Desde o último dia 23, o Twitter não está mais mediando o conteúdo de tuítes e contas que publicam desinformação sobre a covid-19. A mudança não foi abertamente anunciada — apenas uma nota foi publicada na página ‘Relatórios’ da aba ‘COVID-19′, no site da plataforma: “A partir de 23 de novembro de 2022, o Twitter não vai mais aplicar a política de informações enganosas sobre a COVID-19″.
Em 2020, grandes plataformas, como Facebook, Google, LinkedIn e até o Twitter, deram início a políticas de moderação de conteúdos enganosos sobre a covid-19. O objetivo era remover publicações comprovadamente ou potencialmente falsas. Dados divulgados pelo Twitter mostram que 11.230 contas foram suspensas e cerca de 100 mil postagens removidas desde janeiro daquele ano.
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A empresa não divulgou outras informações a respeito de como ou se vai proceder de forma diferente com conteúdos enganosos sobre a doença.
“Rede livre”
No último dia 18, Elon Musk fez uma enquete em seu perfil oficial no Twitter questionando seus seguidores se ele deveria reinserir o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, na rede social e, como a maioria dos votos foi “Sim”, Trump teve sua conta restabelecida na plataforma.
Depois do “sucesso” da enquete que permitiu a volta de Trump para o Twitter, na última quarta-feira, 23, Elon Musk fez uma segunda enquete perguntando aos seus usuários se ele deveria restabelecer mais contas que foram suspensas, desde que “não tenham infringido a lei ou feito spam ultrajante”. A maioria das respostas foi positiva, então Musk anunciou que, nesta semana, vai restaurar mais perfis anteriormente suspensos.
Segundo o site The Verge, Musk quer restaurar cerca de 62 mil contas suspensas com mais de 10 mil seguidores, sendo uma delas contendo mais de 5 milhões de seguidores e outros 75 perfis com mais de 1 milhão de seguidores.
Logo após ter adquirido o Twitter, ao final de outubro, Elon Musk divulgou uma carta aberta onde explicou que “a razão pela qual eu adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça pública digital comum, onde uma variedade de crenças podem ser debatidas de uma forma saudável, sem recorrer à violência.” Para o novo dono da rede social, a moderação de conteúdo “é restritiva e prejudica a liberdade de expressão”.