Saiba quais assuntos Elon Musk está proibido de postar no Twitter


Executivo é acusado de violar novamente o acordo com o órgão regulador do mercado financeiro nos EUA

Por Redação Link
Atualização:
Elon Musk não pode falar sobre determinados assuntos no Twitter Foto: Reprodução/YouTube

Em 2020, Elon Musk, presidente executivo da Tesla, violou duas vezes o acordo firmado com a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro nos EUA. O acordo versa a respeito de tuítes que contenham informações sobre a companhia. Segundo o jornal Wall Street Journal, entre 2019 e 2020, o executivo não obteve autorização dos advogados da Tesla para postar sobre a produção de paineis solares da Tesla e sobre o preço das ações da empresa - uma carta da SEC para a Tesla enviada em maio de 2020 dizia que a "empresa falhou em cumprir o acordo firmado pelas partes". 

Até o momento, Musk e Tesla não comentaram o assunto. 

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Em outubro de 2018, as duas partes chegaram a um acordo que dizia que qualquer informação sobre a Tesla, incluindo posts no Twitter, deveriam ser pré-aprovados pelo departamento jurídico da companhia - Musk enfureceu o mercado por fazer postagens que afirmavam que ele fecharia o capital da Tesla e pagaria US$ 420 pelas ações (o número era uma referência velada à cultura canábica). O executivo e a empresa ainda tiveram que pagar uma multa de US$ 40 milhões. 

Em fevereiro de 2019, a SEC denunciou o executivo a uma corte federal por violar o acordo. Posteriormente, as partes chegaram a um novo acordo, mais detalhado, sobre aquilo que o executivo pode postar - a ideia é evitar que comportamento errante do executivo nas redes sociais não abale o mercado financeiro.  Desde então, esses são os tópicos sobre os quais Musk, que tem 56 milhões de seguidores no Twitter, não pode postar sem o sinal verde do departamento jurídico da Tesla: 

Situação financeira da Tesla 

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Esse costumava ser um assunto recorrente no Twitter do executivo. Em 2018, ele afirmou que a Tesla não poderia produzir um Model 3 de US$ 35 mil, pois a empresa "perderia dinheiro e morreria". Em 1 de abril de 2018, ele também fez um post de "dia da mentira" no qual afirmava que a Tesla tinha pedido falência. 

Potenciais aquisições, fusões e joint ventures

Vale para os posts sobre fechar o capital da empresa, mas também para o interesse de compras da Tesla (ou sobre a Tesla). Musk, por exemplo, já comentou no Twitter sobre quando tentou vender a empresa para a Apple. 

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Números de produção, vendas e entregas de veículos

Esse foi o ponto que levou à violação do acordo em fevereiro de 2019. No dia 19 de fevereiro daquele ano, o executivo postou que a Tesla atingiria a marca de 500 mil carros produzidos em 2019. Em sua carta trimestral aos acionistas de 30 de janeiro, porém, havia sido projetada produção de até 400 mil veículos. Entram também os tuítes sobre a produção de paineis solares, que levaram à nova violação de acordo. 

Novas linhas de negócio 

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A Tesla é encarada pelo mercado como uma empresa de transportes e energia. Qualquer post que projete investidas de negócio fora dessas áreas estão vetadas. Esse é um tópico que costuma atrair a curiosidade das pessoas que interagem com o executivo na rede social.  

Previsões e estimativas de negócios 

É uma regra parecida com a da condição financeira da Tesla. Neste tópico, a ideia é evitar que Musk poste sobre os resultados financeiros da Tesla antes que eles sejam divulgados nos canais oficiais, voltados para investidores. A publicação via canais oficiais garante análise técnica e evita que os acionistas sejam guiados por informações erradas ou imprecisas.  Em 2018, Musk tuitou sobre a empresa apresentar fluxo de caixa positivo no segundo semestre do ano antes da publicação oficial dos resultados. 

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Títulos, crédito e financiamentos 

Aqui entram os tuítes que levaram ao primeiro acordo, em 2018. Na época, ele afirmou que tinha o financiamento necessário para fechar o capital da Tesla. Também entram os tuítes sobre o preço das ações da Tesla estarem muito altos, o que levou à reclamação da SEC de nova violação do acordo. 

Decisões regulatórias e legais sigilosas

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Muitos acordos e decisões têm caráter sigiloso. A ideia aqui é que Musk não torne isso público caso alguma decisão o desagrade.  

Mudanças no comando da empresa

Aqui é óbvio: o executivo não pode anunciar em primeira mão no Twitter que está de saída da empresa. Nomes de substitutos e outros executivos de alto escalão, que normalmente mexem com as ações da empresa, não podem ser postados. Nem de brincadeira. 

Qualquer outro tópico determinado pelo conselho da Tesla 

Esse é o supertrunfo para o conselho da empresa. Qualquer assunto que ela considere danoso para a empresa precisa ser reportado junto aos reguladores. 

Elon Musk não pode falar sobre determinados assuntos no Twitter Foto: Reprodução/YouTube

Em 2020, Elon Musk, presidente executivo da Tesla, violou duas vezes o acordo firmado com a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro nos EUA. O acordo versa a respeito de tuítes que contenham informações sobre a companhia. Segundo o jornal Wall Street Journal, entre 2019 e 2020, o executivo não obteve autorização dos advogados da Tesla para postar sobre a produção de paineis solares da Tesla e sobre o preço das ações da empresa - uma carta da SEC para a Tesla enviada em maio de 2020 dizia que a "empresa falhou em cumprir o acordo firmado pelas partes". 

Até o momento, Musk e Tesla não comentaram o assunto. 

Em outubro de 2018, as duas partes chegaram a um acordo que dizia que qualquer informação sobre a Tesla, incluindo posts no Twitter, deveriam ser pré-aprovados pelo departamento jurídico da companhia - Musk enfureceu o mercado por fazer postagens que afirmavam que ele fecharia o capital da Tesla e pagaria US$ 420 pelas ações (o número era uma referência velada à cultura canábica). O executivo e a empresa ainda tiveram que pagar uma multa de US$ 40 milhões. 

Em fevereiro de 2019, a SEC denunciou o executivo a uma corte federal por violar o acordo. Posteriormente, as partes chegaram a um novo acordo, mais detalhado, sobre aquilo que o executivo pode postar - a ideia é evitar que comportamento errante do executivo nas redes sociais não abale o mercado financeiro.  Desde então, esses são os tópicos sobre os quais Musk, que tem 56 milhões de seguidores no Twitter, não pode postar sem o sinal verde do departamento jurídico da Tesla: 

Situação financeira da Tesla 

Esse costumava ser um assunto recorrente no Twitter do executivo. Em 2018, ele afirmou que a Tesla não poderia produzir um Model 3 de US$ 35 mil, pois a empresa "perderia dinheiro e morreria". Em 1 de abril de 2018, ele também fez um post de "dia da mentira" no qual afirmava que a Tesla tinha pedido falência. 

Potenciais aquisições, fusões e joint ventures

Vale para os posts sobre fechar o capital da empresa, mas também para o interesse de compras da Tesla (ou sobre a Tesla). Musk, por exemplo, já comentou no Twitter sobre quando tentou vender a empresa para a Apple. 

Números de produção, vendas e entregas de veículos

Esse foi o ponto que levou à violação do acordo em fevereiro de 2019. No dia 19 de fevereiro daquele ano, o executivo postou que a Tesla atingiria a marca de 500 mil carros produzidos em 2019. Em sua carta trimestral aos acionistas de 30 de janeiro, porém, havia sido projetada produção de até 400 mil veículos. Entram também os tuítes sobre a produção de paineis solares, que levaram à nova violação de acordo. 

Novas linhas de negócio 

A Tesla é encarada pelo mercado como uma empresa de transportes e energia. Qualquer post que projete investidas de negócio fora dessas áreas estão vetadas. Esse é um tópico que costuma atrair a curiosidade das pessoas que interagem com o executivo na rede social.  

Previsões e estimativas de negócios 

É uma regra parecida com a da condição financeira da Tesla. Neste tópico, a ideia é evitar que Musk poste sobre os resultados financeiros da Tesla antes que eles sejam divulgados nos canais oficiais, voltados para investidores. A publicação via canais oficiais garante análise técnica e evita que os acionistas sejam guiados por informações erradas ou imprecisas.  Em 2018, Musk tuitou sobre a empresa apresentar fluxo de caixa positivo no segundo semestre do ano antes da publicação oficial dos resultados. 

Títulos, crédito e financiamentos 

Aqui entram os tuítes que levaram ao primeiro acordo, em 2018. Na época, ele afirmou que tinha o financiamento necessário para fechar o capital da Tesla. Também entram os tuítes sobre o preço das ações da Tesla estarem muito altos, o que levou à reclamação da SEC de nova violação do acordo. 

Decisões regulatórias e legais sigilosas

Muitos acordos e decisões têm caráter sigiloso. A ideia aqui é que Musk não torne isso público caso alguma decisão o desagrade.  

Mudanças no comando da empresa

Aqui é óbvio: o executivo não pode anunciar em primeira mão no Twitter que está de saída da empresa. Nomes de substitutos e outros executivos de alto escalão, que normalmente mexem com as ações da empresa, não podem ser postados. Nem de brincadeira. 

Qualquer outro tópico determinado pelo conselho da Tesla 

Esse é o supertrunfo para o conselho da empresa. Qualquer assunto que ela considere danoso para a empresa precisa ser reportado junto aos reguladores. 

Elon Musk não pode falar sobre determinados assuntos no Twitter Foto: Reprodução/YouTube

Em 2020, Elon Musk, presidente executivo da Tesla, violou duas vezes o acordo firmado com a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro nos EUA. O acordo versa a respeito de tuítes que contenham informações sobre a companhia. Segundo o jornal Wall Street Journal, entre 2019 e 2020, o executivo não obteve autorização dos advogados da Tesla para postar sobre a produção de paineis solares da Tesla e sobre o preço das ações da empresa - uma carta da SEC para a Tesla enviada em maio de 2020 dizia que a "empresa falhou em cumprir o acordo firmado pelas partes". 

Até o momento, Musk e Tesla não comentaram o assunto. 

Em outubro de 2018, as duas partes chegaram a um acordo que dizia que qualquer informação sobre a Tesla, incluindo posts no Twitter, deveriam ser pré-aprovados pelo departamento jurídico da companhia - Musk enfureceu o mercado por fazer postagens que afirmavam que ele fecharia o capital da Tesla e pagaria US$ 420 pelas ações (o número era uma referência velada à cultura canábica). O executivo e a empresa ainda tiveram que pagar uma multa de US$ 40 milhões. 

Em fevereiro de 2019, a SEC denunciou o executivo a uma corte federal por violar o acordo. Posteriormente, as partes chegaram a um novo acordo, mais detalhado, sobre aquilo que o executivo pode postar - a ideia é evitar que comportamento errante do executivo nas redes sociais não abale o mercado financeiro.  Desde então, esses são os tópicos sobre os quais Musk, que tem 56 milhões de seguidores no Twitter, não pode postar sem o sinal verde do departamento jurídico da Tesla: 

Situação financeira da Tesla 

Esse costumava ser um assunto recorrente no Twitter do executivo. Em 2018, ele afirmou que a Tesla não poderia produzir um Model 3 de US$ 35 mil, pois a empresa "perderia dinheiro e morreria". Em 1 de abril de 2018, ele também fez um post de "dia da mentira" no qual afirmava que a Tesla tinha pedido falência. 

Potenciais aquisições, fusões e joint ventures

Vale para os posts sobre fechar o capital da empresa, mas também para o interesse de compras da Tesla (ou sobre a Tesla). Musk, por exemplo, já comentou no Twitter sobre quando tentou vender a empresa para a Apple. 

Números de produção, vendas e entregas de veículos

Esse foi o ponto que levou à violação do acordo em fevereiro de 2019. No dia 19 de fevereiro daquele ano, o executivo postou que a Tesla atingiria a marca de 500 mil carros produzidos em 2019. Em sua carta trimestral aos acionistas de 30 de janeiro, porém, havia sido projetada produção de até 400 mil veículos. Entram também os tuítes sobre a produção de paineis solares, que levaram à nova violação de acordo. 

Novas linhas de negócio 

A Tesla é encarada pelo mercado como uma empresa de transportes e energia. Qualquer post que projete investidas de negócio fora dessas áreas estão vetadas. Esse é um tópico que costuma atrair a curiosidade das pessoas que interagem com o executivo na rede social.  

Previsões e estimativas de negócios 

É uma regra parecida com a da condição financeira da Tesla. Neste tópico, a ideia é evitar que Musk poste sobre os resultados financeiros da Tesla antes que eles sejam divulgados nos canais oficiais, voltados para investidores. A publicação via canais oficiais garante análise técnica e evita que os acionistas sejam guiados por informações erradas ou imprecisas.  Em 2018, Musk tuitou sobre a empresa apresentar fluxo de caixa positivo no segundo semestre do ano antes da publicação oficial dos resultados. 

Títulos, crédito e financiamentos 

Aqui entram os tuítes que levaram ao primeiro acordo, em 2018. Na época, ele afirmou que tinha o financiamento necessário para fechar o capital da Tesla. Também entram os tuítes sobre o preço das ações da Tesla estarem muito altos, o que levou à reclamação da SEC de nova violação do acordo. 

Decisões regulatórias e legais sigilosas

Muitos acordos e decisões têm caráter sigiloso. A ideia aqui é que Musk não torne isso público caso alguma decisão o desagrade.  

Mudanças no comando da empresa

Aqui é óbvio: o executivo não pode anunciar em primeira mão no Twitter que está de saída da empresa. Nomes de substitutos e outros executivos de alto escalão, que normalmente mexem com as ações da empresa, não podem ser postados. Nem de brincadeira. 

Qualquer outro tópico determinado pelo conselho da Tesla 

Esse é o supertrunfo para o conselho da empresa. Qualquer assunto que ela considere danoso para a empresa precisa ser reportado junto aos reguladores. 

Elon Musk não pode falar sobre determinados assuntos no Twitter Foto: Reprodução/YouTube

Em 2020, Elon Musk, presidente executivo da Tesla, violou duas vezes o acordo firmado com a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro nos EUA. O acordo versa a respeito de tuítes que contenham informações sobre a companhia. Segundo o jornal Wall Street Journal, entre 2019 e 2020, o executivo não obteve autorização dos advogados da Tesla para postar sobre a produção de paineis solares da Tesla e sobre o preço das ações da empresa - uma carta da SEC para a Tesla enviada em maio de 2020 dizia que a "empresa falhou em cumprir o acordo firmado pelas partes". 

Até o momento, Musk e Tesla não comentaram o assunto. 

Em outubro de 2018, as duas partes chegaram a um acordo que dizia que qualquer informação sobre a Tesla, incluindo posts no Twitter, deveriam ser pré-aprovados pelo departamento jurídico da companhia - Musk enfureceu o mercado por fazer postagens que afirmavam que ele fecharia o capital da Tesla e pagaria US$ 420 pelas ações (o número era uma referência velada à cultura canábica). O executivo e a empresa ainda tiveram que pagar uma multa de US$ 40 milhões. 

Em fevereiro de 2019, a SEC denunciou o executivo a uma corte federal por violar o acordo. Posteriormente, as partes chegaram a um novo acordo, mais detalhado, sobre aquilo que o executivo pode postar - a ideia é evitar que comportamento errante do executivo nas redes sociais não abale o mercado financeiro.  Desde então, esses são os tópicos sobre os quais Musk, que tem 56 milhões de seguidores no Twitter, não pode postar sem o sinal verde do departamento jurídico da Tesla: 

Situação financeira da Tesla 

Esse costumava ser um assunto recorrente no Twitter do executivo. Em 2018, ele afirmou que a Tesla não poderia produzir um Model 3 de US$ 35 mil, pois a empresa "perderia dinheiro e morreria". Em 1 de abril de 2018, ele também fez um post de "dia da mentira" no qual afirmava que a Tesla tinha pedido falência. 

Potenciais aquisições, fusões e joint ventures

Vale para os posts sobre fechar o capital da empresa, mas também para o interesse de compras da Tesla (ou sobre a Tesla). Musk, por exemplo, já comentou no Twitter sobre quando tentou vender a empresa para a Apple. 

Números de produção, vendas e entregas de veículos

Esse foi o ponto que levou à violação do acordo em fevereiro de 2019. No dia 19 de fevereiro daquele ano, o executivo postou que a Tesla atingiria a marca de 500 mil carros produzidos em 2019. Em sua carta trimestral aos acionistas de 30 de janeiro, porém, havia sido projetada produção de até 400 mil veículos. Entram também os tuítes sobre a produção de paineis solares, que levaram à nova violação de acordo. 

Novas linhas de negócio 

A Tesla é encarada pelo mercado como uma empresa de transportes e energia. Qualquer post que projete investidas de negócio fora dessas áreas estão vetadas. Esse é um tópico que costuma atrair a curiosidade das pessoas que interagem com o executivo na rede social.  

Previsões e estimativas de negócios 

É uma regra parecida com a da condição financeira da Tesla. Neste tópico, a ideia é evitar que Musk poste sobre os resultados financeiros da Tesla antes que eles sejam divulgados nos canais oficiais, voltados para investidores. A publicação via canais oficiais garante análise técnica e evita que os acionistas sejam guiados por informações erradas ou imprecisas.  Em 2018, Musk tuitou sobre a empresa apresentar fluxo de caixa positivo no segundo semestre do ano antes da publicação oficial dos resultados. 

Títulos, crédito e financiamentos 

Aqui entram os tuítes que levaram ao primeiro acordo, em 2018. Na época, ele afirmou que tinha o financiamento necessário para fechar o capital da Tesla. Também entram os tuítes sobre o preço das ações da Tesla estarem muito altos, o que levou à reclamação da SEC de nova violação do acordo. 

Decisões regulatórias e legais sigilosas

Muitos acordos e decisões têm caráter sigiloso. A ideia aqui é que Musk não torne isso público caso alguma decisão o desagrade.  

Mudanças no comando da empresa

Aqui é óbvio: o executivo não pode anunciar em primeira mão no Twitter que está de saída da empresa. Nomes de substitutos e outros executivos de alto escalão, que normalmente mexem com as ações da empresa, não podem ser postados. Nem de brincadeira. 

Qualquer outro tópico determinado pelo conselho da Tesla 

Esse é o supertrunfo para o conselho da empresa. Qualquer assunto que ela considere danoso para a empresa precisa ser reportado junto aos reguladores. 

Elon Musk não pode falar sobre determinados assuntos no Twitter Foto: Reprodução/YouTube

Em 2020, Elon Musk, presidente executivo da Tesla, violou duas vezes o acordo firmado com a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro nos EUA. O acordo versa a respeito de tuítes que contenham informações sobre a companhia. Segundo o jornal Wall Street Journal, entre 2019 e 2020, o executivo não obteve autorização dos advogados da Tesla para postar sobre a produção de paineis solares da Tesla e sobre o preço das ações da empresa - uma carta da SEC para a Tesla enviada em maio de 2020 dizia que a "empresa falhou em cumprir o acordo firmado pelas partes". 

Até o momento, Musk e Tesla não comentaram o assunto. 

Em outubro de 2018, as duas partes chegaram a um acordo que dizia que qualquer informação sobre a Tesla, incluindo posts no Twitter, deveriam ser pré-aprovados pelo departamento jurídico da companhia - Musk enfureceu o mercado por fazer postagens que afirmavam que ele fecharia o capital da Tesla e pagaria US$ 420 pelas ações (o número era uma referência velada à cultura canábica). O executivo e a empresa ainda tiveram que pagar uma multa de US$ 40 milhões. 

Em fevereiro de 2019, a SEC denunciou o executivo a uma corte federal por violar o acordo. Posteriormente, as partes chegaram a um novo acordo, mais detalhado, sobre aquilo que o executivo pode postar - a ideia é evitar que comportamento errante do executivo nas redes sociais não abale o mercado financeiro.  Desde então, esses são os tópicos sobre os quais Musk, que tem 56 milhões de seguidores no Twitter, não pode postar sem o sinal verde do departamento jurídico da Tesla: 

Situação financeira da Tesla 

Esse costumava ser um assunto recorrente no Twitter do executivo. Em 2018, ele afirmou que a Tesla não poderia produzir um Model 3 de US$ 35 mil, pois a empresa "perderia dinheiro e morreria". Em 1 de abril de 2018, ele também fez um post de "dia da mentira" no qual afirmava que a Tesla tinha pedido falência. 

Potenciais aquisições, fusões e joint ventures

Vale para os posts sobre fechar o capital da empresa, mas também para o interesse de compras da Tesla (ou sobre a Tesla). Musk, por exemplo, já comentou no Twitter sobre quando tentou vender a empresa para a Apple. 

Números de produção, vendas e entregas de veículos

Esse foi o ponto que levou à violação do acordo em fevereiro de 2019. No dia 19 de fevereiro daquele ano, o executivo postou que a Tesla atingiria a marca de 500 mil carros produzidos em 2019. Em sua carta trimestral aos acionistas de 30 de janeiro, porém, havia sido projetada produção de até 400 mil veículos. Entram também os tuítes sobre a produção de paineis solares, que levaram à nova violação de acordo. 

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A Tesla é encarada pelo mercado como uma empresa de transportes e energia. Qualquer post que projete investidas de negócio fora dessas áreas estão vetadas. Esse é um tópico que costuma atrair a curiosidade das pessoas que interagem com o executivo na rede social.  

Previsões e estimativas de negócios 

É uma regra parecida com a da condição financeira da Tesla. Neste tópico, a ideia é evitar que Musk poste sobre os resultados financeiros da Tesla antes que eles sejam divulgados nos canais oficiais, voltados para investidores. A publicação via canais oficiais garante análise técnica e evita que os acionistas sejam guiados por informações erradas ou imprecisas.  Em 2018, Musk tuitou sobre a empresa apresentar fluxo de caixa positivo no segundo semestre do ano antes da publicação oficial dos resultados. 

Títulos, crédito e financiamentos 

Aqui entram os tuítes que levaram ao primeiro acordo, em 2018. Na época, ele afirmou que tinha o financiamento necessário para fechar o capital da Tesla. Também entram os tuítes sobre o preço das ações da Tesla estarem muito altos, o que levou à reclamação da SEC de nova violação do acordo. 

Decisões regulatórias e legais sigilosas

Muitos acordos e decisões têm caráter sigiloso. A ideia aqui é que Musk não torne isso público caso alguma decisão o desagrade.  

Mudanças no comando da empresa

Aqui é óbvio: o executivo não pode anunciar em primeira mão no Twitter que está de saída da empresa. Nomes de substitutos e outros executivos de alto escalão, que normalmente mexem com as ações da empresa, não podem ser postados. Nem de brincadeira. 

Qualquer outro tópico determinado pelo conselho da Tesla 

Esse é o supertrunfo para o conselho da empresa. Qualquer assunto que ela considere danoso para a empresa precisa ser reportado junto aos reguladores. 

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