Motorista reserva de carro autônomo da Uber se declara culpada em colisão que deixou um morto


Essa foi primeira morte causada por um carro totalmente autônomo; motorista foi condenada a três anos de liberdade condicional

Por Redação
Atualização:

A motorista reserva de um veículo autônomo da Uber se declarou culpada na última sexta-feira, 28, por colocar a vida em perigo, após uma colisão ter matado um pedestre em um subúrbio de Phoenix em 2018. Esse foi o primeiro acidente fatal envolvendo um carro totalmente autônomo.

Juiz David W. Garbarino entrega documentos a advogados durante audiência de Rafaela Vasquez Foto: AP Photo/Ross D. Franklin

O juiz David Garbarino do Tribunal Superior do Condado de Maricopa, que aceitou o acordo de culpa, condenou Rafaela Vasquez, 49, a três anos de liberdade condicional supervisionada pelo acidente que matou Elaine Herzberg, de 49 anos.

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Vasquez disse à polícia que Herzberg “apareceu do nada” e que ela não viu a vítima antes da colisão em 18 de março de 2018, em uma rua escura de Tempe. Vasquez havia sido acusada de homicídio negligente, um crime grave. Ela se declarou culpada por um crime indeterminado, o que significa que poderia ser reclassificado como delito leve se ela cumprir a liberdade condicional.

As autoridades dizem que Vasquez estava assistindo ao programa de televisão “The Voice” em um telefone e olhando para baixo momentos antes de o SUV Volvo XC-90 da Uber atingir Herzberg, que atravessava a rua de bicicleta. Os advogados de Vasquez disseram que ela estava olhando para um programa de mensagens usado por funcionários da Uber em um celular de trabalho que estava em seu joelho direito. Disseram que o programa de TV estava sendo reproduzido em seu celular pessoal, que estava no banco do passageiro.

O advogado de defesa Albert Jaynes Morrison disse a Garbarino que a Uber deveria ser responsabilizada pela colisão, enquanto pediu ao juiz para condenar Vasquez a seis meses de liberdade condicional não supervisionada. “Houve passos que a Uber deixou de tomar”, disse ele. Ao colocar Vasquez no veículo sem um segundo funcionário, ele disse: “Não era uma questão de se, mas de quando isso aconteceria”.

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Os promotores anteriormente se recusaram a apresentar acusações criminais contra a Uber, como empresa. O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes concluiu que a falta de monitoramento da estrada por Vasquez foi a principal causa do acidente. “A ré tinha apenas uma função, uma única função”, disse a promotora Tiffany Brady ao juiz. “Era manter os olhos na estrada.” A procuradora do Condado de Maricopa, Rachel Mitchell, afirmou em comunicado após a audiência que seu escritório considera que a sentença foi adequada “com base nos fatores atenuantes e agravantes”.

Os fatores contribuintes citados pelo NTSB incluíram os procedimentos de segurança inadequados da Uber e a supervisão ineficaz de seus motoristas, a decisão de Herzberg de atravessar a rua fora da faixa de pedestres e a supervisão insuficiente do Departamento de Transporte do Arizona nos testes de veículos autônomos. O conselho também concluiu que a desativação do sistema automático de frenagem da Uber aumentou os riscos associados aos testes de veículos automatizados em vias públicas. Em vez do sistema, a Uber contava com o motorista reserva para intervir.

Não foi o primeiro acidente envolvendo um veículo de teste autônomo da Uber. Em março de 2017, um SUV da Uber capotou em Tempe quando colidiu com outro veículo. Não houve ferimentos graves relatados, e o motorista do outro carro foi multado por uma infração. A morte de Herzberg foi a primeira envolvendo um veículo de teste autônomo, mas não a primeira em um carro com recursos de direção autônoma. O motorista de um Tesla Model S foi morto em 2016 quando seu carro, operando no sistema Autopilot, colidiu com uma carreta na Florida. Nove meses após a morte de Herzberg, em dezembro de 2019, duas pessoas foram mortas na Califórnia quando um Tesla no modo Autopilot furou um sinal vermelho e bateu em outro carro. O motorista foi acusado em 2022 de homicídio culposo, sendo o primeiro caso de crime grave contra um motorista que estava usando um sistema de direção parcialmente automatizado.

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O sistema da Uber detectou Herzberg 5,6 segundos antes do acidente, mas falhou em determinar se ela era uma ciclista, pedestre ou objeto desconhecido, ou que ela estava se dirigindo para o caminho do veículo, disse o conselho.

A morte repercutiu em toda a indústria automobilística e no Vale do Silício e forçou outras empresas a reduzir o que havia sido uma rápida marcha em direção aos serviços de transporte autônomo. A Uber retirou seus carros autônomos do Arizona, e o então governador Doug Ducey proibiu a empresa de continuar seus testes com carros autônomos.

Vasquez havia passado mais de quatro anos na prisão por duas condenações por crimes graves — fazer declarações falsas ao obter benefícios de desemprego e tentativa de roubo armado — antes de começar a trabalhar como motorista da Uber, de acordo com registros judiciais./AP

A motorista reserva de um veículo autônomo da Uber se declarou culpada na última sexta-feira, 28, por colocar a vida em perigo, após uma colisão ter matado um pedestre em um subúrbio de Phoenix em 2018. Esse foi o primeiro acidente fatal envolvendo um carro totalmente autônomo.

Juiz David W. Garbarino entrega documentos a advogados durante audiência de Rafaela Vasquez Foto: AP Photo/Ross D. Franklin

O juiz David Garbarino do Tribunal Superior do Condado de Maricopa, que aceitou o acordo de culpa, condenou Rafaela Vasquez, 49, a três anos de liberdade condicional supervisionada pelo acidente que matou Elaine Herzberg, de 49 anos.

Vasquez disse à polícia que Herzberg “apareceu do nada” e que ela não viu a vítima antes da colisão em 18 de março de 2018, em uma rua escura de Tempe. Vasquez havia sido acusada de homicídio negligente, um crime grave. Ela se declarou culpada por um crime indeterminado, o que significa que poderia ser reclassificado como delito leve se ela cumprir a liberdade condicional.

As autoridades dizem que Vasquez estava assistindo ao programa de televisão “The Voice” em um telefone e olhando para baixo momentos antes de o SUV Volvo XC-90 da Uber atingir Herzberg, que atravessava a rua de bicicleta. Os advogados de Vasquez disseram que ela estava olhando para um programa de mensagens usado por funcionários da Uber em um celular de trabalho que estava em seu joelho direito. Disseram que o programa de TV estava sendo reproduzido em seu celular pessoal, que estava no banco do passageiro.

O advogado de defesa Albert Jaynes Morrison disse a Garbarino que a Uber deveria ser responsabilizada pela colisão, enquanto pediu ao juiz para condenar Vasquez a seis meses de liberdade condicional não supervisionada. “Houve passos que a Uber deixou de tomar”, disse ele. Ao colocar Vasquez no veículo sem um segundo funcionário, ele disse: “Não era uma questão de se, mas de quando isso aconteceria”.

Os promotores anteriormente se recusaram a apresentar acusações criminais contra a Uber, como empresa. O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes concluiu que a falta de monitoramento da estrada por Vasquez foi a principal causa do acidente. “A ré tinha apenas uma função, uma única função”, disse a promotora Tiffany Brady ao juiz. “Era manter os olhos na estrada.” A procuradora do Condado de Maricopa, Rachel Mitchell, afirmou em comunicado após a audiência que seu escritório considera que a sentença foi adequada “com base nos fatores atenuantes e agravantes”.

Os fatores contribuintes citados pelo NTSB incluíram os procedimentos de segurança inadequados da Uber e a supervisão ineficaz de seus motoristas, a decisão de Herzberg de atravessar a rua fora da faixa de pedestres e a supervisão insuficiente do Departamento de Transporte do Arizona nos testes de veículos autônomos. O conselho também concluiu que a desativação do sistema automático de frenagem da Uber aumentou os riscos associados aos testes de veículos automatizados em vias públicas. Em vez do sistema, a Uber contava com o motorista reserva para intervir.

Não foi o primeiro acidente envolvendo um veículo de teste autônomo da Uber. Em março de 2017, um SUV da Uber capotou em Tempe quando colidiu com outro veículo. Não houve ferimentos graves relatados, e o motorista do outro carro foi multado por uma infração. A morte de Herzberg foi a primeira envolvendo um veículo de teste autônomo, mas não a primeira em um carro com recursos de direção autônoma. O motorista de um Tesla Model S foi morto em 2016 quando seu carro, operando no sistema Autopilot, colidiu com uma carreta na Florida. Nove meses após a morte de Herzberg, em dezembro de 2019, duas pessoas foram mortas na Califórnia quando um Tesla no modo Autopilot furou um sinal vermelho e bateu em outro carro. O motorista foi acusado em 2022 de homicídio culposo, sendo o primeiro caso de crime grave contra um motorista que estava usando um sistema de direção parcialmente automatizado.

O sistema da Uber detectou Herzberg 5,6 segundos antes do acidente, mas falhou em determinar se ela era uma ciclista, pedestre ou objeto desconhecido, ou que ela estava se dirigindo para o caminho do veículo, disse o conselho.

A morte repercutiu em toda a indústria automobilística e no Vale do Silício e forçou outras empresas a reduzir o que havia sido uma rápida marcha em direção aos serviços de transporte autônomo. A Uber retirou seus carros autônomos do Arizona, e o então governador Doug Ducey proibiu a empresa de continuar seus testes com carros autônomos.

Vasquez havia passado mais de quatro anos na prisão por duas condenações por crimes graves — fazer declarações falsas ao obter benefícios de desemprego e tentativa de roubo armado — antes de começar a trabalhar como motorista da Uber, de acordo com registros judiciais./AP

A motorista reserva de um veículo autônomo da Uber se declarou culpada na última sexta-feira, 28, por colocar a vida em perigo, após uma colisão ter matado um pedestre em um subúrbio de Phoenix em 2018. Esse foi o primeiro acidente fatal envolvendo um carro totalmente autônomo.

Juiz David W. Garbarino entrega documentos a advogados durante audiência de Rafaela Vasquez Foto: AP Photo/Ross D. Franklin

O juiz David Garbarino do Tribunal Superior do Condado de Maricopa, que aceitou o acordo de culpa, condenou Rafaela Vasquez, 49, a três anos de liberdade condicional supervisionada pelo acidente que matou Elaine Herzberg, de 49 anos.

Vasquez disse à polícia que Herzberg “apareceu do nada” e que ela não viu a vítima antes da colisão em 18 de março de 2018, em uma rua escura de Tempe. Vasquez havia sido acusada de homicídio negligente, um crime grave. Ela se declarou culpada por um crime indeterminado, o que significa que poderia ser reclassificado como delito leve se ela cumprir a liberdade condicional.

As autoridades dizem que Vasquez estava assistindo ao programa de televisão “The Voice” em um telefone e olhando para baixo momentos antes de o SUV Volvo XC-90 da Uber atingir Herzberg, que atravessava a rua de bicicleta. Os advogados de Vasquez disseram que ela estava olhando para um programa de mensagens usado por funcionários da Uber em um celular de trabalho que estava em seu joelho direito. Disseram que o programa de TV estava sendo reproduzido em seu celular pessoal, que estava no banco do passageiro.

O advogado de defesa Albert Jaynes Morrison disse a Garbarino que a Uber deveria ser responsabilizada pela colisão, enquanto pediu ao juiz para condenar Vasquez a seis meses de liberdade condicional não supervisionada. “Houve passos que a Uber deixou de tomar”, disse ele. Ao colocar Vasquez no veículo sem um segundo funcionário, ele disse: “Não era uma questão de se, mas de quando isso aconteceria”.

Os promotores anteriormente se recusaram a apresentar acusações criminais contra a Uber, como empresa. O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes concluiu que a falta de monitoramento da estrada por Vasquez foi a principal causa do acidente. “A ré tinha apenas uma função, uma única função”, disse a promotora Tiffany Brady ao juiz. “Era manter os olhos na estrada.” A procuradora do Condado de Maricopa, Rachel Mitchell, afirmou em comunicado após a audiência que seu escritório considera que a sentença foi adequada “com base nos fatores atenuantes e agravantes”.

Os fatores contribuintes citados pelo NTSB incluíram os procedimentos de segurança inadequados da Uber e a supervisão ineficaz de seus motoristas, a decisão de Herzberg de atravessar a rua fora da faixa de pedestres e a supervisão insuficiente do Departamento de Transporte do Arizona nos testes de veículos autônomos. O conselho também concluiu que a desativação do sistema automático de frenagem da Uber aumentou os riscos associados aos testes de veículos automatizados em vias públicas. Em vez do sistema, a Uber contava com o motorista reserva para intervir.

Não foi o primeiro acidente envolvendo um veículo de teste autônomo da Uber. Em março de 2017, um SUV da Uber capotou em Tempe quando colidiu com outro veículo. Não houve ferimentos graves relatados, e o motorista do outro carro foi multado por uma infração. A morte de Herzberg foi a primeira envolvendo um veículo de teste autônomo, mas não a primeira em um carro com recursos de direção autônoma. O motorista de um Tesla Model S foi morto em 2016 quando seu carro, operando no sistema Autopilot, colidiu com uma carreta na Florida. Nove meses após a morte de Herzberg, em dezembro de 2019, duas pessoas foram mortas na Califórnia quando um Tesla no modo Autopilot furou um sinal vermelho e bateu em outro carro. O motorista foi acusado em 2022 de homicídio culposo, sendo o primeiro caso de crime grave contra um motorista que estava usando um sistema de direção parcialmente automatizado.

O sistema da Uber detectou Herzberg 5,6 segundos antes do acidente, mas falhou em determinar se ela era uma ciclista, pedestre ou objeto desconhecido, ou que ela estava se dirigindo para o caminho do veículo, disse o conselho.

A morte repercutiu em toda a indústria automobilística e no Vale do Silício e forçou outras empresas a reduzir o que havia sido uma rápida marcha em direção aos serviços de transporte autônomo. A Uber retirou seus carros autônomos do Arizona, e o então governador Doug Ducey proibiu a empresa de continuar seus testes com carros autônomos.

Vasquez havia passado mais de quatro anos na prisão por duas condenações por crimes graves — fazer declarações falsas ao obter benefícios de desemprego e tentativa de roubo armado — antes de começar a trabalhar como motorista da Uber, de acordo com registros judiciais./AP

A motorista reserva de um veículo autônomo da Uber se declarou culpada na última sexta-feira, 28, por colocar a vida em perigo, após uma colisão ter matado um pedestre em um subúrbio de Phoenix em 2018. Esse foi o primeiro acidente fatal envolvendo um carro totalmente autônomo.

Juiz David W. Garbarino entrega documentos a advogados durante audiência de Rafaela Vasquez Foto: AP Photo/Ross D. Franklin

O juiz David Garbarino do Tribunal Superior do Condado de Maricopa, que aceitou o acordo de culpa, condenou Rafaela Vasquez, 49, a três anos de liberdade condicional supervisionada pelo acidente que matou Elaine Herzberg, de 49 anos.

Vasquez disse à polícia que Herzberg “apareceu do nada” e que ela não viu a vítima antes da colisão em 18 de março de 2018, em uma rua escura de Tempe. Vasquez havia sido acusada de homicídio negligente, um crime grave. Ela se declarou culpada por um crime indeterminado, o que significa que poderia ser reclassificado como delito leve se ela cumprir a liberdade condicional.

As autoridades dizem que Vasquez estava assistindo ao programa de televisão “The Voice” em um telefone e olhando para baixo momentos antes de o SUV Volvo XC-90 da Uber atingir Herzberg, que atravessava a rua de bicicleta. Os advogados de Vasquez disseram que ela estava olhando para um programa de mensagens usado por funcionários da Uber em um celular de trabalho que estava em seu joelho direito. Disseram que o programa de TV estava sendo reproduzido em seu celular pessoal, que estava no banco do passageiro.

O advogado de defesa Albert Jaynes Morrison disse a Garbarino que a Uber deveria ser responsabilizada pela colisão, enquanto pediu ao juiz para condenar Vasquez a seis meses de liberdade condicional não supervisionada. “Houve passos que a Uber deixou de tomar”, disse ele. Ao colocar Vasquez no veículo sem um segundo funcionário, ele disse: “Não era uma questão de se, mas de quando isso aconteceria”.

Os promotores anteriormente se recusaram a apresentar acusações criminais contra a Uber, como empresa. O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes concluiu que a falta de monitoramento da estrada por Vasquez foi a principal causa do acidente. “A ré tinha apenas uma função, uma única função”, disse a promotora Tiffany Brady ao juiz. “Era manter os olhos na estrada.” A procuradora do Condado de Maricopa, Rachel Mitchell, afirmou em comunicado após a audiência que seu escritório considera que a sentença foi adequada “com base nos fatores atenuantes e agravantes”.

Os fatores contribuintes citados pelo NTSB incluíram os procedimentos de segurança inadequados da Uber e a supervisão ineficaz de seus motoristas, a decisão de Herzberg de atravessar a rua fora da faixa de pedestres e a supervisão insuficiente do Departamento de Transporte do Arizona nos testes de veículos autônomos. O conselho também concluiu que a desativação do sistema automático de frenagem da Uber aumentou os riscos associados aos testes de veículos automatizados em vias públicas. Em vez do sistema, a Uber contava com o motorista reserva para intervir.

Não foi o primeiro acidente envolvendo um veículo de teste autônomo da Uber. Em março de 2017, um SUV da Uber capotou em Tempe quando colidiu com outro veículo. Não houve ferimentos graves relatados, e o motorista do outro carro foi multado por uma infração. A morte de Herzberg foi a primeira envolvendo um veículo de teste autônomo, mas não a primeira em um carro com recursos de direção autônoma. O motorista de um Tesla Model S foi morto em 2016 quando seu carro, operando no sistema Autopilot, colidiu com uma carreta na Florida. Nove meses após a morte de Herzberg, em dezembro de 2019, duas pessoas foram mortas na Califórnia quando um Tesla no modo Autopilot furou um sinal vermelho e bateu em outro carro. O motorista foi acusado em 2022 de homicídio culposo, sendo o primeiro caso de crime grave contra um motorista que estava usando um sistema de direção parcialmente automatizado.

O sistema da Uber detectou Herzberg 5,6 segundos antes do acidente, mas falhou em determinar se ela era uma ciclista, pedestre ou objeto desconhecido, ou que ela estava se dirigindo para o caminho do veículo, disse o conselho.

A morte repercutiu em toda a indústria automobilística e no Vale do Silício e forçou outras empresas a reduzir o que havia sido uma rápida marcha em direção aos serviços de transporte autônomo. A Uber retirou seus carros autônomos do Arizona, e o então governador Doug Ducey proibiu a empresa de continuar seus testes com carros autônomos.

Vasquez havia passado mais de quatro anos na prisão por duas condenações por crimes graves — fazer declarações falsas ao obter benefícios de desemprego e tentativa de roubo armado — antes de começar a trabalhar como motorista da Uber, de acordo com registros judiciais./AP

A motorista reserva de um veículo autônomo da Uber se declarou culpada na última sexta-feira, 28, por colocar a vida em perigo, após uma colisão ter matado um pedestre em um subúrbio de Phoenix em 2018. Esse foi o primeiro acidente fatal envolvendo um carro totalmente autônomo.

Juiz David W. Garbarino entrega documentos a advogados durante audiência de Rafaela Vasquez Foto: AP Photo/Ross D. Franklin

O juiz David Garbarino do Tribunal Superior do Condado de Maricopa, que aceitou o acordo de culpa, condenou Rafaela Vasquez, 49, a três anos de liberdade condicional supervisionada pelo acidente que matou Elaine Herzberg, de 49 anos.

Vasquez disse à polícia que Herzberg “apareceu do nada” e que ela não viu a vítima antes da colisão em 18 de março de 2018, em uma rua escura de Tempe. Vasquez havia sido acusada de homicídio negligente, um crime grave. Ela se declarou culpada por um crime indeterminado, o que significa que poderia ser reclassificado como delito leve se ela cumprir a liberdade condicional.

As autoridades dizem que Vasquez estava assistindo ao programa de televisão “The Voice” em um telefone e olhando para baixo momentos antes de o SUV Volvo XC-90 da Uber atingir Herzberg, que atravessava a rua de bicicleta. Os advogados de Vasquez disseram que ela estava olhando para um programa de mensagens usado por funcionários da Uber em um celular de trabalho que estava em seu joelho direito. Disseram que o programa de TV estava sendo reproduzido em seu celular pessoal, que estava no banco do passageiro.

O advogado de defesa Albert Jaynes Morrison disse a Garbarino que a Uber deveria ser responsabilizada pela colisão, enquanto pediu ao juiz para condenar Vasquez a seis meses de liberdade condicional não supervisionada. “Houve passos que a Uber deixou de tomar”, disse ele. Ao colocar Vasquez no veículo sem um segundo funcionário, ele disse: “Não era uma questão de se, mas de quando isso aconteceria”.

Os promotores anteriormente se recusaram a apresentar acusações criminais contra a Uber, como empresa. O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes concluiu que a falta de monitoramento da estrada por Vasquez foi a principal causa do acidente. “A ré tinha apenas uma função, uma única função”, disse a promotora Tiffany Brady ao juiz. “Era manter os olhos na estrada.” A procuradora do Condado de Maricopa, Rachel Mitchell, afirmou em comunicado após a audiência que seu escritório considera que a sentença foi adequada “com base nos fatores atenuantes e agravantes”.

Os fatores contribuintes citados pelo NTSB incluíram os procedimentos de segurança inadequados da Uber e a supervisão ineficaz de seus motoristas, a decisão de Herzberg de atravessar a rua fora da faixa de pedestres e a supervisão insuficiente do Departamento de Transporte do Arizona nos testes de veículos autônomos. O conselho também concluiu que a desativação do sistema automático de frenagem da Uber aumentou os riscos associados aos testes de veículos automatizados em vias públicas. Em vez do sistema, a Uber contava com o motorista reserva para intervir.

Não foi o primeiro acidente envolvendo um veículo de teste autônomo da Uber. Em março de 2017, um SUV da Uber capotou em Tempe quando colidiu com outro veículo. Não houve ferimentos graves relatados, e o motorista do outro carro foi multado por uma infração. A morte de Herzberg foi a primeira envolvendo um veículo de teste autônomo, mas não a primeira em um carro com recursos de direção autônoma. O motorista de um Tesla Model S foi morto em 2016 quando seu carro, operando no sistema Autopilot, colidiu com uma carreta na Florida. Nove meses após a morte de Herzberg, em dezembro de 2019, duas pessoas foram mortas na Califórnia quando um Tesla no modo Autopilot furou um sinal vermelho e bateu em outro carro. O motorista foi acusado em 2022 de homicídio culposo, sendo o primeiro caso de crime grave contra um motorista que estava usando um sistema de direção parcialmente automatizado.

O sistema da Uber detectou Herzberg 5,6 segundos antes do acidente, mas falhou em determinar se ela era uma ciclista, pedestre ou objeto desconhecido, ou que ela estava se dirigindo para o caminho do veículo, disse o conselho.

A morte repercutiu em toda a indústria automobilística e no Vale do Silício e forçou outras empresas a reduzir o que havia sido uma rápida marcha em direção aos serviços de transporte autônomo. A Uber retirou seus carros autônomos do Arizona, e o então governador Doug Ducey proibiu a empresa de continuar seus testes com carros autônomos.

Vasquez havia passado mais de quatro anos na prisão por duas condenações por crimes graves — fazer declarações falsas ao obter benefícios de desemprego e tentativa de roubo armado — antes de começar a trabalhar como motorista da Uber, de acordo com registros judiciais./AP

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