Ações a US$ 1: WeWork deve pedir falência nos próximos dias; papéis caem mais de 50%


Empresa havia declarado no trimestre anterior que negócio estava em xeque, com ‘dúvidas substanciais’ na operação

Por Guilherme Guerra
Atualização:

A empresa americana de espaços de coworking WeWork planeja pedir falência à Justiça dos Estados Unidos nos próximos dias, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Wall Street Journal na noite de terça-feira, 31.

Após a notícia, que foi confirmada pela agência de notícias Reuters, as ações do WeWork caíram mais de 50% na Bolsa de Nova York, acumulando perda de 98% em 2023. Durante o meio-dia desta quarta-feira, os papéis valiam cerca de US$ 1,1.

Aos jornais americanos, o WeWork se recusou a comentar o pedido de falência.

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Ao Estadão, o WeWork LATAM afirma que “possível pedido de reestruturação” não afetaria a operação nos países onde opera América Latina, onde a empresa é uma joint venture com o SoftBank Latin America Fund, com participação majoritária no negócio. No Brasil, a marca possui 25 escritórios.

“A WeWork LATAM continua empenhada em proporcionar uma experiência excepcional, ao mesmo tempo em que continua executando o seu plano para fortalecer o seu negócio na região”, diz em nota à reportagem.

Altos e baixos na história do WeWork

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O pedido de falência vem após uma série de altos e baixos na história da companhia, com livros escritos e até uma minissérie (chamada de WeCrashed, disponível no serviço de streaming Apple TV+) no ar sobre a firma.

Fundado em 2010, o WeWork nasceu com o intuito de criar espaços de trabalho colaborativo para empresas, com foco em flexibilidade e infraestrutura. O modelo de negócio consiste em comprar ou assinar contratos de locações de andares ou prédios inteiros em regiões do mundo inteiro, sublocando esses espaços para empresas, geralmente do ramo de tecnologia dos mais diversos tamanhos. Atualmente, existem 662 escritórios da empresa no mundo, incluindo Brasil e outros países da América Latina — em 2020, esse número era de 715.

WeWork foi fundado em 2010 e chegou a ser avaliado em US$ 47 bilhões Foto: Kate Munsch/Reuters - 30/9/2019
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A ascensão meteórica do WeWork atraiu nome de pesos do mercado de capital de risco do mundo, como o conglomerado japonês SoftBank (também investidor do Uber e Airbnb), que já aportou US$ 12 bilhões e se tornou o maior acionista da startup — neste ano, porém, o conglomerado registrou prejuízo de US$ 10 bilhões em perdas advindas do investimento no WeWork.

Uma série de decisões erráticas e controversas tomadas pelo cofundador e presidente executivo, Adam Neumann, tiraram a empresa dos trilhos, que focava em uma expansão acelerada pelo mundo, engordando a dívida da startup. Em 2019, Neumann foi forçado a renunciar ao cargo de CEO e investidores recuaram da oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Nova York.

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No ano seguinte, a pandemia de covid-19, que fechou escritórios por todo o mundo, foi outro obstáculo ao negócio do WeWork, que acumulava perdas bilionárias. Em 2021, após reestruturação do negócio pelo CEO Sandeep Mathrani, a firma abriu capital, avaliada a US$ 9 bilhões, após ser avaliada em US$ 47 bilhões em janeiro de 2019.

Hoje, a avaliação é de US$ 62 milhões e o atual presidente executivo da firma é David Tolley, membro do conselho e ex-BlackRock.

Falência está no radar do WeWork

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O pedido de falência já havia sido alertado pelo próprio WeWork em agosto passado. Nessa época, a companhia revelou um prejuízo líquido de US$ 700 milhões nos primeiros seis meses de 2023 — nos três anos anteriores, essa cifra somou US$ 10,7 bilhões.

“Nossas perdas e fluxos de caixa negativos das atividades operacionais levantam dúvidas substanciais sobre nossa capacidade de continuar operando”, disse o WeWork em documento protocolado à autoridade de mercado dos Estados Unidos. A empresa registrou cerca de US$ 2,9 bilhões em dívidas de longo prazo em 30 de junho.

A WeWork disse que, se sua situação não melhorar, terá que considerar opções como vender ativos, reduzir atividades comerciais e “obter alívio sob o código de falências dos EUA”, de acordo com o documento. Suas ações vêm sendo negociadas abaixo de US$ 1 há vários meses e fecharam a cerca de 21 centavos de dólar na terça-feira. / COM WASHINGTON POST

A empresa americana de espaços de coworking WeWork planeja pedir falência à Justiça dos Estados Unidos nos próximos dias, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Wall Street Journal na noite de terça-feira, 31.

Após a notícia, que foi confirmada pela agência de notícias Reuters, as ações do WeWork caíram mais de 50% na Bolsa de Nova York, acumulando perda de 98% em 2023. Durante o meio-dia desta quarta-feira, os papéis valiam cerca de US$ 1,1.

Aos jornais americanos, o WeWork se recusou a comentar o pedido de falência.

Ao Estadão, o WeWork LATAM afirma que “possível pedido de reestruturação” não afetaria a operação nos países onde opera América Latina, onde a empresa é uma joint venture com o SoftBank Latin America Fund, com participação majoritária no negócio. No Brasil, a marca possui 25 escritórios.

“A WeWork LATAM continua empenhada em proporcionar uma experiência excepcional, ao mesmo tempo em que continua executando o seu plano para fortalecer o seu negócio na região”, diz em nota à reportagem.

Altos e baixos na história do WeWork

O pedido de falência vem após uma série de altos e baixos na história da companhia, com livros escritos e até uma minissérie (chamada de WeCrashed, disponível no serviço de streaming Apple TV+) no ar sobre a firma.

Fundado em 2010, o WeWork nasceu com o intuito de criar espaços de trabalho colaborativo para empresas, com foco em flexibilidade e infraestrutura. O modelo de negócio consiste em comprar ou assinar contratos de locações de andares ou prédios inteiros em regiões do mundo inteiro, sublocando esses espaços para empresas, geralmente do ramo de tecnologia dos mais diversos tamanhos. Atualmente, existem 662 escritórios da empresa no mundo, incluindo Brasil e outros países da América Latina — em 2020, esse número era de 715.

WeWork foi fundado em 2010 e chegou a ser avaliado em US$ 47 bilhões Foto: Kate Munsch/Reuters - 30/9/2019

A ascensão meteórica do WeWork atraiu nome de pesos do mercado de capital de risco do mundo, como o conglomerado japonês SoftBank (também investidor do Uber e Airbnb), que já aportou US$ 12 bilhões e se tornou o maior acionista da startup — neste ano, porém, o conglomerado registrou prejuízo de US$ 10 bilhões em perdas advindas do investimento no WeWork.

Uma série de decisões erráticas e controversas tomadas pelo cofundador e presidente executivo, Adam Neumann, tiraram a empresa dos trilhos, que focava em uma expansão acelerada pelo mundo, engordando a dívida da startup. Em 2019, Neumann foi forçado a renunciar ao cargo de CEO e investidores recuaram da oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Nova York.

No ano seguinte, a pandemia de covid-19, que fechou escritórios por todo o mundo, foi outro obstáculo ao negócio do WeWork, que acumulava perdas bilionárias. Em 2021, após reestruturação do negócio pelo CEO Sandeep Mathrani, a firma abriu capital, avaliada a US$ 9 bilhões, após ser avaliada em US$ 47 bilhões em janeiro de 2019.

Hoje, a avaliação é de US$ 62 milhões e o atual presidente executivo da firma é David Tolley, membro do conselho e ex-BlackRock.

Falência está no radar do WeWork

O pedido de falência já havia sido alertado pelo próprio WeWork em agosto passado. Nessa época, a companhia revelou um prejuízo líquido de US$ 700 milhões nos primeiros seis meses de 2023 — nos três anos anteriores, essa cifra somou US$ 10,7 bilhões.

“Nossas perdas e fluxos de caixa negativos das atividades operacionais levantam dúvidas substanciais sobre nossa capacidade de continuar operando”, disse o WeWork em documento protocolado à autoridade de mercado dos Estados Unidos. A empresa registrou cerca de US$ 2,9 bilhões em dívidas de longo prazo em 30 de junho.

A WeWork disse que, se sua situação não melhorar, terá que considerar opções como vender ativos, reduzir atividades comerciais e “obter alívio sob o código de falências dos EUA”, de acordo com o documento. Suas ações vêm sendo negociadas abaixo de US$ 1 há vários meses e fecharam a cerca de 21 centavos de dólar na terça-feira. / COM WASHINGTON POST

A empresa americana de espaços de coworking WeWork planeja pedir falência à Justiça dos Estados Unidos nos próximos dias, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Wall Street Journal na noite de terça-feira, 31.

Após a notícia, que foi confirmada pela agência de notícias Reuters, as ações do WeWork caíram mais de 50% na Bolsa de Nova York, acumulando perda de 98% em 2023. Durante o meio-dia desta quarta-feira, os papéis valiam cerca de US$ 1,1.

Aos jornais americanos, o WeWork se recusou a comentar o pedido de falência.

Ao Estadão, o WeWork LATAM afirma que “possível pedido de reestruturação” não afetaria a operação nos países onde opera América Latina, onde a empresa é uma joint venture com o SoftBank Latin America Fund, com participação majoritária no negócio. No Brasil, a marca possui 25 escritórios.

“A WeWork LATAM continua empenhada em proporcionar uma experiência excepcional, ao mesmo tempo em que continua executando o seu plano para fortalecer o seu negócio na região”, diz em nota à reportagem.

Altos e baixos na história do WeWork

O pedido de falência vem após uma série de altos e baixos na história da companhia, com livros escritos e até uma minissérie (chamada de WeCrashed, disponível no serviço de streaming Apple TV+) no ar sobre a firma.

Fundado em 2010, o WeWork nasceu com o intuito de criar espaços de trabalho colaborativo para empresas, com foco em flexibilidade e infraestrutura. O modelo de negócio consiste em comprar ou assinar contratos de locações de andares ou prédios inteiros em regiões do mundo inteiro, sublocando esses espaços para empresas, geralmente do ramo de tecnologia dos mais diversos tamanhos. Atualmente, existem 662 escritórios da empresa no mundo, incluindo Brasil e outros países da América Latina — em 2020, esse número era de 715.

WeWork foi fundado em 2010 e chegou a ser avaliado em US$ 47 bilhões Foto: Kate Munsch/Reuters - 30/9/2019

A ascensão meteórica do WeWork atraiu nome de pesos do mercado de capital de risco do mundo, como o conglomerado japonês SoftBank (também investidor do Uber e Airbnb), que já aportou US$ 12 bilhões e se tornou o maior acionista da startup — neste ano, porém, o conglomerado registrou prejuízo de US$ 10 bilhões em perdas advindas do investimento no WeWork.

Uma série de decisões erráticas e controversas tomadas pelo cofundador e presidente executivo, Adam Neumann, tiraram a empresa dos trilhos, que focava em uma expansão acelerada pelo mundo, engordando a dívida da startup. Em 2019, Neumann foi forçado a renunciar ao cargo de CEO e investidores recuaram da oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Nova York.

No ano seguinte, a pandemia de covid-19, que fechou escritórios por todo o mundo, foi outro obstáculo ao negócio do WeWork, que acumulava perdas bilionárias. Em 2021, após reestruturação do negócio pelo CEO Sandeep Mathrani, a firma abriu capital, avaliada a US$ 9 bilhões, após ser avaliada em US$ 47 bilhões em janeiro de 2019.

Hoje, a avaliação é de US$ 62 milhões e o atual presidente executivo da firma é David Tolley, membro do conselho e ex-BlackRock.

Falência está no radar do WeWork

O pedido de falência já havia sido alertado pelo próprio WeWork em agosto passado. Nessa época, a companhia revelou um prejuízo líquido de US$ 700 milhões nos primeiros seis meses de 2023 — nos três anos anteriores, essa cifra somou US$ 10,7 bilhões.

“Nossas perdas e fluxos de caixa negativos das atividades operacionais levantam dúvidas substanciais sobre nossa capacidade de continuar operando”, disse o WeWork em documento protocolado à autoridade de mercado dos Estados Unidos. A empresa registrou cerca de US$ 2,9 bilhões em dívidas de longo prazo em 30 de junho.

A WeWork disse que, se sua situação não melhorar, terá que considerar opções como vender ativos, reduzir atividades comerciais e “obter alívio sob o código de falências dos EUA”, de acordo com o documento. Suas ações vêm sendo negociadas abaixo de US$ 1 há vários meses e fecharam a cerca de 21 centavos de dólar na terça-feira. / COM WASHINGTON POST

A empresa americana de espaços de coworking WeWork planeja pedir falência à Justiça dos Estados Unidos nos próximos dias, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Wall Street Journal na noite de terça-feira, 31.

Após a notícia, que foi confirmada pela agência de notícias Reuters, as ações do WeWork caíram mais de 50% na Bolsa de Nova York, acumulando perda de 98% em 2023. Durante o meio-dia desta quarta-feira, os papéis valiam cerca de US$ 1,1.

Aos jornais americanos, o WeWork se recusou a comentar o pedido de falência.

Ao Estadão, o WeWork LATAM afirma que “possível pedido de reestruturação” não afetaria a operação nos países onde opera América Latina, onde a empresa é uma joint venture com o SoftBank Latin America Fund, com participação majoritária no negócio. No Brasil, a marca possui 25 escritórios.

“A WeWork LATAM continua empenhada em proporcionar uma experiência excepcional, ao mesmo tempo em que continua executando o seu plano para fortalecer o seu negócio na região”, diz em nota à reportagem.

Altos e baixos na história do WeWork

O pedido de falência vem após uma série de altos e baixos na história da companhia, com livros escritos e até uma minissérie (chamada de WeCrashed, disponível no serviço de streaming Apple TV+) no ar sobre a firma.

Fundado em 2010, o WeWork nasceu com o intuito de criar espaços de trabalho colaborativo para empresas, com foco em flexibilidade e infraestrutura. O modelo de negócio consiste em comprar ou assinar contratos de locações de andares ou prédios inteiros em regiões do mundo inteiro, sublocando esses espaços para empresas, geralmente do ramo de tecnologia dos mais diversos tamanhos. Atualmente, existem 662 escritórios da empresa no mundo, incluindo Brasil e outros países da América Latina — em 2020, esse número era de 715.

WeWork foi fundado em 2010 e chegou a ser avaliado em US$ 47 bilhões Foto: Kate Munsch/Reuters - 30/9/2019

A ascensão meteórica do WeWork atraiu nome de pesos do mercado de capital de risco do mundo, como o conglomerado japonês SoftBank (também investidor do Uber e Airbnb), que já aportou US$ 12 bilhões e se tornou o maior acionista da startup — neste ano, porém, o conglomerado registrou prejuízo de US$ 10 bilhões em perdas advindas do investimento no WeWork.

Uma série de decisões erráticas e controversas tomadas pelo cofundador e presidente executivo, Adam Neumann, tiraram a empresa dos trilhos, que focava em uma expansão acelerada pelo mundo, engordando a dívida da startup. Em 2019, Neumann foi forçado a renunciar ao cargo de CEO e investidores recuaram da oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Nova York.

No ano seguinte, a pandemia de covid-19, que fechou escritórios por todo o mundo, foi outro obstáculo ao negócio do WeWork, que acumulava perdas bilionárias. Em 2021, após reestruturação do negócio pelo CEO Sandeep Mathrani, a firma abriu capital, avaliada a US$ 9 bilhões, após ser avaliada em US$ 47 bilhões em janeiro de 2019.

Hoje, a avaliação é de US$ 62 milhões e o atual presidente executivo da firma é David Tolley, membro do conselho e ex-BlackRock.

Falência está no radar do WeWork

O pedido de falência já havia sido alertado pelo próprio WeWork em agosto passado. Nessa época, a companhia revelou um prejuízo líquido de US$ 700 milhões nos primeiros seis meses de 2023 — nos três anos anteriores, essa cifra somou US$ 10,7 bilhões.

“Nossas perdas e fluxos de caixa negativos das atividades operacionais levantam dúvidas substanciais sobre nossa capacidade de continuar operando”, disse o WeWork em documento protocolado à autoridade de mercado dos Estados Unidos. A empresa registrou cerca de US$ 2,9 bilhões em dívidas de longo prazo em 30 de junho.

A WeWork disse que, se sua situação não melhorar, terá que considerar opções como vender ativos, reduzir atividades comerciais e “obter alívio sob o código de falências dos EUA”, de acordo com o documento. Suas ações vêm sendo negociadas abaixo de US$ 1 há vários meses e fecharam a cerca de 21 centavos de dólar na terça-feira. / COM WASHINGTON POST

A empresa americana de espaços de coworking WeWork planeja pedir falência à Justiça dos Estados Unidos nos próximos dias, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Wall Street Journal na noite de terça-feira, 31.

Após a notícia, que foi confirmada pela agência de notícias Reuters, as ações do WeWork caíram mais de 50% na Bolsa de Nova York, acumulando perda de 98% em 2023. Durante o meio-dia desta quarta-feira, os papéis valiam cerca de US$ 1,1.

Aos jornais americanos, o WeWork se recusou a comentar o pedido de falência.

Ao Estadão, o WeWork LATAM afirma que “possível pedido de reestruturação” não afetaria a operação nos países onde opera América Latina, onde a empresa é uma joint venture com o SoftBank Latin America Fund, com participação majoritária no negócio. No Brasil, a marca possui 25 escritórios.

“A WeWork LATAM continua empenhada em proporcionar uma experiência excepcional, ao mesmo tempo em que continua executando o seu plano para fortalecer o seu negócio na região”, diz em nota à reportagem.

Altos e baixos na história do WeWork

O pedido de falência vem após uma série de altos e baixos na história da companhia, com livros escritos e até uma minissérie (chamada de WeCrashed, disponível no serviço de streaming Apple TV+) no ar sobre a firma.

Fundado em 2010, o WeWork nasceu com o intuito de criar espaços de trabalho colaborativo para empresas, com foco em flexibilidade e infraestrutura. O modelo de negócio consiste em comprar ou assinar contratos de locações de andares ou prédios inteiros em regiões do mundo inteiro, sublocando esses espaços para empresas, geralmente do ramo de tecnologia dos mais diversos tamanhos. Atualmente, existem 662 escritórios da empresa no mundo, incluindo Brasil e outros países da América Latina — em 2020, esse número era de 715.

WeWork foi fundado em 2010 e chegou a ser avaliado em US$ 47 bilhões Foto: Kate Munsch/Reuters - 30/9/2019

A ascensão meteórica do WeWork atraiu nome de pesos do mercado de capital de risco do mundo, como o conglomerado japonês SoftBank (também investidor do Uber e Airbnb), que já aportou US$ 12 bilhões e se tornou o maior acionista da startup — neste ano, porém, o conglomerado registrou prejuízo de US$ 10 bilhões em perdas advindas do investimento no WeWork.

Uma série de decisões erráticas e controversas tomadas pelo cofundador e presidente executivo, Adam Neumann, tiraram a empresa dos trilhos, que focava em uma expansão acelerada pelo mundo, engordando a dívida da startup. Em 2019, Neumann foi forçado a renunciar ao cargo de CEO e investidores recuaram da oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Nova York.

No ano seguinte, a pandemia de covid-19, que fechou escritórios por todo o mundo, foi outro obstáculo ao negócio do WeWork, que acumulava perdas bilionárias. Em 2021, após reestruturação do negócio pelo CEO Sandeep Mathrani, a firma abriu capital, avaliada a US$ 9 bilhões, após ser avaliada em US$ 47 bilhões em janeiro de 2019.

Hoje, a avaliação é de US$ 62 milhões e o atual presidente executivo da firma é David Tolley, membro do conselho e ex-BlackRock.

Falência está no radar do WeWork

O pedido de falência já havia sido alertado pelo próprio WeWork em agosto passado. Nessa época, a companhia revelou um prejuízo líquido de US$ 700 milhões nos primeiros seis meses de 2023 — nos três anos anteriores, essa cifra somou US$ 10,7 bilhões.

“Nossas perdas e fluxos de caixa negativos das atividades operacionais levantam dúvidas substanciais sobre nossa capacidade de continuar operando”, disse o WeWork em documento protocolado à autoridade de mercado dos Estados Unidos. A empresa registrou cerca de US$ 2,9 bilhões em dívidas de longo prazo em 30 de junho.

A WeWork disse que, se sua situação não melhorar, terá que considerar opções como vender ativos, reduzir atividades comerciais e “obter alívio sob o código de falências dos EUA”, de acordo com o documento. Suas ações vêm sendo negociadas abaixo de US$ 1 há vários meses e fecharam a cerca de 21 centavos de dólar na terça-feira. / COM WASHINGTON POST

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