Informações bancárias pessoais de 29 mil funcionários do Facebook foram roubados há cerca de um mês, informou a agência Bloomberg nesta sexta-feira, 13, com base em um email interno enviado pela empresa a seus empregados pela manhã. Segundo a publicação, os dados estavam armazenados em discos rigídos que foram furtados do carro de um funcionário da empresa.
Os arquivos não estavam criptografados e continham informações como nome dos usuários, números de conta bancárias e os quatro últimos dígitos de suas contas de previdência social – informações utilizadas no Facebook para quase qualquer tipo de serviço público. Além disso, os discos rígidos também continham planilhas com informações de pagamento aos empregados, incluindo salários, bônus e até mesmo ações que tinham sido distribuídas a eles.
Segundo confirmou uma porta-voz do Facebook à Bloomberg, as informações pertenciam a 29 mil pessoas que trabalharam na empresa durante o ano de 2018. Os discos rígidos, acrescentou a porta-voz, não continham nenhuma informação de usuários do Facebook.
"Estamos trabalhando com as autoridades para investigar um furto de uma mala de um funcionário contendo informações sobre os pagamentos dos funcionários", disse a porta-voz. "Não temos evidência de abusos até agora e acreditamos se tratar de um furto simples, não de uma tentativa de roubar informações confidenciais."
De acordo com o email enviado aos funcionários, o furto aconteceu em 17 de novembro e o Facebook deu falta dos discos rígidos três dias depois. No dia 29, uma investigação "forense" confirmou que os dispositivos roubados continham informações de pagamento.O empregado que foi furtado faz parte do departamento de salários do Facebook e não deveria ter retirado os arquivos do escritório. "Já tomamos as devidas medidas disciplinares e não vamos discutir detalhes pessoais sobre o assunto", informou a porta-voz.
A empresa ainda trabalha com as autoridades para recuperar as informações, embora nenhum dos discos rígidos tenha sido encontrado. No email, o Facebook recomendou os funcionários a notificarem seus bancos e ofereceu a quem desejar uma assinatura de dois anos para um serviço que monitora tentativas de roubos de identidade na internet.