Netflix chega a 100 milhões de assinantes fora dos Estados Unidos


No total, empresa tem 167 milhões de usuários pagantes, mas se vê ameaçada pela crescente quantidade de competidores

Por Bruno Capelas
A empresa de Reed Hastings chegou a 100 milhões de assinantes fora dos EUA Foto: Steve Marcus/Reuters

A Netflix anunciou nesta segunda-feira, 21, que chegou à marca de 106 milhões de assinantes "internacionais" – isto é, fora do mercado americano – no final de 2019. Ao todo, a empresa encerrou o ano passado com 167 milhões de contas ativas em todo o mundo, segundo o balanço para o quarto trimestre de 2019, revelado nesta segunda. Durante o período entre outubro e dezembro de 2019, a empresa ganhou 8,8 milhões de assinantes no mundo todo – a expectativa de analistas era de 7,6 milhões de novas contas. 

Os números levaram as ações da companhia a subir 0,5% após o fechamento do mercado nos Estados Unidos. A valorização só não foi melhor por conta do baixo crescimento da empresa nos mercados dos EUA e do Canadá, onde só surgiram 420 mil novas assinaturas – a expectativa do mercado era de cerca de 659 mil, segundo dados da consultoria Refinitiv. Dois fatores prejudicaram a Netflix nesses países: mudanças nos preços das assinaturas e a chegada de novos competidores, como Apple TV+ e Disney+

continua após a publicidade

É um movimento que deve se intensificar: nos próximos meses, empresas como NBC Universal e AT&T (dona de HBO e Warner) devem lançar ou atualizar suas plataformas de streaming de vídeo, aumentando a disputa no mercado em que a companhia de Reed Hastings é líder. O cenário é ainda mais complexo quando se considera que conteúdos da NBC Universal, Disney, Fox (que é da Disney) e Warner Bros. contabilizaram mais da metade das horas assistidas pelos usuários da Netflix em 2019, segundo dados da corretora Wedbush Securities. Parte desse conteúdo vai sair do serviço da empresa nos próximos meses – caso das animações da Disney e do seriado Friends, da NBC, que são bastante populares na Netflix. 

Na carta aos acionistas, no entanto, o aumento da competição não parece preopcupar a empresa. "O streaming ainda está em seus primeiros dias, deixando amplo espaço para muitos serviços crescerem, enquanto a TV linear, tradicional, perde atenção", afirmou a Netflix. Para seguir crescendo, a empresa tem investido muito em conteúdo original – ao longo de 2019, US$ 19 bilhões foram utilizados para a criação de novos programas. Muitos deles não são falados em inglês, para ajudar a empresa a crescer em mercados globais e emergentes. 

No quarto trimestre de 2019, a Netflix lucrou US$ 587 milhões, enquanto a receita subiu para US$ 5,5 bilhões. Para o primeiro trimestre de 2020, a Netflix espera conquistar 7 milhões de novas assinaturas. 

A empresa de Reed Hastings chegou a 100 milhões de assinantes fora dos EUA Foto: Steve Marcus/Reuters

A Netflix anunciou nesta segunda-feira, 21, que chegou à marca de 106 milhões de assinantes "internacionais" – isto é, fora do mercado americano – no final de 2019. Ao todo, a empresa encerrou o ano passado com 167 milhões de contas ativas em todo o mundo, segundo o balanço para o quarto trimestre de 2019, revelado nesta segunda. Durante o período entre outubro e dezembro de 2019, a empresa ganhou 8,8 milhões de assinantes no mundo todo – a expectativa de analistas era de 7,6 milhões de novas contas. 

Os números levaram as ações da companhia a subir 0,5% após o fechamento do mercado nos Estados Unidos. A valorização só não foi melhor por conta do baixo crescimento da empresa nos mercados dos EUA e do Canadá, onde só surgiram 420 mil novas assinaturas – a expectativa do mercado era de cerca de 659 mil, segundo dados da consultoria Refinitiv. Dois fatores prejudicaram a Netflix nesses países: mudanças nos preços das assinaturas e a chegada de novos competidores, como Apple TV+ e Disney+

É um movimento que deve se intensificar: nos próximos meses, empresas como NBC Universal e AT&T (dona de HBO e Warner) devem lançar ou atualizar suas plataformas de streaming de vídeo, aumentando a disputa no mercado em que a companhia de Reed Hastings é líder. O cenário é ainda mais complexo quando se considera que conteúdos da NBC Universal, Disney, Fox (que é da Disney) e Warner Bros. contabilizaram mais da metade das horas assistidas pelos usuários da Netflix em 2019, segundo dados da corretora Wedbush Securities. Parte desse conteúdo vai sair do serviço da empresa nos próximos meses – caso das animações da Disney e do seriado Friends, da NBC, que são bastante populares na Netflix. 

Na carta aos acionistas, no entanto, o aumento da competição não parece preopcupar a empresa. "O streaming ainda está em seus primeiros dias, deixando amplo espaço para muitos serviços crescerem, enquanto a TV linear, tradicional, perde atenção", afirmou a Netflix. Para seguir crescendo, a empresa tem investido muito em conteúdo original – ao longo de 2019, US$ 19 bilhões foram utilizados para a criação de novos programas. Muitos deles não são falados em inglês, para ajudar a empresa a crescer em mercados globais e emergentes. 

No quarto trimestre de 2019, a Netflix lucrou US$ 587 milhões, enquanto a receita subiu para US$ 5,5 bilhões. Para o primeiro trimestre de 2020, a Netflix espera conquistar 7 milhões de novas assinaturas. 

A empresa de Reed Hastings chegou a 100 milhões de assinantes fora dos EUA Foto: Steve Marcus/Reuters

A Netflix anunciou nesta segunda-feira, 21, que chegou à marca de 106 milhões de assinantes "internacionais" – isto é, fora do mercado americano – no final de 2019. Ao todo, a empresa encerrou o ano passado com 167 milhões de contas ativas em todo o mundo, segundo o balanço para o quarto trimestre de 2019, revelado nesta segunda. Durante o período entre outubro e dezembro de 2019, a empresa ganhou 8,8 milhões de assinantes no mundo todo – a expectativa de analistas era de 7,6 milhões de novas contas. 

Os números levaram as ações da companhia a subir 0,5% após o fechamento do mercado nos Estados Unidos. A valorização só não foi melhor por conta do baixo crescimento da empresa nos mercados dos EUA e do Canadá, onde só surgiram 420 mil novas assinaturas – a expectativa do mercado era de cerca de 659 mil, segundo dados da consultoria Refinitiv. Dois fatores prejudicaram a Netflix nesses países: mudanças nos preços das assinaturas e a chegada de novos competidores, como Apple TV+ e Disney+

É um movimento que deve se intensificar: nos próximos meses, empresas como NBC Universal e AT&T (dona de HBO e Warner) devem lançar ou atualizar suas plataformas de streaming de vídeo, aumentando a disputa no mercado em que a companhia de Reed Hastings é líder. O cenário é ainda mais complexo quando se considera que conteúdos da NBC Universal, Disney, Fox (que é da Disney) e Warner Bros. contabilizaram mais da metade das horas assistidas pelos usuários da Netflix em 2019, segundo dados da corretora Wedbush Securities. Parte desse conteúdo vai sair do serviço da empresa nos próximos meses – caso das animações da Disney e do seriado Friends, da NBC, que são bastante populares na Netflix. 

Na carta aos acionistas, no entanto, o aumento da competição não parece preopcupar a empresa. "O streaming ainda está em seus primeiros dias, deixando amplo espaço para muitos serviços crescerem, enquanto a TV linear, tradicional, perde atenção", afirmou a Netflix. Para seguir crescendo, a empresa tem investido muito em conteúdo original – ao longo de 2019, US$ 19 bilhões foram utilizados para a criação de novos programas. Muitos deles não são falados em inglês, para ajudar a empresa a crescer em mercados globais e emergentes. 

No quarto trimestre de 2019, a Netflix lucrou US$ 587 milhões, enquanto a receita subiu para US$ 5,5 bilhões. Para o primeiro trimestre de 2020, a Netflix espera conquistar 7 milhões de novas assinaturas. 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.