OPPO no Brasil: ‘Teremos que ter cautela na operação’, diz chefe da empresa


Ao ‘Estadão’, Jim Zhang, CEO da marca chinesa no País, dá detalhes de como a empresa de celulares pretende atuar por aqui

Por Bruno Romani
Jim Zhang comanda a OPPO no Brasil Foto: Divulgação

A OPPO, quarta maior fabricante de smartphones do mundo, vai iniciar operação no Brasil, após anos de expectativas de admiradores da marca no País – o primeiro modelo a ser disponibilizado por aqui será o Reno7, aparelho intermediário que não tem suporte ao 5G

Quem estará diante da operação será o executivo Jim Zhang, responsável por, em 2014, levar os celulares da OnePlus para a Índia – a marca pertence ao grupo BBK, o mesmo que controla a OPPO

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Ao Estadão, Zhang detalhou pela primeira vez a operação brasileira da OPPO, que deverá ser focada em vendas online e ter algumas parcerias estratégicas. Confira os melhores momentos. 

Porque a OPPO decidiu entrar no mercado brasileiro agora? 

Entendemos que o Brasil é um dos maiores mercados de telefonia móvel do mundo. E o tamanho e a importância deste mercado faz com que a gente não possa ignorá-lo. Veja nossa história:assim que a OPPO atingiu o primeiro lugar no mercado chinês, entramos no Sudeste Asiático e atingimos o segundo lugar. Depois continuou expandindo em outros mercados. Por exemplo, na Índia somos a terceira maior marca no mercado. Na Europa, somos a quinta maior marca. Em 2020, decidimos entrar na América Latina pelo México, onde a gente teve um grande sucesso. Em 2022, a entrada no mercado brasileiro faz parte do ritmo de planejamento da empresa. 

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Qual vai ser a estratégia para o mercado brasileiro?

O mercado brasileiro é estratégico e atribuímos muita importância a ele. Percebemos uma grande demanda por marcas e produtos novos. O primeiro modelo que a gente está trazendo é a série Reno7, que tem como ponto de destaque a fotografia. Essa é uma série que vendeu muito bem desde 2019. Foram 60 milhões de unidades de aparelhos no período. Sabemos que é uma série popular e por isso optamos por ela no começo. No ano que vem, em momento oportuno, a gente vai também trazer também a série Find, que é a nossa linha principal de celulares. 

Quem o sr. entende como seus principais concorrentes no Brasil?

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A OPPO é uma marca orientada aos usuários. Nossa preocupação é se as demandas deles estão sendo atendidas. Baseado nisso, não paramos de trazer novos produtos para atender aqueles cenários de uso do dia a dia, como, por exemplo, tirar fotos e carregar a bateria. Resumidamente: o nosso rival somos nós mesmos. A gente precisa se desafiar e se aperfeiçoar o tempo todo. 

Outras marcas chinesas, como Xiaomi e Realme, chegaram ao Brasil com muitas expectativas, mas nunca conseguiram tirar mercado de Samsung e Motorola. O que a OPPO pode fazer de diferente? Quais são as lições que essas marcas deixam?

Com certeza precisamos aprender lições com as marcas que você citou. O mercado brasileiro é muito singular em comparação com os outros países. Como a gente não tem muita experiência por aqui, a gente precisa ter prudência e estudar cuidadosamente os hábitos dos consumidores. 

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Qual será o investimento para o início da operação brasileira?

O Brasil tem um sistema tributários muito complexo. A gente chegou no Brasil no ano passado para pesquisar e estudar. A nossa matriz está elaborando o plano de investimento, que será divulgado no momento oportuno.

Qual será a meta de vendas? 

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O Brasil é um mercado maduro e os usuários têm preferências consolidadas. A gente sabe que vai atrair primeiro aquele grupo de consumidores que conhece e gosta da marca. Depois vamos pensar sobre como aumentar o volume de vendas. Vamos trabalhar para deixar satisfeitos o primeiro grupo de consumidores. Com esse ganho de reputação, a gente acha que o volume de vendas aumentará de forma espontânea. Mas isso não é um assunto prioritário por enquanto.

Por que o primeiro aparelho anunciado para o Brasil não tem 5G?

A OPPO está entre as empresas com maior presença nas patentes de 5G. Somos uma das dez empresas com patentes padrão na tecnologia em mais de 30 países e regiões. Na verdade, a série Reno7 tem versões 4G e 5G. No momento, porém, a gente queria lançar uma versão mais acessível ao consumidor. No ano que vem, a gente vai lançar aparelhos com 5G. 

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 As vendas serão apenas online ou terá parceria com o varejo físico?

Visando uma melhor comunicação com os usuário, as vendas serão principalmente online. A gente vai fechar uma parceria exclusiva com um site de e-commerce para lançar os primeiros produtos. Por outro lado, a gente sabe que o celular faz parte de uma categoria de produtos cuja experiência de uso é importante. Então, a gente vai abrir alguns canais de vendas físicas, que serão como centros de experiência para os consumidores. 

Esses pontos de experiência serão próprios ou realizados em parceria?

Para os canais físicos, a gente vai fazer em parceria com uma operadora. 

Inicialmente, os celulares serão importados. Existe algum plano de fabricação local?

Na primeira fase, os nossos produtos serão importados, mas a gente quer ter fabricação local. Isso é algo indispensável e inevitável. Por isso, a gente já iniciou as pesquisas e a preparação para entender o que deve ser feito para iniciar a fabricação local. Esses estudos não são somente no Brasil. Eles ocorrem nos outros países da América Latina em que a gente tem operações. 

Como será a operação brasileira da OPPO? O sr. atuará dentro do País?

Como decidimos iniciar a operação no Brasil, então a estrutura de serviços tem que estar no País para atender os consumidores. A gente vai escolher um distribuidor que vai servir como representante nacional e vai cuidar dos trabalhos logísticos e de vendas. A equipe própria vai ser responsável pelo marketing e pelos serviços, que são dois dos aspectos mais importantes. Eu ficarei a maior parte do tempo no Brasil. 

Quem será o distribuidor nacional?

O representante já foi confirmado, mas ainda não posso revelar o nome. 

O que o sr. pode revelar sobre os preços dos produtos?

O que a gente pode falar agora é que como os produtos são importados, os preços vão acompanhar isso. A gente tem muita confiança em trazer surpresas para os consumidores brasileiros no evento de lançamento. Essa surpresa pode até não ser o preço, mas os outros aspectos, como serviços e benefícios. 

O que o sr. sabe daquela história de 2018, que supostamente dizia que a OPPO teria uma representação no Paraguai para atender o mercado brasileiro?

Essa história é totalmente falsa. Quando cheguei ao Brasil pela primeira vez, também ouvi falar e pesquisei no Google para saber o que houve. A primeira vez que a OPPO entrou na América Latina foi em 2020. Foi após o sucesso no México, onde temos 14% do mercado, que a OPPO entrou nos outros países da região.

Quais foram as lições aprendidas na América Latina antes de estrear no Brasil?

A gente precisa admitir que entrou na América Latina numa fase relativamente tardia, mas, para a nossa surpresa, o interesse ultrapassou a expectativa. Isso provavelmente se deve às funcionalidades fotográficas, além do design bonito e agradável dos aparelhos. As marcas chinesas não tiveram muita presença na América Latina, mas são mercados promissores, cheios de oportunidades.

Jim Zhang comanda a OPPO no Brasil Foto: Divulgação

A OPPO, quarta maior fabricante de smartphones do mundo, vai iniciar operação no Brasil, após anos de expectativas de admiradores da marca no País – o primeiro modelo a ser disponibilizado por aqui será o Reno7, aparelho intermediário que não tem suporte ao 5G

Quem estará diante da operação será o executivo Jim Zhang, responsável por, em 2014, levar os celulares da OnePlus para a Índia – a marca pertence ao grupo BBK, o mesmo que controla a OPPO

Ao Estadão, Zhang detalhou pela primeira vez a operação brasileira da OPPO, que deverá ser focada em vendas online e ter algumas parcerias estratégicas. Confira os melhores momentos. 

Porque a OPPO decidiu entrar no mercado brasileiro agora? 

Entendemos que o Brasil é um dos maiores mercados de telefonia móvel do mundo. E o tamanho e a importância deste mercado faz com que a gente não possa ignorá-lo. Veja nossa história:assim que a OPPO atingiu o primeiro lugar no mercado chinês, entramos no Sudeste Asiático e atingimos o segundo lugar. Depois continuou expandindo em outros mercados. Por exemplo, na Índia somos a terceira maior marca no mercado. Na Europa, somos a quinta maior marca. Em 2020, decidimos entrar na América Latina pelo México, onde a gente teve um grande sucesso. Em 2022, a entrada no mercado brasileiro faz parte do ritmo de planejamento da empresa. 

Qual vai ser a estratégia para o mercado brasileiro?

O mercado brasileiro é estratégico e atribuímos muita importância a ele. Percebemos uma grande demanda por marcas e produtos novos. O primeiro modelo que a gente está trazendo é a série Reno7, que tem como ponto de destaque a fotografia. Essa é uma série que vendeu muito bem desde 2019. Foram 60 milhões de unidades de aparelhos no período. Sabemos que é uma série popular e por isso optamos por ela no começo. No ano que vem, em momento oportuno, a gente vai também trazer também a série Find, que é a nossa linha principal de celulares. 

Quem o sr. entende como seus principais concorrentes no Brasil?

A OPPO é uma marca orientada aos usuários. Nossa preocupação é se as demandas deles estão sendo atendidas. Baseado nisso, não paramos de trazer novos produtos para atender aqueles cenários de uso do dia a dia, como, por exemplo, tirar fotos e carregar a bateria. Resumidamente: o nosso rival somos nós mesmos. A gente precisa se desafiar e se aperfeiçoar o tempo todo. 

Outras marcas chinesas, como Xiaomi e Realme, chegaram ao Brasil com muitas expectativas, mas nunca conseguiram tirar mercado de Samsung e Motorola. O que a OPPO pode fazer de diferente? Quais são as lições que essas marcas deixam?

Com certeza precisamos aprender lições com as marcas que você citou. O mercado brasileiro é muito singular em comparação com os outros países. Como a gente não tem muita experiência por aqui, a gente precisa ter prudência e estudar cuidadosamente os hábitos dos consumidores. 

Qual será o investimento para o início da operação brasileira?

O Brasil tem um sistema tributários muito complexo. A gente chegou no Brasil no ano passado para pesquisar e estudar. A nossa matriz está elaborando o plano de investimento, que será divulgado no momento oportuno.

Qual será a meta de vendas? 

O Brasil é um mercado maduro e os usuários têm preferências consolidadas. A gente sabe que vai atrair primeiro aquele grupo de consumidores que conhece e gosta da marca. Depois vamos pensar sobre como aumentar o volume de vendas. Vamos trabalhar para deixar satisfeitos o primeiro grupo de consumidores. Com esse ganho de reputação, a gente acha que o volume de vendas aumentará de forma espontânea. Mas isso não é um assunto prioritário por enquanto.

Por que o primeiro aparelho anunciado para o Brasil não tem 5G?

A OPPO está entre as empresas com maior presença nas patentes de 5G. Somos uma das dez empresas com patentes padrão na tecnologia em mais de 30 países e regiões. Na verdade, a série Reno7 tem versões 4G e 5G. No momento, porém, a gente queria lançar uma versão mais acessível ao consumidor. No ano que vem, a gente vai lançar aparelhos com 5G. 

 As vendas serão apenas online ou terá parceria com o varejo físico?

Visando uma melhor comunicação com os usuário, as vendas serão principalmente online. A gente vai fechar uma parceria exclusiva com um site de e-commerce para lançar os primeiros produtos. Por outro lado, a gente sabe que o celular faz parte de uma categoria de produtos cuja experiência de uso é importante. Então, a gente vai abrir alguns canais de vendas físicas, que serão como centros de experiência para os consumidores. 

Esses pontos de experiência serão próprios ou realizados em parceria?

Para os canais físicos, a gente vai fazer em parceria com uma operadora. 

Inicialmente, os celulares serão importados. Existe algum plano de fabricação local?

Na primeira fase, os nossos produtos serão importados, mas a gente quer ter fabricação local. Isso é algo indispensável e inevitável. Por isso, a gente já iniciou as pesquisas e a preparação para entender o que deve ser feito para iniciar a fabricação local. Esses estudos não são somente no Brasil. Eles ocorrem nos outros países da América Latina em que a gente tem operações. 

Como será a operação brasileira da OPPO? O sr. atuará dentro do País?

Como decidimos iniciar a operação no Brasil, então a estrutura de serviços tem que estar no País para atender os consumidores. A gente vai escolher um distribuidor que vai servir como representante nacional e vai cuidar dos trabalhos logísticos e de vendas. A equipe própria vai ser responsável pelo marketing e pelos serviços, que são dois dos aspectos mais importantes. Eu ficarei a maior parte do tempo no Brasil. 

Quem será o distribuidor nacional?

O representante já foi confirmado, mas ainda não posso revelar o nome. 

O que o sr. pode revelar sobre os preços dos produtos?

O que a gente pode falar agora é que como os produtos são importados, os preços vão acompanhar isso. A gente tem muita confiança em trazer surpresas para os consumidores brasileiros no evento de lançamento. Essa surpresa pode até não ser o preço, mas os outros aspectos, como serviços e benefícios. 

O que o sr. sabe daquela história de 2018, que supostamente dizia que a OPPO teria uma representação no Paraguai para atender o mercado brasileiro?

Essa história é totalmente falsa. Quando cheguei ao Brasil pela primeira vez, também ouvi falar e pesquisei no Google para saber o que houve. A primeira vez que a OPPO entrou na América Latina foi em 2020. Foi após o sucesso no México, onde temos 14% do mercado, que a OPPO entrou nos outros países da região.

Quais foram as lições aprendidas na América Latina antes de estrear no Brasil?

A gente precisa admitir que entrou na América Latina numa fase relativamente tardia, mas, para a nossa surpresa, o interesse ultrapassou a expectativa. Isso provavelmente se deve às funcionalidades fotográficas, além do design bonito e agradável dos aparelhos. As marcas chinesas não tiveram muita presença na América Latina, mas são mercados promissores, cheios de oportunidades.

Jim Zhang comanda a OPPO no Brasil Foto: Divulgação

A OPPO, quarta maior fabricante de smartphones do mundo, vai iniciar operação no Brasil, após anos de expectativas de admiradores da marca no País – o primeiro modelo a ser disponibilizado por aqui será o Reno7, aparelho intermediário que não tem suporte ao 5G

Quem estará diante da operação será o executivo Jim Zhang, responsável por, em 2014, levar os celulares da OnePlus para a Índia – a marca pertence ao grupo BBK, o mesmo que controla a OPPO

Ao Estadão, Zhang detalhou pela primeira vez a operação brasileira da OPPO, que deverá ser focada em vendas online e ter algumas parcerias estratégicas. Confira os melhores momentos. 

Porque a OPPO decidiu entrar no mercado brasileiro agora? 

Entendemos que o Brasil é um dos maiores mercados de telefonia móvel do mundo. E o tamanho e a importância deste mercado faz com que a gente não possa ignorá-lo. Veja nossa história:assim que a OPPO atingiu o primeiro lugar no mercado chinês, entramos no Sudeste Asiático e atingimos o segundo lugar. Depois continuou expandindo em outros mercados. Por exemplo, na Índia somos a terceira maior marca no mercado. Na Europa, somos a quinta maior marca. Em 2020, decidimos entrar na América Latina pelo México, onde a gente teve um grande sucesso. Em 2022, a entrada no mercado brasileiro faz parte do ritmo de planejamento da empresa. 

Qual vai ser a estratégia para o mercado brasileiro?

O mercado brasileiro é estratégico e atribuímos muita importância a ele. Percebemos uma grande demanda por marcas e produtos novos. O primeiro modelo que a gente está trazendo é a série Reno7, que tem como ponto de destaque a fotografia. Essa é uma série que vendeu muito bem desde 2019. Foram 60 milhões de unidades de aparelhos no período. Sabemos que é uma série popular e por isso optamos por ela no começo. No ano que vem, em momento oportuno, a gente vai também trazer também a série Find, que é a nossa linha principal de celulares. 

Quem o sr. entende como seus principais concorrentes no Brasil?

A OPPO é uma marca orientada aos usuários. Nossa preocupação é se as demandas deles estão sendo atendidas. Baseado nisso, não paramos de trazer novos produtos para atender aqueles cenários de uso do dia a dia, como, por exemplo, tirar fotos e carregar a bateria. Resumidamente: o nosso rival somos nós mesmos. A gente precisa se desafiar e se aperfeiçoar o tempo todo. 

Outras marcas chinesas, como Xiaomi e Realme, chegaram ao Brasil com muitas expectativas, mas nunca conseguiram tirar mercado de Samsung e Motorola. O que a OPPO pode fazer de diferente? Quais são as lições que essas marcas deixam?

Com certeza precisamos aprender lições com as marcas que você citou. O mercado brasileiro é muito singular em comparação com os outros países. Como a gente não tem muita experiência por aqui, a gente precisa ter prudência e estudar cuidadosamente os hábitos dos consumidores. 

Qual será o investimento para o início da operação brasileira?

O Brasil tem um sistema tributários muito complexo. A gente chegou no Brasil no ano passado para pesquisar e estudar. A nossa matriz está elaborando o plano de investimento, que será divulgado no momento oportuno.

Qual será a meta de vendas? 

O Brasil é um mercado maduro e os usuários têm preferências consolidadas. A gente sabe que vai atrair primeiro aquele grupo de consumidores que conhece e gosta da marca. Depois vamos pensar sobre como aumentar o volume de vendas. Vamos trabalhar para deixar satisfeitos o primeiro grupo de consumidores. Com esse ganho de reputação, a gente acha que o volume de vendas aumentará de forma espontânea. Mas isso não é um assunto prioritário por enquanto.

Por que o primeiro aparelho anunciado para o Brasil não tem 5G?

A OPPO está entre as empresas com maior presença nas patentes de 5G. Somos uma das dez empresas com patentes padrão na tecnologia em mais de 30 países e regiões. Na verdade, a série Reno7 tem versões 4G e 5G. No momento, porém, a gente queria lançar uma versão mais acessível ao consumidor. No ano que vem, a gente vai lançar aparelhos com 5G. 

 As vendas serão apenas online ou terá parceria com o varejo físico?

Visando uma melhor comunicação com os usuário, as vendas serão principalmente online. A gente vai fechar uma parceria exclusiva com um site de e-commerce para lançar os primeiros produtos. Por outro lado, a gente sabe que o celular faz parte de uma categoria de produtos cuja experiência de uso é importante. Então, a gente vai abrir alguns canais de vendas físicas, que serão como centros de experiência para os consumidores. 

Esses pontos de experiência serão próprios ou realizados em parceria?

Para os canais físicos, a gente vai fazer em parceria com uma operadora. 

Inicialmente, os celulares serão importados. Existe algum plano de fabricação local?

Na primeira fase, os nossos produtos serão importados, mas a gente quer ter fabricação local. Isso é algo indispensável e inevitável. Por isso, a gente já iniciou as pesquisas e a preparação para entender o que deve ser feito para iniciar a fabricação local. Esses estudos não são somente no Brasil. Eles ocorrem nos outros países da América Latina em que a gente tem operações. 

Como será a operação brasileira da OPPO? O sr. atuará dentro do País?

Como decidimos iniciar a operação no Brasil, então a estrutura de serviços tem que estar no País para atender os consumidores. A gente vai escolher um distribuidor que vai servir como representante nacional e vai cuidar dos trabalhos logísticos e de vendas. A equipe própria vai ser responsável pelo marketing e pelos serviços, que são dois dos aspectos mais importantes. Eu ficarei a maior parte do tempo no Brasil. 

Quem será o distribuidor nacional?

O representante já foi confirmado, mas ainda não posso revelar o nome. 

O que o sr. pode revelar sobre os preços dos produtos?

O que a gente pode falar agora é que como os produtos são importados, os preços vão acompanhar isso. A gente tem muita confiança em trazer surpresas para os consumidores brasileiros no evento de lançamento. Essa surpresa pode até não ser o preço, mas os outros aspectos, como serviços e benefícios. 

O que o sr. sabe daquela história de 2018, que supostamente dizia que a OPPO teria uma representação no Paraguai para atender o mercado brasileiro?

Essa história é totalmente falsa. Quando cheguei ao Brasil pela primeira vez, também ouvi falar e pesquisei no Google para saber o que houve. A primeira vez que a OPPO entrou na América Latina foi em 2020. Foi após o sucesso no México, onde temos 14% do mercado, que a OPPO entrou nos outros países da região.

Quais foram as lições aprendidas na América Latina antes de estrear no Brasil?

A gente precisa admitir que entrou na América Latina numa fase relativamente tardia, mas, para a nossa surpresa, o interesse ultrapassou a expectativa. Isso provavelmente se deve às funcionalidades fotográficas, além do design bonito e agradável dos aparelhos. As marcas chinesas não tiveram muita presença na América Latina, mas são mercados promissores, cheios de oportunidades.

Jim Zhang comanda a OPPO no Brasil Foto: Divulgação

A OPPO, quarta maior fabricante de smartphones do mundo, vai iniciar operação no Brasil, após anos de expectativas de admiradores da marca no País – o primeiro modelo a ser disponibilizado por aqui será o Reno7, aparelho intermediário que não tem suporte ao 5G

Quem estará diante da operação será o executivo Jim Zhang, responsável por, em 2014, levar os celulares da OnePlus para a Índia – a marca pertence ao grupo BBK, o mesmo que controla a OPPO

Ao Estadão, Zhang detalhou pela primeira vez a operação brasileira da OPPO, que deverá ser focada em vendas online e ter algumas parcerias estratégicas. Confira os melhores momentos. 

Porque a OPPO decidiu entrar no mercado brasileiro agora? 

Entendemos que o Brasil é um dos maiores mercados de telefonia móvel do mundo. E o tamanho e a importância deste mercado faz com que a gente não possa ignorá-lo. Veja nossa história:assim que a OPPO atingiu o primeiro lugar no mercado chinês, entramos no Sudeste Asiático e atingimos o segundo lugar. Depois continuou expandindo em outros mercados. Por exemplo, na Índia somos a terceira maior marca no mercado. Na Europa, somos a quinta maior marca. Em 2020, decidimos entrar na América Latina pelo México, onde a gente teve um grande sucesso. Em 2022, a entrada no mercado brasileiro faz parte do ritmo de planejamento da empresa. 

Qual vai ser a estratégia para o mercado brasileiro?

O mercado brasileiro é estratégico e atribuímos muita importância a ele. Percebemos uma grande demanda por marcas e produtos novos. O primeiro modelo que a gente está trazendo é a série Reno7, que tem como ponto de destaque a fotografia. Essa é uma série que vendeu muito bem desde 2019. Foram 60 milhões de unidades de aparelhos no período. Sabemos que é uma série popular e por isso optamos por ela no começo. No ano que vem, em momento oportuno, a gente vai também trazer também a série Find, que é a nossa linha principal de celulares. 

Quem o sr. entende como seus principais concorrentes no Brasil?

A OPPO é uma marca orientada aos usuários. Nossa preocupação é se as demandas deles estão sendo atendidas. Baseado nisso, não paramos de trazer novos produtos para atender aqueles cenários de uso do dia a dia, como, por exemplo, tirar fotos e carregar a bateria. Resumidamente: o nosso rival somos nós mesmos. A gente precisa se desafiar e se aperfeiçoar o tempo todo. 

Outras marcas chinesas, como Xiaomi e Realme, chegaram ao Brasil com muitas expectativas, mas nunca conseguiram tirar mercado de Samsung e Motorola. O que a OPPO pode fazer de diferente? Quais são as lições que essas marcas deixam?

Com certeza precisamos aprender lições com as marcas que você citou. O mercado brasileiro é muito singular em comparação com os outros países. Como a gente não tem muita experiência por aqui, a gente precisa ter prudência e estudar cuidadosamente os hábitos dos consumidores. 

Qual será o investimento para o início da operação brasileira?

O Brasil tem um sistema tributários muito complexo. A gente chegou no Brasil no ano passado para pesquisar e estudar. A nossa matriz está elaborando o plano de investimento, que será divulgado no momento oportuno.

Qual será a meta de vendas? 

O Brasil é um mercado maduro e os usuários têm preferências consolidadas. A gente sabe que vai atrair primeiro aquele grupo de consumidores que conhece e gosta da marca. Depois vamos pensar sobre como aumentar o volume de vendas. Vamos trabalhar para deixar satisfeitos o primeiro grupo de consumidores. Com esse ganho de reputação, a gente acha que o volume de vendas aumentará de forma espontânea. Mas isso não é um assunto prioritário por enquanto.

Por que o primeiro aparelho anunciado para o Brasil não tem 5G?

A OPPO está entre as empresas com maior presença nas patentes de 5G. Somos uma das dez empresas com patentes padrão na tecnologia em mais de 30 países e regiões. Na verdade, a série Reno7 tem versões 4G e 5G. No momento, porém, a gente queria lançar uma versão mais acessível ao consumidor. No ano que vem, a gente vai lançar aparelhos com 5G. 

 As vendas serão apenas online ou terá parceria com o varejo físico?

Visando uma melhor comunicação com os usuário, as vendas serão principalmente online. A gente vai fechar uma parceria exclusiva com um site de e-commerce para lançar os primeiros produtos. Por outro lado, a gente sabe que o celular faz parte de uma categoria de produtos cuja experiência de uso é importante. Então, a gente vai abrir alguns canais de vendas físicas, que serão como centros de experiência para os consumidores. 

Esses pontos de experiência serão próprios ou realizados em parceria?

Para os canais físicos, a gente vai fazer em parceria com uma operadora. 

Inicialmente, os celulares serão importados. Existe algum plano de fabricação local?

Na primeira fase, os nossos produtos serão importados, mas a gente quer ter fabricação local. Isso é algo indispensável e inevitável. Por isso, a gente já iniciou as pesquisas e a preparação para entender o que deve ser feito para iniciar a fabricação local. Esses estudos não são somente no Brasil. Eles ocorrem nos outros países da América Latina em que a gente tem operações. 

Como será a operação brasileira da OPPO? O sr. atuará dentro do País?

Como decidimos iniciar a operação no Brasil, então a estrutura de serviços tem que estar no País para atender os consumidores. A gente vai escolher um distribuidor que vai servir como representante nacional e vai cuidar dos trabalhos logísticos e de vendas. A equipe própria vai ser responsável pelo marketing e pelos serviços, que são dois dos aspectos mais importantes. Eu ficarei a maior parte do tempo no Brasil. 

Quem será o distribuidor nacional?

O representante já foi confirmado, mas ainda não posso revelar o nome. 

O que o sr. pode revelar sobre os preços dos produtos?

O que a gente pode falar agora é que como os produtos são importados, os preços vão acompanhar isso. A gente tem muita confiança em trazer surpresas para os consumidores brasileiros no evento de lançamento. Essa surpresa pode até não ser o preço, mas os outros aspectos, como serviços e benefícios. 

O que o sr. sabe daquela história de 2018, que supostamente dizia que a OPPO teria uma representação no Paraguai para atender o mercado brasileiro?

Essa história é totalmente falsa. Quando cheguei ao Brasil pela primeira vez, também ouvi falar e pesquisei no Google para saber o que houve. A primeira vez que a OPPO entrou na América Latina foi em 2020. Foi após o sucesso no México, onde temos 14% do mercado, que a OPPO entrou nos outros países da região.

Quais foram as lições aprendidas na América Latina antes de estrear no Brasil?

A gente precisa admitir que entrou na América Latina numa fase relativamente tardia, mas, para a nossa surpresa, o interesse ultrapassou a expectativa. Isso provavelmente se deve às funcionalidades fotográficas, além do design bonito e agradável dos aparelhos. As marcas chinesas não tiveram muita presença na América Latina, mas são mercados promissores, cheios de oportunidades.

Jim Zhang comanda a OPPO no Brasil Foto: Divulgação

A OPPO, quarta maior fabricante de smartphones do mundo, vai iniciar operação no Brasil, após anos de expectativas de admiradores da marca no País – o primeiro modelo a ser disponibilizado por aqui será o Reno7, aparelho intermediário que não tem suporte ao 5G

Quem estará diante da operação será o executivo Jim Zhang, responsável por, em 2014, levar os celulares da OnePlus para a Índia – a marca pertence ao grupo BBK, o mesmo que controla a OPPO

Ao Estadão, Zhang detalhou pela primeira vez a operação brasileira da OPPO, que deverá ser focada em vendas online e ter algumas parcerias estratégicas. Confira os melhores momentos. 

Porque a OPPO decidiu entrar no mercado brasileiro agora? 

Entendemos que o Brasil é um dos maiores mercados de telefonia móvel do mundo. E o tamanho e a importância deste mercado faz com que a gente não possa ignorá-lo. Veja nossa história:assim que a OPPO atingiu o primeiro lugar no mercado chinês, entramos no Sudeste Asiático e atingimos o segundo lugar. Depois continuou expandindo em outros mercados. Por exemplo, na Índia somos a terceira maior marca no mercado. Na Europa, somos a quinta maior marca. Em 2020, decidimos entrar na América Latina pelo México, onde a gente teve um grande sucesso. Em 2022, a entrada no mercado brasileiro faz parte do ritmo de planejamento da empresa. 

Qual vai ser a estratégia para o mercado brasileiro?

O mercado brasileiro é estratégico e atribuímos muita importância a ele. Percebemos uma grande demanda por marcas e produtos novos. O primeiro modelo que a gente está trazendo é a série Reno7, que tem como ponto de destaque a fotografia. Essa é uma série que vendeu muito bem desde 2019. Foram 60 milhões de unidades de aparelhos no período. Sabemos que é uma série popular e por isso optamos por ela no começo. No ano que vem, em momento oportuno, a gente vai também trazer também a série Find, que é a nossa linha principal de celulares. 

Quem o sr. entende como seus principais concorrentes no Brasil?

A OPPO é uma marca orientada aos usuários. Nossa preocupação é se as demandas deles estão sendo atendidas. Baseado nisso, não paramos de trazer novos produtos para atender aqueles cenários de uso do dia a dia, como, por exemplo, tirar fotos e carregar a bateria. Resumidamente: o nosso rival somos nós mesmos. A gente precisa se desafiar e se aperfeiçoar o tempo todo. 

Outras marcas chinesas, como Xiaomi e Realme, chegaram ao Brasil com muitas expectativas, mas nunca conseguiram tirar mercado de Samsung e Motorola. O que a OPPO pode fazer de diferente? Quais são as lições que essas marcas deixam?

Com certeza precisamos aprender lições com as marcas que você citou. O mercado brasileiro é muito singular em comparação com os outros países. Como a gente não tem muita experiência por aqui, a gente precisa ter prudência e estudar cuidadosamente os hábitos dos consumidores. 

Qual será o investimento para o início da operação brasileira?

O Brasil tem um sistema tributários muito complexo. A gente chegou no Brasil no ano passado para pesquisar e estudar. A nossa matriz está elaborando o plano de investimento, que será divulgado no momento oportuno.

Qual será a meta de vendas? 

O Brasil é um mercado maduro e os usuários têm preferências consolidadas. A gente sabe que vai atrair primeiro aquele grupo de consumidores que conhece e gosta da marca. Depois vamos pensar sobre como aumentar o volume de vendas. Vamos trabalhar para deixar satisfeitos o primeiro grupo de consumidores. Com esse ganho de reputação, a gente acha que o volume de vendas aumentará de forma espontânea. Mas isso não é um assunto prioritário por enquanto.

Por que o primeiro aparelho anunciado para o Brasil não tem 5G?

A OPPO está entre as empresas com maior presença nas patentes de 5G. Somos uma das dez empresas com patentes padrão na tecnologia em mais de 30 países e regiões. Na verdade, a série Reno7 tem versões 4G e 5G. No momento, porém, a gente queria lançar uma versão mais acessível ao consumidor. No ano que vem, a gente vai lançar aparelhos com 5G. 

 As vendas serão apenas online ou terá parceria com o varejo físico?

Visando uma melhor comunicação com os usuário, as vendas serão principalmente online. A gente vai fechar uma parceria exclusiva com um site de e-commerce para lançar os primeiros produtos. Por outro lado, a gente sabe que o celular faz parte de uma categoria de produtos cuja experiência de uso é importante. Então, a gente vai abrir alguns canais de vendas físicas, que serão como centros de experiência para os consumidores. 

Esses pontos de experiência serão próprios ou realizados em parceria?

Para os canais físicos, a gente vai fazer em parceria com uma operadora. 

Inicialmente, os celulares serão importados. Existe algum plano de fabricação local?

Na primeira fase, os nossos produtos serão importados, mas a gente quer ter fabricação local. Isso é algo indispensável e inevitável. Por isso, a gente já iniciou as pesquisas e a preparação para entender o que deve ser feito para iniciar a fabricação local. Esses estudos não são somente no Brasil. Eles ocorrem nos outros países da América Latina em que a gente tem operações. 

Como será a operação brasileira da OPPO? O sr. atuará dentro do País?

Como decidimos iniciar a operação no Brasil, então a estrutura de serviços tem que estar no País para atender os consumidores. A gente vai escolher um distribuidor que vai servir como representante nacional e vai cuidar dos trabalhos logísticos e de vendas. A equipe própria vai ser responsável pelo marketing e pelos serviços, que são dois dos aspectos mais importantes. Eu ficarei a maior parte do tempo no Brasil. 

Quem será o distribuidor nacional?

O representante já foi confirmado, mas ainda não posso revelar o nome. 

O que o sr. pode revelar sobre os preços dos produtos?

O que a gente pode falar agora é que como os produtos são importados, os preços vão acompanhar isso. A gente tem muita confiança em trazer surpresas para os consumidores brasileiros no evento de lançamento. Essa surpresa pode até não ser o preço, mas os outros aspectos, como serviços e benefícios. 

O que o sr. sabe daquela história de 2018, que supostamente dizia que a OPPO teria uma representação no Paraguai para atender o mercado brasileiro?

Essa história é totalmente falsa. Quando cheguei ao Brasil pela primeira vez, também ouvi falar e pesquisei no Google para saber o que houve. A primeira vez que a OPPO entrou na América Latina foi em 2020. Foi após o sucesso no México, onde temos 14% do mercado, que a OPPO entrou nos outros países da região.

Quais foram as lições aprendidas na América Latina antes de estrear no Brasil?

A gente precisa admitir que entrou na América Latina numa fase relativamente tardia, mas, para a nossa surpresa, o interesse ultrapassou a expectativa. Isso provavelmente se deve às funcionalidades fotográficas, além do design bonito e agradável dos aparelhos. As marcas chinesas não tiveram muita presença na América Latina, mas são mercados promissores, cheios de oportunidades.

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