Funcionários do Twitter no Brasil ficam sem direção enquanto assistem às demissões no mundo


Companhia não formalizou demissões no País, mas colaboradores estão sem acesso a sistemas internos e ao computador corporativo

Por Guilherme Guerra
Atualização:

Funcionários do Twitter no Brasil estão sem direção em meio à onda de demissões realizada por Elon Musk nesta sexta-feira, 30. Enquanto assistem a outros colaboradores serem desligados da companhia nos Estados Unidos, os empregados no País passaram a sexta sem acesso aos sistemas internos da companhia, incluindo e-mail corporativo.

“Estamos em um limbo”, afirma em condição de anonimato ao Estadão um funcionário da empresa no Brasil. Equipes inteiras estão sem trabalhar nesta sexta, à espera de mais informações. Segundo outras pessoas contaram à reportagem, informações sobre a situação da companhia têm sido obtidas pela imprensa.

Não é possível dimensionar a parcela das pessoas em suspenso nem as áreas afetadas. Ao todo, segundo apurou o Estadão, há entre 100 e 150 pessoas trabalhando na matriz do Twitter no Brasil, com produto, operação, comunicações, vendas e jurídico — o departamento de tecnologia é alocado nos Estados Unidos.

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O “limbo” não tem previsão de terminar. O último comunicado do Twitter aos funcionários no Brasil foi enviado ao e-mail pessoal dos colaboradores por volta das 4 horas da madrugada desta sexta. O documento, escrito em inglês, afirma que a empresa está “conduzindo uma redução na força de trabalho para melhorar a saúde da companhia”.

“Essas decisões nunca são fáceis e é com grande pesar que informamos a você que seu papel no Twitter foi identificado como potencialmente impacto ou sob risco de redundância”, continua a carta. “Iremos compartilhar mais informações com você assim que possível”.

A empresa afirma que a suspensão das credenciais internas é para proteger as informações confidenciais da companhia. “Essa suspensão não significa que sua empregabilidade foi encerrada”, explica o Twitter.

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Para um ex-funcionário que saiu da empresa antes do início da compra ser anunciada, essa falta de clareza na comunicação “rompe o padrão de comportamento” do Twitter. “Sempre foi uma empresa focada no bem-estar de seus funcionários”, continua. “Esse e-mail é de uma frieza cruel”, critica. Outro funcionário classificou o processo como “tortura”.

Elon Musk tornou-se dono do Twitter em 27 de outubro, após seis meses de negociação em uma compra avaliada em US$ 44 bilhões Foto: Patrick Pleu/AP

Clima de despedida

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Internamente, os funcionários já contam que estão demitidos ao verem que a sede nos Estados Unidos extinguiu departamentos inteiros, como o time de curadoria de conteúdo, responsável por elaborar os “Moments”, onde um assunto é dissecado a partir de tuítes de terceiros.

Nas redes sociais, funcionários agradecem pelo tempo juntos, com as hashtags #OneTeam (Um time, em tradução livre) e #LoveWhoYouWorkWith (ame com quem você trabalha). Ainda assim, nas mensagens, não é informado o desligamento oficial.

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A falta de clareza por parte da direção pode ter motivo: a legislação trabalhista brasileira exige indenizações para as demissões, ao contrário das leis nos Estados Unidos. Por isso, funcionários acreditam que os cortes aqui devem demorar para serem oficializados.

Procurado pelo Estadão, o Twitter não atendeu aos pedidos de comentário.

O clima está horrível desde o início dessa aquisição

Funcionário do Twitter Brasil

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Demissões quebram histórico ‘acolhedor’ do Twitter

Funcionários e ex-funcionários se queixam pela maneira que a nova gestão vem tratando os funcionários. Desde a aquisição do Twitter na semana passada, Musk não se comunicou internamente com os colaboradores — apenas por tuítes públicos.

“O clima na empresa está horrível desde o início dessa aquisição”, disse ao Estadão um funcionário que aguarda um posicionamento da empresa. Nos últimos meses, relata, pessoas se demitiram e outras começaram a buscar emprego em outras companhias.

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Outra pessoa conta que a situação se tornou “pesada” quando foi veiculado que Musk pretendia demitir até 75% da força de trabalho do Twitter. “Muita gente ficou triste e assustada”, complementa.

Funcionários do Twitter no Brasil estão sem direção em meio à onda de demissões realizada por Elon Musk nesta sexta-feira, 30. Enquanto assistem a outros colaboradores serem desligados da companhia nos Estados Unidos, os empregados no País passaram a sexta sem acesso aos sistemas internos da companhia, incluindo e-mail corporativo.

“Estamos em um limbo”, afirma em condição de anonimato ao Estadão um funcionário da empresa no Brasil. Equipes inteiras estão sem trabalhar nesta sexta, à espera de mais informações. Segundo outras pessoas contaram à reportagem, informações sobre a situação da companhia têm sido obtidas pela imprensa.

Não é possível dimensionar a parcela das pessoas em suspenso nem as áreas afetadas. Ao todo, segundo apurou o Estadão, há entre 100 e 150 pessoas trabalhando na matriz do Twitter no Brasil, com produto, operação, comunicações, vendas e jurídico — o departamento de tecnologia é alocado nos Estados Unidos.

O “limbo” não tem previsão de terminar. O último comunicado do Twitter aos funcionários no Brasil foi enviado ao e-mail pessoal dos colaboradores por volta das 4 horas da madrugada desta sexta. O documento, escrito em inglês, afirma que a empresa está “conduzindo uma redução na força de trabalho para melhorar a saúde da companhia”.

“Essas decisões nunca são fáceis e é com grande pesar que informamos a você que seu papel no Twitter foi identificado como potencialmente impacto ou sob risco de redundância”, continua a carta. “Iremos compartilhar mais informações com você assim que possível”.

A empresa afirma que a suspensão das credenciais internas é para proteger as informações confidenciais da companhia. “Essa suspensão não significa que sua empregabilidade foi encerrada”, explica o Twitter.

Para um ex-funcionário que saiu da empresa antes do início da compra ser anunciada, essa falta de clareza na comunicação “rompe o padrão de comportamento” do Twitter. “Sempre foi uma empresa focada no bem-estar de seus funcionários”, continua. “Esse e-mail é de uma frieza cruel”, critica. Outro funcionário classificou o processo como “tortura”.

Elon Musk tornou-se dono do Twitter em 27 de outubro, após seis meses de negociação em uma compra avaliada em US$ 44 bilhões Foto: Patrick Pleu/AP

Clima de despedida

Internamente, os funcionários já contam que estão demitidos ao verem que a sede nos Estados Unidos extinguiu departamentos inteiros, como o time de curadoria de conteúdo, responsável por elaborar os “Moments”, onde um assunto é dissecado a partir de tuítes de terceiros.

Nas redes sociais, funcionários agradecem pelo tempo juntos, com as hashtags #OneTeam (Um time, em tradução livre) e #LoveWhoYouWorkWith (ame com quem você trabalha). Ainda assim, nas mensagens, não é informado o desligamento oficial.

A falta de clareza por parte da direção pode ter motivo: a legislação trabalhista brasileira exige indenizações para as demissões, ao contrário das leis nos Estados Unidos. Por isso, funcionários acreditam que os cortes aqui devem demorar para serem oficializados.

Procurado pelo Estadão, o Twitter não atendeu aos pedidos de comentário.

O clima está horrível desde o início dessa aquisição

Funcionário do Twitter Brasil

Demissões quebram histórico ‘acolhedor’ do Twitter

Funcionários e ex-funcionários se queixam pela maneira que a nova gestão vem tratando os funcionários. Desde a aquisição do Twitter na semana passada, Musk não se comunicou internamente com os colaboradores — apenas por tuítes públicos.

“O clima na empresa está horrível desde o início dessa aquisição”, disse ao Estadão um funcionário que aguarda um posicionamento da empresa. Nos últimos meses, relata, pessoas se demitiram e outras começaram a buscar emprego em outras companhias.

Outra pessoa conta que a situação se tornou “pesada” quando foi veiculado que Musk pretendia demitir até 75% da força de trabalho do Twitter. “Muita gente ficou triste e assustada”, complementa.

Funcionários do Twitter no Brasil estão sem direção em meio à onda de demissões realizada por Elon Musk nesta sexta-feira, 30. Enquanto assistem a outros colaboradores serem desligados da companhia nos Estados Unidos, os empregados no País passaram a sexta sem acesso aos sistemas internos da companhia, incluindo e-mail corporativo.

“Estamos em um limbo”, afirma em condição de anonimato ao Estadão um funcionário da empresa no Brasil. Equipes inteiras estão sem trabalhar nesta sexta, à espera de mais informações. Segundo outras pessoas contaram à reportagem, informações sobre a situação da companhia têm sido obtidas pela imprensa.

Não é possível dimensionar a parcela das pessoas em suspenso nem as áreas afetadas. Ao todo, segundo apurou o Estadão, há entre 100 e 150 pessoas trabalhando na matriz do Twitter no Brasil, com produto, operação, comunicações, vendas e jurídico — o departamento de tecnologia é alocado nos Estados Unidos.

O “limbo” não tem previsão de terminar. O último comunicado do Twitter aos funcionários no Brasil foi enviado ao e-mail pessoal dos colaboradores por volta das 4 horas da madrugada desta sexta. O documento, escrito em inglês, afirma que a empresa está “conduzindo uma redução na força de trabalho para melhorar a saúde da companhia”.

“Essas decisões nunca são fáceis e é com grande pesar que informamos a você que seu papel no Twitter foi identificado como potencialmente impacto ou sob risco de redundância”, continua a carta. “Iremos compartilhar mais informações com você assim que possível”.

A empresa afirma que a suspensão das credenciais internas é para proteger as informações confidenciais da companhia. “Essa suspensão não significa que sua empregabilidade foi encerrada”, explica o Twitter.

Para um ex-funcionário que saiu da empresa antes do início da compra ser anunciada, essa falta de clareza na comunicação “rompe o padrão de comportamento” do Twitter. “Sempre foi uma empresa focada no bem-estar de seus funcionários”, continua. “Esse e-mail é de uma frieza cruel”, critica. Outro funcionário classificou o processo como “tortura”.

Elon Musk tornou-se dono do Twitter em 27 de outubro, após seis meses de negociação em uma compra avaliada em US$ 44 bilhões Foto: Patrick Pleu/AP

Clima de despedida

Internamente, os funcionários já contam que estão demitidos ao verem que a sede nos Estados Unidos extinguiu departamentos inteiros, como o time de curadoria de conteúdo, responsável por elaborar os “Moments”, onde um assunto é dissecado a partir de tuítes de terceiros.

Nas redes sociais, funcionários agradecem pelo tempo juntos, com as hashtags #OneTeam (Um time, em tradução livre) e #LoveWhoYouWorkWith (ame com quem você trabalha). Ainda assim, nas mensagens, não é informado o desligamento oficial.

A falta de clareza por parte da direção pode ter motivo: a legislação trabalhista brasileira exige indenizações para as demissões, ao contrário das leis nos Estados Unidos. Por isso, funcionários acreditam que os cortes aqui devem demorar para serem oficializados.

Procurado pelo Estadão, o Twitter não atendeu aos pedidos de comentário.

O clima está horrível desde o início dessa aquisição

Funcionário do Twitter Brasil

Demissões quebram histórico ‘acolhedor’ do Twitter

Funcionários e ex-funcionários se queixam pela maneira que a nova gestão vem tratando os funcionários. Desde a aquisição do Twitter na semana passada, Musk não se comunicou internamente com os colaboradores — apenas por tuítes públicos.

“O clima na empresa está horrível desde o início dessa aquisição”, disse ao Estadão um funcionário que aguarda um posicionamento da empresa. Nos últimos meses, relata, pessoas se demitiram e outras começaram a buscar emprego em outras companhias.

Outra pessoa conta que a situação se tornou “pesada” quando foi veiculado que Musk pretendia demitir até 75% da força de trabalho do Twitter. “Muita gente ficou triste e assustada”, complementa.

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