Sem avisar usuários, X mudou configurações de uso de dados para treinar IA; veja como se proteger


Empresa de Elon Musk segue tendência já vista em outras gigantes da tecnologia

Por Mariana Cury

Sem nenhum tipo de alerta, o X começou a usar dados de usuários para o treinamento da nova inteligência artificial (IA) da plataforma, o Grok.

A companhia alterou suas configurações de privacidade e adicionou uma opção de autorização para o compartilhamento de informações. Porém, todas as contas da rede social tiveram essa função ativada automaticamente - para quem não quer ter seus dados coletados, é necessário desativar o recurso.

A companhia não se manifestou sobre a mudança. Porém, mudanças silenciosas nos termos de uso para garantir o treinamento de IAs com dados dos usuários está se tornando uma tendência entre as big techs. Em julho de 2023, o Google alterou seus termos de uso para que a plataforma pudesse usar dados públicos de seus usuários no treinamento de modelos de IA, incluindo o então chatbot Bard (hoje, chamado de Gemini).

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X alterou configurações de privacidade sem consentimento de usuários Foto: pitipat/adobe.stock

Além disso, mais recentemente, a Meta se envolveu em uma grande disputa sobre o uso de dados no País. No início de julho deste ano, o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) notificou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em relação à forma como a Meta estava utilizando informações de donos de contas em redes sociais da companhia, no Brasil, para treinar a sua inteligência artificial.

Uma das alegações é a de que a Meta não foi transparente na sua mudança de termos de uso. Os usuários não foram notificados e a Meta criou um sistema burocrático para quem não quisesse ter seus dados coletados e processados.

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A notificação resultou em uma decisão da ANPD de bloqueio da coletas de dados pela Meta. A suspensão fez com que a companhia deixasse o Brasil de fora do lançamento da Meta AI, nova plataforma de IA da empresa presente

A ação também foi vetada pela União Europeia. Assim, fazendo com que a Meta desista de lançar suas ferramentas de IA por lá.

Saiba como desativar coleta de dados no X

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A configuração só é possível pela versão desktop do X.

Em Configurações e suporte, clique em “Configurações e privacidade”;

Depois, em “Privacidade e segurança”, selecione “Grok” e desative a opção “Permitir que seus posts e suas interações, entradas e resultados do Grok sejam usados para treinamento e ajuste fino”.

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IA se torna alvo de ações reguladoras

Essas alterações de termos de uso, sem consentimento, preocupam autoridades do mundo todo sobre questões relacionadas à privacidade dos usuários.

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Na Califórnia (EUA), a OpenAI, dona do ChatGPT, está sendo processada por, supostamente, roubar “quantidades vastas” de informações pessoais para treinar a IA do chatbot.

Em 31 de março, o Garantidor da Proteção de Dados Pessoais da Itália, a autoridade administrativa independente encarregada de supervisionar a segurança dos dados, bloqueou o ChatGPT com a justificativa de que a ferramenta não respeitava a legislação de dados pessoais nem tinha um sistema para verificar usuários menores de idade. O chatbot voltou a funcionar em 28 de abril no país.

*Mariana Cury é estagiária sob supervisão de Bruno Romani

Sem nenhum tipo de alerta, o X começou a usar dados de usuários para o treinamento da nova inteligência artificial (IA) da plataforma, o Grok.

A companhia alterou suas configurações de privacidade e adicionou uma opção de autorização para o compartilhamento de informações. Porém, todas as contas da rede social tiveram essa função ativada automaticamente - para quem não quer ter seus dados coletados, é necessário desativar o recurso.

A companhia não se manifestou sobre a mudança. Porém, mudanças silenciosas nos termos de uso para garantir o treinamento de IAs com dados dos usuários está se tornando uma tendência entre as big techs. Em julho de 2023, o Google alterou seus termos de uso para que a plataforma pudesse usar dados públicos de seus usuários no treinamento de modelos de IA, incluindo o então chatbot Bard (hoje, chamado de Gemini).

X alterou configurações de privacidade sem consentimento de usuários Foto: pitipat/adobe.stock

Além disso, mais recentemente, a Meta se envolveu em uma grande disputa sobre o uso de dados no País. No início de julho deste ano, o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) notificou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em relação à forma como a Meta estava utilizando informações de donos de contas em redes sociais da companhia, no Brasil, para treinar a sua inteligência artificial.

Uma das alegações é a de que a Meta não foi transparente na sua mudança de termos de uso. Os usuários não foram notificados e a Meta criou um sistema burocrático para quem não quisesse ter seus dados coletados e processados.

A notificação resultou em uma decisão da ANPD de bloqueio da coletas de dados pela Meta. A suspensão fez com que a companhia deixasse o Brasil de fora do lançamento da Meta AI, nova plataforma de IA da empresa presente

A ação também foi vetada pela União Europeia. Assim, fazendo com que a Meta desista de lançar suas ferramentas de IA por lá.

Saiba como desativar coleta de dados no X

A configuração só é possível pela versão desktop do X.

Em Configurações e suporte, clique em “Configurações e privacidade”;

Depois, em “Privacidade e segurança”, selecione “Grok” e desative a opção “Permitir que seus posts e suas interações, entradas e resultados do Grok sejam usados para treinamento e ajuste fino”.

IA se torna alvo de ações reguladoras

Essas alterações de termos de uso, sem consentimento, preocupam autoridades do mundo todo sobre questões relacionadas à privacidade dos usuários.

Na Califórnia (EUA), a OpenAI, dona do ChatGPT, está sendo processada por, supostamente, roubar “quantidades vastas” de informações pessoais para treinar a IA do chatbot.

Em 31 de março, o Garantidor da Proteção de Dados Pessoais da Itália, a autoridade administrativa independente encarregada de supervisionar a segurança dos dados, bloqueou o ChatGPT com a justificativa de que a ferramenta não respeitava a legislação de dados pessoais nem tinha um sistema para verificar usuários menores de idade. O chatbot voltou a funcionar em 28 de abril no país.

*Mariana Cury é estagiária sob supervisão de Bruno Romani

Sem nenhum tipo de alerta, o X começou a usar dados de usuários para o treinamento da nova inteligência artificial (IA) da plataforma, o Grok.

A companhia alterou suas configurações de privacidade e adicionou uma opção de autorização para o compartilhamento de informações. Porém, todas as contas da rede social tiveram essa função ativada automaticamente - para quem não quer ter seus dados coletados, é necessário desativar o recurso.

A companhia não se manifestou sobre a mudança. Porém, mudanças silenciosas nos termos de uso para garantir o treinamento de IAs com dados dos usuários está se tornando uma tendência entre as big techs. Em julho de 2023, o Google alterou seus termos de uso para que a plataforma pudesse usar dados públicos de seus usuários no treinamento de modelos de IA, incluindo o então chatbot Bard (hoje, chamado de Gemini).

X alterou configurações de privacidade sem consentimento de usuários Foto: pitipat/adobe.stock

Além disso, mais recentemente, a Meta se envolveu em uma grande disputa sobre o uso de dados no País. No início de julho deste ano, o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) notificou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em relação à forma como a Meta estava utilizando informações de donos de contas em redes sociais da companhia, no Brasil, para treinar a sua inteligência artificial.

Uma das alegações é a de que a Meta não foi transparente na sua mudança de termos de uso. Os usuários não foram notificados e a Meta criou um sistema burocrático para quem não quisesse ter seus dados coletados e processados.

A notificação resultou em uma decisão da ANPD de bloqueio da coletas de dados pela Meta. A suspensão fez com que a companhia deixasse o Brasil de fora do lançamento da Meta AI, nova plataforma de IA da empresa presente

A ação também foi vetada pela União Europeia. Assim, fazendo com que a Meta desista de lançar suas ferramentas de IA por lá.

Saiba como desativar coleta de dados no X

A configuração só é possível pela versão desktop do X.

Em Configurações e suporte, clique em “Configurações e privacidade”;

Depois, em “Privacidade e segurança”, selecione “Grok” e desative a opção “Permitir que seus posts e suas interações, entradas e resultados do Grok sejam usados para treinamento e ajuste fino”.

IA se torna alvo de ações reguladoras

Essas alterações de termos de uso, sem consentimento, preocupam autoridades do mundo todo sobre questões relacionadas à privacidade dos usuários.

Na Califórnia (EUA), a OpenAI, dona do ChatGPT, está sendo processada por, supostamente, roubar “quantidades vastas” de informações pessoais para treinar a IA do chatbot.

Em 31 de março, o Garantidor da Proteção de Dados Pessoais da Itália, a autoridade administrativa independente encarregada de supervisionar a segurança dos dados, bloqueou o ChatGPT com a justificativa de que a ferramenta não respeitava a legislação de dados pessoais nem tinha um sistema para verificar usuários menores de idade. O chatbot voltou a funcionar em 28 de abril no país.

*Mariana Cury é estagiária sob supervisão de Bruno Romani

Sem nenhum tipo de alerta, o X começou a usar dados de usuários para o treinamento da nova inteligência artificial (IA) da plataforma, o Grok.

A companhia alterou suas configurações de privacidade e adicionou uma opção de autorização para o compartilhamento de informações. Porém, todas as contas da rede social tiveram essa função ativada automaticamente - para quem não quer ter seus dados coletados, é necessário desativar o recurso.

A companhia não se manifestou sobre a mudança. Porém, mudanças silenciosas nos termos de uso para garantir o treinamento de IAs com dados dos usuários está se tornando uma tendência entre as big techs. Em julho de 2023, o Google alterou seus termos de uso para que a plataforma pudesse usar dados públicos de seus usuários no treinamento de modelos de IA, incluindo o então chatbot Bard (hoje, chamado de Gemini).

X alterou configurações de privacidade sem consentimento de usuários Foto: pitipat/adobe.stock

Além disso, mais recentemente, a Meta se envolveu em uma grande disputa sobre o uso de dados no País. No início de julho deste ano, o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) notificou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em relação à forma como a Meta estava utilizando informações de donos de contas em redes sociais da companhia, no Brasil, para treinar a sua inteligência artificial.

Uma das alegações é a de que a Meta não foi transparente na sua mudança de termos de uso. Os usuários não foram notificados e a Meta criou um sistema burocrático para quem não quisesse ter seus dados coletados e processados.

A notificação resultou em uma decisão da ANPD de bloqueio da coletas de dados pela Meta. A suspensão fez com que a companhia deixasse o Brasil de fora do lançamento da Meta AI, nova plataforma de IA da empresa presente

A ação também foi vetada pela União Europeia. Assim, fazendo com que a Meta desista de lançar suas ferramentas de IA por lá.

Saiba como desativar coleta de dados no X

A configuração só é possível pela versão desktop do X.

Em Configurações e suporte, clique em “Configurações e privacidade”;

Depois, em “Privacidade e segurança”, selecione “Grok” e desative a opção “Permitir que seus posts e suas interações, entradas e resultados do Grok sejam usados para treinamento e ajuste fino”.

IA se torna alvo de ações reguladoras

Essas alterações de termos de uso, sem consentimento, preocupam autoridades do mundo todo sobre questões relacionadas à privacidade dos usuários.

Na Califórnia (EUA), a OpenAI, dona do ChatGPT, está sendo processada por, supostamente, roubar “quantidades vastas” de informações pessoais para treinar a IA do chatbot.

Em 31 de março, o Garantidor da Proteção de Dados Pessoais da Itália, a autoridade administrativa independente encarregada de supervisionar a segurança dos dados, bloqueou o ChatGPT com a justificativa de que a ferramenta não respeitava a legislação de dados pessoais nem tinha um sistema para verificar usuários menores de idade. O chatbot voltou a funcionar em 28 de abril no país.

*Mariana Cury é estagiária sob supervisão de Bruno Romani

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