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Opinião|Caos na OpenAI foi também resultado da falta de diversidade no comando da companhia; leia análise


Demissão e retorno do CEO da OpenAI revelam falhas na governança da startup

Por Felipe Matos

Recentemente, o mundo das startups e da tecnologia foi sacudido pela notícia da demissão de Sam Altman como CEO da OpenAI pelo conselho da empresa. Altman chegou a divulgar que iria para a Microsoft, mas dias depois, retornou ao posto de CEO da gigante de inteligência artificial (IA) após uma ameaça coletiva de demissão de quase 90% do time da empresa.

Estes eventos, que mais pareceram uma novela corporativa, não só capturaram a atenção da indústria, mas também servem como um lembrete poderoso da importância da governança, especialmente em startups em rápido crescimento.

A governança de uma empresa define a forma como decisões são tomadas, especialmente em casos mais polêmicos ou críticos. No caso da OpenAI, o conselho tinha o poder de demitir o CEO, desde que contasse com a maioria dos votos. Uma falha de governança da empresa, entretanto, está no fato dela ter um conselho pouco representativo dos diversos stakeholders envolvidos. Funcionários e investidores não tinham assento ali, portanto não foram ouvidos para a decisão. O caso reforça também a importância da transparência na gestão, já que o conselho afirmou que Altman não estava sendo “sincero o suficiente”.

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Casos como o da OpenAI reforçam a necessidade de startups, grandes e pequenas, priorizarem a governança desde o início, alertando para os riscos da falta de transparência e participação dos stakeholders Foto: REUTERS/Carlos Barria/File Photo

Para empreendedores, este caso destaca aspectos cruciais da governança que muitas vezes são negligenciados no fervor da inovação e do crescimento. Mesmo startups pequenas, que ainda não tem board ou conselho, precisam também se atentar para a governança. Para elas, um documento muito negligenciado, mas fundamental para uma boa governança é o acordo de sócios. Nele, ficam definidas participações, responsabilidades, e a forma como decisões serão tomadas em caso de impasses, incluindo em momentos como divórcio ou morte de um dos fundadores. A falta desse acordo desde o começo pode trazer impactos negativos quando algum evento adverso acontece e pode causar até mesmo a morte da empresa.

Para empresas maiores, que possuem conselho ou para aquelas que estão buscando criar um, o aprendizado mais valioso está na representatividade. O conselho precisa refletir os interesses dos diferentes agentes envolvidos na empresa - inclusive os funcionários - e deve prever um rito mais cuidadoso para a tomada de decisões mais sensíveis, como a retirada de um CEO.

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Fato é que, com a volta de Altman à OpenAI, deverão haver mudanças importantes na governança da empresa. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

Recentemente, o mundo das startups e da tecnologia foi sacudido pela notícia da demissão de Sam Altman como CEO da OpenAI pelo conselho da empresa. Altman chegou a divulgar que iria para a Microsoft, mas dias depois, retornou ao posto de CEO da gigante de inteligência artificial (IA) após uma ameaça coletiva de demissão de quase 90% do time da empresa.

Estes eventos, que mais pareceram uma novela corporativa, não só capturaram a atenção da indústria, mas também servem como um lembrete poderoso da importância da governança, especialmente em startups em rápido crescimento.

A governança de uma empresa define a forma como decisões são tomadas, especialmente em casos mais polêmicos ou críticos. No caso da OpenAI, o conselho tinha o poder de demitir o CEO, desde que contasse com a maioria dos votos. Uma falha de governança da empresa, entretanto, está no fato dela ter um conselho pouco representativo dos diversos stakeholders envolvidos. Funcionários e investidores não tinham assento ali, portanto não foram ouvidos para a decisão. O caso reforça também a importância da transparência na gestão, já que o conselho afirmou que Altman não estava sendo “sincero o suficiente”.

Casos como o da OpenAI reforçam a necessidade de startups, grandes e pequenas, priorizarem a governança desde o início, alertando para os riscos da falta de transparência e participação dos stakeholders Foto: REUTERS/Carlos Barria/File Photo

Para empreendedores, este caso destaca aspectos cruciais da governança que muitas vezes são negligenciados no fervor da inovação e do crescimento. Mesmo startups pequenas, que ainda não tem board ou conselho, precisam também se atentar para a governança. Para elas, um documento muito negligenciado, mas fundamental para uma boa governança é o acordo de sócios. Nele, ficam definidas participações, responsabilidades, e a forma como decisões serão tomadas em caso de impasses, incluindo em momentos como divórcio ou morte de um dos fundadores. A falta desse acordo desde o começo pode trazer impactos negativos quando algum evento adverso acontece e pode causar até mesmo a morte da empresa.

Para empresas maiores, que possuem conselho ou para aquelas que estão buscando criar um, o aprendizado mais valioso está na representatividade. O conselho precisa refletir os interesses dos diferentes agentes envolvidos na empresa - inclusive os funcionários - e deve prever um rito mais cuidadoso para a tomada de decisões mais sensíveis, como a retirada de um CEO.

Fato é que, com a volta de Altman à OpenAI, deverão haver mudanças importantes na governança da empresa. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

Recentemente, o mundo das startups e da tecnologia foi sacudido pela notícia da demissão de Sam Altman como CEO da OpenAI pelo conselho da empresa. Altman chegou a divulgar que iria para a Microsoft, mas dias depois, retornou ao posto de CEO da gigante de inteligência artificial (IA) após uma ameaça coletiva de demissão de quase 90% do time da empresa.

Estes eventos, que mais pareceram uma novela corporativa, não só capturaram a atenção da indústria, mas também servem como um lembrete poderoso da importância da governança, especialmente em startups em rápido crescimento.

A governança de uma empresa define a forma como decisões são tomadas, especialmente em casos mais polêmicos ou críticos. No caso da OpenAI, o conselho tinha o poder de demitir o CEO, desde que contasse com a maioria dos votos. Uma falha de governança da empresa, entretanto, está no fato dela ter um conselho pouco representativo dos diversos stakeholders envolvidos. Funcionários e investidores não tinham assento ali, portanto não foram ouvidos para a decisão. O caso reforça também a importância da transparência na gestão, já que o conselho afirmou que Altman não estava sendo “sincero o suficiente”.

Casos como o da OpenAI reforçam a necessidade de startups, grandes e pequenas, priorizarem a governança desde o início, alertando para os riscos da falta de transparência e participação dos stakeholders Foto: REUTERS/Carlos Barria/File Photo

Para empreendedores, este caso destaca aspectos cruciais da governança que muitas vezes são negligenciados no fervor da inovação e do crescimento. Mesmo startups pequenas, que ainda não tem board ou conselho, precisam também se atentar para a governança. Para elas, um documento muito negligenciado, mas fundamental para uma boa governança é o acordo de sócios. Nele, ficam definidas participações, responsabilidades, e a forma como decisões serão tomadas em caso de impasses, incluindo em momentos como divórcio ou morte de um dos fundadores. A falta desse acordo desde o começo pode trazer impactos negativos quando algum evento adverso acontece e pode causar até mesmo a morte da empresa.

Para empresas maiores, que possuem conselho ou para aquelas que estão buscando criar um, o aprendizado mais valioso está na representatividade. O conselho precisa refletir os interesses dos diferentes agentes envolvidos na empresa - inclusive os funcionários - e deve prever um rito mais cuidadoso para a tomada de decisões mais sensíveis, como a retirada de um CEO.

Fato é que, com a volta de Altman à OpenAI, deverão haver mudanças importantes na governança da empresa. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

Opinião por Felipe Matos

CEO da Sirius, vice-presidente da Associação Brasileira de Startups e autor do livro 10 Mil Startups.

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