Em 11 meses, 17 mil pessoas já foram demitidas de grandes empresas de tecnologia; entenda


Facebook foi a empresa mais recente a fazer demissão em massa entre as gigantes de tecnologia

Por Redação

O ano tem sido particularmente difícil para empresas do setor de tecnologia, que passa pelas maiores reduções de custo em operação já vistas na sua história. Neste ano, cerca de 17 mil pessoas já foram atingidas por demissões em massa em empresas do setor, segundo levantamento do Estadão — os números podem ser ainda maiores, pois não há confirmação sobre o tamanho das dispensas na Salesforce.

De modo geral, a marca foi empurrada principalmente pela Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, que demitiu 11 mil pessoas nesta quarta, 9.

Antes da gigante comandada por Mark Zuckerberg, o Twitter, agora sob o comando de Elon Musk, fez um corte de cerca de 3,7 mil pessoas nos escritórios de todo o mundo. Para o CEO da Tesla, a justificativa era menos relacionada à crise e mais relacionada à forma como o Twitter deve seguir a operação com o novo CEO. Ainda assim, problemas na captação de receita em publicidade e menor número de usuários monetizáveis foram fatores importantes para as demissões.

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Veja outras empresas de tecnologia que também fizeram demissões em 2022:

Twitter

O número de demissões no Twitter alcançou 3,7 mil funcionários. Foto: Matt Rourke/AP
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Em um comunicado interno no último dia 4, o Twitter informou seus funcionários individualmente sobre a função ocupada na empresa — e se o cargo tinha sido eliminado ou não. Ao todo, 3,7 mil pessoas foram demitidas após Elon Musk, novo presidente da companhia, confirmar a compra da plataforma no valor de US$ 44 bilhões. Segundo o Washington Post, o corte significa uma redução de 50% de seus cerca de 7,5 mil empregados.

“O Twitter está realizando uma redução da força de trabalho para ajudar a melhorar a saúde da empresa. Essas decisões nunca são fáceis e é com pesar que escrevemos para informar que sua função no Twitter foi afetada. Hoje é seu último dia de trabalho na empresa, no entanto, você permanecerá empregado pelo Twitter e receberá remuneração e benefícios até a data de separação de 2 de fevereiro de 2023″, dizia a carta enviada aos funcionários demitidos. Colaboradores no Brasil também foram afetados, embora não seja possível determinar um número no momento.

Facebook

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A Meta cortou 13% dos funcionários do Facebook. Foto: Andrew Harrer/Bloomberg

A Meta anunciou nesta quarta por e-mail que estava eliminando cerca de 11 mil postos de trabalho na empresa em todos os escritórios do mundo.

Foram cortados 13% da companhia - esse não é apenas o maior corte da história da empresa fundada por Mark Zuckerberg como também é o maior corte já realizado por uma empresa de tecnologia na história. Ainda não há informações sobre o tamanho do corte nas operações brasileiras da companhia, mas é possível afirmar que áreas de marketing e recrutamento foram afetadas.

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“Hoje estou compartilhando algumas das mudanças mais difíceis que fizemos na história da Meta. Decidi reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 13% e dispensar mais de 11 mil de nossos talentosos funcionários. Também estamos tomando várias medidas adicionais para nos tornarmos uma empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos e estendendo a pausa nas contratações até o primeiro trimestre de 2023″, disse Zuckerberg em carta aos funcionários. Antes do corte, a companhia tinha um quadro de 87,3 mil funcionários em todo o mundo.

Apple

A Apple já demitiu, aproximadamente, 100 funcionários. Foto: REUTERS/Stephen Lam
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Para desacelerar o crescimento em meio a crise econômica que afeta as empresas no mundo todo em 2022, a Apple demitiu cerca de 100 funcionários da área de recrutamento de pessoas, afirmou a agência de notícias Bloomberg. A empresa já havia anunciado o movimento e começou a colocar em prática a redução do time.

De acordo com a Bloomberg, a empresa californiana disse aos funcionários que estava demitindo para alocar outras necessidades da empresa.

Netflix

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A Netflix, no primeiro semestre de 2022, demitiu 450 pessoas. Foto: Dado Ruvic/Reuters

Depois de perder assinantes pela primeira vez em 11 anos, a Netflix anunciou a demissão de cerca de 450 pessoas no primeiro semestre deste ano. Cortes em maio e junho de 2022 foram responsáveis por enxugar a empresa que vive trimestres de baixa.

Em junho, a empresa divulgou um comunicado lamentando os cortes. “Enquanto continuamos a investir significativamente em nosso negócio, nós fizemos ajustes para que os custos crescentes estejam alinhados com o nosso crescimento mais lento de receita”, afirmou a empresa, que conseguiu recuperar os 1,2 milhão de assinantes perdidos no primeiro semestre.

Microsoft

A Microsoft fez corte de funcionários em junho. Foto: Mike Blake/Reuters

Em junho, foi a vez da Microsoft demitir parte do seu quadro de funcionários. A empresa não revelou quais foram as áreas afetadas nem a quantidade exata de funcionários que deixaram a companhia. Segundo a Bloomberg, porém, o número não chegou a 1% — a Microsoft tem, hoje, 180 mil funcionários. Para comparação, 1% dos funcionários seriam, aproximadamente, 1,8 mil pessoas.

“Recentemente eliminamos um pequeno número de posições. Como todas as empresas, avaliamos nossas prioridades de negócios regularmente e fazemos ajustes estruturais de acordo com essas análises. Continuaremos a investir em nossos negócios e a aumentar o número de funcionários, em geral, no próximo ano”, afirmou a Microsoft em nota ao Estadão.

Tesla

A Tesla realizou cerca de 200 demissões. Foto: REUTERS/Mike Blake

A montadora Tesla demitiu cerca de 200 trabalhadores envolvidos com o sistema de piloto autônomo dos carros da marca americana, de acordo com a reportagem da agência Bloomberg. Os cortes afetam a aposta principal da montadora de veículos elétricos, que desenvolve maneiras de tornar seus carros autônomos.

As demissões foram concentradas em San Mateo, na Califórnia, onde a companhia de Elon Musk possui funcionários envolvidos com o sistema piloto autônomo, responsável por dar alguma autonomia aos carros da marca. Segundo a apuração da Bloomberg, esses funcionários treinavam a inteligência artificial da companhia com dados sobre tráfego, tarefa geralmente considerada mal-paga e pouco especializada.

Salesforce

A Salesforce realizou demissões este ano. Foto: REUTERS/Brendan McDermid

A empresa de software Salesforce também reportou demissões nesta semana. De acordo com o site americano TechCrunch, a companhia demitiu parte de seus 73 mil funcionários espalhados pelo mundo, mas não informou a porcentagem de vagas cortadas nos escritórios. Confirmada pelo TechCrunch, a informação é que o número de colaboradores atingidos não chegaria a mil, mas ainda não se sabe exatamente quantos são os demitidos.

Em nota, a Salesforce afirmou que o “desempenho de vendas” da empresa precisa ser olhado com responsabilidade e que a performance pode levar a companhia a fazer cortes de funcionários no processo. “Nós estamos apoiando (os funcionários demitidos) durante a transição”, afirmou a companhia para o canal americano CNBC.

O ano tem sido particularmente difícil para empresas do setor de tecnologia, que passa pelas maiores reduções de custo em operação já vistas na sua história. Neste ano, cerca de 17 mil pessoas já foram atingidas por demissões em massa em empresas do setor, segundo levantamento do Estadão — os números podem ser ainda maiores, pois não há confirmação sobre o tamanho das dispensas na Salesforce.

De modo geral, a marca foi empurrada principalmente pela Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, que demitiu 11 mil pessoas nesta quarta, 9.

Antes da gigante comandada por Mark Zuckerberg, o Twitter, agora sob o comando de Elon Musk, fez um corte de cerca de 3,7 mil pessoas nos escritórios de todo o mundo. Para o CEO da Tesla, a justificativa era menos relacionada à crise e mais relacionada à forma como o Twitter deve seguir a operação com o novo CEO. Ainda assim, problemas na captação de receita em publicidade e menor número de usuários monetizáveis foram fatores importantes para as demissões.

Veja outras empresas de tecnologia que também fizeram demissões em 2022:

Twitter

O número de demissões no Twitter alcançou 3,7 mil funcionários. Foto: Matt Rourke/AP

Em um comunicado interno no último dia 4, o Twitter informou seus funcionários individualmente sobre a função ocupada na empresa — e se o cargo tinha sido eliminado ou não. Ao todo, 3,7 mil pessoas foram demitidas após Elon Musk, novo presidente da companhia, confirmar a compra da plataforma no valor de US$ 44 bilhões. Segundo o Washington Post, o corte significa uma redução de 50% de seus cerca de 7,5 mil empregados.

“O Twitter está realizando uma redução da força de trabalho para ajudar a melhorar a saúde da empresa. Essas decisões nunca são fáceis e é com pesar que escrevemos para informar que sua função no Twitter foi afetada. Hoje é seu último dia de trabalho na empresa, no entanto, você permanecerá empregado pelo Twitter e receberá remuneração e benefícios até a data de separação de 2 de fevereiro de 2023″, dizia a carta enviada aos funcionários demitidos. Colaboradores no Brasil também foram afetados, embora não seja possível determinar um número no momento.

Facebook

A Meta cortou 13% dos funcionários do Facebook. Foto: Andrew Harrer/Bloomberg

A Meta anunciou nesta quarta por e-mail que estava eliminando cerca de 11 mil postos de trabalho na empresa em todos os escritórios do mundo.

Foram cortados 13% da companhia - esse não é apenas o maior corte da história da empresa fundada por Mark Zuckerberg como também é o maior corte já realizado por uma empresa de tecnologia na história. Ainda não há informações sobre o tamanho do corte nas operações brasileiras da companhia, mas é possível afirmar que áreas de marketing e recrutamento foram afetadas.

“Hoje estou compartilhando algumas das mudanças mais difíceis que fizemos na história da Meta. Decidi reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 13% e dispensar mais de 11 mil de nossos talentosos funcionários. Também estamos tomando várias medidas adicionais para nos tornarmos uma empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos e estendendo a pausa nas contratações até o primeiro trimestre de 2023″, disse Zuckerberg em carta aos funcionários. Antes do corte, a companhia tinha um quadro de 87,3 mil funcionários em todo o mundo.

Apple

A Apple já demitiu, aproximadamente, 100 funcionários. Foto: REUTERS/Stephen Lam

Para desacelerar o crescimento em meio a crise econômica que afeta as empresas no mundo todo em 2022, a Apple demitiu cerca de 100 funcionários da área de recrutamento de pessoas, afirmou a agência de notícias Bloomberg. A empresa já havia anunciado o movimento e começou a colocar em prática a redução do time.

De acordo com a Bloomberg, a empresa californiana disse aos funcionários que estava demitindo para alocar outras necessidades da empresa.

Netflix

A Netflix, no primeiro semestre de 2022, demitiu 450 pessoas. Foto: Dado Ruvic/Reuters

Depois de perder assinantes pela primeira vez em 11 anos, a Netflix anunciou a demissão de cerca de 450 pessoas no primeiro semestre deste ano. Cortes em maio e junho de 2022 foram responsáveis por enxugar a empresa que vive trimestres de baixa.

Em junho, a empresa divulgou um comunicado lamentando os cortes. “Enquanto continuamos a investir significativamente em nosso negócio, nós fizemos ajustes para que os custos crescentes estejam alinhados com o nosso crescimento mais lento de receita”, afirmou a empresa, que conseguiu recuperar os 1,2 milhão de assinantes perdidos no primeiro semestre.

Microsoft

A Microsoft fez corte de funcionários em junho. Foto: Mike Blake/Reuters

Em junho, foi a vez da Microsoft demitir parte do seu quadro de funcionários. A empresa não revelou quais foram as áreas afetadas nem a quantidade exata de funcionários que deixaram a companhia. Segundo a Bloomberg, porém, o número não chegou a 1% — a Microsoft tem, hoje, 180 mil funcionários. Para comparação, 1% dos funcionários seriam, aproximadamente, 1,8 mil pessoas.

“Recentemente eliminamos um pequeno número de posições. Como todas as empresas, avaliamos nossas prioridades de negócios regularmente e fazemos ajustes estruturais de acordo com essas análises. Continuaremos a investir em nossos negócios e a aumentar o número de funcionários, em geral, no próximo ano”, afirmou a Microsoft em nota ao Estadão.

Tesla

A Tesla realizou cerca de 200 demissões. Foto: REUTERS/Mike Blake

A montadora Tesla demitiu cerca de 200 trabalhadores envolvidos com o sistema de piloto autônomo dos carros da marca americana, de acordo com a reportagem da agência Bloomberg. Os cortes afetam a aposta principal da montadora de veículos elétricos, que desenvolve maneiras de tornar seus carros autônomos.

As demissões foram concentradas em San Mateo, na Califórnia, onde a companhia de Elon Musk possui funcionários envolvidos com o sistema piloto autônomo, responsável por dar alguma autonomia aos carros da marca. Segundo a apuração da Bloomberg, esses funcionários treinavam a inteligência artificial da companhia com dados sobre tráfego, tarefa geralmente considerada mal-paga e pouco especializada.

Salesforce

A Salesforce realizou demissões este ano. Foto: REUTERS/Brendan McDermid

A empresa de software Salesforce também reportou demissões nesta semana. De acordo com o site americano TechCrunch, a companhia demitiu parte de seus 73 mil funcionários espalhados pelo mundo, mas não informou a porcentagem de vagas cortadas nos escritórios. Confirmada pelo TechCrunch, a informação é que o número de colaboradores atingidos não chegaria a mil, mas ainda não se sabe exatamente quantos são os demitidos.

Em nota, a Salesforce afirmou que o “desempenho de vendas” da empresa precisa ser olhado com responsabilidade e que a performance pode levar a companhia a fazer cortes de funcionários no processo. “Nós estamos apoiando (os funcionários demitidos) durante a transição”, afirmou a companhia para o canal americano CNBC.

O ano tem sido particularmente difícil para empresas do setor de tecnologia, que passa pelas maiores reduções de custo em operação já vistas na sua história. Neste ano, cerca de 17 mil pessoas já foram atingidas por demissões em massa em empresas do setor, segundo levantamento do Estadão — os números podem ser ainda maiores, pois não há confirmação sobre o tamanho das dispensas na Salesforce.

De modo geral, a marca foi empurrada principalmente pela Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, que demitiu 11 mil pessoas nesta quarta, 9.

Antes da gigante comandada por Mark Zuckerberg, o Twitter, agora sob o comando de Elon Musk, fez um corte de cerca de 3,7 mil pessoas nos escritórios de todo o mundo. Para o CEO da Tesla, a justificativa era menos relacionada à crise e mais relacionada à forma como o Twitter deve seguir a operação com o novo CEO. Ainda assim, problemas na captação de receita em publicidade e menor número de usuários monetizáveis foram fatores importantes para as demissões.

Veja outras empresas de tecnologia que também fizeram demissões em 2022:

Twitter

O número de demissões no Twitter alcançou 3,7 mil funcionários. Foto: Matt Rourke/AP

Em um comunicado interno no último dia 4, o Twitter informou seus funcionários individualmente sobre a função ocupada na empresa — e se o cargo tinha sido eliminado ou não. Ao todo, 3,7 mil pessoas foram demitidas após Elon Musk, novo presidente da companhia, confirmar a compra da plataforma no valor de US$ 44 bilhões. Segundo o Washington Post, o corte significa uma redução de 50% de seus cerca de 7,5 mil empregados.

“O Twitter está realizando uma redução da força de trabalho para ajudar a melhorar a saúde da empresa. Essas decisões nunca são fáceis e é com pesar que escrevemos para informar que sua função no Twitter foi afetada. Hoje é seu último dia de trabalho na empresa, no entanto, você permanecerá empregado pelo Twitter e receberá remuneração e benefícios até a data de separação de 2 de fevereiro de 2023″, dizia a carta enviada aos funcionários demitidos. Colaboradores no Brasil também foram afetados, embora não seja possível determinar um número no momento.

Facebook

A Meta cortou 13% dos funcionários do Facebook. Foto: Andrew Harrer/Bloomberg

A Meta anunciou nesta quarta por e-mail que estava eliminando cerca de 11 mil postos de trabalho na empresa em todos os escritórios do mundo.

Foram cortados 13% da companhia - esse não é apenas o maior corte da história da empresa fundada por Mark Zuckerberg como também é o maior corte já realizado por uma empresa de tecnologia na história. Ainda não há informações sobre o tamanho do corte nas operações brasileiras da companhia, mas é possível afirmar que áreas de marketing e recrutamento foram afetadas.

“Hoje estou compartilhando algumas das mudanças mais difíceis que fizemos na história da Meta. Decidi reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 13% e dispensar mais de 11 mil de nossos talentosos funcionários. Também estamos tomando várias medidas adicionais para nos tornarmos uma empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos e estendendo a pausa nas contratações até o primeiro trimestre de 2023″, disse Zuckerberg em carta aos funcionários. Antes do corte, a companhia tinha um quadro de 87,3 mil funcionários em todo o mundo.

Apple

A Apple já demitiu, aproximadamente, 100 funcionários. Foto: REUTERS/Stephen Lam

Para desacelerar o crescimento em meio a crise econômica que afeta as empresas no mundo todo em 2022, a Apple demitiu cerca de 100 funcionários da área de recrutamento de pessoas, afirmou a agência de notícias Bloomberg. A empresa já havia anunciado o movimento e começou a colocar em prática a redução do time.

De acordo com a Bloomberg, a empresa californiana disse aos funcionários que estava demitindo para alocar outras necessidades da empresa.

Netflix

A Netflix, no primeiro semestre de 2022, demitiu 450 pessoas. Foto: Dado Ruvic/Reuters

Depois de perder assinantes pela primeira vez em 11 anos, a Netflix anunciou a demissão de cerca de 450 pessoas no primeiro semestre deste ano. Cortes em maio e junho de 2022 foram responsáveis por enxugar a empresa que vive trimestres de baixa.

Em junho, a empresa divulgou um comunicado lamentando os cortes. “Enquanto continuamos a investir significativamente em nosso negócio, nós fizemos ajustes para que os custos crescentes estejam alinhados com o nosso crescimento mais lento de receita”, afirmou a empresa, que conseguiu recuperar os 1,2 milhão de assinantes perdidos no primeiro semestre.

Microsoft

A Microsoft fez corte de funcionários em junho. Foto: Mike Blake/Reuters

Em junho, foi a vez da Microsoft demitir parte do seu quadro de funcionários. A empresa não revelou quais foram as áreas afetadas nem a quantidade exata de funcionários que deixaram a companhia. Segundo a Bloomberg, porém, o número não chegou a 1% — a Microsoft tem, hoje, 180 mil funcionários. Para comparação, 1% dos funcionários seriam, aproximadamente, 1,8 mil pessoas.

“Recentemente eliminamos um pequeno número de posições. Como todas as empresas, avaliamos nossas prioridades de negócios regularmente e fazemos ajustes estruturais de acordo com essas análises. Continuaremos a investir em nossos negócios e a aumentar o número de funcionários, em geral, no próximo ano”, afirmou a Microsoft em nota ao Estadão.

Tesla

A Tesla realizou cerca de 200 demissões. Foto: REUTERS/Mike Blake

A montadora Tesla demitiu cerca de 200 trabalhadores envolvidos com o sistema de piloto autônomo dos carros da marca americana, de acordo com a reportagem da agência Bloomberg. Os cortes afetam a aposta principal da montadora de veículos elétricos, que desenvolve maneiras de tornar seus carros autônomos.

As demissões foram concentradas em San Mateo, na Califórnia, onde a companhia de Elon Musk possui funcionários envolvidos com o sistema piloto autônomo, responsável por dar alguma autonomia aos carros da marca. Segundo a apuração da Bloomberg, esses funcionários treinavam a inteligência artificial da companhia com dados sobre tráfego, tarefa geralmente considerada mal-paga e pouco especializada.

Salesforce

A Salesforce realizou demissões este ano. Foto: REUTERS/Brendan McDermid

A empresa de software Salesforce também reportou demissões nesta semana. De acordo com o site americano TechCrunch, a companhia demitiu parte de seus 73 mil funcionários espalhados pelo mundo, mas não informou a porcentagem de vagas cortadas nos escritórios. Confirmada pelo TechCrunch, a informação é que o número de colaboradores atingidos não chegaria a mil, mas ainda não se sabe exatamente quantos são os demitidos.

Em nota, a Salesforce afirmou que o “desempenho de vendas” da empresa precisa ser olhado com responsabilidade e que a performance pode levar a companhia a fazer cortes de funcionários no processo. “Nós estamos apoiando (os funcionários demitidos) durante a transição”, afirmou a companhia para o canal americano CNBC.

O ano tem sido particularmente difícil para empresas do setor de tecnologia, que passa pelas maiores reduções de custo em operação já vistas na sua história. Neste ano, cerca de 17 mil pessoas já foram atingidas por demissões em massa em empresas do setor, segundo levantamento do Estadão — os números podem ser ainda maiores, pois não há confirmação sobre o tamanho das dispensas na Salesforce.

De modo geral, a marca foi empurrada principalmente pela Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, que demitiu 11 mil pessoas nesta quarta, 9.

Antes da gigante comandada por Mark Zuckerberg, o Twitter, agora sob o comando de Elon Musk, fez um corte de cerca de 3,7 mil pessoas nos escritórios de todo o mundo. Para o CEO da Tesla, a justificativa era menos relacionada à crise e mais relacionada à forma como o Twitter deve seguir a operação com o novo CEO. Ainda assim, problemas na captação de receita em publicidade e menor número de usuários monetizáveis foram fatores importantes para as demissões.

Veja outras empresas de tecnologia que também fizeram demissões em 2022:

Twitter

O número de demissões no Twitter alcançou 3,7 mil funcionários. Foto: Matt Rourke/AP

Em um comunicado interno no último dia 4, o Twitter informou seus funcionários individualmente sobre a função ocupada na empresa — e se o cargo tinha sido eliminado ou não. Ao todo, 3,7 mil pessoas foram demitidas após Elon Musk, novo presidente da companhia, confirmar a compra da plataforma no valor de US$ 44 bilhões. Segundo o Washington Post, o corte significa uma redução de 50% de seus cerca de 7,5 mil empregados.

“O Twitter está realizando uma redução da força de trabalho para ajudar a melhorar a saúde da empresa. Essas decisões nunca são fáceis e é com pesar que escrevemos para informar que sua função no Twitter foi afetada. Hoje é seu último dia de trabalho na empresa, no entanto, você permanecerá empregado pelo Twitter e receberá remuneração e benefícios até a data de separação de 2 de fevereiro de 2023″, dizia a carta enviada aos funcionários demitidos. Colaboradores no Brasil também foram afetados, embora não seja possível determinar um número no momento.

Facebook

A Meta cortou 13% dos funcionários do Facebook. Foto: Andrew Harrer/Bloomberg

A Meta anunciou nesta quarta por e-mail que estava eliminando cerca de 11 mil postos de trabalho na empresa em todos os escritórios do mundo.

Foram cortados 13% da companhia - esse não é apenas o maior corte da história da empresa fundada por Mark Zuckerberg como também é o maior corte já realizado por uma empresa de tecnologia na história. Ainda não há informações sobre o tamanho do corte nas operações brasileiras da companhia, mas é possível afirmar que áreas de marketing e recrutamento foram afetadas.

“Hoje estou compartilhando algumas das mudanças mais difíceis que fizemos na história da Meta. Decidi reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 13% e dispensar mais de 11 mil de nossos talentosos funcionários. Também estamos tomando várias medidas adicionais para nos tornarmos uma empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos e estendendo a pausa nas contratações até o primeiro trimestre de 2023″, disse Zuckerberg em carta aos funcionários. Antes do corte, a companhia tinha um quadro de 87,3 mil funcionários em todo o mundo.

Apple

A Apple já demitiu, aproximadamente, 100 funcionários. Foto: REUTERS/Stephen Lam

Para desacelerar o crescimento em meio a crise econômica que afeta as empresas no mundo todo em 2022, a Apple demitiu cerca de 100 funcionários da área de recrutamento de pessoas, afirmou a agência de notícias Bloomberg. A empresa já havia anunciado o movimento e começou a colocar em prática a redução do time.

De acordo com a Bloomberg, a empresa californiana disse aos funcionários que estava demitindo para alocar outras necessidades da empresa.

Netflix

A Netflix, no primeiro semestre de 2022, demitiu 450 pessoas. Foto: Dado Ruvic/Reuters

Depois de perder assinantes pela primeira vez em 11 anos, a Netflix anunciou a demissão de cerca de 450 pessoas no primeiro semestre deste ano. Cortes em maio e junho de 2022 foram responsáveis por enxugar a empresa que vive trimestres de baixa.

Em junho, a empresa divulgou um comunicado lamentando os cortes. “Enquanto continuamos a investir significativamente em nosso negócio, nós fizemos ajustes para que os custos crescentes estejam alinhados com o nosso crescimento mais lento de receita”, afirmou a empresa, que conseguiu recuperar os 1,2 milhão de assinantes perdidos no primeiro semestre.

Microsoft

A Microsoft fez corte de funcionários em junho. Foto: Mike Blake/Reuters

Em junho, foi a vez da Microsoft demitir parte do seu quadro de funcionários. A empresa não revelou quais foram as áreas afetadas nem a quantidade exata de funcionários que deixaram a companhia. Segundo a Bloomberg, porém, o número não chegou a 1% — a Microsoft tem, hoje, 180 mil funcionários. Para comparação, 1% dos funcionários seriam, aproximadamente, 1,8 mil pessoas.

“Recentemente eliminamos um pequeno número de posições. Como todas as empresas, avaliamos nossas prioridades de negócios regularmente e fazemos ajustes estruturais de acordo com essas análises. Continuaremos a investir em nossos negócios e a aumentar o número de funcionários, em geral, no próximo ano”, afirmou a Microsoft em nota ao Estadão.

Tesla

A Tesla realizou cerca de 200 demissões. Foto: REUTERS/Mike Blake

A montadora Tesla demitiu cerca de 200 trabalhadores envolvidos com o sistema de piloto autônomo dos carros da marca americana, de acordo com a reportagem da agência Bloomberg. Os cortes afetam a aposta principal da montadora de veículos elétricos, que desenvolve maneiras de tornar seus carros autônomos.

As demissões foram concentradas em San Mateo, na Califórnia, onde a companhia de Elon Musk possui funcionários envolvidos com o sistema piloto autônomo, responsável por dar alguma autonomia aos carros da marca. Segundo a apuração da Bloomberg, esses funcionários treinavam a inteligência artificial da companhia com dados sobre tráfego, tarefa geralmente considerada mal-paga e pouco especializada.

Salesforce

A Salesforce realizou demissões este ano. Foto: REUTERS/Brendan McDermid

A empresa de software Salesforce também reportou demissões nesta semana. De acordo com o site americano TechCrunch, a companhia demitiu parte de seus 73 mil funcionários espalhados pelo mundo, mas não informou a porcentagem de vagas cortadas nos escritórios. Confirmada pelo TechCrunch, a informação é que o número de colaboradores atingidos não chegaria a mil, mas ainda não se sabe exatamente quantos são os demitidos.

Em nota, a Salesforce afirmou que o “desempenho de vendas” da empresa precisa ser olhado com responsabilidade e que a performance pode levar a companhia a fazer cortes de funcionários no processo. “Nós estamos apoiando (os funcionários demitidos) durante a transição”, afirmou a companhia para o canal americano CNBC.

O ano tem sido particularmente difícil para empresas do setor de tecnologia, que passa pelas maiores reduções de custo em operação já vistas na sua história. Neste ano, cerca de 17 mil pessoas já foram atingidas por demissões em massa em empresas do setor, segundo levantamento do Estadão — os números podem ser ainda maiores, pois não há confirmação sobre o tamanho das dispensas na Salesforce.

De modo geral, a marca foi empurrada principalmente pela Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, que demitiu 11 mil pessoas nesta quarta, 9.

Antes da gigante comandada por Mark Zuckerberg, o Twitter, agora sob o comando de Elon Musk, fez um corte de cerca de 3,7 mil pessoas nos escritórios de todo o mundo. Para o CEO da Tesla, a justificativa era menos relacionada à crise e mais relacionada à forma como o Twitter deve seguir a operação com o novo CEO. Ainda assim, problemas na captação de receita em publicidade e menor número de usuários monetizáveis foram fatores importantes para as demissões.

Veja outras empresas de tecnologia que também fizeram demissões em 2022:

Twitter

O número de demissões no Twitter alcançou 3,7 mil funcionários. Foto: Matt Rourke/AP

Em um comunicado interno no último dia 4, o Twitter informou seus funcionários individualmente sobre a função ocupada na empresa — e se o cargo tinha sido eliminado ou não. Ao todo, 3,7 mil pessoas foram demitidas após Elon Musk, novo presidente da companhia, confirmar a compra da plataforma no valor de US$ 44 bilhões. Segundo o Washington Post, o corte significa uma redução de 50% de seus cerca de 7,5 mil empregados.

“O Twitter está realizando uma redução da força de trabalho para ajudar a melhorar a saúde da empresa. Essas decisões nunca são fáceis e é com pesar que escrevemos para informar que sua função no Twitter foi afetada. Hoje é seu último dia de trabalho na empresa, no entanto, você permanecerá empregado pelo Twitter e receberá remuneração e benefícios até a data de separação de 2 de fevereiro de 2023″, dizia a carta enviada aos funcionários demitidos. Colaboradores no Brasil também foram afetados, embora não seja possível determinar um número no momento.

Facebook

A Meta cortou 13% dos funcionários do Facebook. Foto: Andrew Harrer/Bloomberg

A Meta anunciou nesta quarta por e-mail que estava eliminando cerca de 11 mil postos de trabalho na empresa em todos os escritórios do mundo.

Foram cortados 13% da companhia - esse não é apenas o maior corte da história da empresa fundada por Mark Zuckerberg como também é o maior corte já realizado por uma empresa de tecnologia na história. Ainda não há informações sobre o tamanho do corte nas operações brasileiras da companhia, mas é possível afirmar que áreas de marketing e recrutamento foram afetadas.

“Hoje estou compartilhando algumas das mudanças mais difíceis que fizemos na história da Meta. Decidi reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 13% e dispensar mais de 11 mil de nossos talentosos funcionários. Também estamos tomando várias medidas adicionais para nos tornarmos uma empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos e estendendo a pausa nas contratações até o primeiro trimestre de 2023″, disse Zuckerberg em carta aos funcionários. Antes do corte, a companhia tinha um quadro de 87,3 mil funcionários em todo o mundo.

Apple

A Apple já demitiu, aproximadamente, 100 funcionários. Foto: REUTERS/Stephen Lam

Para desacelerar o crescimento em meio a crise econômica que afeta as empresas no mundo todo em 2022, a Apple demitiu cerca de 100 funcionários da área de recrutamento de pessoas, afirmou a agência de notícias Bloomberg. A empresa já havia anunciado o movimento e começou a colocar em prática a redução do time.

De acordo com a Bloomberg, a empresa californiana disse aos funcionários que estava demitindo para alocar outras necessidades da empresa.

Netflix

A Netflix, no primeiro semestre de 2022, demitiu 450 pessoas. Foto: Dado Ruvic/Reuters

Depois de perder assinantes pela primeira vez em 11 anos, a Netflix anunciou a demissão de cerca de 450 pessoas no primeiro semestre deste ano. Cortes em maio e junho de 2022 foram responsáveis por enxugar a empresa que vive trimestres de baixa.

Em junho, a empresa divulgou um comunicado lamentando os cortes. “Enquanto continuamos a investir significativamente em nosso negócio, nós fizemos ajustes para que os custos crescentes estejam alinhados com o nosso crescimento mais lento de receita”, afirmou a empresa, que conseguiu recuperar os 1,2 milhão de assinantes perdidos no primeiro semestre.

Microsoft

A Microsoft fez corte de funcionários em junho. Foto: Mike Blake/Reuters

Em junho, foi a vez da Microsoft demitir parte do seu quadro de funcionários. A empresa não revelou quais foram as áreas afetadas nem a quantidade exata de funcionários que deixaram a companhia. Segundo a Bloomberg, porém, o número não chegou a 1% — a Microsoft tem, hoje, 180 mil funcionários. Para comparação, 1% dos funcionários seriam, aproximadamente, 1,8 mil pessoas.

“Recentemente eliminamos um pequeno número de posições. Como todas as empresas, avaliamos nossas prioridades de negócios regularmente e fazemos ajustes estruturais de acordo com essas análises. Continuaremos a investir em nossos negócios e a aumentar o número de funcionários, em geral, no próximo ano”, afirmou a Microsoft em nota ao Estadão.

Tesla

A Tesla realizou cerca de 200 demissões. Foto: REUTERS/Mike Blake

A montadora Tesla demitiu cerca de 200 trabalhadores envolvidos com o sistema de piloto autônomo dos carros da marca americana, de acordo com a reportagem da agência Bloomberg. Os cortes afetam a aposta principal da montadora de veículos elétricos, que desenvolve maneiras de tornar seus carros autônomos.

As demissões foram concentradas em San Mateo, na Califórnia, onde a companhia de Elon Musk possui funcionários envolvidos com o sistema piloto autônomo, responsável por dar alguma autonomia aos carros da marca. Segundo a apuração da Bloomberg, esses funcionários treinavam a inteligência artificial da companhia com dados sobre tráfego, tarefa geralmente considerada mal-paga e pouco especializada.

Salesforce

A Salesforce realizou demissões este ano. Foto: REUTERS/Brendan McDermid

A empresa de software Salesforce também reportou demissões nesta semana. De acordo com o site americano TechCrunch, a companhia demitiu parte de seus 73 mil funcionários espalhados pelo mundo, mas não informou a porcentagem de vagas cortadas nos escritórios. Confirmada pelo TechCrunch, a informação é que o número de colaboradores atingidos não chegaria a mil, mas ainda não se sabe exatamente quantos são os demitidos.

Em nota, a Salesforce afirmou que o “desempenho de vendas” da empresa precisa ser olhado com responsabilidade e que a performance pode levar a companhia a fazer cortes de funcionários no processo. “Nós estamos apoiando (os funcionários demitidos) durante a transição”, afirmou a companhia para o canal americano CNBC.

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