Starship, foguetão de Musk, faz 2º voo e manobra inédita de retorno ao local de partida; veja vídeo


Lançador Super Heavy e a nave principal conseguem repetir sucesso em viagem fora do planeta e dão passo importante para a reutilização de equipamentos espaciais

Por Bruna Arimathea e Bruno Romani
Atualização:

O Starship, maior foguete já construído pela SpaceX de Elon Musk, fez seu quinto voo teste neste domingo, 13, saindo da base de lançamento da empresa no Texas, EUA. O maior foguete da história, que pesa 5 mil toneladas, decolou de Boca Chica, no Texas, às 9h25 do horário de Brasília e teve sucesso em sua primeira tentativa de recuperação do Heavy Booster, propulsor do foguete, que retornou para a base de lançamento.

O voo é parte dos esforços de Musk para produzir um foguete com capacidade de chegar à Lua e não foi tripulado.

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Depois de ter realizado seu primeiro voo completo - com entrada e saída de órbita e recuperação do booster do foguete - a SpaceX faz, agora, seu primeiro teste com o Heavy Booster retornando à Starbase. Nas tentativas anteriores, o motor conseguiu retornar à Terra, mas foi direcionado para uma plataforma no mar, no Golfo do México.

No voo, o propulsor se separou do Starship às 9h27, com pouco menos de 3 minutos de voo. O Heavy Booster foi recapturado às 9h32, cerca de 7 minutos após o lançamento, pela própria torre de lançamento, com duas estruturas que simulam uma espécie de braço para segurar o propulsor, chamada Mechazilla. O Starship fez seu pouso no Oceano Índico às 10h30, 1 hora e 5 minutos após deixar a base de lançamento no Texas.

Booster do Starship voltou com sucesso para a plataforma de lançamento no quinto teste de voo do foguete Foto: SpaceX/Reprodução
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O novo objetivo é importante dentro das ambições da SpaceX. Para o Starship, é fundamental que o Heavy Booster possa ser reutilizado e a ideia original é que ele possa retornar para o mesmo ponto em que partiu - no caso deste voo, para a base de lançamento da empresa em Boca Chica, no Texas.

“Foram feitas amplas atualizações antes desse teste de voo no hardware e no software do Super Heavy, da Starship e da infraestrutura de lançamento e da torre de captura na Starbase”, afirmou a SpaceX pelo site da empresa.

A empresa também afirmou que, caso o booster tivesse sinais de erro ou falha, um comando seria acionado para enviar o estágio para um pouco no Golfo do México ao invés de ser direcionado para a Starbase.

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O objetivo de Musk é utilizar o foguete para, em 2025, levar a tripulação da agência espacial americana (a Nasa) à Lua. A longo prazo, no entanto, o plano do bilionário é utilizar a nave para transportar carga e pessoas para Marte.

Quinto teste do Starship acontece neste domingo, 13 Foto: Reprodução/YouTube/SpaceX

Voos anteriores

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Em seu primeiro teste, o foguete decolou em abril do ano passado, mas explodiu quatro minutos depois do lançamento, a 39 quilômetros de altitude, por vazamento do propelente na parte traseira do propulsor Super Heavy, o que eventualmente cortou a conexão com o computador de voo principal do veículo. Segundo a Space X, isso levou a uma perda de comunicações com a maioria dos motores do propulsor e, finalmente, do controle do veículo.

À época, a explosão trouxe danos à região texana, fazendo “chover sujeira” em uma cidade próxima à decolagem, a 10 km do lançamento. O incidente chegou também a provocar um incêndio florestal, gerando uma investigação ambiental nos EUA.

Para voar novamente, a Space X teve de cumprir com 63 exigências feitas pela administração federal de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) após a explosão. As mudanças incluíam uma relacionada ao processo de separação das naves, no qual o segundo estágio, a própria nave Starship, liga seus motores durante o mesmo processo de separação, e não depois, visando a obter mais potência.

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Se tudo ocorresse como o planejado, o voo do Starship duraria 90 minutos, atingindo a órbita da Terra e dando uma volta quase completa ao redor do planeta.

Já na segunda tentativa, em novembro de 2023, os 33 motores do Super Heavy, o primeiro estágio, funcionaram com sucesso, ao contrário do primeiro voo. Às 10h05, o foguete ultrapassou 39 km de altitude, ponto no qual h anteriormente. Às 10h06, o primeiro estágio se separou com sucesso, mas explodiu na sequência - ele deveria voltar e pousar na Terra.

O segundo estágio prosseguiu viagem, mas perdeu sinal com cerca de 9 minutos, após o desligamento dos seus motores, algo programado para a realização do voo em órbita. Engenheiros da companhia comemoraram, porém, o voo do propulsor, que alçou a nave Starship a até 90 km de altitude. O teste também tornou o Starship o maior foguete da história a entrar em órbita.

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Na terceira tentativa, o Starship quase atingiu seu objetivo. Após realizar um voo quase completo em volta da Terra, o maior foguete da história a ir ao espaço explodiu no retorno para o planeta, a cerca de 72 km da superfície.

O lançador Super Heavy voltou à Terra, mas precisou ser detonado a poucos quilômetros do chão. Já a nave principal atingiu 234 km, entrando em órbita e realizando a trajetória programada para descer até o Oceano Índico. A transmissão perdeu sinal a cerca de 72 km da Terra e alguns minutos depois a companhia confirmou que perdeu o foguete.

A quarta tentativa foi a primeira com 100% de sucesso em todas as etapas de voo, desde o trajeto até a recuperação do booster e o pouso da nave. A decolagem foi realizada apesar de um dos 33 motores do lançador ter falhado na subida. As temperaturas não passaram dos limites fatais e a descida, auxiliada pela atmosfera (o que desacelera o foguete), foi estável. Com isso, o Starship é o maior foguete da história a realizar integralmente um voo fora do planeta.

Conheça o foguete Starship

O Starship é o foguete reutilizável mais potente desenvolvido pela Space X. O objetivo é levar a Humanidade à Lua e, depois, à Marte, cuja viagem deve durar US$ 10 milhões e US$ 60 milhões. A companhia diz que o foguete pode ser utilizado para transporte de até 150 toneladas de carga na Terra, com viagens de até uma hora e meia para qualquer parte do mundo.

“A Starship poderá transportar até 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração”, diz em seu site a Space X sobre a espaçonave. “A Starship também ajudará a possibilitar a entrega de satélites, o desenvolvimento de uma base lunar e um transporte ponto a ponto aqui na Terra.”

O Starship é apelidado de “foguetão” porque é muito maior que o antecessor da Space X, o Falcon 9, de 70 metros. O irmão mais recente, no caso, mede 120 metros de altura, tem 9 metros de diâmetro e pesa 1,3 mil toneladas.

A espaçonave traz o propulsor Super Heavy (de 69 metros de altura), responsável por levar o Starship até a órbita da Terra em cerca de 170 segundos. O lançador traz 33 motores Raptor, com empuxo de 72 meganewtons (o dobro do motor da Falcon 9, o Merlin). Assim como a nave principal, o lançador pode ser reutilizado para novos voos.

Já a nave Starship tem altura de 50 metros, é equipada com três motores Raptor e mais três motores Raptor Vacuum, modelo com escape maior para maximizar a eficiência no espaço. O veículo traz também um tanque de metano líquido e outro tanque de oxigênio líquido para combustão.

O Starship, maior foguete já construído pela SpaceX de Elon Musk, fez seu quinto voo teste neste domingo, 13, saindo da base de lançamento da empresa no Texas, EUA. O maior foguete da história, que pesa 5 mil toneladas, decolou de Boca Chica, no Texas, às 9h25 do horário de Brasília e teve sucesso em sua primeira tentativa de recuperação do Heavy Booster, propulsor do foguete, que retornou para a base de lançamento.

O voo é parte dos esforços de Musk para produzir um foguete com capacidade de chegar à Lua e não foi tripulado.

Depois de ter realizado seu primeiro voo completo - com entrada e saída de órbita e recuperação do booster do foguete - a SpaceX faz, agora, seu primeiro teste com o Heavy Booster retornando à Starbase. Nas tentativas anteriores, o motor conseguiu retornar à Terra, mas foi direcionado para uma plataforma no mar, no Golfo do México.

No voo, o propulsor se separou do Starship às 9h27, com pouco menos de 3 minutos de voo. O Heavy Booster foi recapturado às 9h32, cerca de 7 minutos após o lançamento, pela própria torre de lançamento, com duas estruturas que simulam uma espécie de braço para segurar o propulsor, chamada Mechazilla. O Starship fez seu pouso no Oceano Índico às 10h30, 1 hora e 5 minutos após deixar a base de lançamento no Texas.

Booster do Starship voltou com sucesso para a plataforma de lançamento no quinto teste de voo do foguete Foto: SpaceX/Reprodução

O novo objetivo é importante dentro das ambições da SpaceX. Para o Starship, é fundamental que o Heavy Booster possa ser reutilizado e a ideia original é que ele possa retornar para o mesmo ponto em que partiu - no caso deste voo, para a base de lançamento da empresa em Boca Chica, no Texas.

“Foram feitas amplas atualizações antes desse teste de voo no hardware e no software do Super Heavy, da Starship e da infraestrutura de lançamento e da torre de captura na Starbase”, afirmou a SpaceX pelo site da empresa.

A empresa também afirmou que, caso o booster tivesse sinais de erro ou falha, um comando seria acionado para enviar o estágio para um pouco no Golfo do México ao invés de ser direcionado para a Starbase.

O objetivo de Musk é utilizar o foguete para, em 2025, levar a tripulação da agência espacial americana (a Nasa) à Lua. A longo prazo, no entanto, o plano do bilionário é utilizar a nave para transportar carga e pessoas para Marte.

Quinto teste do Starship acontece neste domingo, 13 Foto: Reprodução/YouTube/SpaceX

Voos anteriores

Em seu primeiro teste, o foguete decolou em abril do ano passado, mas explodiu quatro minutos depois do lançamento, a 39 quilômetros de altitude, por vazamento do propelente na parte traseira do propulsor Super Heavy, o que eventualmente cortou a conexão com o computador de voo principal do veículo. Segundo a Space X, isso levou a uma perda de comunicações com a maioria dos motores do propulsor e, finalmente, do controle do veículo.

À época, a explosão trouxe danos à região texana, fazendo “chover sujeira” em uma cidade próxima à decolagem, a 10 km do lançamento. O incidente chegou também a provocar um incêndio florestal, gerando uma investigação ambiental nos EUA.

Para voar novamente, a Space X teve de cumprir com 63 exigências feitas pela administração federal de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) após a explosão. As mudanças incluíam uma relacionada ao processo de separação das naves, no qual o segundo estágio, a própria nave Starship, liga seus motores durante o mesmo processo de separação, e não depois, visando a obter mais potência.

Se tudo ocorresse como o planejado, o voo do Starship duraria 90 minutos, atingindo a órbita da Terra e dando uma volta quase completa ao redor do planeta.

Já na segunda tentativa, em novembro de 2023, os 33 motores do Super Heavy, o primeiro estágio, funcionaram com sucesso, ao contrário do primeiro voo. Às 10h05, o foguete ultrapassou 39 km de altitude, ponto no qual h anteriormente. Às 10h06, o primeiro estágio se separou com sucesso, mas explodiu na sequência - ele deveria voltar e pousar na Terra.

O segundo estágio prosseguiu viagem, mas perdeu sinal com cerca de 9 minutos, após o desligamento dos seus motores, algo programado para a realização do voo em órbita. Engenheiros da companhia comemoraram, porém, o voo do propulsor, que alçou a nave Starship a até 90 km de altitude. O teste também tornou o Starship o maior foguete da história a entrar em órbita.

Na terceira tentativa, o Starship quase atingiu seu objetivo. Após realizar um voo quase completo em volta da Terra, o maior foguete da história a ir ao espaço explodiu no retorno para o planeta, a cerca de 72 km da superfície.

O lançador Super Heavy voltou à Terra, mas precisou ser detonado a poucos quilômetros do chão. Já a nave principal atingiu 234 km, entrando em órbita e realizando a trajetória programada para descer até o Oceano Índico. A transmissão perdeu sinal a cerca de 72 km da Terra e alguns minutos depois a companhia confirmou que perdeu o foguete.

A quarta tentativa foi a primeira com 100% de sucesso em todas as etapas de voo, desde o trajeto até a recuperação do booster e o pouso da nave. A decolagem foi realizada apesar de um dos 33 motores do lançador ter falhado na subida. As temperaturas não passaram dos limites fatais e a descida, auxiliada pela atmosfera (o que desacelera o foguete), foi estável. Com isso, o Starship é o maior foguete da história a realizar integralmente um voo fora do planeta.

Conheça o foguete Starship

O Starship é o foguete reutilizável mais potente desenvolvido pela Space X. O objetivo é levar a Humanidade à Lua e, depois, à Marte, cuja viagem deve durar US$ 10 milhões e US$ 60 milhões. A companhia diz que o foguete pode ser utilizado para transporte de até 150 toneladas de carga na Terra, com viagens de até uma hora e meia para qualquer parte do mundo.

“A Starship poderá transportar até 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração”, diz em seu site a Space X sobre a espaçonave. “A Starship também ajudará a possibilitar a entrega de satélites, o desenvolvimento de uma base lunar e um transporte ponto a ponto aqui na Terra.”

O Starship é apelidado de “foguetão” porque é muito maior que o antecessor da Space X, o Falcon 9, de 70 metros. O irmão mais recente, no caso, mede 120 metros de altura, tem 9 metros de diâmetro e pesa 1,3 mil toneladas.

A espaçonave traz o propulsor Super Heavy (de 69 metros de altura), responsável por levar o Starship até a órbita da Terra em cerca de 170 segundos. O lançador traz 33 motores Raptor, com empuxo de 72 meganewtons (o dobro do motor da Falcon 9, o Merlin). Assim como a nave principal, o lançador pode ser reutilizado para novos voos.

Já a nave Starship tem altura de 50 metros, é equipada com três motores Raptor e mais três motores Raptor Vacuum, modelo com escape maior para maximizar a eficiência no espaço. O veículo traz também um tanque de metano líquido e outro tanque de oxigênio líquido para combustão.

O Starship, maior foguete já construído pela SpaceX de Elon Musk, fez seu quinto voo teste neste domingo, 13, saindo da base de lançamento da empresa no Texas, EUA. O maior foguete da história, que pesa 5 mil toneladas, decolou de Boca Chica, no Texas, às 9h25 do horário de Brasília e teve sucesso em sua primeira tentativa de recuperação do Heavy Booster, propulsor do foguete, que retornou para a base de lançamento.

O voo é parte dos esforços de Musk para produzir um foguete com capacidade de chegar à Lua e não foi tripulado.

Depois de ter realizado seu primeiro voo completo - com entrada e saída de órbita e recuperação do booster do foguete - a SpaceX faz, agora, seu primeiro teste com o Heavy Booster retornando à Starbase. Nas tentativas anteriores, o motor conseguiu retornar à Terra, mas foi direcionado para uma plataforma no mar, no Golfo do México.

No voo, o propulsor se separou do Starship às 9h27, com pouco menos de 3 minutos de voo. O Heavy Booster foi recapturado às 9h32, cerca de 7 minutos após o lançamento, pela própria torre de lançamento, com duas estruturas que simulam uma espécie de braço para segurar o propulsor, chamada Mechazilla. O Starship fez seu pouso no Oceano Índico às 10h30, 1 hora e 5 minutos após deixar a base de lançamento no Texas.

Booster do Starship voltou com sucesso para a plataforma de lançamento no quinto teste de voo do foguete Foto: SpaceX/Reprodução

O novo objetivo é importante dentro das ambições da SpaceX. Para o Starship, é fundamental que o Heavy Booster possa ser reutilizado e a ideia original é que ele possa retornar para o mesmo ponto em que partiu - no caso deste voo, para a base de lançamento da empresa em Boca Chica, no Texas.

“Foram feitas amplas atualizações antes desse teste de voo no hardware e no software do Super Heavy, da Starship e da infraestrutura de lançamento e da torre de captura na Starbase”, afirmou a SpaceX pelo site da empresa.

A empresa também afirmou que, caso o booster tivesse sinais de erro ou falha, um comando seria acionado para enviar o estágio para um pouco no Golfo do México ao invés de ser direcionado para a Starbase.

O objetivo de Musk é utilizar o foguete para, em 2025, levar a tripulação da agência espacial americana (a Nasa) à Lua. A longo prazo, no entanto, o plano do bilionário é utilizar a nave para transportar carga e pessoas para Marte.

Quinto teste do Starship acontece neste domingo, 13 Foto: Reprodução/YouTube/SpaceX

Voos anteriores

Em seu primeiro teste, o foguete decolou em abril do ano passado, mas explodiu quatro minutos depois do lançamento, a 39 quilômetros de altitude, por vazamento do propelente na parte traseira do propulsor Super Heavy, o que eventualmente cortou a conexão com o computador de voo principal do veículo. Segundo a Space X, isso levou a uma perda de comunicações com a maioria dos motores do propulsor e, finalmente, do controle do veículo.

À época, a explosão trouxe danos à região texana, fazendo “chover sujeira” em uma cidade próxima à decolagem, a 10 km do lançamento. O incidente chegou também a provocar um incêndio florestal, gerando uma investigação ambiental nos EUA.

Para voar novamente, a Space X teve de cumprir com 63 exigências feitas pela administração federal de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) após a explosão. As mudanças incluíam uma relacionada ao processo de separação das naves, no qual o segundo estágio, a própria nave Starship, liga seus motores durante o mesmo processo de separação, e não depois, visando a obter mais potência.

Se tudo ocorresse como o planejado, o voo do Starship duraria 90 minutos, atingindo a órbita da Terra e dando uma volta quase completa ao redor do planeta.

Já na segunda tentativa, em novembro de 2023, os 33 motores do Super Heavy, o primeiro estágio, funcionaram com sucesso, ao contrário do primeiro voo. Às 10h05, o foguete ultrapassou 39 km de altitude, ponto no qual h anteriormente. Às 10h06, o primeiro estágio se separou com sucesso, mas explodiu na sequência - ele deveria voltar e pousar na Terra.

O segundo estágio prosseguiu viagem, mas perdeu sinal com cerca de 9 minutos, após o desligamento dos seus motores, algo programado para a realização do voo em órbita. Engenheiros da companhia comemoraram, porém, o voo do propulsor, que alçou a nave Starship a até 90 km de altitude. O teste também tornou o Starship o maior foguete da história a entrar em órbita.

Na terceira tentativa, o Starship quase atingiu seu objetivo. Após realizar um voo quase completo em volta da Terra, o maior foguete da história a ir ao espaço explodiu no retorno para o planeta, a cerca de 72 km da superfície.

O lançador Super Heavy voltou à Terra, mas precisou ser detonado a poucos quilômetros do chão. Já a nave principal atingiu 234 km, entrando em órbita e realizando a trajetória programada para descer até o Oceano Índico. A transmissão perdeu sinal a cerca de 72 km da Terra e alguns minutos depois a companhia confirmou que perdeu o foguete.

A quarta tentativa foi a primeira com 100% de sucesso em todas as etapas de voo, desde o trajeto até a recuperação do booster e o pouso da nave. A decolagem foi realizada apesar de um dos 33 motores do lançador ter falhado na subida. As temperaturas não passaram dos limites fatais e a descida, auxiliada pela atmosfera (o que desacelera o foguete), foi estável. Com isso, o Starship é o maior foguete da história a realizar integralmente um voo fora do planeta.

Conheça o foguete Starship

O Starship é o foguete reutilizável mais potente desenvolvido pela Space X. O objetivo é levar a Humanidade à Lua e, depois, à Marte, cuja viagem deve durar US$ 10 milhões e US$ 60 milhões. A companhia diz que o foguete pode ser utilizado para transporte de até 150 toneladas de carga na Terra, com viagens de até uma hora e meia para qualquer parte do mundo.

“A Starship poderá transportar até 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração”, diz em seu site a Space X sobre a espaçonave. “A Starship também ajudará a possibilitar a entrega de satélites, o desenvolvimento de uma base lunar e um transporte ponto a ponto aqui na Terra.”

O Starship é apelidado de “foguetão” porque é muito maior que o antecessor da Space X, o Falcon 9, de 70 metros. O irmão mais recente, no caso, mede 120 metros de altura, tem 9 metros de diâmetro e pesa 1,3 mil toneladas.

A espaçonave traz o propulsor Super Heavy (de 69 metros de altura), responsável por levar o Starship até a órbita da Terra em cerca de 170 segundos. O lançador traz 33 motores Raptor, com empuxo de 72 meganewtons (o dobro do motor da Falcon 9, o Merlin). Assim como a nave principal, o lançador pode ser reutilizado para novos voos.

Já a nave Starship tem altura de 50 metros, é equipada com três motores Raptor e mais três motores Raptor Vacuum, modelo com escape maior para maximizar a eficiência no espaço. O veículo traz também um tanque de metano líquido e outro tanque de oxigênio líquido para combustão.

O Starship, maior foguete já construído pela SpaceX de Elon Musk, fez seu quinto voo teste neste domingo, 13, saindo da base de lançamento da empresa no Texas, EUA. O maior foguete da história, que pesa 5 mil toneladas, decolou de Boca Chica, no Texas, às 9h25 do horário de Brasília e teve sucesso em sua primeira tentativa de recuperação do Heavy Booster, propulsor do foguete, que retornou para a base de lançamento.

O voo é parte dos esforços de Musk para produzir um foguete com capacidade de chegar à Lua e não foi tripulado.

Depois de ter realizado seu primeiro voo completo - com entrada e saída de órbita e recuperação do booster do foguete - a SpaceX faz, agora, seu primeiro teste com o Heavy Booster retornando à Starbase. Nas tentativas anteriores, o motor conseguiu retornar à Terra, mas foi direcionado para uma plataforma no mar, no Golfo do México.

No voo, o propulsor se separou do Starship às 9h27, com pouco menos de 3 minutos de voo. O Heavy Booster foi recapturado às 9h32, cerca de 7 minutos após o lançamento, pela própria torre de lançamento, com duas estruturas que simulam uma espécie de braço para segurar o propulsor, chamada Mechazilla. O Starship fez seu pouso no Oceano Índico às 10h30, 1 hora e 5 minutos após deixar a base de lançamento no Texas.

Booster do Starship voltou com sucesso para a plataforma de lançamento no quinto teste de voo do foguete Foto: SpaceX/Reprodução

O novo objetivo é importante dentro das ambições da SpaceX. Para o Starship, é fundamental que o Heavy Booster possa ser reutilizado e a ideia original é que ele possa retornar para o mesmo ponto em que partiu - no caso deste voo, para a base de lançamento da empresa em Boca Chica, no Texas.

“Foram feitas amplas atualizações antes desse teste de voo no hardware e no software do Super Heavy, da Starship e da infraestrutura de lançamento e da torre de captura na Starbase”, afirmou a SpaceX pelo site da empresa.

A empresa também afirmou que, caso o booster tivesse sinais de erro ou falha, um comando seria acionado para enviar o estágio para um pouco no Golfo do México ao invés de ser direcionado para a Starbase.

O objetivo de Musk é utilizar o foguete para, em 2025, levar a tripulação da agência espacial americana (a Nasa) à Lua. A longo prazo, no entanto, o plano do bilionário é utilizar a nave para transportar carga e pessoas para Marte.

Quinto teste do Starship acontece neste domingo, 13 Foto: Reprodução/YouTube/SpaceX

Voos anteriores

Em seu primeiro teste, o foguete decolou em abril do ano passado, mas explodiu quatro minutos depois do lançamento, a 39 quilômetros de altitude, por vazamento do propelente na parte traseira do propulsor Super Heavy, o que eventualmente cortou a conexão com o computador de voo principal do veículo. Segundo a Space X, isso levou a uma perda de comunicações com a maioria dos motores do propulsor e, finalmente, do controle do veículo.

À época, a explosão trouxe danos à região texana, fazendo “chover sujeira” em uma cidade próxima à decolagem, a 10 km do lançamento. O incidente chegou também a provocar um incêndio florestal, gerando uma investigação ambiental nos EUA.

Para voar novamente, a Space X teve de cumprir com 63 exigências feitas pela administração federal de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) após a explosão. As mudanças incluíam uma relacionada ao processo de separação das naves, no qual o segundo estágio, a própria nave Starship, liga seus motores durante o mesmo processo de separação, e não depois, visando a obter mais potência.

Se tudo ocorresse como o planejado, o voo do Starship duraria 90 minutos, atingindo a órbita da Terra e dando uma volta quase completa ao redor do planeta.

Já na segunda tentativa, em novembro de 2023, os 33 motores do Super Heavy, o primeiro estágio, funcionaram com sucesso, ao contrário do primeiro voo. Às 10h05, o foguete ultrapassou 39 km de altitude, ponto no qual h anteriormente. Às 10h06, o primeiro estágio se separou com sucesso, mas explodiu na sequência - ele deveria voltar e pousar na Terra.

O segundo estágio prosseguiu viagem, mas perdeu sinal com cerca de 9 minutos, após o desligamento dos seus motores, algo programado para a realização do voo em órbita. Engenheiros da companhia comemoraram, porém, o voo do propulsor, que alçou a nave Starship a até 90 km de altitude. O teste também tornou o Starship o maior foguete da história a entrar em órbita.

Na terceira tentativa, o Starship quase atingiu seu objetivo. Após realizar um voo quase completo em volta da Terra, o maior foguete da história a ir ao espaço explodiu no retorno para o planeta, a cerca de 72 km da superfície.

O lançador Super Heavy voltou à Terra, mas precisou ser detonado a poucos quilômetros do chão. Já a nave principal atingiu 234 km, entrando em órbita e realizando a trajetória programada para descer até o Oceano Índico. A transmissão perdeu sinal a cerca de 72 km da Terra e alguns minutos depois a companhia confirmou que perdeu o foguete.

A quarta tentativa foi a primeira com 100% de sucesso em todas as etapas de voo, desde o trajeto até a recuperação do booster e o pouso da nave. A decolagem foi realizada apesar de um dos 33 motores do lançador ter falhado na subida. As temperaturas não passaram dos limites fatais e a descida, auxiliada pela atmosfera (o que desacelera o foguete), foi estável. Com isso, o Starship é o maior foguete da história a realizar integralmente um voo fora do planeta.

Conheça o foguete Starship

O Starship é o foguete reutilizável mais potente desenvolvido pela Space X. O objetivo é levar a Humanidade à Lua e, depois, à Marte, cuja viagem deve durar US$ 10 milhões e US$ 60 milhões. A companhia diz que o foguete pode ser utilizado para transporte de até 150 toneladas de carga na Terra, com viagens de até uma hora e meia para qualquer parte do mundo.

“A Starship poderá transportar até 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração”, diz em seu site a Space X sobre a espaçonave. “A Starship também ajudará a possibilitar a entrega de satélites, o desenvolvimento de uma base lunar e um transporte ponto a ponto aqui na Terra.”

O Starship é apelidado de “foguetão” porque é muito maior que o antecessor da Space X, o Falcon 9, de 70 metros. O irmão mais recente, no caso, mede 120 metros de altura, tem 9 metros de diâmetro e pesa 1,3 mil toneladas.

A espaçonave traz o propulsor Super Heavy (de 69 metros de altura), responsável por levar o Starship até a órbita da Terra em cerca de 170 segundos. O lançador traz 33 motores Raptor, com empuxo de 72 meganewtons (o dobro do motor da Falcon 9, o Merlin). Assim como a nave principal, o lançador pode ser reutilizado para novos voos.

Já a nave Starship tem altura de 50 metros, é equipada com três motores Raptor e mais três motores Raptor Vacuum, modelo com escape maior para maximizar a eficiência no espaço. O veículo traz também um tanque de metano líquido e outro tanque de oxigênio líquido para combustão.

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