O Google anuncia nesta quinta, 9, que vai fazer um investimento de US$ 1,2 bilhão nos próximos cinco anos para o desenvolvimento econômico da América Latina - o plano foi revelado pelo CEO Sundar Pichai durante a Cúpula das Américas, realizada esta semana em Los Angeles, nos Estados Unidos. O investimento será apoiado em quatro frentes: infraestrutura digital, capacitação em habilidades digitais, empreendedorismo e comunidades inclusivas e sustentáveis.
"Muitas comunidades na América Latina foram duramente atingidas pela pandemia e reduzir a desigualdade digital será essencial para garantir uma retomada inclusiva, disse Pichai.
Na parte da infraestrutura, o Google diz que seu esforço inclui a implementação em 2023 do cabo submarino Firmina, que vai conectar EUA, Brasil, Uruguai e Argentina por meio do oceano Atlântico. Nessa frente, a empresa espera aumentar o número de engenheiros no Brasil, com foco em segurança e privacidade. No mês passado, Pichai afirmou ao Estadão que o Brasil está entre as prioridades da empresa no combate à desinformação.
Na parte de carreiras digitais, a companhia afirmou que vai disponibilizar 1 milhão de bolsas entre 2023 e 2026 para cursos em competências com demandas altas por profissionais, como ocorre em tecnologia.
Já o braço filantrópico do Google deverá disponibilizar US$ 300 milhões para organizações que levam a transformação digital para comunidades marginalizadas. No Brasil, o Instituto Rede Mulher Empreendedora já foi apoiado pela empresa. O aporte será dividido em duas partes: US$ 50 milhões em investimentos diretos e US$ 250 milhões em créditos de publicidade.
Por fim, Pichai reforçou o compromisso com o Google for Startups, mesmo sem dar detalhes de investimentos no setor. O braço da empresa voltado para empresas novatas de tecnologia anunciou investimento no Brasil de R$ 8,5 milhões dividido em 18 meses para o Black Founders Fund, programa voltado para empreendedores pretos. Já passaram pelo programa de aceleração da gigante nomes como Nubank, Loggi e Idwall.