Danos cerebrais: Neuralink, de Elon Musk, é acusada de maus-tratos a macacos


ONG americana denunciou a empresa do bilionário, que teria causado ao menos três mortes de animais

Atualização:

A Neuralink, empresa de implantes cerebrais comandada por Elon Musk, está sendo acusada de matar animais em consequência dos procedimentos realizados para a colocação de chips para testes. De acordo com a revista americana Wired, documentos de veterinários mostram que vários macacos tiveram que ser sacrificados após os implantes darem errado.

O assunto veio à tona depois que Musk afirmou, no começo do mês no X (ex-Twitter) que nenhum animal havia morrido em decorrência de testes da empresa. Segundo ele, os implantes são feitos em macacos com doenças terminais que já estão perto da morte, para minimizar os riscos aos animais.

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A condição dos animais usados pela Neuralink, porém, não é exatamente essa, de acordo com o Physicians Committee for Responsible Medicine, uma ONG que luta contra testes em animais. O órgão enviou uma carta para a Securities and Exchange Commission (SEC) pedindo para que uma investigação fosse aberta para o caso.

De acordo com o Physicians Committee, documentos das cirurgias de implante cerebral foram analisados por um grupo de pesquisa veterinária da Universidade da Califórnia e constataram que vários animais tiveram efeitos colaterais aos procedimentos que passam por sangramento, paralisia parcial e edemas cerebrais.

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Além disso, uma fonte próxima à empresa afirmou que os macacos passam por, pelo menos, um ano de aclimatação até que estejam prontos para o procedimento e que, portanto, não estão em estado terminal.

Um dos documentos registrou que um macaco, identificado como “Animal 20″, foi visto coçando o local da cirurgia diversas vezes, causando sangramento e deslocando uma parte do conector do implante. Uma cirurgia de correção foi feita no dia seguinte, mas o animal contraiu infecções no local e foi sacrificado cerca de um mês depois, em janeiro de 2020.

Em outro caso, dias após a implantação do chip, um macaco começou a bater a própria cabeça no chão, um sintoma de dor e infecção no local da cirurgia. O animal passou meses demonstrando que estava incomodado com o implante e chegou a perder o senso de coordenação motora. Após ser sacrificado, em 2019, uma necropsia identificou que o animal teve sangramento cerebral e que partes do órgão estavam “esfareladas” após o implante.

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Pelo menos um outro animal também foi sacrificado depois que um erro humano na implantação do chip causou danos ao seu cérebro.

“Eles afirmam que vão colocar um dispositivo seguro no mercado, e é por isso que você deve investir”, disse Ryan Merkley, líder do estudo no Physicians Committee em entrevista para a Wired. “E vemos sua mentira como uma forma de encobrir o que aconteceu nesses estudos exploratórios.”

A SEC ainda não deu uma resposta se vai investigar o caso e notificar a Neuralink sobre o trato com os animais na empresa. A Neuralink também não respondeu a um pedido de comentário feito pela revista americana.

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Nesta semana, a Neuralink anunciou que está buscando por pacientes para começar os experimentos com os chips implantados em cérebros humanos. A triagem clínica tem aprovação da agência reguladora de saúde dos Estados Unidos.

O recrutamento da empresa busca especificamente por pessoas com quadriplegia devido a lesão da medula espinhal cervical ou com esclerose lateral amiotrófica (ELA), maiores de 22 anos de idade e com um “consistente e confiável cuidador”. O estudo deve ter duração de 6 anos, com visitas de equipes médicas em casa e do paciente ao laboratório.

A Neuralink, empresa de implantes cerebrais comandada por Elon Musk, está sendo acusada de matar animais em consequência dos procedimentos realizados para a colocação de chips para testes. De acordo com a revista americana Wired, documentos de veterinários mostram que vários macacos tiveram que ser sacrificados após os implantes darem errado.

O assunto veio à tona depois que Musk afirmou, no começo do mês no X (ex-Twitter) que nenhum animal havia morrido em decorrência de testes da empresa. Segundo ele, os implantes são feitos em macacos com doenças terminais que já estão perto da morte, para minimizar os riscos aos animais.

A condição dos animais usados pela Neuralink, porém, não é exatamente essa, de acordo com o Physicians Committee for Responsible Medicine, uma ONG que luta contra testes em animais. O órgão enviou uma carta para a Securities and Exchange Commission (SEC) pedindo para que uma investigação fosse aberta para o caso.

De acordo com o Physicians Committee, documentos das cirurgias de implante cerebral foram analisados por um grupo de pesquisa veterinária da Universidade da Califórnia e constataram que vários animais tiveram efeitos colaterais aos procedimentos que passam por sangramento, paralisia parcial e edemas cerebrais.

Além disso, uma fonte próxima à empresa afirmou que os macacos passam por, pelo menos, um ano de aclimatação até que estejam prontos para o procedimento e que, portanto, não estão em estado terminal.

Um dos documentos registrou que um macaco, identificado como “Animal 20″, foi visto coçando o local da cirurgia diversas vezes, causando sangramento e deslocando uma parte do conector do implante. Uma cirurgia de correção foi feita no dia seguinte, mas o animal contraiu infecções no local e foi sacrificado cerca de um mês depois, em janeiro de 2020.

Em outro caso, dias após a implantação do chip, um macaco começou a bater a própria cabeça no chão, um sintoma de dor e infecção no local da cirurgia. O animal passou meses demonstrando que estava incomodado com o implante e chegou a perder o senso de coordenação motora. Após ser sacrificado, em 2019, uma necropsia identificou que o animal teve sangramento cerebral e que partes do órgão estavam “esfareladas” após o implante.

Pelo menos um outro animal também foi sacrificado depois que um erro humano na implantação do chip causou danos ao seu cérebro.

“Eles afirmam que vão colocar um dispositivo seguro no mercado, e é por isso que você deve investir”, disse Ryan Merkley, líder do estudo no Physicians Committee em entrevista para a Wired. “E vemos sua mentira como uma forma de encobrir o que aconteceu nesses estudos exploratórios.”

A SEC ainda não deu uma resposta se vai investigar o caso e notificar a Neuralink sobre o trato com os animais na empresa. A Neuralink também não respondeu a um pedido de comentário feito pela revista americana.

Nesta semana, a Neuralink anunciou que está buscando por pacientes para começar os experimentos com os chips implantados em cérebros humanos. A triagem clínica tem aprovação da agência reguladora de saúde dos Estados Unidos.

O recrutamento da empresa busca especificamente por pessoas com quadriplegia devido a lesão da medula espinhal cervical ou com esclerose lateral amiotrófica (ELA), maiores de 22 anos de idade e com um “consistente e confiável cuidador”. O estudo deve ter duração de 6 anos, com visitas de equipes médicas em casa e do paciente ao laboratório.

A Neuralink, empresa de implantes cerebrais comandada por Elon Musk, está sendo acusada de matar animais em consequência dos procedimentos realizados para a colocação de chips para testes. De acordo com a revista americana Wired, documentos de veterinários mostram que vários macacos tiveram que ser sacrificados após os implantes darem errado.

O assunto veio à tona depois que Musk afirmou, no começo do mês no X (ex-Twitter) que nenhum animal havia morrido em decorrência de testes da empresa. Segundo ele, os implantes são feitos em macacos com doenças terminais que já estão perto da morte, para minimizar os riscos aos animais.

A condição dos animais usados pela Neuralink, porém, não é exatamente essa, de acordo com o Physicians Committee for Responsible Medicine, uma ONG que luta contra testes em animais. O órgão enviou uma carta para a Securities and Exchange Commission (SEC) pedindo para que uma investigação fosse aberta para o caso.

De acordo com o Physicians Committee, documentos das cirurgias de implante cerebral foram analisados por um grupo de pesquisa veterinária da Universidade da Califórnia e constataram que vários animais tiveram efeitos colaterais aos procedimentos que passam por sangramento, paralisia parcial e edemas cerebrais.

Além disso, uma fonte próxima à empresa afirmou que os macacos passam por, pelo menos, um ano de aclimatação até que estejam prontos para o procedimento e que, portanto, não estão em estado terminal.

Um dos documentos registrou que um macaco, identificado como “Animal 20″, foi visto coçando o local da cirurgia diversas vezes, causando sangramento e deslocando uma parte do conector do implante. Uma cirurgia de correção foi feita no dia seguinte, mas o animal contraiu infecções no local e foi sacrificado cerca de um mês depois, em janeiro de 2020.

Em outro caso, dias após a implantação do chip, um macaco começou a bater a própria cabeça no chão, um sintoma de dor e infecção no local da cirurgia. O animal passou meses demonstrando que estava incomodado com o implante e chegou a perder o senso de coordenação motora. Após ser sacrificado, em 2019, uma necropsia identificou que o animal teve sangramento cerebral e que partes do órgão estavam “esfareladas” após o implante.

Pelo menos um outro animal também foi sacrificado depois que um erro humano na implantação do chip causou danos ao seu cérebro.

“Eles afirmam que vão colocar um dispositivo seguro no mercado, e é por isso que você deve investir”, disse Ryan Merkley, líder do estudo no Physicians Committee em entrevista para a Wired. “E vemos sua mentira como uma forma de encobrir o que aconteceu nesses estudos exploratórios.”

A SEC ainda não deu uma resposta se vai investigar o caso e notificar a Neuralink sobre o trato com os animais na empresa. A Neuralink também não respondeu a um pedido de comentário feito pela revista americana.

Nesta semana, a Neuralink anunciou que está buscando por pacientes para começar os experimentos com os chips implantados em cérebros humanos. A triagem clínica tem aprovação da agência reguladora de saúde dos Estados Unidos.

O recrutamento da empresa busca especificamente por pessoas com quadriplegia devido a lesão da medula espinhal cervical ou com esclerose lateral amiotrófica (ELA), maiores de 22 anos de idade e com um “consistente e confiável cuidador”. O estudo deve ter duração de 6 anos, com visitas de equipes médicas em casa e do paciente ao laboratório.

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