O aplicativo do ChatGPT para celulares viu a receita líquida média diária quase dobrar do dia para a noite, após o lançamento do GPT-4o, em 13 de maio, de acordo com a plataforma de relatórios Appfigures, que monitora o engajamento de aplicativos nas lojas digitais.
A consultoria afirma que a cifra saiu de US$ 491 mil para cerca de US$ 900 mil no dia seguinte ao evento da OpenAI, quando a companhia revelou uma nova inteligência artificial capaz de receber comandos em texto, áudio, imagem e vídeo e gerar respostas em tempo real nesses formatos.
Com isso, o aplicativo da OpenAI atingiu seu maior faturamento, baseado na assinatura do plano ChatGPT Plus, de US$ 19,99 por mês (aproximadamente R$ 95,99 no Brasil). Antes disso, a maior alta do aplicativo havia sido em 30 de abril, com US$ 622 mil entrando no caixa da empresa americana em um único dia.
Entre os dias 13 e 17 de maio, a OpenAI faturou US$ 4,2 milhões em receita líquida com o app do ChatGPT, o que representa o maior aumento de ganhos da startup com o aplicativo desde seu lançamento.
A busca pela versão para celulares da inteligência artificial cresceu após a apresentação do GPT-4o pela companhia, que mostrou as novas capacidades de sua tecnologia na versão móvel. Capaz de compreender texto, vídeo e áudio nativamente, o GPT-4o pode manter conversas de forma natural, com menor atrasos de resposta e expressar emoções por meio de voz sintética.
A aparente “humanidade” da IA gerou comparações com o filme Ela, ficção-científica dirigida pelo cineasta Spike Jonze que conta a história de um homem solitário que se apaixona por uma inteligência artificial (IA).
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Embora a nova tecnologia tenha sido disponibilizada gratuitamente nos navegadores, a versão para celulares, que aproxima o ChatGPT de um assistente digital e dá acesso a todos os recursos mostrados na apresentação do dia 13, só pode ser acessada por meio da assinatura mensal. Foi essa decisão estratégica que impulsionou o número de assinantes do aplicativo durante a última semana.
Na semana do 13 ao 17 de maio, a versão do aplicativo para iPhone contribuiu com a maior parte da nova receita, com 81%, e os EUA foram o principal mercado, respondendo por US$ 1,8 milhão do faturamento, segundo o Appfigures.
O Brasil foi o sétimo país a mais contribuir com o salto de receita da OpenAI, com US$ 117 mil, atrás da Coreia do Sul (US$ 123 mil), Canadá (US$ 134 mil), França (US$ 147 mil), Japão (US$ 210 mil), Reino Unido (US$ 212 mil) e Alemanha (US$ 282 mil).