Salesforce vai demitir 7 mil pessoas em todo o mundo


Gigante do software empresarial afirma que precisa conter custos diante do cenário econômico

Por Bruno Romani
Atualização:

A Salesforce, gigante do software corporativo, anunciou nesta quarta, 4, que deve demitir cerca de 10% do seu quadro global de funcionários - o corte deve atingir cerca de 7 mil pessoas. Além disso, a companhia deve fechar escritórios como parte de um plano de contenção global de custos, um movimento que virou tendência entre os principais nomes da tecnologia.

Em uma carta direcionada aos funcionários, Marc Benioff, CEO da gigante, culpou o atual momento econômico global pelo corte. “O ambiente permanece desafiador e os nossos clientes estão sendo mais cautelosos em suas decisões de compras”, escreveu ele. “Quando nossa receita acelerou durante a pandemia, contratamos muita gente e entramos nessa baixa econômica. Eu assumo a responsabilidade”, completou.

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A Salesforce diz que os cortes devem gerar multas entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,1 bilhões. O movimento agradou os investidores, o que valorizou as ações da empresa em 3,3% na manhã desta quarta.

O anúncio, porém, não é uma novidade na rotina da Salesforce e veio apenas dois meses após a gigante ter feito cortes em massa. Na época, o site TechCrunch, afirmou que o número de colaboradores atingidos não chegaria a mil, mas o número não foi confirmado.

Em resposta, a Salesforce afirmou que o “desempenho de vendas” da empresa precisa ser olhado com responsabilidade e que a performance pode levar a companhia a fazer cortes de funcionários no processo. Antes do primeiro corte, a Salesforce tinha cerca de 79 mil funcionários - ainda não há informações sobre demissões no Brasil.

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Agora, Benioff diz que os demitidos nos EUA receberão pelo menos cinco meses de salários, plano de saúde e outros benefícios. O executivo também afirmou que os demitidos fora dos EUA devem receber “nível similar de suporte”.

Salesforce vai fazer demissão global  Foto: Darron Cummings/AP Photo

Crise nas gigantes

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No ano passado, ao menos 17 mil pessoas já foram atingidas por demissões em massa em empresas do setor, segundo levantamento do Estadão. A marca foi empurrada principalmente pela Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, que demitiu 11 mil pessoas em novembro.

Durante todo o ano, porém, Twitter, Apple, Microsoft, Netflix, Tesla e Amazon fizeram demissões em massa. Para especialistas, cada um desses nomes fez ajustes por um motivo diferente. Mas o que as une é o cenário econômico desafiador, que traz a volta à normalidade pré-pandêmica (portanto, há menor digitalização, como arrefecimento do e-commerce e do uso serviços de streaming, por exemplo), a alta dos juros globais para conter a inflação (que corrói o bolso do consumidor e encarece a tomada de capital por parte das empresas) e a guerra na Ucrânia (que desestabiliza as cadeias globais de produção).

A Salesforce, gigante do software corporativo, anunciou nesta quarta, 4, que deve demitir cerca de 10% do seu quadro global de funcionários - o corte deve atingir cerca de 7 mil pessoas. Além disso, a companhia deve fechar escritórios como parte de um plano de contenção global de custos, um movimento que virou tendência entre os principais nomes da tecnologia.

Em uma carta direcionada aos funcionários, Marc Benioff, CEO da gigante, culpou o atual momento econômico global pelo corte. “O ambiente permanece desafiador e os nossos clientes estão sendo mais cautelosos em suas decisões de compras”, escreveu ele. “Quando nossa receita acelerou durante a pandemia, contratamos muita gente e entramos nessa baixa econômica. Eu assumo a responsabilidade”, completou.

A Salesforce diz que os cortes devem gerar multas entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,1 bilhões. O movimento agradou os investidores, o que valorizou as ações da empresa em 3,3% na manhã desta quarta.

O anúncio, porém, não é uma novidade na rotina da Salesforce e veio apenas dois meses após a gigante ter feito cortes em massa. Na época, o site TechCrunch, afirmou que o número de colaboradores atingidos não chegaria a mil, mas o número não foi confirmado.

Em resposta, a Salesforce afirmou que o “desempenho de vendas” da empresa precisa ser olhado com responsabilidade e que a performance pode levar a companhia a fazer cortes de funcionários no processo. Antes do primeiro corte, a Salesforce tinha cerca de 79 mil funcionários - ainda não há informações sobre demissões no Brasil.

Agora, Benioff diz que os demitidos nos EUA receberão pelo menos cinco meses de salários, plano de saúde e outros benefícios. O executivo também afirmou que os demitidos fora dos EUA devem receber “nível similar de suporte”.

Salesforce vai fazer demissão global  Foto: Darron Cummings/AP Photo

Crise nas gigantes

No ano passado, ao menos 17 mil pessoas já foram atingidas por demissões em massa em empresas do setor, segundo levantamento do Estadão. A marca foi empurrada principalmente pela Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, que demitiu 11 mil pessoas em novembro.

Durante todo o ano, porém, Twitter, Apple, Microsoft, Netflix, Tesla e Amazon fizeram demissões em massa. Para especialistas, cada um desses nomes fez ajustes por um motivo diferente. Mas o que as une é o cenário econômico desafiador, que traz a volta à normalidade pré-pandêmica (portanto, há menor digitalização, como arrefecimento do e-commerce e do uso serviços de streaming, por exemplo), a alta dos juros globais para conter a inflação (que corrói o bolso do consumidor e encarece a tomada de capital por parte das empresas) e a guerra na Ucrânia (que desestabiliza as cadeias globais de produção).

A Salesforce, gigante do software corporativo, anunciou nesta quarta, 4, que deve demitir cerca de 10% do seu quadro global de funcionários - o corte deve atingir cerca de 7 mil pessoas. Além disso, a companhia deve fechar escritórios como parte de um plano de contenção global de custos, um movimento que virou tendência entre os principais nomes da tecnologia.

Em uma carta direcionada aos funcionários, Marc Benioff, CEO da gigante, culpou o atual momento econômico global pelo corte. “O ambiente permanece desafiador e os nossos clientes estão sendo mais cautelosos em suas decisões de compras”, escreveu ele. “Quando nossa receita acelerou durante a pandemia, contratamos muita gente e entramos nessa baixa econômica. Eu assumo a responsabilidade”, completou.

A Salesforce diz que os cortes devem gerar multas entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,1 bilhões. O movimento agradou os investidores, o que valorizou as ações da empresa em 3,3% na manhã desta quarta.

O anúncio, porém, não é uma novidade na rotina da Salesforce e veio apenas dois meses após a gigante ter feito cortes em massa. Na época, o site TechCrunch, afirmou que o número de colaboradores atingidos não chegaria a mil, mas o número não foi confirmado.

Em resposta, a Salesforce afirmou que o “desempenho de vendas” da empresa precisa ser olhado com responsabilidade e que a performance pode levar a companhia a fazer cortes de funcionários no processo. Antes do primeiro corte, a Salesforce tinha cerca de 79 mil funcionários - ainda não há informações sobre demissões no Brasil.

Agora, Benioff diz que os demitidos nos EUA receberão pelo menos cinco meses de salários, plano de saúde e outros benefícios. O executivo também afirmou que os demitidos fora dos EUA devem receber “nível similar de suporte”.

Salesforce vai fazer demissão global  Foto: Darron Cummings/AP Photo

Crise nas gigantes

No ano passado, ao menos 17 mil pessoas já foram atingidas por demissões em massa em empresas do setor, segundo levantamento do Estadão. A marca foi empurrada principalmente pela Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, que demitiu 11 mil pessoas em novembro.

Durante todo o ano, porém, Twitter, Apple, Microsoft, Netflix, Tesla e Amazon fizeram demissões em massa. Para especialistas, cada um desses nomes fez ajustes por um motivo diferente. Mas o que as une é o cenário econômico desafiador, que traz a volta à normalidade pré-pandêmica (portanto, há menor digitalização, como arrefecimento do e-commerce e do uso serviços de streaming, por exemplo), a alta dos juros globais para conter a inflação (que corrói o bolso do consumidor e encarece a tomada de capital por parte das empresas) e a guerra na Ucrânia (que desestabiliza as cadeias globais de produção).

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