Nas últimas horas de seu mandato, Donald Trump, disse nesta quarta-feira, 20, que concedeu perdão total a Anthony Levandowski, o ex-engenheiro do Google condenado por roubar segredos comerciais sobre carros autônomos empresa e levá-los para o Uber.
Levandowski foi condenado em agosto a 18 meses de prisão após se confessar culpado em março de 2020. Ele não estava sob custódia, mas um juiz disse que ele poderia ser preso assim que a pandemia de covid-19 diminuísse. A Casa Branca disse que Levandowski "pagou um preço significativo por suas ações e planos de dedicar seus talentos para promover o bem público".
A Waymo, da Alphabet, uma unidade de tecnologia automotiva autônoma do Google, não quis comentar. A empresa anteriormente descreveu o crime de Levandowski como "uma traição" e sua sentença "uma vitória para as leis de segredo comercial".
Quando saiu do Google, Levandowski levou consigo alguns dos talentos envolvidos na divisão de carros autônomos da empresa para fundar a Otto, uma startup voltada para caminhões autônomos. A Otto foi vendida para o Uber por mais de US$ 600 milhões em 2016.
O perdão foi apoiado por vários líderes na indústria de tecnologia que apoiaram Trump, incluindo os investidores Peter Thiel e Blake Masters e o empresário Palmer Luckey, de acordo com a Casa Branca.
Levandowski transferiu mais de 14 mil arquivos do Google, incluindo cronogramas de desenvolvimento e designs de produtos, para seu laptop pessoal antes de sair da empresa e enquanto negociava uma nova função com o Uber.