Falha de segurança no Facebook atinge 50 milhões de usuários


Rede social confirmou que incidente de segurança aconteceu devido a vulnerabilidade da própria plataforma; mais de 90 milhões de usuários foram deslogados da rede social nesta sexta, como medida de segurança

Por Mariana Lima, Bruno Capelas e Giovanna Wolf Tadini
Mark Zuckerberg é o presidente do Facebook Foto: REUTERS/Leah Millis

O Facebook revelou nesta sexta-feira, 28, a descoberta de uma falha de segurança que afetou 50 milhões de usuários no mundo todo. Em comunicado, o presidente executivo da rede social, Mark Zuckerberg, declarou que os invasores conseguiam ter acesso às contas, mas que ainda não há evidências se dados dos usuários foram coletados. Ainda sob investigação, o incidente aumenta a pressão sob o Facebook, que vive em 2018 uma de suas piores crises, após o caso Cambridge Analytica. 

Segundo a empresa, a falha ocorreu dentro da função “Ver Como”, que permite aos usuários visualizarem como seus perfis são vistos por quem não é seu amigo na rede social. “Os invasores conseguiram acesso aos perfis dos usuários da mesma forma que os proprietários das contas”, explica Dmitry Bestuzhev, diretor de pesquisa da empresa de segurança Kaspersky na América Latina. 

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Segundo Guy Rosen, vice-presidente de produto da rede social, isso inclui não só o acesso à rede social, mas também a qualquer programa ou serviço que use o Facebook como sistema para login. Em conferência com jornalistas, ele disse que ainda não há detalhes sobre a identidade ou origem dos invasores, nem se o ataque tinha alvos determinados. 

Como medida preventiva, a empresa desligou o acesso dos 50 milhões de usuários afetados, bem como de outros 40 milhões de pessoas que usaram o “Ver Como” no último ano. A rede social disse que já corrigiu a falha e notificou as autoridades competentes nos EUA e na Europa. Além disso, a rede prometeu enviar avisos aos usuários que foram afetados – entre eles, estão Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg, diretora de negócios do Facebook, reportou o jornal The New York Times. 

Impacto. Por causa da divulgação do ataque, as ações do Facebook caíram 2,59% na bolsa Nasdaq ontem, encerrando o dia a US$ 164,46. É um impacto financeiro menor do que o sentido pela rede social em março, quando os jornais The New York Times e The Observer revelaram que a consultoria política Cambridge Analytica usou indevidamente dados 87 milhões de usuários da rede social. Na época, a queda foi de 6,7% na bolsa. 

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Nos meses seguintes, o caso levou Mark Zuckerberg a depor no Congresso americano e fez a empresa rever suas políticas de privacidade, reduzindo previsões de lucro. O Facebook chegou a perder US$ 119 bilhões em valor de mercado em um único dia. Além disso, a empresa também lida com problemas como a disseminação de notícias falsas e a influência russa na plataforma. 

A história do Facebook em 30 fotos

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Para especialistas ouvidos pelo Estado, a falha de segurança causa menor impacto que o escândalo anterior. “Antes, houve um rompimento de um acordo. O que aconteceu agora foi um ataque”, diz Eduardo Magrani, pesquisador do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio). “Empresas de tecnologia são alvos constantes desses ataques.” 

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Além disso, a postura proativa do Facebook ao divulgar o ataque pode ter contido danos. “Usuários e investidores veem isso com bons olhos”, explica Francisco Brito Cruz, diretor do centro de pesquisa InternetLab. 

O incidente, no entanto, ainda terá desdobramentos: horas após o Facebook divulgar a falha, dois usuários entraram na Justiça da Califórnia contra a empresa. Políticos e reguladores também pediram explicações à companhia. “Falhas não só violam nossa privacidade, mas criam riscos à economia e à segurança nacional”, disse Rohit Chopra, comissário do órgão regulador do comércio americano (FTC). 

A pressão sobre a rede também aumenta ao se considerar que hoje o Facebook não tem um diretor de segurança – Alex Stamos, o último a ocupar o cargo, deixou a empresa em 17 de agosto para se tornar pesquisador da Universidade de Stanford. Antes de sair, ele publicou uma carta pedindo que a rede colete menos dados de seus usuários. Além disso, a empresa ainda está enfrentando outro tipo de problemas: nesta sexta-feira, 28, diversos usuários e jornalistas relataram, em redes sociais, que estão tendo problemas para compartilhar algumas matérias sobre a falha de segurança.

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Entenda o escândalo do uso de dados do Facebook pela Cambridge Analytica

1 | 23

16 de março

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2 | 23

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Mark Zuckerberg é o presidente do Facebook Foto: REUTERS/Leah Millis

O Facebook revelou nesta sexta-feira, 28, a descoberta de uma falha de segurança que afetou 50 milhões de usuários no mundo todo. Em comunicado, o presidente executivo da rede social, Mark Zuckerberg, declarou que os invasores conseguiam ter acesso às contas, mas que ainda não há evidências se dados dos usuários foram coletados. Ainda sob investigação, o incidente aumenta a pressão sob o Facebook, que vive em 2018 uma de suas piores crises, após o caso Cambridge Analytica. 

Segundo a empresa, a falha ocorreu dentro da função “Ver Como”, que permite aos usuários visualizarem como seus perfis são vistos por quem não é seu amigo na rede social. “Os invasores conseguiram acesso aos perfis dos usuários da mesma forma que os proprietários das contas”, explica Dmitry Bestuzhev, diretor de pesquisa da empresa de segurança Kaspersky na América Latina. 

Segundo Guy Rosen, vice-presidente de produto da rede social, isso inclui não só o acesso à rede social, mas também a qualquer programa ou serviço que use o Facebook como sistema para login. Em conferência com jornalistas, ele disse que ainda não há detalhes sobre a identidade ou origem dos invasores, nem se o ataque tinha alvos determinados. 

Como medida preventiva, a empresa desligou o acesso dos 50 milhões de usuários afetados, bem como de outros 40 milhões de pessoas que usaram o “Ver Como” no último ano. A rede social disse que já corrigiu a falha e notificou as autoridades competentes nos EUA e na Europa. Além disso, a rede prometeu enviar avisos aos usuários que foram afetados – entre eles, estão Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg, diretora de negócios do Facebook, reportou o jornal The New York Times. 

Impacto. Por causa da divulgação do ataque, as ações do Facebook caíram 2,59% na bolsa Nasdaq ontem, encerrando o dia a US$ 164,46. É um impacto financeiro menor do que o sentido pela rede social em março, quando os jornais The New York Times e The Observer revelaram que a consultoria política Cambridge Analytica usou indevidamente dados 87 milhões de usuários da rede social. Na época, a queda foi de 6,7% na bolsa. 

Nos meses seguintes, o caso levou Mark Zuckerberg a depor no Congresso americano e fez a empresa rever suas políticas de privacidade, reduzindo previsões de lucro. O Facebook chegou a perder US$ 119 bilhões em valor de mercado em um único dia. Além disso, a empresa também lida com problemas como a disseminação de notícias falsas e a influência russa na plataforma. 

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Além disso, a postura proativa do Facebook ao divulgar o ataque pode ter contido danos. “Usuários e investidores veem isso com bons olhos”, explica Francisco Brito Cruz, diretor do centro de pesquisa InternetLab. 

O incidente, no entanto, ainda terá desdobramentos: horas após o Facebook divulgar a falha, dois usuários entraram na Justiça da Califórnia contra a empresa. Políticos e reguladores também pediram explicações à companhia. “Falhas não só violam nossa privacidade, mas criam riscos à economia e à segurança nacional”, disse Rohit Chopra, comissário do órgão regulador do comércio americano (FTC). 

A pressão sobre a rede também aumenta ao se considerar que hoje o Facebook não tem um diretor de segurança – Alex Stamos, o último a ocupar o cargo, deixou a empresa em 17 de agosto para se tornar pesquisador da Universidade de Stanford. Antes de sair, ele publicou uma carta pedindo que a rede colete menos dados de seus usuários. Além disso, a empresa ainda está enfrentando outro tipo de problemas: nesta sexta-feira, 28, diversos usuários e jornalistas relataram, em redes sociais, que estão tendo problemas para compartilhar algumas matérias sobre a falha de segurança.

Entenda o escândalo do uso de dados do Facebook pela Cambridge Analytica

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16 de março

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O Facebook revelou nesta sexta-feira, 28, a descoberta de uma falha de segurança que afetou 50 milhões de usuários no mundo todo. Em comunicado, o presidente executivo da rede social, Mark Zuckerberg, declarou que os invasores conseguiam ter acesso às contas, mas que ainda não há evidências se dados dos usuários foram coletados. Ainda sob investigação, o incidente aumenta a pressão sob o Facebook, que vive em 2018 uma de suas piores crises, após o caso Cambridge Analytica. 

Segundo a empresa, a falha ocorreu dentro da função “Ver Como”, que permite aos usuários visualizarem como seus perfis são vistos por quem não é seu amigo na rede social. “Os invasores conseguiram acesso aos perfis dos usuários da mesma forma que os proprietários das contas”, explica Dmitry Bestuzhev, diretor de pesquisa da empresa de segurança Kaspersky na América Latina. 

Segundo Guy Rosen, vice-presidente de produto da rede social, isso inclui não só o acesso à rede social, mas também a qualquer programa ou serviço que use o Facebook como sistema para login. Em conferência com jornalistas, ele disse que ainda não há detalhes sobre a identidade ou origem dos invasores, nem se o ataque tinha alvos determinados. 

Como medida preventiva, a empresa desligou o acesso dos 50 milhões de usuários afetados, bem como de outros 40 milhões de pessoas que usaram o “Ver Como” no último ano. A rede social disse que já corrigiu a falha e notificou as autoridades competentes nos EUA e na Europa. Além disso, a rede prometeu enviar avisos aos usuários que foram afetados – entre eles, estão Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg, diretora de negócios do Facebook, reportou o jornal The New York Times. 

Impacto. Por causa da divulgação do ataque, as ações do Facebook caíram 2,59% na bolsa Nasdaq ontem, encerrando o dia a US$ 164,46. É um impacto financeiro menor do que o sentido pela rede social em março, quando os jornais The New York Times e The Observer revelaram que a consultoria política Cambridge Analytica usou indevidamente dados 87 milhões de usuários da rede social. Na época, a queda foi de 6,7% na bolsa. 

Nos meses seguintes, o caso levou Mark Zuckerberg a depor no Congresso americano e fez a empresa rever suas políticas de privacidade, reduzindo previsões de lucro. O Facebook chegou a perder US$ 119 bilhões em valor de mercado em um único dia. Além disso, a empresa também lida com problemas como a disseminação de notícias falsas e a influência russa na plataforma. 

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Além disso, a postura proativa do Facebook ao divulgar o ataque pode ter contido danos. “Usuários e investidores veem isso com bons olhos”, explica Francisco Brito Cruz, diretor do centro de pesquisa InternetLab. 

O incidente, no entanto, ainda terá desdobramentos: horas após o Facebook divulgar a falha, dois usuários entraram na Justiça da Califórnia contra a empresa. Políticos e reguladores também pediram explicações à companhia. “Falhas não só violam nossa privacidade, mas criam riscos à economia e à segurança nacional”, disse Rohit Chopra, comissário do órgão regulador do comércio americano (FTC). 

A pressão sobre a rede também aumenta ao se considerar que hoje o Facebook não tem um diretor de segurança – Alex Stamos, o último a ocupar o cargo, deixou a empresa em 17 de agosto para se tornar pesquisador da Universidade de Stanford. Antes de sair, ele publicou uma carta pedindo que a rede colete menos dados de seus usuários. Além disso, a empresa ainda está enfrentando outro tipo de problemas: nesta sexta-feira, 28, diversos usuários e jornalistas relataram, em redes sociais, que estão tendo problemas para compartilhar algumas matérias sobre a falha de segurança.

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Segundo a empresa, a falha ocorreu dentro da função “Ver Como”, que permite aos usuários visualizarem como seus perfis são vistos por quem não é seu amigo na rede social. “Os invasores conseguiram acesso aos perfis dos usuários da mesma forma que os proprietários das contas”, explica Dmitry Bestuzhev, diretor de pesquisa da empresa de segurança Kaspersky na América Latina. 

Segundo Guy Rosen, vice-presidente de produto da rede social, isso inclui não só o acesso à rede social, mas também a qualquer programa ou serviço que use o Facebook como sistema para login. Em conferência com jornalistas, ele disse que ainda não há detalhes sobre a identidade ou origem dos invasores, nem se o ataque tinha alvos determinados. 

Como medida preventiva, a empresa desligou o acesso dos 50 milhões de usuários afetados, bem como de outros 40 milhões de pessoas que usaram o “Ver Como” no último ano. A rede social disse que já corrigiu a falha e notificou as autoridades competentes nos EUA e na Europa. Além disso, a rede prometeu enviar avisos aos usuários que foram afetados – entre eles, estão Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg, diretora de negócios do Facebook, reportou o jornal The New York Times. 

Impacto. Por causa da divulgação do ataque, as ações do Facebook caíram 2,59% na bolsa Nasdaq ontem, encerrando o dia a US$ 164,46. É um impacto financeiro menor do que o sentido pela rede social em março, quando os jornais The New York Times e The Observer revelaram que a consultoria política Cambridge Analytica usou indevidamente dados 87 milhões de usuários da rede social. Na época, a queda foi de 6,7% na bolsa. 

Nos meses seguintes, o caso levou Mark Zuckerberg a depor no Congresso americano e fez a empresa rever suas políticas de privacidade, reduzindo previsões de lucro. O Facebook chegou a perder US$ 119 bilhões em valor de mercado em um único dia. Além disso, a empresa também lida com problemas como a disseminação de notícias falsas e a influência russa na plataforma. 

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Além disso, a postura proativa do Facebook ao divulgar o ataque pode ter contido danos. “Usuários e investidores veem isso com bons olhos”, explica Francisco Brito Cruz, diretor do centro de pesquisa InternetLab. 

O incidente, no entanto, ainda terá desdobramentos: horas após o Facebook divulgar a falha, dois usuários entraram na Justiça da Califórnia contra a empresa. Políticos e reguladores também pediram explicações à companhia. “Falhas não só violam nossa privacidade, mas criam riscos à economia e à segurança nacional”, disse Rohit Chopra, comissário do órgão regulador do comércio americano (FTC). 

A pressão sobre a rede também aumenta ao se considerar que hoje o Facebook não tem um diretor de segurança – Alex Stamos, o último a ocupar o cargo, deixou a empresa em 17 de agosto para se tornar pesquisador da Universidade de Stanford. Antes de sair, ele publicou uma carta pedindo que a rede colete menos dados de seus usuários. Além disso, a empresa ainda está enfrentando outro tipo de problemas: nesta sexta-feira, 28, diversos usuários e jornalistas relataram, em redes sociais, que estão tendo problemas para compartilhar algumas matérias sobre a falha de segurança.

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