Jack Ma, fundador da gigante de e-commerce, Alibaba, fez uma aparição pública na China nesta segunda-feira, 27. O empresário foi visto visitando a Escola Yungu, em Hangzhou, onde discutiu o futuro da educação com os diretores do campus. Nos últimos três anos, Ma foi raramente visto em público.
Em seu perfil oficial no WeChat, a escola disse: “Jack Ma veio à Yungu School e discutiu o futuro da educação com os diretores do campus”. O objetivo da visita do empresário era discutir “os desafios e oportunidades” que “novas mudanças tecnológicas trazem à educação”. Ma também teria falado sobre inteligência artificial (IA), citando o ChatGPT, no contexto dentro da sala de aula.
O empresário tem uma fortuna de quase US$ 33 bilhões e optou por um perfil discreto desde que o governo chinês iniciou uma repressão ao setor de tecnologia há mais de dois anos. Recentemente, Pequim teria indicado reduzir o ataque ao setor de tecnologia, no entanto, as perspectivas ainda são incertas.
A confiança na mudança de estratégia foi abalada quando Bao Fan, CEO da China Renaissance, desapareceu repentinamente em fevereiro deste ano e, posteriormente, foi revelado que ele estaria colaborando com uma investigação das autoridades chinesas.
Não apenas Bao Fan ficou “desaparecido” por um tempo na China, como vários outros magnatas chineses desde 2015, incluindo Jack Ma. O CEO do Alibaba “sumiu” em novembro de 2020 após criticar reguladores financeiros chineses durante um discurso em Xangai e, quando reapareceu, três meses depois, cancelou o lançamento da maior oferta pública inicial de ações (IPO) de US$ 37 bilhões da Ant Group, braço financeiro do Alibaba.
Mesmo com uma menor pressão pública, Pequim vem reforçado seu controle sobre empresas, incluindo sobre o Alibaba, por meio da aquisição de “ações de ouro”, que permitem que funcionários do governo interfiram diretamente em seus negócios.
Nos últimos anos, Ma teria passado um tempo em Hong Kong e no Japão, onde mora seu amigo e investidor do Alibaba, Masa Son, CEO da SoftBank. Além disso, o Alibaba foi uma da companhias que entrou para a corrida de inteligência artificial e quer lançar sua própria versão do ChatGPT, originalmente criado pela OpenAI.