Embora não tenha sido comprometida, a constelação de satélites do Starlink, serviço de internet da SpaceX, de Elon Musk, foi afetada pela tempestade solar que aconteceu no final de semana. O bilionário disse, em um post no X (antigo Twitter), no sábado, 11, às 3h da madrugada: “os satélites Starlink estão sob muita pressão, mas resistindo até agora”.
Uma tempestade solar “severa” – a maior dos últimos 20 anos – foi registrada nas noites do último final de semana, provocando auroras boreais em países do Hemisfério Norte, incluindo regiões onde elas não costumam aparecer.
Conforme alertado por autoridades, o fenômeno causou pequenas panes elétricas e de sistemas de comunicação via satélite nos países atingidos, mas nada que resultasse em prejuízos. Contudo, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA afirmou que “não antecipa nenhum impacto significativo no sistema de espaço aéreo do país”.
Segundo Geoff Brumfiel, editor de ciência da estação de rádio pública dos EUA NPR, campos magnéticos causados pelas tempestades solares podem criar correntes elétricas em fios metálicos, como linhas de alta potência. Além disso, explosões solares podem causar problemas em satélites e equipamentos de navegação, incluindo o GPS, sistema que usamos para nos localizar e acessar mapas no celular.
Segundo o Centro de Previsão do Tempo Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), à NPR, o fenômeno do final de semana chegou a resultar em algumas irregularidades na rede elétrica, perda de comunicações de alta frequência e interrupções de GPS. Contudo, não houve registro de prejuízos.
Em outubro de 2003, tempestades geomagnéticas “extremas” causaram apagões na Suécia e danificaram transformadores de energia na África do Sul. Em 1989, uma explosão solar causou um apagão elétrico em toda a cidade de Quebec, no Canadá, deixando a população sem energia elétrica por 12 horas.
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Espetáculo visual
A tempestade solar provocou raríssimas exibições de auroras austral (quando acontecem no hemisfério sul do planeta), incluindo em países como na Argentina, no Ushuaia, ao sul do país, e no Chile, na região de Los Lagos e na Patagônia chilena.
Nos EUA, houve registros da aurora boreal na Califórnia, Flórida, Massachusetts e Wiscosin. Na Europa, o fenômeno pode ser visto em diversas regiões.
O espetáculo visual foi produto das erupções de plasma e campos magnéticos provenientes da coroa solar, a camada mais externa do Sol. O fenômeno óptico acontece quando partículas carregadas de luz e energia interagem com a atmosfera da Terra durante uma erupção solar, gerando luzes verde e vermelhas.