‘Muitos empregos vão desaparecer com a IA’, afirma criador do ChatGPT em passagem pelo Brasil


Sam Altman esteve no Rio de Janeiro para um evento privado e ganhou até chave da cidade em homenagem de prefeito; empresário falou com o Estadão

Por Bruna Arimathea
Atualização:

RIO - A inteligência artificial (IA) deve trazer riscos e acabar com algumas profissões que existem hoje, disse Sam Altman, CEO da OpenAI, nesta quinta-feira, 18, no Brasil. O empresário está no País para um evento da Fundação Lemann, no Rio de Janeiro, e, em conversa com convidados, ressaltou que a IA deve continuar crescendo em ritmo acelerado e que pretende chegar em ferramentas de vídeo em breve.

O evento, que não foi transmitido, teve como tema “O Futuro da IA e o Brasil”, e contou com participações da cientista da computação Nina da Hora, Felipe Such, brasileiro membro da equipe técnica da OpenAI e Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann. O Estadão esteve presente no evento.

Para o empresário, é possível que a IA possa ser um divisor de águas na classificação de novas profissões e extinção de alguns postos, mas não acredita que, a longo prazo, seja um motivo de preocupação para quem trabalha na área de tecnologia.

continua após a publicidade

Segundo ele, profissionais humanos não podem ser substituídos pela IA em trabalhos criativos e de comando, o que a torna uma ferramenta para ajudar na produtividade e não para fazer todo o trabalho desenvolvido, hoje, por pessoas.

“Nós não sabemos o que vai acontecer, mas vai ter muito impacto, muitos empregos vão desaparecer, isso é uma coisa que acontece em revoluções tecnológicas. Mas, no geral, são ferramentas boas para fazer tarefas, mas não para um trabalho total”, afirmou Altman.

Na discussão, Altman falou sobre o papel no desenvolvimento da IA, as aplicações na educação e como resolver o viés que ainda pode ser visto em ferramentas como o ChatGPT, criação da empresa.

continua após a publicidade

“Os dados (no mundo) são muito tendenciosos, mas esses sistemas de IA podem aprender a ter menos esse aspecto e podem nos ajudar. Existe um trabalho a ser feito, mas essa tecnologia me deixa otimista na internet”, explicou o presidente da OpenAI.

Apesar disso, Altman acredita que mesmo as tecnologias que ainda não tiveram seus problemas de linguagem enviesada resolvidos podem ser mais eficazes em oferecer respostas “isentas” do que os próprios humanos.

Para trazer a melhor versão - e mais segura - da ferramenta, Altman acredita que é importante que haja regulação internacional da inteligência artificial.

continua após a publicidade

“Nós concordamos que é necessário regulação. (IAs) são sistemas capazes de influenciar o mundo em um risco sério, precisamos de regulações internacionais nesse sentido. Nós não queremos diminuir a inovação massiva que está acontecendo. Diferentes países vão regulamentar de forma diferente e precisamos saber como vamos mitigar impactos diferentes, mas é necessário fazer”, explicou Altman.

Altman também comentou que, depois do sucesso da ferramenta de texto desenvolvida pela empresa, é importante chegar também em ferramentas que usem vídeo. A intenção é que o ecossistema de uso da IA possa ser completo em atividades que possam passar pelos recursos da empresa.

Denis Mizne, Sam Altman, Nina da Hora e Felipe Such participam de painel sobre IA no Rio de Janeiro  Foto: Fundação Lemann/Divulgação
continua após a publicidade

Educação

Um grande pilar do encontro de Altman com líderes e desenvolvedores brasileiros foi a educação. Por aqui, o empresário acredita que as ferramentas devem ser utilizadas em conjunto com os professores em sala de aula, com o ChatGPT podendo funcionar até como um tutor individual para cada estudante. A ideia é que o uso não seja para obter respostas prontas para atividades e provas, mas incentivar a busca pelo aprendizado.

Como em quase todos os campos de desenvolvimento da IA, o temor é que a coleta de dados e que as funcionalidades das ferramentas possam trazer risco à segurança e integridade de alunos e professores imersos na tecnologia. Altman admite que é necessário ter cuidado na hora de usar a IA em sala de aula, mas não esclareceu quais seriam os riscos classificados como “danos” para a utilização do recurso.

continua após a publicidade

“Pode ser fácil usar os serviços apenas para obter a resposta certa e não para aprender. E acho que precisamos projetar esses sistemas de forma a garantir que os alunos realmente aprendam”, explicou o empresário ao Estadão.

Sabatina

Antes de desembarcar no Brasil, Altman passou por uma audiência no Senado americano, onde respondeu a questionamentos de membros da casa sobre IA e a regulação da tecnologia.

continua após a publicidade

Em depoimento, o empresário afirmou que caso o desenvolvimento da IA “der errado, será muito errado”, citando um possível descontrole no setor. Perguntado pelo Estadão o que se pode entender sobre os riscos, Altman respondeu apenas que medidas de segurança precisam ser tomadas antes de colocar no ar qualquer ferramenta de IA.

“Acho que precisamos de padrões de segurança rigorosos, avaliações de capacidade perigosa, auditorias independentes e muitos testes. Descobrimos como lidar com tecnologia muito complexa antes e como fazemos engenharia de sistemas de segurança”, afirmou. “Acho que devemos ter cuidado com qualquer nova tecnologia poderosa que vai mudar muito a sociedade. Queremos ser muito atenciosos, ter tempo e nos adaptar gradualmente”.

Ainda, na passagem pelo Rio de Janeiro, Altman recebeu a chave da cidade, entregue pelo prefeito Eduardo Paes.

RIO - A inteligência artificial (IA) deve trazer riscos e acabar com algumas profissões que existem hoje, disse Sam Altman, CEO da OpenAI, nesta quinta-feira, 18, no Brasil. O empresário está no País para um evento da Fundação Lemann, no Rio de Janeiro, e, em conversa com convidados, ressaltou que a IA deve continuar crescendo em ritmo acelerado e que pretende chegar em ferramentas de vídeo em breve.

O evento, que não foi transmitido, teve como tema “O Futuro da IA e o Brasil”, e contou com participações da cientista da computação Nina da Hora, Felipe Such, brasileiro membro da equipe técnica da OpenAI e Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann. O Estadão esteve presente no evento.

Para o empresário, é possível que a IA possa ser um divisor de águas na classificação de novas profissões e extinção de alguns postos, mas não acredita que, a longo prazo, seja um motivo de preocupação para quem trabalha na área de tecnologia.

Segundo ele, profissionais humanos não podem ser substituídos pela IA em trabalhos criativos e de comando, o que a torna uma ferramenta para ajudar na produtividade e não para fazer todo o trabalho desenvolvido, hoje, por pessoas.

“Nós não sabemos o que vai acontecer, mas vai ter muito impacto, muitos empregos vão desaparecer, isso é uma coisa que acontece em revoluções tecnológicas. Mas, no geral, são ferramentas boas para fazer tarefas, mas não para um trabalho total”, afirmou Altman.

Na discussão, Altman falou sobre o papel no desenvolvimento da IA, as aplicações na educação e como resolver o viés que ainda pode ser visto em ferramentas como o ChatGPT, criação da empresa.

“Os dados (no mundo) são muito tendenciosos, mas esses sistemas de IA podem aprender a ter menos esse aspecto e podem nos ajudar. Existe um trabalho a ser feito, mas essa tecnologia me deixa otimista na internet”, explicou o presidente da OpenAI.

Apesar disso, Altman acredita que mesmo as tecnologias que ainda não tiveram seus problemas de linguagem enviesada resolvidos podem ser mais eficazes em oferecer respostas “isentas” do que os próprios humanos.

Para trazer a melhor versão - e mais segura - da ferramenta, Altman acredita que é importante que haja regulação internacional da inteligência artificial.

“Nós concordamos que é necessário regulação. (IAs) são sistemas capazes de influenciar o mundo em um risco sério, precisamos de regulações internacionais nesse sentido. Nós não queremos diminuir a inovação massiva que está acontecendo. Diferentes países vão regulamentar de forma diferente e precisamos saber como vamos mitigar impactos diferentes, mas é necessário fazer”, explicou Altman.

Altman também comentou que, depois do sucesso da ferramenta de texto desenvolvida pela empresa, é importante chegar também em ferramentas que usem vídeo. A intenção é que o ecossistema de uso da IA possa ser completo em atividades que possam passar pelos recursos da empresa.

Denis Mizne, Sam Altman, Nina da Hora e Felipe Such participam de painel sobre IA no Rio de Janeiro  Foto: Fundação Lemann/Divulgação

Educação

Um grande pilar do encontro de Altman com líderes e desenvolvedores brasileiros foi a educação. Por aqui, o empresário acredita que as ferramentas devem ser utilizadas em conjunto com os professores em sala de aula, com o ChatGPT podendo funcionar até como um tutor individual para cada estudante. A ideia é que o uso não seja para obter respostas prontas para atividades e provas, mas incentivar a busca pelo aprendizado.

Como em quase todos os campos de desenvolvimento da IA, o temor é que a coleta de dados e que as funcionalidades das ferramentas possam trazer risco à segurança e integridade de alunos e professores imersos na tecnologia. Altman admite que é necessário ter cuidado na hora de usar a IA em sala de aula, mas não esclareceu quais seriam os riscos classificados como “danos” para a utilização do recurso.

“Pode ser fácil usar os serviços apenas para obter a resposta certa e não para aprender. E acho que precisamos projetar esses sistemas de forma a garantir que os alunos realmente aprendam”, explicou o empresário ao Estadão.

Sabatina

Antes de desembarcar no Brasil, Altman passou por uma audiência no Senado americano, onde respondeu a questionamentos de membros da casa sobre IA e a regulação da tecnologia.

Em depoimento, o empresário afirmou que caso o desenvolvimento da IA “der errado, será muito errado”, citando um possível descontrole no setor. Perguntado pelo Estadão o que se pode entender sobre os riscos, Altman respondeu apenas que medidas de segurança precisam ser tomadas antes de colocar no ar qualquer ferramenta de IA.

“Acho que precisamos de padrões de segurança rigorosos, avaliações de capacidade perigosa, auditorias independentes e muitos testes. Descobrimos como lidar com tecnologia muito complexa antes e como fazemos engenharia de sistemas de segurança”, afirmou. “Acho que devemos ter cuidado com qualquer nova tecnologia poderosa que vai mudar muito a sociedade. Queremos ser muito atenciosos, ter tempo e nos adaptar gradualmente”.

Ainda, na passagem pelo Rio de Janeiro, Altman recebeu a chave da cidade, entregue pelo prefeito Eduardo Paes.

RIO - A inteligência artificial (IA) deve trazer riscos e acabar com algumas profissões que existem hoje, disse Sam Altman, CEO da OpenAI, nesta quinta-feira, 18, no Brasil. O empresário está no País para um evento da Fundação Lemann, no Rio de Janeiro, e, em conversa com convidados, ressaltou que a IA deve continuar crescendo em ritmo acelerado e que pretende chegar em ferramentas de vídeo em breve.

O evento, que não foi transmitido, teve como tema “O Futuro da IA e o Brasil”, e contou com participações da cientista da computação Nina da Hora, Felipe Such, brasileiro membro da equipe técnica da OpenAI e Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann. O Estadão esteve presente no evento.

Para o empresário, é possível que a IA possa ser um divisor de águas na classificação de novas profissões e extinção de alguns postos, mas não acredita que, a longo prazo, seja um motivo de preocupação para quem trabalha na área de tecnologia.

Segundo ele, profissionais humanos não podem ser substituídos pela IA em trabalhos criativos e de comando, o que a torna uma ferramenta para ajudar na produtividade e não para fazer todo o trabalho desenvolvido, hoje, por pessoas.

“Nós não sabemos o que vai acontecer, mas vai ter muito impacto, muitos empregos vão desaparecer, isso é uma coisa que acontece em revoluções tecnológicas. Mas, no geral, são ferramentas boas para fazer tarefas, mas não para um trabalho total”, afirmou Altman.

Na discussão, Altman falou sobre o papel no desenvolvimento da IA, as aplicações na educação e como resolver o viés que ainda pode ser visto em ferramentas como o ChatGPT, criação da empresa.

“Os dados (no mundo) são muito tendenciosos, mas esses sistemas de IA podem aprender a ter menos esse aspecto e podem nos ajudar. Existe um trabalho a ser feito, mas essa tecnologia me deixa otimista na internet”, explicou o presidente da OpenAI.

Apesar disso, Altman acredita que mesmo as tecnologias que ainda não tiveram seus problemas de linguagem enviesada resolvidos podem ser mais eficazes em oferecer respostas “isentas” do que os próprios humanos.

Para trazer a melhor versão - e mais segura - da ferramenta, Altman acredita que é importante que haja regulação internacional da inteligência artificial.

“Nós concordamos que é necessário regulação. (IAs) são sistemas capazes de influenciar o mundo em um risco sério, precisamos de regulações internacionais nesse sentido. Nós não queremos diminuir a inovação massiva que está acontecendo. Diferentes países vão regulamentar de forma diferente e precisamos saber como vamos mitigar impactos diferentes, mas é necessário fazer”, explicou Altman.

Altman também comentou que, depois do sucesso da ferramenta de texto desenvolvida pela empresa, é importante chegar também em ferramentas que usem vídeo. A intenção é que o ecossistema de uso da IA possa ser completo em atividades que possam passar pelos recursos da empresa.

Denis Mizne, Sam Altman, Nina da Hora e Felipe Such participam de painel sobre IA no Rio de Janeiro  Foto: Fundação Lemann/Divulgação

Educação

Um grande pilar do encontro de Altman com líderes e desenvolvedores brasileiros foi a educação. Por aqui, o empresário acredita que as ferramentas devem ser utilizadas em conjunto com os professores em sala de aula, com o ChatGPT podendo funcionar até como um tutor individual para cada estudante. A ideia é que o uso não seja para obter respostas prontas para atividades e provas, mas incentivar a busca pelo aprendizado.

Como em quase todos os campos de desenvolvimento da IA, o temor é que a coleta de dados e que as funcionalidades das ferramentas possam trazer risco à segurança e integridade de alunos e professores imersos na tecnologia. Altman admite que é necessário ter cuidado na hora de usar a IA em sala de aula, mas não esclareceu quais seriam os riscos classificados como “danos” para a utilização do recurso.

“Pode ser fácil usar os serviços apenas para obter a resposta certa e não para aprender. E acho que precisamos projetar esses sistemas de forma a garantir que os alunos realmente aprendam”, explicou o empresário ao Estadão.

Sabatina

Antes de desembarcar no Brasil, Altman passou por uma audiência no Senado americano, onde respondeu a questionamentos de membros da casa sobre IA e a regulação da tecnologia.

Em depoimento, o empresário afirmou que caso o desenvolvimento da IA “der errado, será muito errado”, citando um possível descontrole no setor. Perguntado pelo Estadão o que se pode entender sobre os riscos, Altman respondeu apenas que medidas de segurança precisam ser tomadas antes de colocar no ar qualquer ferramenta de IA.

“Acho que precisamos de padrões de segurança rigorosos, avaliações de capacidade perigosa, auditorias independentes e muitos testes. Descobrimos como lidar com tecnologia muito complexa antes e como fazemos engenharia de sistemas de segurança”, afirmou. “Acho que devemos ter cuidado com qualquer nova tecnologia poderosa que vai mudar muito a sociedade. Queremos ser muito atenciosos, ter tempo e nos adaptar gradualmente”.

Ainda, na passagem pelo Rio de Janeiro, Altman recebeu a chave da cidade, entregue pelo prefeito Eduardo Paes.

RIO - A inteligência artificial (IA) deve trazer riscos e acabar com algumas profissões que existem hoje, disse Sam Altman, CEO da OpenAI, nesta quinta-feira, 18, no Brasil. O empresário está no País para um evento da Fundação Lemann, no Rio de Janeiro, e, em conversa com convidados, ressaltou que a IA deve continuar crescendo em ritmo acelerado e que pretende chegar em ferramentas de vídeo em breve.

O evento, que não foi transmitido, teve como tema “O Futuro da IA e o Brasil”, e contou com participações da cientista da computação Nina da Hora, Felipe Such, brasileiro membro da equipe técnica da OpenAI e Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann. O Estadão esteve presente no evento.

Para o empresário, é possível que a IA possa ser um divisor de águas na classificação de novas profissões e extinção de alguns postos, mas não acredita que, a longo prazo, seja um motivo de preocupação para quem trabalha na área de tecnologia.

Segundo ele, profissionais humanos não podem ser substituídos pela IA em trabalhos criativos e de comando, o que a torna uma ferramenta para ajudar na produtividade e não para fazer todo o trabalho desenvolvido, hoje, por pessoas.

“Nós não sabemos o que vai acontecer, mas vai ter muito impacto, muitos empregos vão desaparecer, isso é uma coisa que acontece em revoluções tecnológicas. Mas, no geral, são ferramentas boas para fazer tarefas, mas não para um trabalho total”, afirmou Altman.

Na discussão, Altman falou sobre o papel no desenvolvimento da IA, as aplicações na educação e como resolver o viés que ainda pode ser visto em ferramentas como o ChatGPT, criação da empresa.

“Os dados (no mundo) são muito tendenciosos, mas esses sistemas de IA podem aprender a ter menos esse aspecto e podem nos ajudar. Existe um trabalho a ser feito, mas essa tecnologia me deixa otimista na internet”, explicou o presidente da OpenAI.

Apesar disso, Altman acredita que mesmo as tecnologias que ainda não tiveram seus problemas de linguagem enviesada resolvidos podem ser mais eficazes em oferecer respostas “isentas” do que os próprios humanos.

Para trazer a melhor versão - e mais segura - da ferramenta, Altman acredita que é importante que haja regulação internacional da inteligência artificial.

“Nós concordamos que é necessário regulação. (IAs) são sistemas capazes de influenciar o mundo em um risco sério, precisamos de regulações internacionais nesse sentido. Nós não queremos diminuir a inovação massiva que está acontecendo. Diferentes países vão regulamentar de forma diferente e precisamos saber como vamos mitigar impactos diferentes, mas é necessário fazer”, explicou Altman.

Altman também comentou que, depois do sucesso da ferramenta de texto desenvolvida pela empresa, é importante chegar também em ferramentas que usem vídeo. A intenção é que o ecossistema de uso da IA possa ser completo em atividades que possam passar pelos recursos da empresa.

Denis Mizne, Sam Altman, Nina da Hora e Felipe Such participam de painel sobre IA no Rio de Janeiro  Foto: Fundação Lemann/Divulgação

Educação

Um grande pilar do encontro de Altman com líderes e desenvolvedores brasileiros foi a educação. Por aqui, o empresário acredita que as ferramentas devem ser utilizadas em conjunto com os professores em sala de aula, com o ChatGPT podendo funcionar até como um tutor individual para cada estudante. A ideia é que o uso não seja para obter respostas prontas para atividades e provas, mas incentivar a busca pelo aprendizado.

Como em quase todos os campos de desenvolvimento da IA, o temor é que a coleta de dados e que as funcionalidades das ferramentas possam trazer risco à segurança e integridade de alunos e professores imersos na tecnologia. Altman admite que é necessário ter cuidado na hora de usar a IA em sala de aula, mas não esclareceu quais seriam os riscos classificados como “danos” para a utilização do recurso.

“Pode ser fácil usar os serviços apenas para obter a resposta certa e não para aprender. E acho que precisamos projetar esses sistemas de forma a garantir que os alunos realmente aprendam”, explicou o empresário ao Estadão.

Sabatina

Antes de desembarcar no Brasil, Altman passou por uma audiência no Senado americano, onde respondeu a questionamentos de membros da casa sobre IA e a regulação da tecnologia.

Em depoimento, o empresário afirmou que caso o desenvolvimento da IA “der errado, será muito errado”, citando um possível descontrole no setor. Perguntado pelo Estadão o que se pode entender sobre os riscos, Altman respondeu apenas que medidas de segurança precisam ser tomadas antes de colocar no ar qualquer ferramenta de IA.

“Acho que precisamos de padrões de segurança rigorosos, avaliações de capacidade perigosa, auditorias independentes e muitos testes. Descobrimos como lidar com tecnologia muito complexa antes e como fazemos engenharia de sistemas de segurança”, afirmou. “Acho que devemos ter cuidado com qualquer nova tecnologia poderosa que vai mudar muito a sociedade. Queremos ser muito atenciosos, ter tempo e nos adaptar gradualmente”.

Ainda, na passagem pelo Rio de Janeiro, Altman recebeu a chave da cidade, entregue pelo prefeito Eduardo Paes.

RIO - A inteligência artificial (IA) deve trazer riscos e acabar com algumas profissões que existem hoje, disse Sam Altman, CEO da OpenAI, nesta quinta-feira, 18, no Brasil. O empresário está no País para um evento da Fundação Lemann, no Rio de Janeiro, e, em conversa com convidados, ressaltou que a IA deve continuar crescendo em ritmo acelerado e que pretende chegar em ferramentas de vídeo em breve.

O evento, que não foi transmitido, teve como tema “O Futuro da IA e o Brasil”, e contou com participações da cientista da computação Nina da Hora, Felipe Such, brasileiro membro da equipe técnica da OpenAI e Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann. O Estadão esteve presente no evento.

Para o empresário, é possível que a IA possa ser um divisor de águas na classificação de novas profissões e extinção de alguns postos, mas não acredita que, a longo prazo, seja um motivo de preocupação para quem trabalha na área de tecnologia.

Segundo ele, profissionais humanos não podem ser substituídos pela IA em trabalhos criativos e de comando, o que a torna uma ferramenta para ajudar na produtividade e não para fazer todo o trabalho desenvolvido, hoje, por pessoas.

“Nós não sabemos o que vai acontecer, mas vai ter muito impacto, muitos empregos vão desaparecer, isso é uma coisa que acontece em revoluções tecnológicas. Mas, no geral, são ferramentas boas para fazer tarefas, mas não para um trabalho total”, afirmou Altman.

Na discussão, Altman falou sobre o papel no desenvolvimento da IA, as aplicações na educação e como resolver o viés que ainda pode ser visto em ferramentas como o ChatGPT, criação da empresa.

“Os dados (no mundo) são muito tendenciosos, mas esses sistemas de IA podem aprender a ter menos esse aspecto e podem nos ajudar. Existe um trabalho a ser feito, mas essa tecnologia me deixa otimista na internet”, explicou o presidente da OpenAI.

Apesar disso, Altman acredita que mesmo as tecnologias que ainda não tiveram seus problemas de linguagem enviesada resolvidos podem ser mais eficazes em oferecer respostas “isentas” do que os próprios humanos.

Para trazer a melhor versão - e mais segura - da ferramenta, Altman acredita que é importante que haja regulação internacional da inteligência artificial.

“Nós concordamos que é necessário regulação. (IAs) são sistemas capazes de influenciar o mundo em um risco sério, precisamos de regulações internacionais nesse sentido. Nós não queremos diminuir a inovação massiva que está acontecendo. Diferentes países vão regulamentar de forma diferente e precisamos saber como vamos mitigar impactos diferentes, mas é necessário fazer”, explicou Altman.

Altman também comentou que, depois do sucesso da ferramenta de texto desenvolvida pela empresa, é importante chegar também em ferramentas que usem vídeo. A intenção é que o ecossistema de uso da IA possa ser completo em atividades que possam passar pelos recursos da empresa.

Denis Mizne, Sam Altman, Nina da Hora e Felipe Such participam de painel sobre IA no Rio de Janeiro  Foto: Fundação Lemann/Divulgação

Educação

Um grande pilar do encontro de Altman com líderes e desenvolvedores brasileiros foi a educação. Por aqui, o empresário acredita que as ferramentas devem ser utilizadas em conjunto com os professores em sala de aula, com o ChatGPT podendo funcionar até como um tutor individual para cada estudante. A ideia é que o uso não seja para obter respostas prontas para atividades e provas, mas incentivar a busca pelo aprendizado.

Como em quase todos os campos de desenvolvimento da IA, o temor é que a coleta de dados e que as funcionalidades das ferramentas possam trazer risco à segurança e integridade de alunos e professores imersos na tecnologia. Altman admite que é necessário ter cuidado na hora de usar a IA em sala de aula, mas não esclareceu quais seriam os riscos classificados como “danos” para a utilização do recurso.

“Pode ser fácil usar os serviços apenas para obter a resposta certa e não para aprender. E acho que precisamos projetar esses sistemas de forma a garantir que os alunos realmente aprendam”, explicou o empresário ao Estadão.

Sabatina

Antes de desembarcar no Brasil, Altman passou por uma audiência no Senado americano, onde respondeu a questionamentos de membros da casa sobre IA e a regulação da tecnologia.

Em depoimento, o empresário afirmou que caso o desenvolvimento da IA “der errado, será muito errado”, citando um possível descontrole no setor. Perguntado pelo Estadão o que se pode entender sobre os riscos, Altman respondeu apenas que medidas de segurança precisam ser tomadas antes de colocar no ar qualquer ferramenta de IA.

“Acho que precisamos de padrões de segurança rigorosos, avaliações de capacidade perigosa, auditorias independentes e muitos testes. Descobrimos como lidar com tecnologia muito complexa antes e como fazemos engenharia de sistemas de segurança”, afirmou. “Acho que devemos ter cuidado com qualquer nova tecnologia poderosa que vai mudar muito a sociedade. Queremos ser muito atenciosos, ter tempo e nos adaptar gradualmente”.

Ainda, na passagem pelo Rio de Janeiro, Altman recebeu a chave da cidade, entregue pelo prefeito Eduardo Paes.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.