Usuários do X, antigo Twitter, relataram o retorno da plataforma no Brasil nesta quarta-feira (18), após quase 20 dias de bloqueio. O acesso, no entanto, parece estar restrito aos aplicativos móveis para Android e iOS, enquanto o site oficial da rede social continua inacessível. Procurada pela reportagem, a Anatel se pronunciou dizendo que não houve alteração na decisão e estão verificando o ocorrido. De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação da plataforma se trata de uma instabilidade.
“O Supremo Tribunal Federal (STF) está checando a informação sobre o acesso ao X por parte de alguns usuários. Aparentemente é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes”, relatou a assessoria
O retorno do X pegou muitos usuários de surpresa, já que não houve nenhuma comunicação oficial sobre a liberação do serviço. A plataforma chegou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, com internautas celebrando a volta do aplicativo.
Relembre o caso
A suspensão da plataforma foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, em 30 de agosto, devido ao descumprimento de ordens judiciais por parte do proprietário da rede, Elon Musk. O ministro alegou que a rede social estava sendo utilizada para disseminar desinformação e discursos de ódio, além de não colaborar com investigações sobre atos antidemocráticos e milícias digitais. A rede deixou de funcionar no Brasil em 31 de agosto.
Musk, por sua vez, criticou a decisão, alegando censura e defendendo a liberdade de expressão. O impasse culminou no fechamento do escritório do X no Brasil e na ausência de um representante legal da empresa no país. Moraes determinou a suspensão da plataforma em todo o território nacional e impôs uma multa diária de R$ 50 mil para quem utilizasse qualquer ferramenta para acessar a rede social.
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Multa e retorno parcial
Na semana passada, o STF determinou a transferência de R$ 18,35 milhões da Starlink, empresa também pertencente a Elon Musk, para os cofres da União, como pagamento de multas impostas ao X. Apesar disso, o retorno da plataforma não era garantido, já que outras medidas, como a nomeação de um representante legal no Brasil, ainda não haviam sido cumpridas.