Imagens de violência tomam conta do X, ex-Twitter, em meio ao conflito em Israel


Rede social viu aumento de conteúdos explícitos do conflito nos últimos dias

Por Bruna Arimathea
Atualização:

Publicações com imagens e vídeos de violência explícita inundaram o X, ex-Twitter, depois que o grupo terrorista Hamas iniciou ataques com bombas em Israel no sábado, 7. Os conteúdos mostravam corpos de civis israelenses e palestinos que foram feridos nos ataques e viralizaram sem que a rede social derrubasse ou moderasse as publicações sensíveis.

Um desses vídeos, que mostrava o sequestro de soldados israelenses, por exemplo, foi visto centenas de milhares de vezes na manhã de sábado. O jornal americano The New York Times encontrou centenas de contas no X que compartilhavam imagens de cadáveres, alegando serem de civis israelenses mortos nas primeiras horas do conflito.

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O Estadão também encontrou vídeos de sequestros de civis israelenses pelo Hamas. Uma das publicações mostra uma mulher com ferimentos nos braços e pernas sendo colocada com violência em um carro com terroristas.

As imagens contribuíram para alimentar e espalhar desinformação pela plataforma. Abaixo de alguns dos vídeos e imagens postados no X, as pessoas advertiram que eles poderiam ser espalhados como parte de uma campanha para alimentar o medo entre os israelenses. Algumas das contas alegavam estar trabalhando em nome do Hamas.

A violência que circula na rede levou israelenses a espalhar um alerta pelo WhatsApp, recomendando que amigos e familiares não abrissem o X para não ver publicações sobre o conflito — o app frequentemente reproduz vídeos automaticamente sem aviso. “Não olhe, você pode ver alguém que você conhece”, escreveu uma pessoa em um grupo do WhatsApp dedicado a um bairro do sul de Tel Aviv, capital de Israel.

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Posicionamento

O X publicou nesta segunda-feira 9, novas diretrizes para o compartilhamento de conteúdo que envolvem o conflito em Israel. De acordo com a empresa, houve um aumento na atividade da rede social por usuários que estão nas áreas do ataque, além de um crescimento nas publicações sobre o assunto.

“Nossas equipes de escalonamento tomaram medidas contra dezenas de milhares de publicações por compartilharem mídia gráfica, discurso violento e conduta odiosa. Também continuamos a monitorar proativamente o discurso antissemita como parte de todos os nossos esforços. Além disso, tomamos medidas para remover centenas de contas que tentavam manipular tópicos de tendências”, aponta a companhia.

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A rede social também disse, em uma publicação, que apesar de alguns conteúdos serem “incrivelmente difíceis de se ver”, existe interesse público do assunto em entender o que está acontecendo em tempo real. Ainda assim, o X afirmou que está tomando medidas para remover contas ligadas ao Hamas.

Histórico

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Há um longo histórico de desinformação sendo compartilhada entre grupos israelenses e palestinos, com falsas alegações e teorias da conspiração surgindo durante momentos de maior violência na região. Desde que Elon Musk assumiu a plataforma há um ano, muitas equipes de moderação de conteúdo que antes removiam imagens violentas da plataforma foram demitidas, causando um esvaziamento na área.

O X não respondeu a um pedido de comentário sobre se estava trabalhando para remover as imagens.

Desde a última quarta-feira, 4, os conteúdos que possuem link de redirecionamento para sites e portais fora da plataforma são ilustrados apenas por fotos, com o endereço da web “escondido” na imagem. A medida tende a prejudicar sites de notícias na divulgação de links e matérias que não estão na plataforma. As publicações também não mostram mais um título ou prévia de conteúdo escrito relacionado ao link. Assim, quando um usuário posta apenas uma URL, somente a imagem anexada ao endereço pode ser visualizada./COM NYT

Publicações com imagens e vídeos de violência explícita inundaram o X, ex-Twitter, depois que o grupo terrorista Hamas iniciou ataques com bombas em Israel no sábado, 7. Os conteúdos mostravam corpos de civis israelenses e palestinos que foram feridos nos ataques e viralizaram sem que a rede social derrubasse ou moderasse as publicações sensíveis.

Um desses vídeos, que mostrava o sequestro de soldados israelenses, por exemplo, foi visto centenas de milhares de vezes na manhã de sábado. O jornal americano The New York Times encontrou centenas de contas no X que compartilhavam imagens de cadáveres, alegando serem de civis israelenses mortos nas primeiras horas do conflito.

O Estadão também encontrou vídeos de sequestros de civis israelenses pelo Hamas. Uma das publicações mostra uma mulher com ferimentos nos braços e pernas sendo colocada com violência em um carro com terroristas.

As imagens contribuíram para alimentar e espalhar desinformação pela plataforma. Abaixo de alguns dos vídeos e imagens postados no X, as pessoas advertiram que eles poderiam ser espalhados como parte de uma campanha para alimentar o medo entre os israelenses. Algumas das contas alegavam estar trabalhando em nome do Hamas.

A violência que circula na rede levou israelenses a espalhar um alerta pelo WhatsApp, recomendando que amigos e familiares não abrissem o X para não ver publicações sobre o conflito — o app frequentemente reproduz vídeos automaticamente sem aviso. “Não olhe, você pode ver alguém que você conhece”, escreveu uma pessoa em um grupo do WhatsApp dedicado a um bairro do sul de Tel Aviv, capital de Israel.

Posicionamento

O X publicou nesta segunda-feira 9, novas diretrizes para o compartilhamento de conteúdo que envolvem o conflito em Israel. De acordo com a empresa, houve um aumento na atividade da rede social por usuários que estão nas áreas do ataque, além de um crescimento nas publicações sobre o assunto.

“Nossas equipes de escalonamento tomaram medidas contra dezenas de milhares de publicações por compartilharem mídia gráfica, discurso violento e conduta odiosa. Também continuamos a monitorar proativamente o discurso antissemita como parte de todos os nossos esforços. Além disso, tomamos medidas para remover centenas de contas que tentavam manipular tópicos de tendências”, aponta a companhia.

A rede social também disse, em uma publicação, que apesar de alguns conteúdos serem “incrivelmente difíceis de se ver”, existe interesse público do assunto em entender o que está acontecendo em tempo real. Ainda assim, o X afirmou que está tomando medidas para remover contas ligadas ao Hamas.

Histórico

Há um longo histórico de desinformação sendo compartilhada entre grupos israelenses e palestinos, com falsas alegações e teorias da conspiração surgindo durante momentos de maior violência na região. Desde que Elon Musk assumiu a plataforma há um ano, muitas equipes de moderação de conteúdo que antes removiam imagens violentas da plataforma foram demitidas, causando um esvaziamento na área.

O X não respondeu a um pedido de comentário sobre se estava trabalhando para remover as imagens.

Desde a última quarta-feira, 4, os conteúdos que possuem link de redirecionamento para sites e portais fora da plataforma são ilustrados apenas por fotos, com o endereço da web “escondido” na imagem. A medida tende a prejudicar sites de notícias na divulgação de links e matérias que não estão na plataforma. As publicações também não mostram mais um título ou prévia de conteúdo escrito relacionado ao link. Assim, quando um usuário posta apenas uma URL, somente a imagem anexada ao endereço pode ser visualizada./COM NYT

Publicações com imagens e vídeos de violência explícita inundaram o X, ex-Twitter, depois que o grupo terrorista Hamas iniciou ataques com bombas em Israel no sábado, 7. Os conteúdos mostravam corpos de civis israelenses e palestinos que foram feridos nos ataques e viralizaram sem que a rede social derrubasse ou moderasse as publicações sensíveis.

Um desses vídeos, que mostrava o sequestro de soldados israelenses, por exemplo, foi visto centenas de milhares de vezes na manhã de sábado. O jornal americano The New York Times encontrou centenas de contas no X que compartilhavam imagens de cadáveres, alegando serem de civis israelenses mortos nas primeiras horas do conflito.

O Estadão também encontrou vídeos de sequestros de civis israelenses pelo Hamas. Uma das publicações mostra uma mulher com ferimentos nos braços e pernas sendo colocada com violência em um carro com terroristas.

As imagens contribuíram para alimentar e espalhar desinformação pela plataforma. Abaixo de alguns dos vídeos e imagens postados no X, as pessoas advertiram que eles poderiam ser espalhados como parte de uma campanha para alimentar o medo entre os israelenses. Algumas das contas alegavam estar trabalhando em nome do Hamas.

A violência que circula na rede levou israelenses a espalhar um alerta pelo WhatsApp, recomendando que amigos e familiares não abrissem o X para não ver publicações sobre o conflito — o app frequentemente reproduz vídeos automaticamente sem aviso. “Não olhe, você pode ver alguém que você conhece”, escreveu uma pessoa em um grupo do WhatsApp dedicado a um bairro do sul de Tel Aviv, capital de Israel.

Posicionamento

O X publicou nesta segunda-feira 9, novas diretrizes para o compartilhamento de conteúdo que envolvem o conflito em Israel. De acordo com a empresa, houve um aumento na atividade da rede social por usuários que estão nas áreas do ataque, além de um crescimento nas publicações sobre o assunto.

“Nossas equipes de escalonamento tomaram medidas contra dezenas de milhares de publicações por compartilharem mídia gráfica, discurso violento e conduta odiosa. Também continuamos a monitorar proativamente o discurso antissemita como parte de todos os nossos esforços. Além disso, tomamos medidas para remover centenas de contas que tentavam manipular tópicos de tendências”, aponta a companhia.

A rede social também disse, em uma publicação, que apesar de alguns conteúdos serem “incrivelmente difíceis de se ver”, existe interesse público do assunto em entender o que está acontecendo em tempo real. Ainda assim, o X afirmou que está tomando medidas para remover contas ligadas ao Hamas.

Histórico

Há um longo histórico de desinformação sendo compartilhada entre grupos israelenses e palestinos, com falsas alegações e teorias da conspiração surgindo durante momentos de maior violência na região. Desde que Elon Musk assumiu a plataforma há um ano, muitas equipes de moderação de conteúdo que antes removiam imagens violentas da plataforma foram demitidas, causando um esvaziamento na área.

O X não respondeu a um pedido de comentário sobre se estava trabalhando para remover as imagens.

Desde a última quarta-feira, 4, os conteúdos que possuem link de redirecionamento para sites e portais fora da plataforma são ilustrados apenas por fotos, com o endereço da web “escondido” na imagem. A medida tende a prejudicar sites de notícias na divulgação de links e matérias que não estão na plataforma. As publicações também não mostram mais um título ou prévia de conteúdo escrito relacionado ao link. Assim, quando um usuário posta apenas uma URL, somente a imagem anexada ao endereço pode ser visualizada./COM NYT

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