A oferta de US$ 2,1 bilhões do Google pela empresa de dispositivos vestíveis fitness Fitbit pode representar riscos à privacidade, alertou o Conselho Europeu de Proteção de Dados (EDPB, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, 20, se juntando a outros críticos da transação.
O Google anunciou o acordo em novembro do ano passado, com o objetivo de competir com a Apple e Samsung no lotado mercado de dispositivos fitness e smart watches.
A Fitbit, cujos dispositivos monitoram a quantidade diária de passos dos usuários, calorias queimadas e a distância percorrida, daria ao gigante da tecnologia dos EUA acesso a uma grande quantidade de dados de saúde coletados a partir dos dispositivos Fitbit.
O acesso a tais dados é preocupante, afirmou o órgão de defesa da privacidade da UE. “A possível combinação e o acúmulo adicional de dados pessoais sensíveis de usuários na Europa por uma grande empresa de tecnologia pode acarretar um alto nível de risco à privacidade e a proteção de dados”, afirmou o órgão.
A comissária europeia da concorrência, Margrethe Vestager, que vai avaliar o acordo, em novembro manifestou sua preocupação com grandes empresas que compram rivais que possuem uma grande quantidade de dados.
A Comissão Europeia disse que ainda não havia sido formalmente notificada, em comentário enviado por e-mail nesta quinta-feira.