Microsoft prometeu zerar emissão CO2, mas investimento em IA aumentou números da empresa


Relatório de sustentabilidade da empresa constatou aumento de 30% em três anos

Por Soraia Joffely

Microsoft busca reduzir emissão de carbono, mas emissão de Escopo 3 aumentou 30,9%, em 2023. REUTERS/Carlo Allegri/File Photo 

A Microsoft tem o desejo de zerar suas emissões de carbono até 2030, mas o investimento em inteligência artificial (IA) poderá dificultar o caminho para alcançar essa meta climática. Em três anos, entre 2020 e 2023, a companhia registrou aumento de 30% na emissão de CO2, segundo o relatório de sustentabilidade da empresa publicado na quarta-feira, 15.

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No documento, a companhia afirma o compromisso de carbono negativo em três áreas principais, sendo essas: redução das emissões de carbono; aumento do uso de eletricidade livre de carbono e remoção de carbono. No entanto, o presidente da gigante, Brad Smith, defende que a busca pela IA pode fazer bem ao planeta, mesmo que isso tenha impacto ambiental.

“Em 2020, revelamos o que chamamos de nosso moonshot de carbono. Isso foi antes da explosão em inteligência artificial,” ele disse - a expressão moonshot se refere a tentar um plano ambicioso. “Então, de muitas maneiras a Lua está cinco vezes mais distante do que estava em 2020, se você pensar apenas na nossa própria previsão para a expansão da IA e suas necessidades elétricas.”

Nesse sentido, os objetivos climáticos da Microsoft correm perigo, uma vez que os produtos gerados por IA demandam muita eletricidade, principalmente na área de processamento de dados, pilar fundamental do funcionamento das IAs. Consequentemente, o uso desses algoritmos aumentam carga de trabalho dos centros existentes, o que impulsiona o consumo de energia.

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O plano climático da companhia foi criado antes da explosão da IA. No período, a companhia investiu US$ 13 bilhões na OpenAI, incluindo a infraestrutura computacional para treinar os modelos de IA da startup do ChatGPT.

Entre julho de 2023 e junho deste ano, o objetivo da marca é gastar mais de US$ 50 bilhões na expansão de seus centros de dados para atender a crescente demanda por produtos de inteligência artificial.

Mas, esse valor ainda pode ser maior a partir do mês de julho, já que a empresa anunciou novos projetos de centro de dados na cidade de Wisconsin e em países como Tailândia, Indonésia, Espanha, Alemanha e Japão.

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Protesto de funcionários

Nesse tempo em que o impulso em IA se tornou um dos principais investimentos da Microsoft, a empresa também aproveitou para fazer uso da tecnologia em outro campo, a extração de petróleo.

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A nova empreitada levou um grupo de mais de 10 mil funcionários a pedirem redução do impacto desenvolvido pela companhia no aquecimento global. Houve pedidos demissões em tom de protesto.

“Trabalhar para maximizar a produção de petróleo com nossa tecnologia está rejeitando todo o nosso bom trabalho, estendendo a era dos combustíveis fósseis e permitindo emissões incalculáveis,” escreveram dois ex-funcionários.

Em resposta, a empresa assegurou que capacitará a transição energética. “Funcionários ao redor do mundo são essenciais para nossa missão de sustentabilidade. Nosso foco está em capacitar a transição energética”.

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Microsoft segue comprometida com a meta

No mais recente relatório, a companhia destacou o foco na redução de carbono, especialmente enquanto lida com as emissões de Escopo 3, que aumentaram em 30,9% comparado a 2020. Em 2023, as emissões de Escopo 1 e 2 diminuíram 6,3%, em relação à linha de base de 2020.

Pensando no combate à emissão de Escopo 3, o relatório afirma que a proposta de carbono zero segue de pé. Por isso, foi lançado uma iniciativa em toda a empresa para identificar e desenvolver medidas adicionais que serão necessárias para reduzir.

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Entre essas estão:

  • Aumentar a eficiência aplicando inovação em datacenter que melhorem a eficácia;
  • Criar parcerias para acelerar descobertas tecnológicas por meio de investimentos e capacidades de IA, incluindo para aço, concreto e combustíveis mais verdes;
  • Construir mercados usando poder de compra para acelerar a demanda do mercado por esse tipo de descobertas;
  • Defender mudanças na política pública que acelerarão avanços climáticos.

Microsoft busca reduzir emissão de carbono, mas emissão de Escopo 3 aumentou 30,9%, em 2023. REUTERS/Carlo Allegri/File Photo 

A Microsoft tem o desejo de zerar suas emissões de carbono até 2030, mas o investimento em inteligência artificial (IA) poderá dificultar o caminho para alcançar essa meta climática. Em três anos, entre 2020 e 2023, a companhia registrou aumento de 30% na emissão de CO2, segundo o relatório de sustentabilidade da empresa publicado na quarta-feira, 15.

No documento, a companhia afirma o compromisso de carbono negativo em três áreas principais, sendo essas: redução das emissões de carbono; aumento do uso de eletricidade livre de carbono e remoção de carbono. No entanto, o presidente da gigante, Brad Smith, defende que a busca pela IA pode fazer bem ao planeta, mesmo que isso tenha impacto ambiental.

“Em 2020, revelamos o que chamamos de nosso moonshot de carbono. Isso foi antes da explosão em inteligência artificial,” ele disse - a expressão moonshot se refere a tentar um plano ambicioso. “Então, de muitas maneiras a Lua está cinco vezes mais distante do que estava em 2020, se você pensar apenas na nossa própria previsão para a expansão da IA e suas necessidades elétricas.”

Nesse sentido, os objetivos climáticos da Microsoft correm perigo, uma vez que os produtos gerados por IA demandam muita eletricidade, principalmente na área de processamento de dados, pilar fundamental do funcionamento das IAs. Consequentemente, o uso desses algoritmos aumentam carga de trabalho dos centros existentes, o que impulsiona o consumo de energia.

O plano climático da companhia foi criado antes da explosão da IA. No período, a companhia investiu US$ 13 bilhões na OpenAI, incluindo a infraestrutura computacional para treinar os modelos de IA da startup do ChatGPT.

Entre julho de 2023 e junho deste ano, o objetivo da marca é gastar mais de US$ 50 bilhões na expansão de seus centros de dados para atender a crescente demanda por produtos de inteligência artificial.

Mas, esse valor ainda pode ser maior a partir do mês de julho, já que a empresa anunciou novos projetos de centro de dados na cidade de Wisconsin e em países como Tailândia, Indonésia, Espanha, Alemanha e Japão.

Protesto de funcionários

Nesse tempo em que o impulso em IA se tornou um dos principais investimentos da Microsoft, a empresa também aproveitou para fazer uso da tecnologia em outro campo, a extração de petróleo.

A nova empreitada levou um grupo de mais de 10 mil funcionários a pedirem redução do impacto desenvolvido pela companhia no aquecimento global. Houve pedidos demissões em tom de protesto.

“Trabalhar para maximizar a produção de petróleo com nossa tecnologia está rejeitando todo o nosso bom trabalho, estendendo a era dos combustíveis fósseis e permitindo emissões incalculáveis,” escreveram dois ex-funcionários.

Em resposta, a empresa assegurou que capacitará a transição energética. “Funcionários ao redor do mundo são essenciais para nossa missão de sustentabilidade. Nosso foco está em capacitar a transição energética”.

Microsoft segue comprometida com a meta

No mais recente relatório, a companhia destacou o foco na redução de carbono, especialmente enquanto lida com as emissões de Escopo 3, que aumentaram em 30,9% comparado a 2020. Em 2023, as emissões de Escopo 1 e 2 diminuíram 6,3%, em relação à linha de base de 2020.

Pensando no combate à emissão de Escopo 3, o relatório afirma que a proposta de carbono zero segue de pé. Por isso, foi lançado uma iniciativa em toda a empresa para identificar e desenvolver medidas adicionais que serão necessárias para reduzir.

Entre essas estão:

  • Aumentar a eficiência aplicando inovação em datacenter que melhorem a eficácia;
  • Criar parcerias para acelerar descobertas tecnológicas por meio de investimentos e capacidades de IA, incluindo para aço, concreto e combustíveis mais verdes;
  • Construir mercados usando poder de compra para acelerar a demanda do mercado por esse tipo de descobertas;
  • Defender mudanças na política pública que acelerarão avanços climáticos.

Microsoft busca reduzir emissão de carbono, mas emissão de Escopo 3 aumentou 30,9%, em 2023. REUTERS/Carlo Allegri/File Photo 

A Microsoft tem o desejo de zerar suas emissões de carbono até 2030, mas o investimento em inteligência artificial (IA) poderá dificultar o caminho para alcançar essa meta climática. Em três anos, entre 2020 e 2023, a companhia registrou aumento de 30% na emissão de CO2, segundo o relatório de sustentabilidade da empresa publicado na quarta-feira, 15.

No documento, a companhia afirma o compromisso de carbono negativo em três áreas principais, sendo essas: redução das emissões de carbono; aumento do uso de eletricidade livre de carbono e remoção de carbono. No entanto, o presidente da gigante, Brad Smith, defende que a busca pela IA pode fazer bem ao planeta, mesmo que isso tenha impacto ambiental.

“Em 2020, revelamos o que chamamos de nosso moonshot de carbono. Isso foi antes da explosão em inteligência artificial,” ele disse - a expressão moonshot se refere a tentar um plano ambicioso. “Então, de muitas maneiras a Lua está cinco vezes mais distante do que estava em 2020, se você pensar apenas na nossa própria previsão para a expansão da IA e suas necessidades elétricas.”

Nesse sentido, os objetivos climáticos da Microsoft correm perigo, uma vez que os produtos gerados por IA demandam muita eletricidade, principalmente na área de processamento de dados, pilar fundamental do funcionamento das IAs. Consequentemente, o uso desses algoritmos aumentam carga de trabalho dos centros existentes, o que impulsiona o consumo de energia.

O plano climático da companhia foi criado antes da explosão da IA. No período, a companhia investiu US$ 13 bilhões na OpenAI, incluindo a infraestrutura computacional para treinar os modelos de IA da startup do ChatGPT.

Entre julho de 2023 e junho deste ano, o objetivo da marca é gastar mais de US$ 50 bilhões na expansão de seus centros de dados para atender a crescente demanda por produtos de inteligência artificial.

Mas, esse valor ainda pode ser maior a partir do mês de julho, já que a empresa anunciou novos projetos de centro de dados na cidade de Wisconsin e em países como Tailândia, Indonésia, Espanha, Alemanha e Japão.

Protesto de funcionários

Nesse tempo em que o impulso em IA se tornou um dos principais investimentos da Microsoft, a empresa também aproveitou para fazer uso da tecnologia em outro campo, a extração de petróleo.

A nova empreitada levou um grupo de mais de 10 mil funcionários a pedirem redução do impacto desenvolvido pela companhia no aquecimento global. Houve pedidos demissões em tom de protesto.

“Trabalhar para maximizar a produção de petróleo com nossa tecnologia está rejeitando todo o nosso bom trabalho, estendendo a era dos combustíveis fósseis e permitindo emissões incalculáveis,” escreveram dois ex-funcionários.

Em resposta, a empresa assegurou que capacitará a transição energética. “Funcionários ao redor do mundo são essenciais para nossa missão de sustentabilidade. Nosso foco está em capacitar a transição energética”.

Microsoft segue comprometida com a meta

No mais recente relatório, a companhia destacou o foco na redução de carbono, especialmente enquanto lida com as emissões de Escopo 3, que aumentaram em 30,9% comparado a 2020. Em 2023, as emissões de Escopo 1 e 2 diminuíram 6,3%, em relação à linha de base de 2020.

Pensando no combate à emissão de Escopo 3, o relatório afirma que a proposta de carbono zero segue de pé. Por isso, foi lançado uma iniciativa em toda a empresa para identificar e desenvolver medidas adicionais que serão necessárias para reduzir.

Entre essas estão:

  • Aumentar a eficiência aplicando inovação em datacenter que melhorem a eficácia;
  • Criar parcerias para acelerar descobertas tecnológicas por meio de investimentos e capacidades de IA, incluindo para aço, concreto e combustíveis mais verdes;
  • Construir mercados usando poder de compra para acelerar a demanda do mercado por esse tipo de descobertas;
  • Defender mudanças na política pública que acelerarão avanços climáticos.

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