas quatro semanas de fundação, o empreendimento formado pelo trio Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix, com passagens por Google e Meta, levantou US$ 113,4 milhões em um aporte semente. Voltado para startups em estágio inicial, a rodada é a maior rodada do tipo já registrada na Europa.

A informação foi anunciada nesta terça-feira, 13, pelo cofundador e CEO Arthur Mensch em uma publicação no LinkedIn. “Anunciamos uma conquista importante para o projeto que temos elaborado para criar um novo player europeu com vocação global em inteligência artificial gerativa”, escreveu.

A Mistral AI planeja lançar em 2024 seu primeiro produto, um novo modelo amplo de linguagem parecido - mas não igual - ao sistema de IA que alimenta o ChatGPT. A empresa pretende bater de frente com a OpenAI, que tem investimentos da gigante Microsoft. Mensch define como principal desafio para o setor: “o de tornar a IA útil”.

A captação de recursos foi liderada pela americana Lightspeed Venture Partners, fundo de capital de risco conhecido por investir em empresas em estágios iniciais e em estágio de crescimento. A startup, ainda com um site prematuro e atividades iniciadas há poucos dias, já está avaliada em US$ 260 milhões.

A lista de investidores contém nomes como o do ex-CEO do Google, Eric Schmidt, do bilionário das telecomunicações francês Xavier Niel e do franco-libanês Rodolphe Saade, que está à frente da líder em logística de transportes CMA CGM.

reference

Currículos de peso

Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix são amigos de longa data. O trio, que tem por volta de trinta anos cada, se conheceu enquanto cursavam politécnica na Escola Normal Superior de Paris. Eles compartilham o traço comum de terem tido a oportunidade de desenvolver uma expertise técnica sólida nos maiores laboratórios de inteligência artificial do mundo.

Lample e Lacroix trabalharam e pesquisaram juntos durante um longo período no Laboratório de Pesquisa em IA do Facebook. Foram, respectivamente, seis e oito anos na empresa de Mark Zuckerberg. Por lá, a dupla liderou o desenvolvimento dos modelos de linguagem LLaMa, que gerou uma onda de entusiasmo em código aberto, no início deste ano.

Já Mensch fez um trajeto parecido no Google. Ele trabalhou por três anos com pesquisas em desenvolvimento de IA na DeepMind. Durante esse período, participou ativamente nos projetos Retro, Flamingo e Chinchilla, em que adquiriu valiosa experiência em otimização de grandes modelos de linguagem. Os três saíram de seus antigos empregos entre junho e maio deste ano.

Antoine Moyroud, que conduziu o investimento junto a Lightspeed, descreveu os franceses como parte de “um grupo seleto em escala global” composto por uma nova geração que é capaz de combinar uma expertise técnica profunda com uma grande experiência operacional. “O calibre do talento presente na Mistral é algo que raramente vimos antes. Estamos empolgados para ver o que essa equipe alcançará”, escreveu, nesta terça, em sua coluna no site Medium.

A startup também foi congratulada pelo ministro francês Jean-Noel Barrot, à frente da pasta de Transformação Digital e Telecomunicações. “Bravo para a startup Mistral AI, que levantou 105 milhões de euros apenas um mês após sua criação: um recorde!”, escreveu no Twitter.

O feito do trio é sem precedentes na França. Até então os maiores números no país eram da startup Hugging Face, uma das principais referências francesas, que, com financiamento dos Estados Unidos, levantou US$ 100 milhões no ano passado apenas numa terceira rodada de investimentos, segundo o jornal Le Figaro.

Ainda que Paris esteja consideravelmente atrás de locais como Nova York, Califórnia e Londres no posto de “pólo tecnológico”, a Mistral abre os olhos para o potencial da cidade.

Risco

A decisão de financiar uma empresa jovem, sem nenhum cliente ou produto e ainda em contratação de funcionários (há vagas disponíveis para pesquisador, engenheiro de software e desenvolvedor de produto) pode parecer arriscada. O encerramento do motor de busca da Neeva, startup lançada com o intuito de desafiar o Google, tem feito soar o alarme para investidores.

Antoine Moyroud, entretanto, não parece temer. “Vale a pena arriscar”, afirmou em entrevista ao Financial Times reafirmando sua confiança no trio francês.

Reforçando a onda da inteligência artificial (IA) gerativa (tecnologia parecida com a do ChatGPT), a startup francesa Mistral AI recebeu um aporte financeiro histórico. Com apenas quatro semanas de fundação, o empreendimento formado pelo trio Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix, com passagens por Google e Meta, levantou US$ 113,4 milhões em um aporte semente. Voltado para startups em estágio inicial, a rodada é a maior rodada do tipo já registrada na Europa.

A informação foi anunciada nesta terça-feira, 13, pelo cofundador e CEO Arthur Mensch em uma publicação no LinkedIn. “Anunciamos uma conquista importante para o projeto que temos elaborado para criar um novo player europeu com vocação global em inteligência artificial gerativa”, escreveu.

A Mistral AI planeja lançar em 2024 seu primeiro produto, um novo modelo amplo de linguagem parecido - mas não igual - ao sistema de IA que alimenta o ChatGPT. A empresa pretende bater de frente com a OpenAI, que tem investimentos da gigante Microsoft. Mensch define como principal desafio para o setor: “o de tornar a IA útil”.

A captação de recursos foi liderada pela americana Lightspeed Venture Partners, fundo de capital de risco conhecido por investir em empresas em estágios iniciais e em estágio de crescimento. A startup, ainda com um site prematuro e atividades iniciadas há poucos dias, já está avaliada em US$ 260 milhões.

A lista de investidores contém nomes como o do ex-CEO do Google, Eric Schmidt, do bilionário das telecomunicações francês Xavier Niel e do franco-libanês Rodolphe Saade, que está à frente da líder em logística de transportes CMA CGM.

reference

Currículos de peso

Arthur Mensch, Guillaume Lample e Timothee Lacroix são amigos de longa data. O trio, que tem por volta de trinta anos cada, se conheceu enquanto cursavam politécnica na Escola Normal Superior de Paris. Eles compartilham o traço comum de terem tido a oportunidade de desenvolver uma expertise técnica sólida nos maiores laboratórios de inteligência artificial do mundo.

Lample e Lacroix trabalharam e pesquisaram juntos durante um longo período no Laboratório de Pesquisa em IA do Facebook. Foram, respectivamente, seis e oito anos na empresa de Mark Zuckerberg. Por lá, a dupla liderou o desenvolvimento dos modelos de linguagem LLaMa, que gerou uma onda de entusiasmo em código aberto, no início deste ano.

Já Mensch fez um trajeto parecido no Google. Ele trabalhou por três anos com pesquisas em desenvolvimento de IA na DeepMind. Durante esse período, participou ativamente nos projetos Retro, Flamingo e Chinchilla, em que adquiriu valiosa experiência em otimização de grandes modelos de linguagem. Os três saíram de seus antigos empregos entre junho e maio deste ano.

Antoine Moyroud, que conduziu o investimento junto a Lightspeed, descreveu os franceses como parte de “um grupo seleto em escala global” composto por uma nova geração que é capaz de combinar uma expertise técnica profunda com uma grande experiência operacional. “O calibre do talento presente na Mistral é algo que raramente vimos antes. Estamos empolgados para ver o que essa equipe alcançará”, escreveu, nesta terça, em sua coluna no site Medium.

A startup também foi congratulada pelo ministro francês Jean-Noel Barrot, à frente da pasta de Transformação Digital e Telecomunicações. “Bravo para a startup Mistral AI, que levantou 105 milhões de euros apenas um mês após sua criação: um recorde!”, escreveu no Twitter.

O feito do trio é sem precedentes na França. Até então os maiores números no país eram da startup Hugging Face, uma das principais referências francesas, que, com financiamento dos Estados Unidos, levantou US$ 100 milhões no ano passado apenas numa terceira rodada de investimentos, segundo o jornal Le Figaro.

Ainda que Paris esteja consideravelmente atrás de locais como Nova York, Califórnia e Londres no posto de “pólo tecnológico”, a Mistral abre os olhos para o potencial da cidade.

Risco

A decisão de financiar uma empresa jovem, sem nenhum cliente ou produto e ainda em contratação de funcionários (há vagas disponíveis para pesquisador, engenheiro de software e desenvolvedor de produto) pode parecer arriscada. O encerramento do motor de busca da Neeva, startup lançada com o intuito de desafiar o Google, tem feito soar o alarme para investidores.

Antoine Moyroud, entretanto, não parece temer. “Vale a pena arriscar”, afirmou em entrevista ao Financial Times reafirmando sua confiança no trio francês.

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