Decreto de Trump afeta venda da aparelhos da Huawei nos EUA


Ordem proíbe compra de equipamentos feitos por grupos que ‘colocam em risco’ segurança do país; chinesa é líder em 5G, vital em novas tecnologias

Por Victor Rezende
Donald Trump acusa Huawei de promover espionagem de americanos há anos Foto: Erik S. Lesser/EFE

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira, 15, decreto que, segundo o governo americano, tem como objetivo defender a tecnologia e os serviços de comunicação e de informação do país. No texto, Trump proíbe “transações que representam risco inaceitável para a segurança nacional ou da população americana”. A ordem ataca indiretamente a chinesa Huawei, líder no desenvolvimento da tecnologia de conexão móvel de quinta geração, o 5G, e acusada por fontes ligadas à Casa Branca de praticar espionagem pró-Pequim com seus produtos. 

“O presidente deixou claro que este governo fará o que for preciso para manter a América segura e próspera e protegê-la dos adversários estrangeiros que estão ativamente e cada vez mais criando e explorando vulnerabilidades na infraestrutura e nos serviços de tecnologia da informação e de comunicação nos EUA”, disse Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca.

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Ameaças estrangeiras. Em comunicado, Sanders afirmou ainda que o decreto assinado por Trump declara emergência nacional com relação a “ameaças contra tecnologia e serviços de informação e comunicação nos EUA”.

A assinatura do decreto já era esperada – segundo reportagens publicadas ontem, o texto era discutido há mais de um ano e teve sua publicação adiada repetidas vezes. 

O decreto aparece em um momento delicado nas relações entre os Estados Unidos e a China. Washington iniciou uma guerra comercial contra Pequim, com o primeiro lado elevando tarifas de importação sobre bilhões de dólares em produtos do outro, ação que foi retaliada com aumento nas tarifas impostas sobre produtos americanos.

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Neste momento, Washington acredita que equipamentos fabricados pela Huawei, segunda maior fabricante mundial de smartphones, podem ser usados pelo governo chinês para espionagem. A Huawei, que repetidamente negou as acusações, não comentou o assunto.

A Casa Branca e o Departamento de Comércio também não se pronunciaram.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse durante uma reunião em Pequim ontem que os EUA estão “abusando de seu poder nacional” para “difamar deliberadamente” e suprimir certas empresas chinesas. “Isso não é honroso, nem é justo”, disse Shuang. “Pedimos aos EUA que parem de usar a desculpa das questões de segurança para suprimir empresas chinesas sem justificativa e forneçam um ambiente justo e não discriminatório para as empresas chinesas que realizam investimentos nos EUA.” 

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Para analistas, os vetos dos EUA à Huawei se justificam pela dianteira da marca chinesa no 5G. Impedir a chinesa de atuar nos EUA e forçar para que o mesmo aconteça em países aliados, como na União Europeia e no Reino Unido, dizem analistas, é uma estratégia dos EUA para evitar que os asiáticos avancem na competição da tecnologia, considerada vital para avanços como carros autônomos e casas inteligentes. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Donald Trump acusa Huawei de promover espionagem de americanos há anos Foto: Erik S. Lesser/EFE

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira, 15, decreto que, segundo o governo americano, tem como objetivo defender a tecnologia e os serviços de comunicação e de informação do país. No texto, Trump proíbe “transações que representam risco inaceitável para a segurança nacional ou da população americana”. A ordem ataca indiretamente a chinesa Huawei, líder no desenvolvimento da tecnologia de conexão móvel de quinta geração, o 5G, e acusada por fontes ligadas à Casa Branca de praticar espionagem pró-Pequim com seus produtos. 

“O presidente deixou claro que este governo fará o que for preciso para manter a América segura e próspera e protegê-la dos adversários estrangeiros que estão ativamente e cada vez mais criando e explorando vulnerabilidades na infraestrutura e nos serviços de tecnologia da informação e de comunicação nos EUA”, disse Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca.

Ameaças estrangeiras. Em comunicado, Sanders afirmou ainda que o decreto assinado por Trump declara emergência nacional com relação a “ameaças contra tecnologia e serviços de informação e comunicação nos EUA”.

A assinatura do decreto já era esperada – segundo reportagens publicadas ontem, o texto era discutido há mais de um ano e teve sua publicação adiada repetidas vezes. 

O decreto aparece em um momento delicado nas relações entre os Estados Unidos e a China. Washington iniciou uma guerra comercial contra Pequim, com o primeiro lado elevando tarifas de importação sobre bilhões de dólares em produtos do outro, ação que foi retaliada com aumento nas tarifas impostas sobre produtos americanos.

Neste momento, Washington acredita que equipamentos fabricados pela Huawei, segunda maior fabricante mundial de smartphones, podem ser usados pelo governo chinês para espionagem. A Huawei, que repetidamente negou as acusações, não comentou o assunto.

A Casa Branca e o Departamento de Comércio também não se pronunciaram.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse durante uma reunião em Pequim ontem que os EUA estão “abusando de seu poder nacional” para “difamar deliberadamente” e suprimir certas empresas chinesas. “Isso não é honroso, nem é justo”, disse Shuang. “Pedimos aos EUA que parem de usar a desculpa das questões de segurança para suprimir empresas chinesas sem justificativa e forneçam um ambiente justo e não discriminatório para as empresas chinesas que realizam investimentos nos EUA.” 

Para analistas, os vetos dos EUA à Huawei se justificam pela dianteira da marca chinesa no 5G. Impedir a chinesa de atuar nos EUA e forçar para que o mesmo aconteça em países aliados, como na União Europeia e no Reino Unido, dizem analistas, é uma estratégia dos EUA para evitar que os asiáticos avancem na competição da tecnologia, considerada vital para avanços como carros autônomos e casas inteligentes. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Donald Trump acusa Huawei de promover espionagem de americanos há anos Foto: Erik S. Lesser/EFE

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira, 15, decreto que, segundo o governo americano, tem como objetivo defender a tecnologia e os serviços de comunicação e de informação do país. No texto, Trump proíbe “transações que representam risco inaceitável para a segurança nacional ou da população americana”. A ordem ataca indiretamente a chinesa Huawei, líder no desenvolvimento da tecnologia de conexão móvel de quinta geração, o 5G, e acusada por fontes ligadas à Casa Branca de praticar espionagem pró-Pequim com seus produtos. 

“O presidente deixou claro que este governo fará o que for preciso para manter a América segura e próspera e protegê-la dos adversários estrangeiros que estão ativamente e cada vez mais criando e explorando vulnerabilidades na infraestrutura e nos serviços de tecnologia da informação e de comunicação nos EUA”, disse Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca.

Ameaças estrangeiras. Em comunicado, Sanders afirmou ainda que o decreto assinado por Trump declara emergência nacional com relação a “ameaças contra tecnologia e serviços de informação e comunicação nos EUA”.

A assinatura do decreto já era esperada – segundo reportagens publicadas ontem, o texto era discutido há mais de um ano e teve sua publicação adiada repetidas vezes. 

O decreto aparece em um momento delicado nas relações entre os Estados Unidos e a China. Washington iniciou uma guerra comercial contra Pequim, com o primeiro lado elevando tarifas de importação sobre bilhões de dólares em produtos do outro, ação que foi retaliada com aumento nas tarifas impostas sobre produtos americanos.

Neste momento, Washington acredita que equipamentos fabricados pela Huawei, segunda maior fabricante mundial de smartphones, podem ser usados pelo governo chinês para espionagem. A Huawei, que repetidamente negou as acusações, não comentou o assunto.

A Casa Branca e o Departamento de Comércio também não se pronunciaram.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse durante uma reunião em Pequim ontem que os EUA estão “abusando de seu poder nacional” para “difamar deliberadamente” e suprimir certas empresas chinesas. “Isso não é honroso, nem é justo”, disse Shuang. “Pedimos aos EUA que parem de usar a desculpa das questões de segurança para suprimir empresas chinesas sem justificativa e forneçam um ambiente justo e não discriminatório para as empresas chinesas que realizam investimentos nos EUA.” 

Para analistas, os vetos dos EUA à Huawei se justificam pela dianteira da marca chinesa no 5G. Impedir a chinesa de atuar nos EUA e forçar para que o mesmo aconteça em países aliados, como na União Europeia e no Reino Unido, dizem analistas, é uma estratégia dos EUA para evitar que os asiáticos avancem na competição da tecnologia, considerada vital para avanços como carros autônomos e casas inteligentes. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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