THE NEW YORK TIMES - O Google demitiu centenas de funcionários em várias divisões na noite de quarta-feira, 10, buscando reduzir as despesas à medida que se concentra em produtos de inteligência artificial (IA) e se junta a uma onda de outras empresas que estão cortando empregos em tecnologia este ano, de acordo com o jornal americano The New York Times.
A empresa do Vale do Silício demitiu funcionários de sua principal divisão de engenharia, bem como aqueles que trabalhavam no Google Assistant, um assistente virtual operado por voz, e na divisão de hardware que fabrica o telefone Pixel, os relógios Fitbit e o caixinha conectada Nest, disseram três pessoas com conhecimento dos cortes.
Várias centenas de funcionários da organização principal de engenharia da empresa perderam o acesso corporativo e receberam avisos de que suas funções foram eliminadas, disseram duas das pessoas ouvidas pelo jornal e familiarizadas com os assuntos.
“Tivemos que tomar algumas decisões difíceis sobre o emprego contínuo de alguns funcionários do Google e lamentamos informar que sua posição está sendo eliminada”, disse a empresa a alguns funcionários da divisão, de acordo com o texto analisado pelo The New York Times.
O Google confirmou os cortes no Assistant, relatados anteriormente pelo site Semafor, e as demissões de hardware, relatadas anteriormente pelo blog 9to5Google, mas não informou quantos funcionários foram demitidos.
“Estamos investindo de forma responsável nas maiores prioridades da nossa empresa e nas oportunidades significativas que temos pela frente”, disse um porta-voz do Google em um comunicado. Após cortes ao longo do segundo semestre de 2023, “algumas equipes continuam a fazer esses tipos de mudanças organizacionais, que incluem algumas eliminações de funções globalmente”.
Os cortes dão continuidade a uma tendência de demissões no setor de tecnologia, depois que grandes empresas como Google, Meta e Amazon demitiram milhares de funcionários no ano passado. Dez dias após o início deste ano, mais empresas anunciaram cortes de empregos. Na quarta-feira, 10, a Amazon demitiu centenas de funcionários de seu serviço de streaming Twitch, do Prime Video e dos estúdios MGM. A Xerox disse este mês que cortaria 15% de sua equipe de 23 mil pessoas, e o fornecedor de software de videogame Unity Software disse que eliminaria 1,8 mil funções, ou 25% de sua força de trabalho.
No Google, o CEO Sundar Pichai tem pressionado a empresa desde julho de 2022 para aprimorar seu foco e reduzir despesas à medida que as condições econômicas globais se deterioram. Em janeiro de 2023, o Google demitiu 6% de sua força de trabalho, ou 12 mil pessoas, nas maiores demissões já realizadas pela empresa. Desde então, os executivos da empresa disseram que tentariam reduzir significativamente os custos, já que se concentram no crescente campo da inteligência artificial generativa.
O Google, que tinha 182 mil funcionários em 30 de setembro, disse que as demissões na quarta-feira faziam parte de um conjunto de reorganizações que foram feitas no curso normal dos negócios.
O Sindicato dos Trabalhadores da Alphabet, um grupo que representa mais de 1,4 mil trabalhadores da empresa controladora do Google, a Alphabet, descreveu as demissões como “desnecessárias”.
“Nossos membros e colegas de equipe trabalham duro todos os dias para criar produtos excelentes para nossos usuários, e a empresa não pode continuar a demitir nossos colegas de trabalho enquanto ganha bilhões a cada trimestre”, disse o grupo em uma publicação no X.
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