Empresa militar transforma "robô-cachorro" em máquina de matar


Tecnologia foi apresentada em uma conferência do exército americano; não está claro ainda se produto está sendo vendido

Por Gabriela Brumatti
Produzir veículos terrestres quadrúpedes não tripulados (Q-UGVs) já era uma atividade regular da Ghost Robotics Foto: Ghost Robotics

Talvez você imagine que está dentro de um episódio de Black Mirror ou vivendo em uma partida de Battlefield, mas "robôs-cachorros" armados agora são uma realidade. Desenvolvido pela empresa norte-americana Ghost Robotics, o equipamento é uma espécie de versão militar dos robôs da Boston Dynamics, que há alguns anos fazem sucesso na internet. Porém, agora as dancinhas e vídeos futuristas foram deixados de lado. O robô da Ghost é equipado com rifles de 6,5 mm e foi apresentado em uma conferência do exército americano, no início da semana.

"Robôs-cachorros" não são novidades nos meios militares, já que no ano passado, o 325º Esquadrão das Forças de Segurança na Base Aérea de Tyndall, na Flórida, tornou-se a primeira unidade do Departamento de Defesa a usar essa tecnologia em operações regulares. Segundo o site da própria empresa fornecedora da tecnologia, “os robôs com pernas são feitos para terrenos não estruturados, onde um dispositivo típico com rodas ou esteiras não pode operar com eficiência”.

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Produzir veículos terrestres quadrúpedes não tripulados (Q-UGVs) já era uma atividade regular da Ghost Robotics. Porém, uma nova função foi incorporada às habilidades da máquina: "a letalidade". A arma adicionada ao novo "robô-cão" foi personalizada pela especialista em armas pequenas da Sword International e apelidada de SPUR ('Special Purpose Unmanned Rifle' ou “rifle não tripulado de uso especial”).

Com o recurso, o equipamento é uma máquina de matar. Ele possui um zoom óptico de 30 vezes, câmera térmica para mirar no escuro e um alcance efetivo de 1.200 metros. Projetado para alvos de tiro esportivo de longo alcance, o design sobre quatro pés oferece estabilidade e precisão para o disparo, segundo a empresa. Diante desse contexto, analistas dizem que o robô foi construído não apenas para ser um batedor, mas também um atirador de elite pilotado por humanos.

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A novidade foi exibida pela primeira vez na conferência anual de 2021 da Associação do Exército dos Estados Unidos, no início desta semana, realizada em Washington DC. Não está claro ainda se a Sword International ou a Ghost Robotics estão vendendo a combinação de arma e robô. Mas um anúncio no site da Sword afirma: “O SWORD Defense Systems SPUR é o futuro dos sistemas de armas não tripuladas e esse futuro é agora”. Não há definições também sobre quanta munição ela é capaz de conter ou quão difícil pode ser recarregar. Mas, além das novas capacidades, a desenvolvedora também destaca o potencial de “robôs-cachorro” em fornecerem vídeos e fazerem mapeamentos remotos, desarmarem bombas ou detectarem armas feitas com substâncias químicas, biológicas, radiológicas e nucleares. Ou ainda, nesse caso, se tornarem as próprias armas. 

Ao contrário da Ghost Robotics, a Boston Dynamics, maior desenvolvedora de robôs “de quatro patas” do mundo, possui uma política rígida contra o uso de armas em suas máquinas. No ano passado, o robô-cachorro da empresa, chamado de Spot, começou a ser vendido nos EUA por US$ 74,5 mil e um grupo de artistas que critica o uso militar de robôs, instalou uma arma de paintball na máquina como uma forma de performance.

Há algum tempo, os especialistas alertam sobre o uso de “robôs assassinos” (conhecidos como sistemas de armas autônomas letais), mas, na maioria dos países, não há legislação que proíba seu desenvolvimento ou implantação.

Produzir veículos terrestres quadrúpedes não tripulados (Q-UGVs) já era uma atividade regular da Ghost Robotics Foto: Ghost Robotics

Talvez você imagine que está dentro de um episódio de Black Mirror ou vivendo em uma partida de Battlefield, mas "robôs-cachorros" armados agora são uma realidade. Desenvolvido pela empresa norte-americana Ghost Robotics, o equipamento é uma espécie de versão militar dos robôs da Boston Dynamics, que há alguns anos fazem sucesso na internet. Porém, agora as dancinhas e vídeos futuristas foram deixados de lado. O robô da Ghost é equipado com rifles de 6,5 mm e foi apresentado em uma conferência do exército americano, no início da semana.

"Robôs-cachorros" não são novidades nos meios militares, já que no ano passado, o 325º Esquadrão das Forças de Segurança na Base Aérea de Tyndall, na Flórida, tornou-se a primeira unidade do Departamento de Defesa a usar essa tecnologia em operações regulares. Segundo o site da própria empresa fornecedora da tecnologia, “os robôs com pernas são feitos para terrenos não estruturados, onde um dispositivo típico com rodas ou esteiras não pode operar com eficiência”.

Produzir veículos terrestres quadrúpedes não tripulados (Q-UGVs) já era uma atividade regular da Ghost Robotics. Porém, uma nova função foi incorporada às habilidades da máquina: "a letalidade". A arma adicionada ao novo "robô-cão" foi personalizada pela especialista em armas pequenas da Sword International e apelidada de SPUR ('Special Purpose Unmanned Rifle' ou “rifle não tripulado de uso especial”).

Com o recurso, o equipamento é uma máquina de matar. Ele possui um zoom óptico de 30 vezes, câmera térmica para mirar no escuro e um alcance efetivo de 1.200 metros. Projetado para alvos de tiro esportivo de longo alcance, o design sobre quatro pés oferece estabilidade e precisão para o disparo, segundo a empresa. Diante desse contexto, analistas dizem que o robô foi construído não apenas para ser um batedor, mas também um atirador de elite pilotado por humanos.

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A novidade foi exibida pela primeira vez na conferência anual de 2021 da Associação do Exército dos Estados Unidos, no início desta semana, realizada em Washington DC. Não está claro ainda se a Sword International ou a Ghost Robotics estão vendendo a combinação de arma e robô. Mas um anúncio no site da Sword afirma: “O SWORD Defense Systems SPUR é o futuro dos sistemas de armas não tripuladas e esse futuro é agora”. Não há definições também sobre quanta munição ela é capaz de conter ou quão difícil pode ser recarregar. Mas, além das novas capacidades, a desenvolvedora também destaca o potencial de “robôs-cachorro” em fornecerem vídeos e fazerem mapeamentos remotos, desarmarem bombas ou detectarem armas feitas com substâncias químicas, biológicas, radiológicas e nucleares. Ou ainda, nesse caso, se tornarem as próprias armas. 

Ao contrário da Ghost Robotics, a Boston Dynamics, maior desenvolvedora de robôs “de quatro patas” do mundo, possui uma política rígida contra o uso de armas em suas máquinas. No ano passado, o robô-cachorro da empresa, chamado de Spot, começou a ser vendido nos EUA por US$ 74,5 mil e um grupo de artistas que critica o uso militar de robôs, instalou uma arma de paintball na máquina como uma forma de performance.

Há algum tempo, os especialistas alertam sobre o uso de “robôs assassinos” (conhecidos como sistemas de armas autônomas letais), mas, na maioria dos países, não há legislação que proíba seu desenvolvimento ou implantação.

Produzir veículos terrestres quadrúpedes não tripulados (Q-UGVs) já era uma atividade regular da Ghost Robotics Foto: Ghost Robotics

Talvez você imagine que está dentro de um episódio de Black Mirror ou vivendo em uma partida de Battlefield, mas "robôs-cachorros" armados agora são uma realidade. Desenvolvido pela empresa norte-americana Ghost Robotics, o equipamento é uma espécie de versão militar dos robôs da Boston Dynamics, que há alguns anos fazem sucesso na internet. Porém, agora as dancinhas e vídeos futuristas foram deixados de lado. O robô da Ghost é equipado com rifles de 6,5 mm e foi apresentado em uma conferência do exército americano, no início da semana.

"Robôs-cachorros" não são novidades nos meios militares, já que no ano passado, o 325º Esquadrão das Forças de Segurança na Base Aérea de Tyndall, na Flórida, tornou-se a primeira unidade do Departamento de Defesa a usar essa tecnologia em operações regulares. Segundo o site da própria empresa fornecedora da tecnologia, “os robôs com pernas são feitos para terrenos não estruturados, onde um dispositivo típico com rodas ou esteiras não pode operar com eficiência”.

Produzir veículos terrestres quadrúpedes não tripulados (Q-UGVs) já era uma atividade regular da Ghost Robotics. Porém, uma nova função foi incorporada às habilidades da máquina: "a letalidade". A arma adicionada ao novo "robô-cão" foi personalizada pela especialista em armas pequenas da Sword International e apelidada de SPUR ('Special Purpose Unmanned Rifle' ou “rifle não tripulado de uso especial”).

Com o recurso, o equipamento é uma máquina de matar. Ele possui um zoom óptico de 30 vezes, câmera térmica para mirar no escuro e um alcance efetivo de 1.200 metros. Projetado para alvos de tiro esportivo de longo alcance, o design sobre quatro pés oferece estabilidade e precisão para o disparo, segundo a empresa. Diante desse contexto, analistas dizem que o robô foi construído não apenas para ser um batedor, mas também um atirador de elite pilotado por humanos.

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A novidade foi exibida pela primeira vez na conferência anual de 2021 da Associação do Exército dos Estados Unidos, no início desta semana, realizada em Washington DC. Não está claro ainda se a Sword International ou a Ghost Robotics estão vendendo a combinação de arma e robô. Mas um anúncio no site da Sword afirma: “O SWORD Defense Systems SPUR é o futuro dos sistemas de armas não tripuladas e esse futuro é agora”. Não há definições também sobre quanta munição ela é capaz de conter ou quão difícil pode ser recarregar. Mas, além das novas capacidades, a desenvolvedora também destaca o potencial de “robôs-cachorro” em fornecerem vídeos e fazerem mapeamentos remotos, desarmarem bombas ou detectarem armas feitas com substâncias químicas, biológicas, radiológicas e nucleares. Ou ainda, nesse caso, se tornarem as próprias armas. 

Ao contrário da Ghost Robotics, a Boston Dynamics, maior desenvolvedora de robôs “de quatro patas” do mundo, possui uma política rígida contra o uso de armas em suas máquinas. No ano passado, o robô-cachorro da empresa, chamado de Spot, começou a ser vendido nos EUA por US$ 74,5 mil e um grupo de artistas que critica o uso militar de robôs, instalou uma arma de paintball na máquina como uma forma de performance.

Há algum tempo, os especialistas alertam sobre o uso de “robôs assassinos” (conhecidos como sistemas de armas autônomas letais), mas, na maioria dos países, não há legislação que proíba seu desenvolvimento ou implantação.

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