iPhone: Recursos de IA começam a chegar no smartphone da Apple; veja como vão funcionar


Versão de testes do novo iOS já está disponível, com destaque para nova Siri e resumos feitos por inteligência artificial

Por Chris Velazco

A Apple está apostando que celulares com inteligência artificial (IA) podem tornar a vida um pouco mais fácil - e agora, com os recursos em mãos, estamos tendo a primeira amostra de como isso funciona.

Nesta semana, a Apple lançou uma versão prévia do software iOS 18.1, que contém as primeiras ferramentas da plataforma Apple Intelligence, revelada durante a conferência de desenvolvedores de IA da empresa, em junho.

A versão completa dessas ferramentas não devem ser lançadas até que a empresa anuncie o novo iPhone em setembro, mas qualquer pessoa que possua uma conta de programador gratuita pode experimentar esses ajustes iniciais agora mesmo.

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WWDC 2024 EVENTO APPLE Foto: Apple/Divulgação

Usar uma versão de software, incompleta ou beta, acarreta sempre riscos, mas há outra razão pela qual se deve considerar experimentar essa atualização por conta própria. Essa primeira amostra da Apple Intelligence faz parte de uma versão beta para programadores, o que significa que se destina a criadores de aplicativos que precisam se certificar de que o seu trabalho se integra bem com o da Apple.

Ou seja, não é destinada para usuários normais - mas isso não impediu a equipe do jornal americano Washington Post de ver o que a Apple Intelligence pode fazer neste momento.

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Primeiro, as advertências

A simples instalação desse novo software não concede, automaticamente, um passe para utilizar a Apple Intelligence - é preciso solicitar acesso a uma lista de espera, para que a Apple possa gerir a demanda nos servidores da empresa. Por enquanto, esse processo pode levar até algumas horas, mas isso pode mudar com o próximos meses.

Nessa prévia inicial, algumas das funcionalidades mais esperadas ainda não estão prontas para serem utilizadas. Não há como conversar diretamente com o ChatGPT, por exemplo, ou criar Genmojis personalizados para a conversa de grupo. Embora a assistente pessoal Siri tenha adquirido alguns truques novos, não é possível reagir ao que está acontecendo na tela do iPhone, nem interagir diretamente com seus aplicativos – dois recursos que devem chegar em 2025.

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Siri ganhou diversas novidades, como comandos por texto e capacidade de “ver” o que ocorre na tela do usuário Foto: Apple/Divulgação

Se você for experimentar a Apple Intelligence agora ou esperar pelo lançamento completo no final do ano, ainda precisará de algum hardware específico. Atualmente, apenas o iPhone 15 Pro e o Pro Max podem utilizar essas ferramentas de IA.

Aqui estão as funções da Apple Intelligence que consideramos úteis até agora.

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Resumos em abundância

Não tem tempo para ler os e-mails incrivelmente longos do seu chefe? Ou aquele artigo de notícias em que sente que a sua atenção se desvia no meio? Com um toque, o iPhone pode resumi-los para você.

Abra uma mensagem no aplicativo Mail, da Apple, e verá um botão na parte superior que vai resumir tudo para você. Encontrar o mesmo botão quando está lendo um site é um pouco diferente: é preciso abrir a página no modo Leitor do navegador Safari antes de aparecer a opção de resumo.

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Alguns dispositivos, como o Galaxy S24 Ultra, da Samsung, oferecem um pouco de flexibilidade, dando a opção de alternar entre versões breves e mais detalhadas dos resumos das páginas Web. Não é o caso no iOS, pelo menos por enquanto: ao pedir um resumo de um e-mail ou de um artigo, obtém-se um resumo bastante conciso.

Como jornalista, tenho sentimentos contraditórios quanto ao fato de deixar que a IA tente resumir o nosso trabalho em frases curtas, mesmo que, por vezes, considere os resumos úteis. Ainda assim, uma vez que ferramentas como essa estão se tornando cada vez mais comuns, vamos continuar a testar para ver se a Apple se sai bem nesse tema.

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Gravação de ligações

Da próxima vez que falar com, por exemplo, o seu agente de seguros, não vai ser preciso pegar uma caneta e um pedaço de papel para anotar. Em vez disso, pode tocar num botão durante uma chamada para começar a gravar ambos os lados da conversa; no final, encontrará uma gravação e transcrição da chamada no aplicativo Notas.

Ah, se você estiver pensando nisso, não há como gravar uma conversa sem que a outra parte saiba - uma voz artificial irá tocar na chamada para que todos saibam o que está acontecendo. (Dito isso, se usar essa função, seja uma boa pessoa e obtenha a permissão de todos os participantes antes de ativar).

Tal como acontece com as páginas Web e os e-mails, você pode pedir ao iPhone para resumir a transcrição com um toque. Mas, se precisar de algo mais específico, é bem fácil procurar, diretamente no conteúdo da transcrição, palavras ou frases específicas que tenham surgido para refrescar sua memória.

Pesquisa de fotos mais rápida

A minha pesquisa recente por “Neve em Nova Jersey” utilizando o iOS 18.1, por exemplo, trouxe as únicas quatro imagens que tenho de, bem, dias de neve no Garden State. A mesma pesquisa num dispositivo que não estava com o novo software de pré-visualização da Apple apresentou essas mesmas fotografias e mais algumas que não se enquadravam no pedido - como imagens de Natal que, por acaso, continham a palavra “neve”.

Siri como suporte tecnológico

Passei anos da minha vida cobrindo e analisando novos smartphones - mas, às vezes, até eu me esqueço de como utilizar determinadas ferramentas.

Desde que comecei a viver com a pré-visualização do iOS 18.1, comecei a pedir ajuda à Siri.

Assistente Siri, do iPhone, vai ganhar integração com o ChatGPT, da OpenAI, mas recurso ainda não está disponível para testes Foto: Guilherme Guerra/Estadão

A assistente de voz da Apple deve passar por algumas grandes mudanças esse ano, muitas das quais ainda não estão disponíveis para teste. Mas uma coisa em que a Siri se tornou melhor foi a atuação como representante de apoio tecnológico que vive no meu celular.

Veja as minhas fotografias, por exemplo: Esqueço sempre de como esconder certas imagens sensíveis - como fotografias de segurança da minha carteira de habilitação ou passaporte - para que não apareçam no meio da minha galeria de fotografias. Mas agora, ao perguntar à Siri, o assistente apresenta instruções passo a passo na tela para que não tenha que abrir um navegador e perguntar ao Google.

A Apple está apostando que celulares com inteligência artificial (IA) podem tornar a vida um pouco mais fácil - e agora, com os recursos em mãos, estamos tendo a primeira amostra de como isso funciona.

Nesta semana, a Apple lançou uma versão prévia do software iOS 18.1, que contém as primeiras ferramentas da plataforma Apple Intelligence, revelada durante a conferência de desenvolvedores de IA da empresa, em junho.

A versão completa dessas ferramentas não devem ser lançadas até que a empresa anuncie o novo iPhone em setembro, mas qualquer pessoa que possua uma conta de programador gratuita pode experimentar esses ajustes iniciais agora mesmo.

WWDC 2024 EVENTO APPLE Foto: Apple/Divulgação

Usar uma versão de software, incompleta ou beta, acarreta sempre riscos, mas há outra razão pela qual se deve considerar experimentar essa atualização por conta própria. Essa primeira amostra da Apple Intelligence faz parte de uma versão beta para programadores, o que significa que se destina a criadores de aplicativos que precisam se certificar de que o seu trabalho se integra bem com o da Apple.

Ou seja, não é destinada para usuários normais - mas isso não impediu a equipe do jornal americano Washington Post de ver o que a Apple Intelligence pode fazer neste momento.

Primeiro, as advertências

A simples instalação desse novo software não concede, automaticamente, um passe para utilizar a Apple Intelligence - é preciso solicitar acesso a uma lista de espera, para que a Apple possa gerir a demanda nos servidores da empresa. Por enquanto, esse processo pode levar até algumas horas, mas isso pode mudar com o próximos meses.

Nessa prévia inicial, algumas das funcionalidades mais esperadas ainda não estão prontas para serem utilizadas. Não há como conversar diretamente com o ChatGPT, por exemplo, ou criar Genmojis personalizados para a conversa de grupo. Embora a assistente pessoal Siri tenha adquirido alguns truques novos, não é possível reagir ao que está acontecendo na tela do iPhone, nem interagir diretamente com seus aplicativos – dois recursos que devem chegar em 2025.

Siri ganhou diversas novidades, como comandos por texto e capacidade de “ver” o que ocorre na tela do usuário Foto: Apple/Divulgação

Se você for experimentar a Apple Intelligence agora ou esperar pelo lançamento completo no final do ano, ainda precisará de algum hardware específico. Atualmente, apenas o iPhone 15 Pro e o Pro Max podem utilizar essas ferramentas de IA.

Aqui estão as funções da Apple Intelligence que consideramos úteis até agora.

Resumos em abundância

Não tem tempo para ler os e-mails incrivelmente longos do seu chefe? Ou aquele artigo de notícias em que sente que a sua atenção se desvia no meio? Com um toque, o iPhone pode resumi-los para você.

Abra uma mensagem no aplicativo Mail, da Apple, e verá um botão na parte superior que vai resumir tudo para você. Encontrar o mesmo botão quando está lendo um site é um pouco diferente: é preciso abrir a página no modo Leitor do navegador Safari antes de aparecer a opção de resumo.

Alguns dispositivos, como o Galaxy S24 Ultra, da Samsung, oferecem um pouco de flexibilidade, dando a opção de alternar entre versões breves e mais detalhadas dos resumos das páginas Web. Não é o caso no iOS, pelo menos por enquanto: ao pedir um resumo de um e-mail ou de um artigo, obtém-se um resumo bastante conciso.

Como jornalista, tenho sentimentos contraditórios quanto ao fato de deixar que a IA tente resumir o nosso trabalho em frases curtas, mesmo que, por vezes, considere os resumos úteis. Ainda assim, uma vez que ferramentas como essa estão se tornando cada vez mais comuns, vamos continuar a testar para ver se a Apple se sai bem nesse tema.

Gravação de ligações

Da próxima vez que falar com, por exemplo, o seu agente de seguros, não vai ser preciso pegar uma caneta e um pedaço de papel para anotar. Em vez disso, pode tocar num botão durante uma chamada para começar a gravar ambos os lados da conversa; no final, encontrará uma gravação e transcrição da chamada no aplicativo Notas.

Ah, se você estiver pensando nisso, não há como gravar uma conversa sem que a outra parte saiba - uma voz artificial irá tocar na chamada para que todos saibam o que está acontecendo. (Dito isso, se usar essa função, seja uma boa pessoa e obtenha a permissão de todos os participantes antes de ativar).

Tal como acontece com as páginas Web e os e-mails, você pode pedir ao iPhone para resumir a transcrição com um toque. Mas, se precisar de algo mais específico, é bem fácil procurar, diretamente no conteúdo da transcrição, palavras ou frases específicas que tenham surgido para refrescar sua memória.

Pesquisa de fotos mais rápida

A minha pesquisa recente por “Neve em Nova Jersey” utilizando o iOS 18.1, por exemplo, trouxe as únicas quatro imagens que tenho de, bem, dias de neve no Garden State. A mesma pesquisa num dispositivo que não estava com o novo software de pré-visualização da Apple apresentou essas mesmas fotografias e mais algumas que não se enquadravam no pedido - como imagens de Natal que, por acaso, continham a palavra “neve”.

Siri como suporte tecnológico

Passei anos da minha vida cobrindo e analisando novos smartphones - mas, às vezes, até eu me esqueço de como utilizar determinadas ferramentas.

Desde que comecei a viver com a pré-visualização do iOS 18.1, comecei a pedir ajuda à Siri.

Assistente Siri, do iPhone, vai ganhar integração com o ChatGPT, da OpenAI, mas recurso ainda não está disponível para testes Foto: Guilherme Guerra/Estadão

A assistente de voz da Apple deve passar por algumas grandes mudanças esse ano, muitas das quais ainda não estão disponíveis para teste. Mas uma coisa em que a Siri se tornou melhor foi a atuação como representante de apoio tecnológico que vive no meu celular.

Veja as minhas fotografias, por exemplo: Esqueço sempre de como esconder certas imagens sensíveis - como fotografias de segurança da minha carteira de habilitação ou passaporte - para que não apareçam no meio da minha galeria de fotografias. Mas agora, ao perguntar à Siri, o assistente apresenta instruções passo a passo na tela para que não tenha que abrir um navegador e perguntar ao Google.

A Apple está apostando que celulares com inteligência artificial (IA) podem tornar a vida um pouco mais fácil - e agora, com os recursos em mãos, estamos tendo a primeira amostra de como isso funciona.

Nesta semana, a Apple lançou uma versão prévia do software iOS 18.1, que contém as primeiras ferramentas da plataforma Apple Intelligence, revelada durante a conferência de desenvolvedores de IA da empresa, em junho.

A versão completa dessas ferramentas não devem ser lançadas até que a empresa anuncie o novo iPhone em setembro, mas qualquer pessoa que possua uma conta de programador gratuita pode experimentar esses ajustes iniciais agora mesmo.

WWDC 2024 EVENTO APPLE Foto: Apple/Divulgação

Usar uma versão de software, incompleta ou beta, acarreta sempre riscos, mas há outra razão pela qual se deve considerar experimentar essa atualização por conta própria. Essa primeira amostra da Apple Intelligence faz parte de uma versão beta para programadores, o que significa que se destina a criadores de aplicativos que precisam se certificar de que o seu trabalho se integra bem com o da Apple.

Ou seja, não é destinada para usuários normais - mas isso não impediu a equipe do jornal americano Washington Post de ver o que a Apple Intelligence pode fazer neste momento.

Primeiro, as advertências

A simples instalação desse novo software não concede, automaticamente, um passe para utilizar a Apple Intelligence - é preciso solicitar acesso a uma lista de espera, para que a Apple possa gerir a demanda nos servidores da empresa. Por enquanto, esse processo pode levar até algumas horas, mas isso pode mudar com o próximos meses.

Nessa prévia inicial, algumas das funcionalidades mais esperadas ainda não estão prontas para serem utilizadas. Não há como conversar diretamente com o ChatGPT, por exemplo, ou criar Genmojis personalizados para a conversa de grupo. Embora a assistente pessoal Siri tenha adquirido alguns truques novos, não é possível reagir ao que está acontecendo na tela do iPhone, nem interagir diretamente com seus aplicativos – dois recursos que devem chegar em 2025.

Siri ganhou diversas novidades, como comandos por texto e capacidade de “ver” o que ocorre na tela do usuário Foto: Apple/Divulgação

Se você for experimentar a Apple Intelligence agora ou esperar pelo lançamento completo no final do ano, ainda precisará de algum hardware específico. Atualmente, apenas o iPhone 15 Pro e o Pro Max podem utilizar essas ferramentas de IA.

Aqui estão as funções da Apple Intelligence que consideramos úteis até agora.

Resumos em abundância

Não tem tempo para ler os e-mails incrivelmente longos do seu chefe? Ou aquele artigo de notícias em que sente que a sua atenção se desvia no meio? Com um toque, o iPhone pode resumi-los para você.

Abra uma mensagem no aplicativo Mail, da Apple, e verá um botão na parte superior que vai resumir tudo para você. Encontrar o mesmo botão quando está lendo um site é um pouco diferente: é preciso abrir a página no modo Leitor do navegador Safari antes de aparecer a opção de resumo.

Alguns dispositivos, como o Galaxy S24 Ultra, da Samsung, oferecem um pouco de flexibilidade, dando a opção de alternar entre versões breves e mais detalhadas dos resumos das páginas Web. Não é o caso no iOS, pelo menos por enquanto: ao pedir um resumo de um e-mail ou de um artigo, obtém-se um resumo bastante conciso.

Como jornalista, tenho sentimentos contraditórios quanto ao fato de deixar que a IA tente resumir o nosso trabalho em frases curtas, mesmo que, por vezes, considere os resumos úteis. Ainda assim, uma vez que ferramentas como essa estão se tornando cada vez mais comuns, vamos continuar a testar para ver se a Apple se sai bem nesse tema.

Gravação de ligações

Da próxima vez que falar com, por exemplo, o seu agente de seguros, não vai ser preciso pegar uma caneta e um pedaço de papel para anotar. Em vez disso, pode tocar num botão durante uma chamada para começar a gravar ambos os lados da conversa; no final, encontrará uma gravação e transcrição da chamada no aplicativo Notas.

Ah, se você estiver pensando nisso, não há como gravar uma conversa sem que a outra parte saiba - uma voz artificial irá tocar na chamada para que todos saibam o que está acontecendo. (Dito isso, se usar essa função, seja uma boa pessoa e obtenha a permissão de todos os participantes antes de ativar).

Tal como acontece com as páginas Web e os e-mails, você pode pedir ao iPhone para resumir a transcrição com um toque. Mas, se precisar de algo mais específico, é bem fácil procurar, diretamente no conteúdo da transcrição, palavras ou frases específicas que tenham surgido para refrescar sua memória.

Pesquisa de fotos mais rápida

A minha pesquisa recente por “Neve em Nova Jersey” utilizando o iOS 18.1, por exemplo, trouxe as únicas quatro imagens que tenho de, bem, dias de neve no Garden State. A mesma pesquisa num dispositivo que não estava com o novo software de pré-visualização da Apple apresentou essas mesmas fotografias e mais algumas que não se enquadravam no pedido - como imagens de Natal que, por acaso, continham a palavra “neve”.

Siri como suporte tecnológico

Passei anos da minha vida cobrindo e analisando novos smartphones - mas, às vezes, até eu me esqueço de como utilizar determinadas ferramentas.

Desde que comecei a viver com a pré-visualização do iOS 18.1, comecei a pedir ajuda à Siri.

Assistente Siri, do iPhone, vai ganhar integração com o ChatGPT, da OpenAI, mas recurso ainda não está disponível para testes Foto: Guilherme Guerra/Estadão

A assistente de voz da Apple deve passar por algumas grandes mudanças esse ano, muitas das quais ainda não estão disponíveis para teste. Mas uma coisa em que a Siri se tornou melhor foi a atuação como representante de apoio tecnológico que vive no meu celular.

Veja as minhas fotografias, por exemplo: Esqueço sempre de como esconder certas imagens sensíveis - como fotografias de segurança da minha carteira de habilitação ou passaporte - para que não apareçam no meio da minha galeria de fotografias. Mas agora, ao perguntar à Siri, o assistente apresenta instruções passo a passo na tela para que não tenha que abrir um navegador e perguntar ao Google.

A Apple está apostando que celulares com inteligência artificial (IA) podem tornar a vida um pouco mais fácil - e agora, com os recursos em mãos, estamos tendo a primeira amostra de como isso funciona.

Nesta semana, a Apple lançou uma versão prévia do software iOS 18.1, que contém as primeiras ferramentas da plataforma Apple Intelligence, revelada durante a conferência de desenvolvedores de IA da empresa, em junho.

A versão completa dessas ferramentas não devem ser lançadas até que a empresa anuncie o novo iPhone em setembro, mas qualquer pessoa que possua uma conta de programador gratuita pode experimentar esses ajustes iniciais agora mesmo.

WWDC 2024 EVENTO APPLE Foto: Apple/Divulgação

Usar uma versão de software, incompleta ou beta, acarreta sempre riscos, mas há outra razão pela qual se deve considerar experimentar essa atualização por conta própria. Essa primeira amostra da Apple Intelligence faz parte de uma versão beta para programadores, o que significa que se destina a criadores de aplicativos que precisam se certificar de que o seu trabalho se integra bem com o da Apple.

Ou seja, não é destinada para usuários normais - mas isso não impediu a equipe do jornal americano Washington Post de ver o que a Apple Intelligence pode fazer neste momento.

Primeiro, as advertências

A simples instalação desse novo software não concede, automaticamente, um passe para utilizar a Apple Intelligence - é preciso solicitar acesso a uma lista de espera, para que a Apple possa gerir a demanda nos servidores da empresa. Por enquanto, esse processo pode levar até algumas horas, mas isso pode mudar com o próximos meses.

Nessa prévia inicial, algumas das funcionalidades mais esperadas ainda não estão prontas para serem utilizadas. Não há como conversar diretamente com o ChatGPT, por exemplo, ou criar Genmojis personalizados para a conversa de grupo. Embora a assistente pessoal Siri tenha adquirido alguns truques novos, não é possível reagir ao que está acontecendo na tela do iPhone, nem interagir diretamente com seus aplicativos – dois recursos que devem chegar em 2025.

Siri ganhou diversas novidades, como comandos por texto e capacidade de “ver” o que ocorre na tela do usuário Foto: Apple/Divulgação

Se você for experimentar a Apple Intelligence agora ou esperar pelo lançamento completo no final do ano, ainda precisará de algum hardware específico. Atualmente, apenas o iPhone 15 Pro e o Pro Max podem utilizar essas ferramentas de IA.

Aqui estão as funções da Apple Intelligence que consideramos úteis até agora.

Resumos em abundância

Não tem tempo para ler os e-mails incrivelmente longos do seu chefe? Ou aquele artigo de notícias em que sente que a sua atenção se desvia no meio? Com um toque, o iPhone pode resumi-los para você.

Abra uma mensagem no aplicativo Mail, da Apple, e verá um botão na parte superior que vai resumir tudo para você. Encontrar o mesmo botão quando está lendo um site é um pouco diferente: é preciso abrir a página no modo Leitor do navegador Safari antes de aparecer a opção de resumo.

Alguns dispositivos, como o Galaxy S24 Ultra, da Samsung, oferecem um pouco de flexibilidade, dando a opção de alternar entre versões breves e mais detalhadas dos resumos das páginas Web. Não é o caso no iOS, pelo menos por enquanto: ao pedir um resumo de um e-mail ou de um artigo, obtém-se um resumo bastante conciso.

Como jornalista, tenho sentimentos contraditórios quanto ao fato de deixar que a IA tente resumir o nosso trabalho em frases curtas, mesmo que, por vezes, considere os resumos úteis. Ainda assim, uma vez que ferramentas como essa estão se tornando cada vez mais comuns, vamos continuar a testar para ver se a Apple se sai bem nesse tema.

Gravação de ligações

Da próxima vez que falar com, por exemplo, o seu agente de seguros, não vai ser preciso pegar uma caneta e um pedaço de papel para anotar. Em vez disso, pode tocar num botão durante uma chamada para começar a gravar ambos os lados da conversa; no final, encontrará uma gravação e transcrição da chamada no aplicativo Notas.

Ah, se você estiver pensando nisso, não há como gravar uma conversa sem que a outra parte saiba - uma voz artificial irá tocar na chamada para que todos saibam o que está acontecendo. (Dito isso, se usar essa função, seja uma boa pessoa e obtenha a permissão de todos os participantes antes de ativar).

Tal como acontece com as páginas Web e os e-mails, você pode pedir ao iPhone para resumir a transcrição com um toque. Mas, se precisar de algo mais específico, é bem fácil procurar, diretamente no conteúdo da transcrição, palavras ou frases específicas que tenham surgido para refrescar sua memória.

Pesquisa de fotos mais rápida

A minha pesquisa recente por “Neve em Nova Jersey” utilizando o iOS 18.1, por exemplo, trouxe as únicas quatro imagens que tenho de, bem, dias de neve no Garden State. A mesma pesquisa num dispositivo que não estava com o novo software de pré-visualização da Apple apresentou essas mesmas fotografias e mais algumas que não se enquadravam no pedido - como imagens de Natal que, por acaso, continham a palavra “neve”.

Siri como suporte tecnológico

Passei anos da minha vida cobrindo e analisando novos smartphones - mas, às vezes, até eu me esqueço de como utilizar determinadas ferramentas.

Desde que comecei a viver com a pré-visualização do iOS 18.1, comecei a pedir ajuda à Siri.

Assistente Siri, do iPhone, vai ganhar integração com o ChatGPT, da OpenAI, mas recurso ainda não está disponível para testes Foto: Guilherme Guerra/Estadão

A assistente de voz da Apple deve passar por algumas grandes mudanças esse ano, muitas das quais ainda não estão disponíveis para teste. Mas uma coisa em que a Siri se tornou melhor foi a atuação como representante de apoio tecnológico que vive no meu celular.

Veja as minhas fotografias, por exemplo: Esqueço sempre de como esconder certas imagens sensíveis - como fotografias de segurança da minha carteira de habilitação ou passaporte - para que não apareçam no meio da minha galeria de fotografias. Mas agora, ao perguntar à Siri, o assistente apresenta instruções passo a passo na tela para que não tenha que abrir um navegador e perguntar ao Google.

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