Facily demite 200 pessoas quatro meses após se tornar ‘unicórnio’


Quatro meses após atingir avaliação de US$ 1 bilhão, startup faz cortes que incluem desenvolvedores, analistas de produtos e cargos seniores

Por Bruna Arimathea

Atualizado em 20/04 às 16h30 para incluir informações de ex-funcionários

Apenas quatro meses após se tornar “unicórnio” (startup avaliada em US$ 1 bilhão), a Facily, que atua como um hipermercado digital de compras coletivas, fez um grande corte de funcionários nesta terça, 19. Segundo uma lista a qual o Estadão teve acesso, ao menos 84 pessoas foram demitidas. 

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Segundo apurou o Estadão, os cortes aconteceram nas áreas de dados, suporte, produtos, engenharia, pesquisa e atendimento. Alguns cargos listados, ainda, como afetados pela demissão, incluem posições seniores. 

Diego Dzodan é cofundador da Facily, startup de hipermercado digital com compras coletivas Foto: Facily

A lista, divulgada por uma ex-funcionária, conta com 84 nomes, mas o total de funcionários desligados da empresa pode ser ainda maior, pois a inclusão na lista era voluntária. No entanto, de acordo com funcionários dispensados ouvidos pelo Estadão, internamente comenta-se que o corte está entre 300 e 400 colaboradores  - ao menos 150 seriam da área de tecnologia.

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Fontes ainda afirmaram que a meta da empresa era cortar 60% da folha de pagamento, cerca de 50% da força de trabalho da startup. Atualmente, pouco mais de 800 funcionários integravam a Facily. O corte também afetou trabalhadores terceirizados -  fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o número pode passar de mil funcionários demitidos. 

Ao Estadão, a Facily confirmou as demissões, mas disse que não vai comentar sobre o total de funcionários desligados.

A dispensa ocorre menos de quatro meses depois que a startup recebeu um aporte de US$ 135 milhões, em uma extensão da rodada de investimento levantada originalmente em novembro de 2021, quando já havia recebido US$ 250 milhões

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Na época do aporte, o presidente executivo da Facily, Diego Dzodan, contou que os novos recursos financeiros iriam permitir a expansão da operação no Brasil e para outros países da América Latina, como México e Colômbia.

Em nota, a Facily tentou justificar os cortes: “A Facily busca constante evolução e eficiência para melhorar a experiência de todos que fazem parte e interagem com a empresa. Mudanças, inclusive em times, são necessárias para isso”. Internamente, porém, o sentimento é de que houve "má administração" dos aportes recebidos. 

Onda de demissões

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A Facily é o terceiro unicórnio brasileiro a fazer grandes demissões em pouco mais de uma semana. 

O Estadão revelou na semana passada que o QuintoAndar realizou demissões que afetaram diversas áreas da startup, como tecnologia, marketing e recursos humanos.Inicialmente, falava-se internamente que o corte teria atingido 20% do quadro de 4 mil funcionários.

Posteriormente, o QuintoAndar confirmou que demitiu 4% dos funcionários — à época, a companhia também refutou que esteja passando por uma crise e disse que precisou acomodar as seis startups adquiridas nos últimos meses. 

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Nesta segunda, 18, foi a vez da Loft, que demitiu 159 funcionários e remanejou outras 52 pessoas como parte de um plano de consolidação da área de crédito da empresa.

Os cortes parecem sinalizar que há um movimento de desaceleração no ecossistema de startups. Há duas semanas, Masayoshi Son, presidente do SoftBank, um dos maiores investidores de startups no País e investidor do QuintoAndar, disse que conglomerado japonês deve reduzir os investimentos em empresas de tecnologia neste ano devido aos maus resultados das empresas nas quais investe — as informações são do jornal Financial Times.

De acordo com o site The Information, há uma uma onda de cortes também em empresas de tecnologia nos EUA, diante do cenários de juros altos, inflação e guerra na Ucrânia. Segundo o site, 2.000 funcionários foram demitidos nas últimas semanas.  

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Como funciona

Atuando como um hipermercado digital, a Facily vende alimentos e produtos de limpeza e deve expandir para as categorias de moda, decoração e eletrônicos nos próximos meses. Mas, ao contrário de rivais do comércio eletrônico que deixam as encomendas na porta de casa, é o cliente quem vai buscar as compras em pontos de retirada escolhidos pela startup, o que faz diminuir custos de toda a operação ao tirar das ruas centenas de entregadores e frotas de veículos. 

Atualmente, existem 12 mil desses centros de distribuição em 9 cidades do Brasil, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro.

Além disso, a Facily é também um “social commerce”, modelo em que plataformas de comércio eletrônico se inspiram em redes sociais para oferecer interação com os clientes a partir de engajamento. No caso da startup, usuários com interesses comuns em compras juntam-se em grupos para ganhar descontos, similar a sites como Groupon. 

Por fim, ainda buscando reduzir preços, a companhia negocia os itens diretamente com os produtores, pulando intermediários e fornecedores da cadeia de suprimentos.

Reclamações

Em novembro passado, pouco antes de levantar US$ 250 milhões, a Facily firmou um acordo com o Procon-SP para diminuir em até 80% das queixas de clientes registradas contra a startup — até outubro de 2021, mais de 151 mil reclamações foram feitas no site do órgão de defesa do consumidor, com usuários queixando-se de atraso em entregas, pedidos errados, ausência de reembolsos e produtos vencidos e estragados. Em comparação, o ano anterior somou apenas 25 objeções.

Segundo Dzodan, o rápido crescimento da startup em 2021 desorganizou as operações da companhia, que registrou recorde de 7,1 milhões de pedidos feitos em outubro passado.

“Crescemos muito mais rápido do que esperávamos, e isso tomou nossa capacidade de entregas. O aumento no volume de pedidos requer mais parcerias e mais treinamento de pessoas, o que toma tempo para desenvolver”, explica. “A plataforma não estava tão pronta.”

Como parte do acordo com o Procon, que cogitou suspender as operações da empresa, a Facily irá indenizar os consumidores lesados e criar um fundo de R$ 250 milhões para melhorar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da startup. Para cada reclamação não resolvida, a companhia será obrigada a pagar R$ 1 mil a um fundo de defesa do consumidor mantido pelo governo de São Paulo.

“A Facily deverá cumprir todos os pontos estabelecidos no acordo. Caso contrário, iremos aplicar a multa prevista pelo Código de Defesa do Consumidor, que chega a mais de R$ 10 milhões”, afirma em nota Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

Atualizado em 20/04 às 16h30 para incluir informações de ex-funcionários

Apenas quatro meses após se tornar “unicórnio” (startup avaliada em US$ 1 bilhão), a Facily, que atua como um hipermercado digital de compras coletivas, fez um grande corte de funcionários nesta terça, 19. Segundo uma lista a qual o Estadão teve acesso, ao menos 84 pessoas foram demitidas. 

Segundo apurou o Estadão, os cortes aconteceram nas áreas de dados, suporte, produtos, engenharia, pesquisa e atendimento. Alguns cargos listados, ainda, como afetados pela demissão, incluem posições seniores. 

Diego Dzodan é cofundador da Facily, startup de hipermercado digital com compras coletivas Foto: Facily

A lista, divulgada por uma ex-funcionária, conta com 84 nomes, mas o total de funcionários desligados da empresa pode ser ainda maior, pois a inclusão na lista era voluntária. No entanto, de acordo com funcionários dispensados ouvidos pelo Estadão, internamente comenta-se que o corte está entre 300 e 400 colaboradores  - ao menos 150 seriam da área de tecnologia.

Fontes ainda afirmaram que a meta da empresa era cortar 60% da folha de pagamento, cerca de 50% da força de trabalho da startup. Atualmente, pouco mais de 800 funcionários integravam a Facily. O corte também afetou trabalhadores terceirizados -  fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o número pode passar de mil funcionários demitidos. 

Ao Estadão, a Facily confirmou as demissões, mas disse que não vai comentar sobre o total de funcionários desligados.

A dispensa ocorre menos de quatro meses depois que a startup recebeu um aporte de US$ 135 milhões, em uma extensão da rodada de investimento levantada originalmente em novembro de 2021, quando já havia recebido US$ 250 milhões

Na época do aporte, o presidente executivo da Facily, Diego Dzodan, contou que os novos recursos financeiros iriam permitir a expansão da operação no Brasil e para outros países da América Latina, como México e Colômbia.

Em nota, a Facily tentou justificar os cortes: “A Facily busca constante evolução e eficiência para melhorar a experiência de todos que fazem parte e interagem com a empresa. Mudanças, inclusive em times, são necessárias para isso”. Internamente, porém, o sentimento é de que houve "má administração" dos aportes recebidos. 

Onda de demissões

A Facily é o terceiro unicórnio brasileiro a fazer grandes demissões em pouco mais de uma semana. 

O Estadão revelou na semana passada que o QuintoAndar realizou demissões que afetaram diversas áreas da startup, como tecnologia, marketing e recursos humanos.Inicialmente, falava-se internamente que o corte teria atingido 20% do quadro de 4 mil funcionários.

Posteriormente, o QuintoAndar confirmou que demitiu 4% dos funcionários — à época, a companhia também refutou que esteja passando por uma crise e disse que precisou acomodar as seis startups adquiridas nos últimos meses. 

Nesta segunda, 18, foi a vez da Loft, que demitiu 159 funcionários e remanejou outras 52 pessoas como parte de um plano de consolidação da área de crédito da empresa.

Os cortes parecem sinalizar que há um movimento de desaceleração no ecossistema de startups. Há duas semanas, Masayoshi Son, presidente do SoftBank, um dos maiores investidores de startups no País e investidor do QuintoAndar, disse que conglomerado japonês deve reduzir os investimentos em empresas de tecnologia neste ano devido aos maus resultados das empresas nas quais investe — as informações são do jornal Financial Times.

De acordo com o site The Information, há uma uma onda de cortes também em empresas de tecnologia nos EUA, diante do cenários de juros altos, inflação e guerra na Ucrânia. Segundo o site, 2.000 funcionários foram demitidos nas últimas semanas.  

Como funciona

Atuando como um hipermercado digital, a Facily vende alimentos e produtos de limpeza e deve expandir para as categorias de moda, decoração e eletrônicos nos próximos meses. Mas, ao contrário de rivais do comércio eletrônico que deixam as encomendas na porta de casa, é o cliente quem vai buscar as compras em pontos de retirada escolhidos pela startup, o que faz diminuir custos de toda a operação ao tirar das ruas centenas de entregadores e frotas de veículos. 

Atualmente, existem 12 mil desses centros de distribuição em 9 cidades do Brasil, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro.

Além disso, a Facily é também um “social commerce”, modelo em que plataformas de comércio eletrônico se inspiram em redes sociais para oferecer interação com os clientes a partir de engajamento. No caso da startup, usuários com interesses comuns em compras juntam-se em grupos para ganhar descontos, similar a sites como Groupon. 

Por fim, ainda buscando reduzir preços, a companhia negocia os itens diretamente com os produtores, pulando intermediários e fornecedores da cadeia de suprimentos.

Reclamações

Em novembro passado, pouco antes de levantar US$ 250 milhões, a Facily firmou um acordo com o Procon-SP para diminuir em até 80% das queixas de clientes registradas contra a startup — até outubro de 2021, mais de 151 mil reclamações foram feitas no site do órgão de defesa do consumidor, com usuários queixando-se de atraso em entregas, pedidos errados, ausência de reembolsos e produtos vencidos e estragados. Em comparação, o ano anterior somou apenas 25 objeções.

Segundo Dzodan, o rápido crescimento da startup em 2021 desorganizou as operações da companhia, que registrou recorde de 7,1 milhões de pedidos feitos em outubro passado.

“Crescemos muito mais rápido do que esperávamos, e isso tomou nossa capacidade de entregas. O aumento no volume de pedidos requer mais parcerias e mais treinamento de pessoas, o que toma tempo para desenvolver”, explica. “A plataforma não estava tão pronta.”

Como parte do acordo com o Procon, que cogitou suspender as operações da empresa, a Facily irá indenizar os consumidores lesados e criar um fundo de R$ 250 milhões para melhorar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da startup. Para cada reclamação não resolvida, a companhia será obrigada a pagar R$ 1 mil a um fundo de defesa do consumidor mantido pelo governo de São Paulo.

“A Facily deverá cumprir todos os pontos estabelecidos no acordo. Caso contrário, iremos aplicar a multa prevista pelo Código de Defesa do Consumidor, que chega a mais de R$ 10 milhões”, afirma em nota Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

Atualizado em 20/04 às 16h30 para incluir informações de ex-funcionários

Apenas quatro meses após se tornar “unicórnio” (startup avaliada em US$ 1 bilhão), a Facily, que atua como um hipermercado digital de compras coletivas, fez um grande corte de funcionários nesta terça, 19. Segundo uma lista a qual o Estadão teve acesso, ao menos 84 pessoas foram demitidas. 

Segundo apurou o Estadão, os cortes aconteceram nas áreas de dados, suporte, produtos, engenharia, pesquisa e atendimento. Alguns cargos listados, ainda, como afetados pela demissão, incluem posições seniores. 

Diego Dzodan é cofundador da Facily, startup de hipermercado digital com compras coletivas Foto: Facily

A lista, divulgada por uma ex-funcionária, conta com 84 nomes, mas o total de funcionários desligados da empresa pode ser ainda maior, pois a inclusão na lista era voluntária. No entanto, de acordo com funcionários dispensados ouvidos pelo Estadão, internamente comenta-se que o corte está entre 300 e 400 colaboradores  - ao menos 150 seriam da área de tecnologia.

Fontes ainda afirmaram que a meta da empresa era cortar 60% da folha de pagamento, cerca de 50% da força de trabalho da startup. Atualmente, pouco mais de 800 funcionários integravam a Facily. O corte também afetou trabalhadores terceirizados -  fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o número pode passar de mil funcionários demitidos. 

Ao Estadão, a Facily confirmou as demissões, mas disse que não vai comentar sobre o total de funcionários desligados.

A dispensa ocorre menos de quatro meses depois que a startup recebeu um aporte de US$ 135 milhões, em uma extensão da rodada de investimento levantada originalmente em novembro de 2021, quando já havia recebido US$ 250 milhões

Na época do aporte, o presidente executivo da Facily, Diego Dzodan, contou que os novos recursos financeiros iriam permitir a expansão da operação no Brasil e para outros países da América Latina, como México e Colômbia.

Em nota, a Facily tentou justificar os cortes: “A Facily busca constante evolução e eficiência para melhorar a experiência de todos que fazem parte e interagem com a empresa. Mudanças, inclusive em times, são necessárias para isso”. Internamente, porém, o sentimento é de que houve "má administração" dos aportes recebidos. 

Onda de demissões

A Facily é o terceiro unicórnio brasileiro a fazer grandes demissões em pouco mais de uma semana. 

O Estadão revelou na semana passada que o QuintoAndar realizou demissões que afetaram diversas áreas da startup, como tecnologia, marketing e recursos humanos.Inicialmente, falava-se internamente que o corte teria atingido 20% do quadro de 4 mil funcionários.

Posteriormente, o QuintoAndar confirmou que demitiu 4% dos funcionários — à época, a companhia também refutou que esteja passando por uma crise e disse que precisou acomodar as seis startups adquiridas nos últimos meses. 

Nesta segunda, 18, foi a vez da Loft, que demitiu 159 funcionários e remanejou outras 52 pessoas como parte de um plano de consolidação da área de crédito da empresa.

Os cortes parecem sinalizar que há um movimento de desaceleração no ecossistema de startups. Há duas semanas, Masayoshi Son, presidente do SoftBank, um dos maiores investidores de startups no País e investidor do QuintoAndar, disse que conglomerado japonês deve reduzir os investimentos em empresas de tecnologia neste ano devido aos maus resultados das empresas nas quais investe — as informações são do jornal Financial Times.

De acordo com o site The Information, há uma uma onda de cortes também em empresas de tecnologia nos EUA, diante do cenários de juros altos, inflação e guerra na Ucrânia. Segundo o site, 2.000 funcionários foram demitidos nas últimas semanas.  

Como funciona

Atuando como um hipermercado digital, a Facily vende alimentos e produtos de limpeza e deve expandir para as categorias de moda, decoração e eletrônicos nos próximos meses. Mas, ao contrário de rivais do comércio eletrônico que deixam as encomendas na porta de casa, é o cliente quem vai buscar as compras em pontos de retirada escolhidos pela startup, o que faz diminuir custos de toda a operação ao tirar das ruas centenas de entregadores e frotas de veículos. 

Atualmente, existem 12 mil desses centros de distribuição em 9 cidades do Brasil, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro.

Além disso, a Facily é também um “social commerce”, modelo em que plataformas de comércio eletrônico se inspiram em redes sociais para oferecer interação com os clientes a partir de engajamento. No caso da startup, usuários com interesses comuns em compras juntam-se em grupos para ganhar descontos, similar a sites como Groupon. 

Por fim, ainda buscando reduzir preços, a companhia negocia os itens diretamente com os produtores, pulando intermediários e fornecedores da cadeia de suprimentos.

Reclamações

Em novembro passado, pouco antes de levantar US$ 250 milhões, a Facily firmou um acordo com o Procon-SP para diminuir em até 80% das queixas de clientes registradas contra a startup — até outubro de 2021, mais de 151 mil reclamações foram feitas no site do órgão de defesa do consumidor, com usuários queixando-se de atraso em entregas, pedidos errados, ausência de reembolsos e produtos vencidos e estragados. Em comparação, o ano anterior somou apenas 25 objeções.

Segundo Dzodan, o rápido crescimento da startup em 2021 desorganizou as operações da companhia, que registrou recorde de 7,1 milhões de pedidos feitos em outubro passado.

“Crescemos muito mais rápido do que esperávamos, e isso tomou nossa capacidade de entregas. O aumento no volume de pedidos requer mais parcerias e mais treinamento de pessoas, o que toma tempo para desenvolver”, explica. “A plataforma não estava tão pronta.”

Como parte do acordo com o Procon, que cogitou suspender as operações da empresa, a Facily irá indenizar os consumidores lesados e criar um fundo de R$ 250 milhões para melhorar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da startup. Para cada reclamação não resolvida, a companhia será obrigada a pagar R$ 1 mil a um fundo de defesa do consumidor mantido pelo governo de São Paulo.

“A Facily deverá cumprir todos os pontos estabelecidos no acordo. Caso contrário, iremos aplicar a multa prevista pelo Código de Defesa do Consumidor, que chega a mais de R$ 10 milhões”, afirma em nota Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

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